Contratar uma construtora é o 1º passo para obra legal

Não quer comprar um imóvel já construído? Prefere construir ou adquirir um imóvel na planta? Então, contrate uma construtora que atenda todos os requisitos da boa engenharia e os cuidados legais que envolvem a obra: documentação junto à prefeitura local, impostos e questões trabalhistas. Sem contar que uma construtora com experiência sabe fazer todo o processo de gerenciamento de execução da obra, além de ter uma visão global do projeto arquitetônico. A empresa que segue os parâmetros de uma obra legal abrange desde a sondagem do terreno, passando pelo cálculo estrutural e de fundações, além das instalações e compra de materiais de construção.

O ponto de partida para assegurar uma obra legal é o SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) ou o CREA de sua região. Suas equipes técnicas têm condições de indicar construtoras que oferecem segurança para quem quer fugir da informalidade na construção. No Paraná, por exemplo, o SindusCon Noroeste tem um sistema de controle que é o selo “Obra Legal”. Ele certifica as construtoras que aderem ao programa, o que dá ao consumidor ferramentas para verificar a credibilidade da empresa. O selo vale tanto para quem quer construir a casa própria como para quem pretende comprar um imóvel na planta.

O certificado se ampara na lei 4.591/64, que dispõe sobre as incorporações imobiliárias. O primeiro SindusCon a adotar um formato de selo Obra Legal foi o do Ceará, com o selo “Juridicamente Perfeito”. Em seguida, veio o SindusCon do Nordeste do Paraná, que abrange 126 municípios da região que têm Maringá como sua principal cidade. “O imóvel é um bem durável e representa a realização do sonho de muitos consumidores. É uma negociação que merece muito cuidado. Por isso, a iniciativa busca mostrar quais empresários da construção civil estão comprometidos com a transparência e a seriedade de uma obra”, diz nota do SindusCon Noroeste.

Veja os cuidados a serem tomados para uma obra legal Lote e código de edificações

A atenção deve começar já pela compra do lote

Os cuidados vão desde a posse do terreno, através de sua escritura, até a zona residencial em que ele está localizado, e que vai ditar que tipo de obra pode ser executado no local. Cada cidade tem um código de edificações, o qual estabelece suas regras para construções e reformas. Assim, é necessário ter certeza de que a construtora contratada tenha conhecimento das normas locais.

Referência da construtora

É importante consultar o histórico, ver se há portfólio e sempre procurar referências sobre as obras contratadas e os serviços prestados pela empresa. O SindusCon da região e o CREA têm como auxiliar neste item, informando sobre a qualidade da construtora e se não há autuações contra ela.

Garantia pós-obra

Ao entregar sua obra a uma construtora credenciada, o contratante assegura as garantias de pós-entrega, que é fundamental para sua segurança.

Mão de obra

O contratante precisa observar se os funcionários da construtora são próprios da empresa ou terceirizados. Neste caso, é importante verificar se a terceirizada mantém seus colaboradores de acordo com a lei trabalhista. Durante o processo de execução da obra, o contratante se torna corresponsável por todas as ações tomadas pela empresa contratada.

Material de construção

Deve-se ter acompanhamento físico e financeiro de tudo que for feito e usado na obra. Desde o material comprado até os funcionários. Por isso, a contratada deve emitir as notas fiscais referentes às compras realizadas e aos serviços prestados, inclusive os comprovantes de pagamento das guias de INSS e ISS.

Responsabilidades do contratante

Em um processo de auditoria fiscal ou trabalhista, caso seja identificada a não-conformidade da obra, o contratante é tão responsável quanto a construtora contratada.

Seguir a normalização vigente

A construtora precisa executar a obra de acordo com o projeto aprovado e com a legislação vigente. Também precisa cumprir as exigências técnicas e normativas estabelecidas pelos organismos competentes, sejam municipais, estaduais ou federais.

Entrevistado

Reportagem com base nas recomendações feitas por SindusCons que possuem certificados como “Obra Legal” e “Juridicamente Perfeito”

Contatos
administrativo@sindusconnoroeste.org.br
sinduscon@sindusconce.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

 


Engenharia de manutenção: sempre ou de vez em quando?

Debate no Secovi-SP, reunindo os experientes engenheiros civis Eduardo Lafraia, presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, e João Crestana, diretor e ex-presidente do Secovi-SP, colocou em xeque a forma como se pratica engenharia de manutenção no Brasil. Os dois concluíram que o país desperdiça muitos recursos financeiros para recuperar obras públicas degradadas, quando a manutenção sistemática dessas estruturas permitiria grande economia aos cofres públicos e não submeteria a população a riscos. “Obras de engenharia não são perpétuas e necessitam de manutenção”, diz Crestana.

O debate também lembrou que as obras de grande impacto construídas no Brasil raramente possuem seguro. “Obras de engenharia não são perpétuas. Por isso, deve haver um modelo de manutenção. Atualmente, existem modelos securitários, em que as seguradoras preveem planos de manutenção para obras seguradas”, reforça João Crestana, para quem a manutenção deve ser prevista desde o projeto. “Com os anos, as tecnologias vão mudando. Então, o projeto determina diretrizes do que vai acontecer na obra, inclusive com a manutenção”, completa.

Eduardo Lafraia reforça o argumento do diretor do Secovi-SP dizendo que a função da engenharia é minimizar ao máximo os riscos. “Em Brumadinho, por exemplo, não se aplicou a engenharia como se deve. O Brasil precisa mudar a cultura de manutenção, principalmente em obras de infraestrutura”, cita o presidente do Instituto de Engenharia, que aborda também a questão das obras paradas. “A guarda das obras paralisadas, bem como a deterioração desses empreendimentos, gera um desperdício de dinheiro que permitiria não só concluí-las, mas viabilizar outras obras”, diz.

Engenheiros e arquitetos perderam autonomia de decidir pela qualidade da obra

Lafraia também abordou a questão dos projetos. “Quem decide o melhor jeito de fazer a obra é o corpo técnico, formado por engenheiros e arquitetos. Atualmente, a engenharia não é mais controlada por engenheiros, mas por advogados, promotores públicos e pelos tribunais de contas. Esses organismos priorizam o menor preço, mas nem sempre o menor preço representa a melhor obra. O projeto mais barato é o que gera melhor custo-benefício no longo prazo. Um bom projeto representa de 3% a 4% do orçamento de uma obra. Economia no projeto é comprometer os outros 97% do empreendimento”, lembra.

João Crestana ainda alerta que os governos municipais, estaduais e federal desmontaram seus corpos técnicos e perderam seus melhores engenheiros. Ao mesmo tempo, as escolas de engenharia deixaram de investir em conhecimento prático e priorizaram a teoria. “O país vive um arcabouço político que não se preocupa com a manutenção de obras. Isso deve ser permanente, e não de acordo com o secretário ou o político de plantão no cargo”, complementa Eduardo Lafraia.

No dia 21 de maio de 2019, o Instituto de Engenharia volta a debater o assunto, com o seminário Manutenção do Patrimônio Público. Serão abordados os seguintes tópicos: aspectos institucionais do ambiente construído, a gestão de manutenção, impactos econômicos e sociais, aspectos jurídicos, procedimentos de contratação de serviços e responsabilidades jurídicas. O evento terá transmissão online pelo site do Instituto de Engenharia.

Assista o debate

Entrevistado
Reportagem com base em debate promovido pelo Secovi-SP, entre engenheiros civis Eduardo Lafraia, presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, e João Crestana, diretor e ex-presidente do Secovi-SP.

Contato: aspress@secovi.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

 


Brasil terá clima agressivo e exigirá projetos inovadores

Levantamento tem capítulo específico sobre a vulnerabilidade das rodovias em períodos chuvosos mais intensos.
Crédito: Ministério da Infraestrutura
Levantamento tem capítulo específico sobre a vulnerabilidade das rodovias em períodos chuvosos mais intensos.
 Crédito: Ministério da Infraestrutura

Estudo elaborado em 2015, e que atualmente encontra-se no ministério do Meio Ambiente, faz previsões alarmistas para o Brasil de 2040. As enchentes nos grandes centros urbanos, a degradação de estradas por conta das chuvas e a seca em algumas regiões do país, que são realidades já conhecidas, tendem a potencializar nos próximos 21 anos. Isso vai exigir da engenharia nacional soluções inovadoras. O documento “Brasil 2040 - Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas” avalia que cidades das regiões sul e sudeste terão que recorrer a diques, piscinões e rodovias pavimentadas com concreto para suportar o volume mais acentuado de chuvas.

Os cenários foram construídos a partir de dois modelos climáticos globais usados pelo IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, e regionalizados para o país pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O que a modelagem revela é que, em todas as projeções, o Brasil de 2040 será mais quente, com elevação da temperatura em até 3 °C na comparação com as que são registradas atualmente. Isso levará o país a praticamente ter uma estação chuvosa e uma seca, o que exigirá novas soluções energéticas e de abastecimento de água para enfrentar a realidade projetada pelo documento. “Haverá uma redução na vazão dos rios que abastecem a maior parte da população brasileira”, diz trecho do estudo.

Quanto às estradas, o levantamento tem um capítulo específico. Ele define que a vulnerabilidade das rodovias atingirá 22 estados. A análise ressalta que os custos de adaptação e reparos podem ser muito superiores à economia feita com obras mais baratas, que não serão satisfatórias em médio e longo prazo. Também recomenda o desenvolvimento de estudos sobre o risco de a infraestrutura rodoviária, que hoje roda majoritariamente sobre camada asfáltica, não resistir à maior intensidade de chuvas fortes. “Soluções de engenharia tradicional sairão mais caras”, estima Sérgio Margulis, economista que atuou na equipe que elaborou o “Brasil 2040 - Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas”.

Investir em prédios verdes está entre as soluções para minimizar impactos climáticos

O estudo também alerta sobre a situação dos portos brasileiros, destacando que será preciso construir quebra-mares em boa parte dos terminais, por causa da elevação do nível do mar. O custo da adaptação é calculado em 7 bilhões de reais. Outra parte do documento traz capítulo especial sobre a cidade do Rio de Janeiro-RJ, que já sofre com as fortes chuvas. O quadro que emerge é de colapso urbano quando ocorrerem ressacas e inundações. Apenas no município do Rio, o patrimônio imobiliário sob alto risco é estimado em R$ 124 bilhões. Para minimizar o quadro, a proposta é que haja maciço investimento em prédios verdes.

Edifícios e casas com telhados verdes, jardins filtrantes e “piscininhas” foi a solução encontrada pela cidade de Portland, nos Estados Unidos, para minimizar as inundações em períodos de chuvas intensas. As “piscininhas” são caixas de concreto para reter as águas pluviais. Elas são dimensionadas de acordo com o tamanho do terreno e devem segurar a água da chuva por pelo menos uma hora, antes de liberá-la para a rua. Dependendo da condição do terreno, a devolução da água para a rede pública se dá por canalização ou por bombas. Passada a chuva, a caixa de retenção deve permanecer vazia. Trata-se de solução que mostra que as mudanças climáticas vão exigir adaptações em praticamente todas as metrópoles do mundo, e que o Brasil não é exceção.

Veja a íntegra do estudo “Brasil 2040 - Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas”

Entrevistado
Reportagem com base no estudo “Brasil 2040 - Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas”

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imprensa@mma.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Varejo 4.0: a nova era já está a caminho, e vem rápido

Simpósio SINCOMAVI: construção civil ainda busca a melhor posição para atuar no comércio eletrônico.
Crédito: SINCOMAVI
Simpósio SINCOMAVI: construção civil ainda busca a melhor posição para atuar no comércio eletrônico.
 Crédito: SINCOMAVI

O Varejo 4.0 cresce exponencialmente, como mostram números trazidos pela pesquisa da ebit/Nielsen e apresentados no 15º simpósio SINCOMAVI (Sindicato das empresas varejistas de material de construção, maquinismos, ferragens, tintas, louças e vidros) durante a FEICON 2019. O estudo revela que, em 2018, 35% dos pedidos (40,3 milhões) e 31,3% do faturamento do comércio eletrônico (16,7 bilhões de reais) vieram do m-commerce, como é chamada a venda online via smartphones - a porta de entrada do Varejo 4.0.

De acordo com os palestrantes que participaram do simpósio, vem mais por aí. IOT (internet das coisas), realidade virtual, realidade aumentada e IA (inteligência artificial) são tendências que deverão ser absorvidas pelo comércio eletrônico dentro de pouco tempo e causar também um impacto profundo nas modalidades de venda física do varejo. “Em breve, o varejista não poderá deixar de incluir esses canais em suas estratégias de negócio”, diz a consultora Flavia Pini, diretora de marketing da HiPartners Capital & Work.

A palestrante citou que a China atualmente é o país que melhor utiliza o Varejo 4.0, por duas razões: é um país de dimensões continentais e o governo controla e incentiva esse tipo de comércio. “A China já conseguiu a integração entre comércio eletrônico e físico, assim como sistemas de pagamento e processos logísticos”, cita. Complementando Flavia Pini, Patrícia Cotti, diretora-executiva do IBEVAR (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo), lembra que a China já obteve avanços no m-commerce que Europa e Estados Unidos ainda encontram dificuldades para implantar.

Para o varejo da construção civil, solução está nos conceitos de omnicanalidade

O comércio eletrônico na China já abrange até o varejo de materiais de construção, setor que em outros países ainda encontra dificuldades. No Brasil, por exemplo, as categorias com mais pedidos de m-commerce são perfumaria, cosméticos & saúde (com 51% de crescimento), informática (27%), alimentos & bebidas (23%), além de casa & decoração (16%), esporte & lazer (10%) e moda & acessórios (6%). Para 2019, a expectativa é de expansão de 15% para esses setores, com vendas totais de 61,2 bilhões de reais.

Para o varejo da construção civil, a solução se concentra nos conceitos de omnicanalidade, com a venda online culminando com a retirada do produto na loja física. A rede Obramax é a primeira no Brasil a adotar esse sistema, como explica Hubert Desmarest, diretor do atacarejo, e que também palestrou no simpósio SINCOMAVI. “A presença na internet influencia positivamente as vendas pelo televendas e nas lojas físicas. Toda a operação acaba por se beneficiar com a integração”, afirma.

Com a aposta na ferramenta omnichannel, o varejo da construção civil consegue minimizar o impacto do frete na venda online, que é sua principal barreira para crescer no comércio eletrônico. “Muitos dos produtos da área da construção civil têm a questão do frete que, dependendo do tamanho e do volume, inviabiliza a questão de atendimento para todo o território nacional. O frete é um grande desafio para toda a construção civil no segmento do e-commerce”, finaliza Márcio Eugênio, especialista nesta modalidade de venda.

Entrevistados
Reportagem com base nas palestras do 15º simpósio SINCOMAVI, durante a FEICON 2019

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sincomavi@sincomavi.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Saiba por que estanqueidade faz toda a diferença na obra

Uso de manta de impermeabilização recoberta por argamassa cimentícia é uma das soluções usadas para melhorar a estanqueidade de lajes.
 Crédito: UFRGS
Uso de manta de impermeabilização recoberta por argamassa cimentícia é uma das soluções usadas para melhorar a estanqueidade de lajes.
 Crédito: UFRGS

Quando se fala em estanqueidade na construção civil não se pode dissociá-la da impermeabilização. Ela é que dá garantia para que as estruturas da obra não apresentem vazamentos nem fiquem suscetíveis a patologias - principalmente, infiltrações. Um bom projeto de impermeabilização assegura não só a durabilidade da edificação como prolonga seu tempo de vida útil. Além disso, ajuda a reduzir custos tanto na etapa de execução quanto na de manutenção. É o que ressalta o diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), José Miguel Morgado, em palestra no web seminário “A impermeabilização sob a ótica da Norma de Desempenho”.

O sucesso de um projeto de impermeabilização depende de 5 pontos básicos: a qualidade da edificação sob o aspecto construtivo, a qualidade da execução, a qualidade dos materiais, a fiscalização e a manutenção. O engenheiro civil José Miguel Morgado destaca que o projeto de impermeabilização deve ser específico para cada obra. “Ele deve ser desenvolvido a partir de projetos de arquitetura, de estrutura, de paisagismo e demais projetos complementares. Da mesma forma, deve apresentar memorial descritivo relacionando serviços, materiais e planilhas de quantitativos, assim como a especificação das metodologias executivas”, afirma.

Para ajudar nos projetos de impermeabilização, o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) disponibiliza em sua página uma série de informativos e manuais. Entre eles, “Diretrizes para a elaboração do manual de uso, operação e manutenção da impermeabilização, o qual mostra que requisitos de estanqueidade se tornaram imprescindíveis a projetos que se submetem à Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575). Diz trecho do manual: “As negligências no atendimento integral dos programas definidos no manual, bem como ações anormais do meio ambiente, irão reduzir o tempo de vida útil, podendo este ficar menor que o prazo teórico calculado como vida útil de projeto.”

Três normas técnicas ligadas à impermeabilização estão em processo de revisão

O mais recente manual publicado pelo Instituto Brasileiro de Impermeabilização trata da “Utilização de aditivos para concreto dosado em central”. No entanto, o IBI alerta: “Impermeabilizar não é apenas aplicar produtos químicos. Para obter 100% de estanqueidade, é necessário um conjunto de soluções que devem estar no plano de impermeabilização da obra”. O documento também lembra que um projeto de impermeabilização custa o equivalente a 3% do valor da obra, enquanto que a correção de problemas causados por infiltrações pode chegar a 10% do custo do empreendimento.

Além dos manuais, o Instituto Brasileiro de Impermeabilização lidera o Comitê Brasileiro de Impermeabilização (CB-022) na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Atualmente, existem 29 normas técnicas relacionadas à impermeabilização, além de duas ISO e 4 Normas Regulamentadoras. Destas, três estão em processo de revisão:

• ABNT NBR 12171 – Aderência aplicável em sistema de impermeabilização composto por cimento impermeabilizante e polímeros – Método de ensaio

• ABNT NBR 9574 – Impermeabilização, seleção e projeto (será dividida em 4 partes: nomenclatura, projeto, execução e manutenção)

• ABNT NBR 9575 – Execução de impermeabilização

Assista a íntegra do web seminário 
“A impermeabilização sob a ótica da Norma de Desempenho”

 

Entrevistado
Reportagem com base em web seminário com o engenheiro civil José Miguel Morgado, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Uso do BIM já consegue reduzir 10% do custo da obra

Seminário da ABDI e da ABRAMAT revelou plano do governo federal para que BIM seja integrado às obras públicas.
 Crédito: Youtube
Seminário da ABDI e da ABRAMAT revelou plano do governo federal para que BIM seja integrado às obras públicas.
 Crédito: Youtube

Paralelamente à FEICON 2019, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (ABRAMAT) promoveram o 2º Seminário de Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais de Construção no Brasil. O evento mostrou dados reveladores. Entre eles, o de que quem já está usando o BIM (do inglês, Building Information Modelling) em seus projetos tem reduzido em até 10% o valor total da obra.

Apesar de a ferramenta elevar o custo com TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), design, arquitetura e engenharia, existe a compensação ao diminuir gastos com desperdício de insumos e outros materiais de construção, além de um gerenciamento mais eficaz da mão de obra, reduzindo retrabalhos. "Nosso objetivo é contribuir para a mudança de paradigma da construção civil no Brasil. E nesse ponto, o BIM é uma revolução”, diz a coordenadora de difusão tecnológica da ABDI, Talita Daher.

Registro histórico mostra que o BIM teve a primeira incursão no Brasil em 2004. Após uma década de expansão, a ferramenta passou a ser deixada de lado por escritórios de engenharia e arquitetura, a partir de 2014. Motivo: o aprofundamento da crise econômica inibiu o investimento em softwares, em computadores mais potentes, em pessoal especializado e em tempo maior para desenvolver os projetos.

Expectativa é de que até 2028 o BIM esteja totalmente integrado à construção civil brasileira

Convicto de que o BIM é eficaz no monitoramento de desvios em obras públicas, o governo federal decidiu incentivar o uso da ferramenta. "O governo está absolutamente comprometido com a disseminação do BIM. Prova disso é que a estratégia, lançada em maio de 2018, envolveu a participação de nove ministérios. As ações estão em curso e a meta é que, até 2028, o BIM esteja integralmente adotado pelo setor, inclusive como critério para as obras públicas", aponta a subsecretária da Indústria, da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade (SEPEC), do Ministério da Economia, Talita Saito.

O plano prevê que a primeira fase de exigência do BIM em obras públicas comece em 1º de janeiro de 2021, com os projetos de arquitetura e de engenharia. A segunda fase terá início em 1º de janeiro de 2024, quando envolverá projetos de execução. A última etapa iniciará em 1º de janeiro de 2028, com abrangência total da obra: projetos, execução e pós-obra (gerenciamento e manutenção). “O BIM é um instrumento de economia de escala, mas só vai pegar com o envolvimento e a cooperação do setor produtivo", destaca a subsecretária.

Para que essas metas sejam atingidas, a Biblioteca Nacional BIM (BNBIM) é fundamental. A plataforma faz parte da Política Nacional de Disseminação do BIM, também conhecida como Estratégia BIM BR. Atualmente, a primeira biblioteca BIM pública no mundo conta com 1,6 mil itens.

Acesse a Biblioteca Nacional BIM
https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/#/


Assista a íntegra do 2º Seminário de Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais de Construção no Brasil
https://www.youtube.com/embed/_71FT8RdldE

Entrevistado
Reportagem com base em dados apresentados no 2º Seminário de Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais de Construção no Brasil

Contato
abdi@abdi.com.br abramat@abramat.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Água, Cimento Portland e Concreto: por que não se vive sem eles?

O concreto é o segundo produto mais consumido na economia global, depois da água. Consequentemente, o Cimento Portland - principal matéria-prima do concreto - também está entre os mais consumidos. E continuará assim por muitos anos ainda, estima Chris Cheeseman, professor de engenharia de recursos de materiais do Imperial College London. “A explicação é simples: o concreto é muito bom no que faz, graças ao cimento. Ainda não inventaram um material capaz de, em estado líquido, se moldar a praticamente qualquer forma. Já em estado sólido, também não criaram algo capaz de se tornar tão resistente quanto a rocha, sobretudo quando combinado com o aço”, analisa o professor.

Outro fato que torna o concreto praticamente insubstituível é que as matérias-primas usadas para fabricar o Cimento Portland são baratas e abundantes na maioria dos lugares ao redor do globo, ou seja, se o mundo quiser continuar progredindo terá que seguir usando concreto. “A ONU estima que haverá quase 10 bilhões de pessoas vivendo no planeta por volta de 2050. Elas precisarão morar e se locomover pelas cidades, e só o concreto poderá lhes dar moradias e vias para trafegar”, completa Chris Cheeseman. A prova é que, em 15 anos (2002 a 2017), a produção global de cimento mais que dobrou. Saiu de 1,8 bilhão de toneladas para 4,1 bilhões de toneladas.

Para Paulo Helene, o mundo se divide em a.C e d.C: antes e depois do concreto

O professor do Imperial College London destaca outra razão que torna o concreto praticamente insubstituível. “Concreto e aço têm propriedades semelhantes de expansão térmica. Então, o aço pode ser usado para reforçar o concreto, tornando-o mais forte e flexível como material de construção do que poderia ser por conta própria. Essa combinação é difícil de superar. Inventar um material com propriedades semelhantes será muito difícil”, estima Chris Cheeseman. A tese é apoiada por um dos principais estudiosos do concreto no Brasil: o professor-doutor da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Helene. “O que ocorre entre o concreto e o aço é um milagre divino. Nenhum outro material preserva tanto o aço quanto o concreto”, afirma.

O concreto foi patenteado em 1892, na Suíça. A partir daquele ano passou a se incorporar às cidades, propiciando transformações na engenharia e na arquitetura, além de mudanças radicais na cena urbana. “O concreto criou a arte de projetar e construir estruturas. As obras, antes limitadas à alvenaria estrutural, ganharam novas alternativas geradas pelo concreto armado. As estruturas passaram a não depender mais das paredes de vedação e isso mudou o curso da história. Vieram os prédios com vários pavimentos e uma série de outras transformações. O concreto armado é umas das grandes invenções que transformaram o século 20. Diria até que o mundo se divide em a.C e d.C: antes e depois do concreto”, conclui Paulo Helene.

Entrevistado
Reportagem com base em artigo do professor Chris Cheeseman, do Imperial College London, ao jornal britânico The Guardian, e em palestras de Paulo Helene, registradas pelo Massa Cinzenta

Contato
c.cheeseman@imperial.ac.uk

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Veja o que leva à baixa produtividade na construção civil

Juntas, as 500 maiores empresas do Brasil, incluindo as ligadas à cadeia produtiva da construção civil, perdem R$ 230 milhões por ano com a baixa produtividade em suas operações. O levantamento é da Levee, startup que desenvolve ferramentas de gestão usando Inteligência Artificial. O estudo constatou que a distância entre moradia e trabalho é um dos fatores que mais contribui para a baixa produtividade do trabalhador brasileiro. Em setores como o de serviços e de varejo, os obstáculos entre sair de casa e chegar ao trabalho podem causar até 10% das faltas diárias.

A rotatividade no quadro de funcionários também é outro fator que atrapalha a produtividade. Há empresa em que o turnover chega a 40% ao ano. Neste caso, na maioria das vezes, o trabalhador, mesmo satisfeito com as políticas da companhia, troca de emprego para reduzir seu tempo de deslocamento em 30 minutos. Para minimizar esse impacto na produtividade, a recomendação é que se leve a geolocalização em conta na contratação de funcionários. “Embora a tecnologia não consiga resolver os problemas do trânsito, pode ajudar a encontrar os profissionais com o perfil mais adequado à vaga e que morem mais próximos do local de trabalho, o que pode cortar faltas, atrasos e rotatividade”, diz Jacob Rosenbloom, CEO da Levee.

O executivo lembra ainda que discutir a produtividade ainda é um tema relegado na empresa. “Inevitavelmente, a discussão sobre produtividade da força de trabalho passa por outros inúmeros fatores, mas o começo pode ser com práticas simples e escaláveis que possam ser disseminadas posteriormente de forma orgânica pela companhia”, sugere. Para que ocorra essa mudança, Jacob Rosenbloom propõe uma lógica batizada de “70-20-10”, na qual 70% do tempo do funcionário deve se concentrar nas metas de produção. Outros 20% em projetos-pilotos e testes e 10% a uma fase exploratória, em que são estimuladas oportunidades em áreas não óbvias, e ficam a critério do funcionário.

Trabalhador brasileiro é 4 vezes menos produtivo que o dos Estados Unidos

Rosenbloom destaca que nesses 10% é que podem ser gerados os frutos para que a empresa se consolide como inovadora. “Pode ser que as ideias que estejam nos 10% nem virem projetos para a fase de produção, mas eles podem ajudar a impulsionar a inovação. De toda forma, a prática é um estímulo para que os gestores e as equipes mantenham suas cabeças abertas e conectadas a novas possibilidades”, resume. Com o uso de Inteligência Artificial, China e Estados Unidos têm conseguido implementar esses conceitos. É o que eles chamam de "algoritmização" de suas operações. Só que para alcançar esse estágio, o Brasil vai precisar investir mais em educação.

Hoje, o trabalhador brasileiro demora uma hora para desempenhar uma tarefa que o norte-americano leva 15 minutos e o alemão e o chinês demoram 20 minutos. Essa diferença é sentida principalmente nos canteiros de obras. Com nível educacional mais elevado, o operário nos EUA consegue absorver treinamentos e tecnologias com mais rapidez, assim como operar equipamentos mais complexos. Isso resulta em menor tempo consumido para a execução de um trabalho. Estudo recentemente desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas vai ao encontro dessa tese. Ele constatou que, além das correções estruturais necessárias para melhorar a produtividade, o Brasil precisa trilhar dois caminhos: melhorar a educação em todos os níveis (inclusive técnico) e investir na modernização do capital físico (máquinas e equipamentos das empresas).

Entrevistado
Reportagem com base em estudo realizado pela Levee, startup que desenvolve ferramentas de gestão usando Inteligência Artificial

Contato
levee@levee.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Luciano-Guimaraes

Norma prepara ambiente para cidades inteligentes.

Luciano-Guimaraes
Luciano Guimarães: CAU-BR apóia conceitos de cidades inteligentes que atendam metas definidas pelas Nações Unidas.

A ABNT NBR 16636 - Elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos - ganhará uma 3ª parte. Ela terá foco em assentamentos urbanos e áreas urbanas a serem renovadas. O objetivo é orientar o planejamento e o desenvolvimento de projetos urbanísticos ao longo de todas as etapas. O processo de aprimoramento busca adaptar a norma técnica aos novos conceitos de cidades inteligentes, que começam a permear os grandes centros urbanos do Brasil.

O arquiteto e urbanista João Carlos Correia, representante do CAU-BR no grupo que discute a ABNT NBR 16636-3, e também presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), concorda que a revisão da norma ordena uma metodologia de intervenção que pode ser aplicada aos conceitos de cidades inteligentes no Brasil. “Ela tem como premissa a diretriz para o conjunto de projetos das diversas especialidades para a execução de novos espaços urbanos ou intervenção nos espaços existentes”, diz.

A parte 3 da ABNT NBR 16636 é um conteúdo novo a ser acrescentado à norma técnica. O objetivo é definir claramente todas as etapas de um projeto urbanístico. “Ela tem o propósito de orientar o planejamento e o desenvolvimento de projetos urbanísticos ao longo de todas as suas etapas, bem como o inter-relacionamento com as demais especialidades da arquitetura, urbanismo e engenharia”, esclarece João Carlos Correia. A previsão é que a parte 3 da norma técnica seja publicada ainda em maio de 2019.

Rumo das cidades realça protagonismo de arquitetos e urbanistas

Para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-BR), o posicionamento é de incentivo aos projetos de cidades inteligentes e sustentáveis. “O CAU- BR tem apoiado as ações definidas pela agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015, e que é composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030”, afirma Luciano Guimarães, presidente do CAU- BR. “O CAU entende que, se o conceito de cidade inteligente caminha para o que determina a agenda acima descrita, apoiará tais conceitos”, completa.

Para o representante do CAU no grupo que analisa a ABNT NBR 16636, o protagonismo de arquitetos e urbanistas no rumo das cidades está cada vez mais acentuado. “A discussão sobre as cidades está na pauta atual. Esta, ainda que tardiamente, é uma preocupação sobre este espaço fantástico do que é uma cidade e seus reflexos na qualidade de vida, expansão econômica e meio ambiente. Novos conceitos produtivos incluem as cidades como ponto estratégico. Ao analisarmos a economia criativa, a cidade também tem um papel importantíssimo neste conceito. Estamos num momento crucial para rearranjar o espaço urbano, metropolitano e regional”, destaca João Carlos Correia.

As partes 1 e 2 da ABNT NBR 16636 já foram publicadas e substituem as antigas NBR 13531 (Elaboração de projetos e Edificações-Atividades técnicas) e a NBR 13532 (Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura). Com a parte 3, a ABNT NBR 16636 se torna mais completa. Entrevistados Luciano Guimarães, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-BR), e João Carlos Correia, presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA) (via assessoria de imprensa)

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Obras de infraestrutura: a vez das empresas de médio porte

Grupo de trabalho da CICA dedica-se a abrir espaço para as empresas de médio porte no mercado de obras de infraestrutura. Crédito: CICA
Grupo de trabalho da CICA dedica-se a abrir espaço para as empresas de médio porte no mercado de obras de infraestrutura. Crédito: CICA

Na era pós-Lava Jato, o que começa a ocorrer é a abertura do mercado de infraestrutura para empreiteiras de médio porte. Até recentemente, essas empresas enfrentavam obstáculos para participar de grandes licitações e mostrar suas competências para atuar em obras públicas. O modelo anterior era concentrador e envolvia a participação de um seleto grupo de grandes construtoras. Agora, existe uma nova realidade empresarial, econômica e jurídica no país. É o que aponta estudo da Confederação Internacional de Associações de Empreiteiros (CICA) e repercutido pela Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

Para Carlos Eduardo Lima Jorge, vice-presidente da área de Infraestrutura da CBIC e presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra), transparência, eficiência e isonomia são as palavras de ordem que devem reger essa nova realidade. “Quando nos voltamos para incentivar o mercado para empresas de menor porte, temos também que adaptar tais critérios à nova realidade empresarial e econômica do país”, avalia. A expectativa é de que o Brasil siga uma tendência mundial, onde as empreiteiras de médio porte contribuem com até 60% dos empregos formais do setor da construção civil e têm participação de 40% no PIB do setor, dentro das economias em desenvolvimento.

Para a CICA, as construtoras de médio porte podem desempenhar um papel relevante no mercado brasileiro de obras de infraestrutura. Por três razões: 1. As administrações públicas podem economizar recursos públicos; 2. As empresas são mais abertas a adotar processos criativos e inovadores; 3. Ao compartilhar o mercado com um número maior de empresas, em vez de um mercado mais restritivo, é possível se obter uma melhor distribuição da riqueza. “Esses objetivos são relevantes o suficiente para justificar os esforços para a criação de políticas voltadas ao fomento de uma maior e eficiente participação de empresas de médio porte no mercado de infraestrutura”, avalia a Confederação Internacional de Associações de Empreiteiros.

Obras entre R$ 200 milhões e R$ 1 bilhão são ideais para empreiteiras de médio porte

De acordo com o estudo da CICA, as empreiteiras de médio porte são aquelas com capital social que varia entre 60 milhões de reais e 300 milhões de reais. O estudo também indica que essas empresas estão aptas a concorrer a obras com orçamento entre 200 milhões de reais e 1 bilhão de reais. Na Europa, por exemplo, projetos que se enquadram nestes valores contam com o incentivo dos governos e dos investidores para que sejam tocados por construtoras de médio porte. Já no Brasil, é necessário melhorar alguns ambientes de negócio. Entre eles, segurança jurídica, autonomia dos municípios para contratar obras de infraestrutura, consórcios formados por empresas de porte médio, incentivos às PPPs, resolução de conflitos e compliance.

Em seu relatório, a CICA conclui: “As empresas de médio porte desempenham papel importante no crescimento econômico em todo o mundo. Elas são consideradas fator-chave para impulsionar o desenvolvimento econômico e aumentar a criação de empregos, especialmente em países emergentes. No entanto, apesar da recente relevância no cenário econômico, sua participação no setor de infraestrutura ainda é muito restrita. Como resultado, o mercado de grandes obras, em geral, tem sido explorado quase exclusivamente por grandes empresas, embora algumas de suas operações possam ser realizadas por empresas menores.”

Entrevistado
Reportagem com base em estudo da Confederação Internacional de Associações de Construtores (CICA), elaborado pelo Grupo de Trabalho de Acesso das Médias Empresas ao Mercado de Infraestrutura.

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