MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração

MASP passa por obras de restauro em suas estruturas.
Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP

Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na paisagem urbana. A icônica cor vermelha da fachada do MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) está temporariamente cinza devido a uma importante etapa do projeto de preservação do histórico Edifício Lina Bo Bardi, com o objetivo de recuperar o concreto que sofreu desgastes pela ação do tempo e exposição às intempéries. 

Pela primeira vez na sua história desde a sua inauguração, em 1968, serão realizadas a restauração e a repintura dos pilares e vigas externas do museu, bem como da laje de cobertura do vão livre.

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“É a primeira vez que essas estruturas passam por um processo que leva em consideração critérios e parâmetros de restauro e preservação do patrimônio histórico. Nós assumimos o compromisso de aplicar metodologias científicas em todas as etapas, mantendo um rigor técnico que será também aplicado durante a obra no vão livre”, explica Miriam Elwing, gerente de Projetos e Arquitetura do MASP.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, a previsão inicial é de que a obra dure mais de 6 meses. Porém, os trabalhos de restauro não afetam a programação do museu, que permanecerá aberto ao público durante todo o processo.  

Projeto de restauro

De acordo com a gerente de Projetos e Arquitetura do MASP, Miriam Elwing, tudo começou com uma pesquisa histórica e um levantamento documental sobre a estrutura do edifício para compreender todas as intervenções implementadas em seus pilares e vigas, desde a sua construção até o período atual. 

“É a primeira vez que essas estruturas passam por um processo que leva em consideração critérios e parâmetros de restauro e preservação do patrimônio histórico. Nós assumimos o compromisso de aplicar metodologias científicas em todas as etapas, mantendo um rigor técnico que será também aplicado durante a obra no vão livre”, explica Elwing.

Além disso, diversos testes também foram feitos para retomar a cor vermelha dos pórticos, identidade característica da edificação. 

Processos que constam no restauro do museu:
* Limpeza da laje;
* Mapeamento de manifestações patológicas;
* Testes de recuperação;
* Restauro do concreto armado.

O engenheiro Roberto Racanicchi, conselheiro do Crea-SP, explica que devido à porosidade do concreto, uma das possíveis consequências nas estruturas em concreto armado pode ser a corrosão da armadura em decorrência de mecanismos de oxidação. “O principal fator de um restauro estrutural na questão do concreto armado é a recuperação do aço. É preciso inserir produtos químicos, eliminando a ferrugem e protegendo os microporos que se formam no concreto para evitar a corrosão futura”, esclarece.

Nanotecnologia para eliminar a oxidação e consequente corrosão das armaduras

No MASP, para reparo do concreto armado dos pórticos, estão sendo utilizados dois produtos químicos de nanotecnologia que atuam diretamente na armadura da estrutura, de modo a mitigar o processo de oxidação. Tudo de forma não invasiva, ou seja, sem a necessidade de expor as barras completamente.

Produtos de nanotecnologia serão aplicados para mitigar a corrosão das armaduras.
Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP

Além disso, para acompanhamento e antecipação à potenciais adversidades, foram instalados sensores de monitoramento em algumas estruturas.

Pintura protege a estrutura

Para aplicar novamente a cor vermelha característica do MASP, foram desenvolvidas tecnologias de ponta, que oferecem extrema resistência com a finalidade de estender a vida útil da pintura

Mas a cor vermelha da pintura da fachada do MASP vai muito além da função estética. Racanicchi aponta que a pintura é uma proteção da corrosão das armaduras, porque promove uma camada protetora dos microporos presentes no concreto.

Quanto maior a espessura da pintura, maior a probabilidade de reduzir as consequências causadas pelas intempéries que chegam até o aço, que é o elemento ativo do concreto armado”, ressalta.

Considerado uma das principais obras da arquitetura, o prédio do MASP é tombado pelas três instâncias de proteção ao patrimônio: no âmbito estadual pelo Condephaat (1982), no municipal pelo Conpresp (1991) e no nacional pelo IPHAN (2008). E, ao que tudo indica, continuará sendo um ícone ainda mais forte de São Paulo.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, a previsão inicial é de que a obra dure mais de 6 meses. Porém, os trabalhos de restauro não afetam a programação do museu, que permanecerá aberto ao público durante todo o processo.  

Entrevistado

Roberto Racanicchi é conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP). Engenheiro civil formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Ilha Solteira, soma várias especializações na área de estruturas, é mestre em Engenharia Civil com foco em estruturas e também é docente, há 23 anos, no ensino superior, ministrando disciplinas de concreto armado e fundações. Há 20 anos presta serviços, pela sua empresa, como projetista e construtor para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), atuando especialmente com projeto estrutural, de fundação e de contenção. Além disso, tem experiências em projeções de pontes e obras de grande porte.

Contato
Assessoria de Imprensa CREA-SP: crea-sp@cdicom.com.br

Jornalista responsável
Ana Carvalho
Vogg Experience

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé. 


Enchentes no Rio Grande do Sul: como evitar novas tragédias?

Enchentes no Rio Grande do Sul impactaram 497 municípios.
Crédito: Divulgação/ PMPA

Em setembro de 2023, algumas cidades do Rio Grande do Sul foram atingidas por enchentes que causaram mortes, deslizamentos de terra, danos em edificações de maneira geral e infraestrutura urbana. Cerca de oito meses depois, em maio de 2024, o cenário se repete de forma ainda pior: mais de 90% das cidades gaúchas foram afetadas, isto é, 450 das 497. Os efeitos disso foram devastadores: mortes, muitos perderam suas casas e estão desabrigados, safras foram perdidas, o aeroporto Salgado Filho deve demorar a voltar a operar, dentre muitos outros efeitos. 

As enchentes também devem impactar fortemente a economia. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), as primeiras estimativas informam que as chuvas e cheias atingem 80% da atividade econômica do estado.

De acordo com o governador Eduardo Leite, serão necessários R$ 19 bilhões para recuperar o Estado. Diante de todo este cenário, como evitar que novas enchentes aconteçam? Que tipos de soluções devem ser pensadas no momento de reconstrução das cidades? Confira abaixo algumas medidas – algumas delas já utilizadas em outros municípios - que ajudam a diminuir os impactos das chuvas e que podem ser estudadas no momento de reconstrução do Rio Grande do Sul:

  1. Planejamento

Em primeiro lugar, uma das grandes dificuldades enfrentadas no Brasil é a falta de planejamento. No entanto, com o aquecimento global, estes eventos climáticos extremos devem se tornar cada vez mais frequentes – consequentemente, deve-se pensar em medidas preventivas. 

Na opinião de José Marques Filho, engenheiro e professor do Departamento de Construção Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é essencial implementar estudos climatológicos e de vazões para previsão de eventos extremos, para permitir ao poder público e representantes da sociedade civil prepararem-se para minimizar os efeitos nas populações. Para Marques Filho, isso inclui uma união de esforços entre os órgãos públicos, representantes da sociedade civil e os responsáveis pelos empreendimentos.

  1. Planejamento urbano e cuidados com o déficit habitacional

Outra grande questão enfrentada no Brasil é o déficit habitacional, que hoje chega a 6,2 milhões de famílias. De acordo com Alzir Felippe Buffara Antunes, professor titular do departamento de Geomática da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o poder público é permissivo e deixa que as pessoas ocupem áreas que não podem ser habitadas. Estas regiões costumam ser grandes declives, com áreas de inundação do próprio rio. Ao ocupar áreas irregulares de encosta e de matas ciliares, o problema se agrava. 

“Outros fatores que influenciam são a não-preservação ambiental dos rios, onde o lixo é descartado, assim como a falta de saneamento. Tudo isso leva a uma degradação ambiental. Consequentemente, em caso de eventos com chuvas de grandes volumes, isso gerará um comportamento anômalo, isto é, uma inundação muito maior do que em condições normais”, comenta Antunes.  

  1. Sistemas integrados de drenagem

De acordo com Felipe Guerra e Débora Ciociola, arquitetos do Jaime Lerner Arquitetos Associados (JLAA), as soluções para lidar com o escoamento de água pluvial passam pela implementação de sistemas integrados de drenagem. A macrodrenagem envolve o gerenciamento de grandes volumes de água pluvial em áreas extensas, o que inclui a criação de bacias de detenção – geralmente associadas a parques urbanos – e outras estruturas planejadas para controlar o fluxo da água em momentos de altos índices pluviométricos. Já a micro drenagem tem foco em superfícies menores como ruas, calçadas, praças e terrenos particulares em que técnicas diversas são aplicadas, como pavimentação permeável e diversos dispositivos de retenção para gerenciar a água em uma escala mais localizada. 

Em Curitiba (PR), por exemplo, o Parque Barigui foi projetado para receber o excesso de água do rio de mesmo nome e evitar o fluxo para as áreas residenciais.

  1. Pavimentos de concreto permeável

Por muito tempo, a cidade de Barranquilla, na Colômbia, sofreu com as enchentes por não ter construído sistemas de drenagem de águas pluviais. De acordo com o engenheiro colombiano Diego Jaramillo, para solucionar esta questão, foram construídas estradas que funcionam como canais, além de novos sistemas de drenagem e muitas obras de gestão de águas pluviais, feitas em concreto. “Eles têm um bom comportamento em canais de condução de água, boa resistência e não se deterioram rapidamente com a presença da água,”, comenta Jaramillo. 

No Bairro Novo do Caximba, região que está sendo revitalizada em Curitiba, será empregado pavimento de concreto permeável nas calçadas, uma vez que ele permite a absorção de água – que é direcionada para o solo. Desta forma, vai retroalimentar lençol freático, evitando o acúmulo d’água na superfície e o efeito enxurrada.

  1. Piscinões

A cidade de Barueri (SP) vem investindo na construção de reservatórios e um túnel para escoar a água. Um deles é o Piscinão Jardim Silveira, com 24 mil metros quadrados de área e aproximadamente 22 metros de profundidade. Com isso, ele será capaz de reter mais de 200 milhões de litros de água.

  1. Parques lineares

Os parques lineares, como o próprio nome indica, possuem um comprimento que excede significativamente a largura, criando uma "faixa" de área verde. Esses parques são desenvolvidos ao longo de cursos d'água, como rios e córregos, seguindo os seus percursos. Eles funcionam como áreas de inundação natural, reduzindo o risco de enchentes nas áreas urbanas adjacentes.

No Bairro Novo do Caximba também está prevista a construção de um parque linear, como forma de absorção para as grandes chuvas. 

7. Obras de contenção de encostas

Em Maceió (AL), a prefeitura apostou em obras de contenção de encostas em regiões com grande risco de deslizamentos. Segundo a Secretaria de Infraestrutura de Maceió (SEMINFRA), é utilizado um recomposto de PVC, um revestimento seguro de longa durabilidade. A intervenção consiste em aplicar o geocomposto, seguido de uma cobertura de concreto jateado, o que proporciona uma proteção duradoura e oferece segurança a quem mora em áreas de encosta.

Fontes

José Marques Filho é engenheiro e professor do Departamento de Construção Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Alzir Felippe Buffara Antunes é professor titular do departamento de Geomática da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Felipe Guerra e Débora Ciociola são arquitetos do Jaime Lerner Arquitetos Associados (JLAA).

Diego Jaramillo Porto é engenheiro e diretor de Pavimentos e Infraestrutura na Federação Iberoamericana de Hormigon Premezclado FIHP. Ele também é gerente técnico da Câmara Colombiana de Cimento e Concreto (PROCEMCO) e líder do Comitê Internacional de Pavimentos e Infraestrutura (FHIP/FICEM). 

Secretaria de Infraestrutura de Maceió (SEMINFRA)

Contatos
José Marques Filho - jmarquesfilho@gmail.com.br
Alzir Felippe Buffara Antunes: felipe@ufpr.br
Jaime Lerner Arquitetos Associados: contato@jaimelerner.com
Secretaria de Infraestrutura de Maceió (SEMINFRA): maceiosecom@gmail.com 

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

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Trabalhos de pavimentação em concreto na PR-180 já começaram

Serviços de terraplenagem na PR-180 foram iniciados.
Crédito: DER-PR

Em abril de 2024, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) iniciou os serviços de terraplenagem na PR-180, entre Goioerê e Quarto Centenário, cidades localizadas na região Centro-Oeste do Paraná. Este trecho receberá a técnica de whitetopping, que consiste na aplicação de concreto como revestimento sobreposto ao asfalto.

Em agosto de 2023, o governo lançou o edital desta obra, que integra o programa governamental Paraná Concreto, que visa implementar e restaurar pavimentos em rodovias de todas as áreas do Estado. De acordo com o DER/PR, o trecho possui 11,13 quilômetros de extensão, com um investimento de R$ 61.708.743,49. 

Esta obra marca a estreia do whitetopping fora do sudoeste do estado. Na PRC-280, o whitetopping também está sendo utilizado em dois segmentos.

Fases da obra

Atualmente, os trabalhos envolvem corte ou aterro do solo adjacente à estrada atual para ampliação da base da rodovia, o que é essencial para alargar as faixas de tráfego, construir os acostamentos e instalar faixas adicionais em pontos críticos.

As faixas de tráfego deverão passar de 3,20 metros e 3,40 metros para 3,60 metros cada, o que inclui as novas terceiras faixas, com trechos em placas de concreto de 21 centímetros de espessura. Os acostamentos, por sua vez, terão 2,50 metros em ambos os lados da rodovia, também com pavimentação em concreto, porém com uma espessura menor de 15 centímetros.

Além da ampliação da rodovia, serviços para execução de sistema de drenagem também estão sendo realizados, como bueiros de concreto e caixas de passagem.

Por que usar o whitetopping?

De acordo com Fernando Furiatti, diretor-geral do DER/PR, a escolha pelo whitetopping se deu porque ele se tornou mais viável em comparação ao material betuminoso. “Nesta região, temos uma certa dificuldade com relação à entrega do material betuminoso. Obviamente, o aumento do valor destes insumos fez com que o concreto se tornasse mais vantajoso”, comenta Furiatti. 

Ainda, segundo diretor-geral do DER/PR, o fato de ter uma vida útil maior e necessitar menor manutenção também motivou o uso da técnica na região. 

Outras melhorias

Por fim, também está planejada a melhoria da geometria em trechos com curvas consideradas mais perigosas, a construção de três interseções em nível e a instalação de uma nova iluminação viária, que contará com 102 postes metálicos (cada um com 12 metros de altura e equipados com luminárias de LED) e uma rede elétrica de distribuição trifásica em média tensão.

Fonte
Fernando Furiatti, diretor-geral do DER/PR.

Contato
Assessoria de imprensa: comunicacao@der.pr.gov.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

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Incentivo fiscal às áreas de cimento, argamassa e concreto do RJ deve impulsionar economia

Nova legislação vai beneficiar toda cadeia produtiva do setor cimenteiro do Rio de Janeiro.
Crédito: Envato

O setor produtor de cimentos, argamassas e concretos no Rio de Janeiro foi beneficiado por incentivos fiscais anunciados pelo governo estadual, através da Lei 10.335/24, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e vai valer até o final de 2032.

A nova legislação tem como objetivo aumentar a competitividade do Estado, gerar mais empregos e renda, bem como impulsionar o crescimento da economia fluminense.

Anúncio foi recebido com otimismo pelo setor

O advogado tributarista Gustavo Portugal Heinze, sócio do escritório GMP, GC & Advogados Associados, afirma que a entrada em vigor da lei estadual foi recebida de maneira positiva pelo setor de cimentos, que é essencial para a economia estadual.

A indústria cimenteira do Estado do Rio de Janeiro é responsável pela produção anual de cerca de cinco milhões de toneladas, sendo o quarto produtor nacional, gerando em torno de 3,3 mil empregos diretos e indiretos.

Leia também: Construção movimentará quase R$ 800 bilhões na economia brasileira até 2026

De acordo com o advogado, esta é uma oportunidade para reduzir custos operacionais. “As medidas são vistas como uma resposta estratégica do governo estadual para fortalecer a indústria local em relação aos Estados vizinhos, promovendo o investimento e a expansão das empresas”, assinala.

Porém, o tratamento tributário não poderá ser concedido aos estabelecimentos que optarem pelo Simples Nacional (Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). 

Geração de empregos e mais competitividade

De acordo com o especialista, as medidas devem impulsionar a geração de empregos e aumentar a competitividade da indústria fluminense. Ao reduzir a carga tributária, as empresas têm mais recursos para investir em expansão, inovação e contratação de pessoal. “Isso pode levar à abertura de novas fábricas e à expansão das existentes, gerando mais empregos diretos e indiretos”, assegura Heinze.

Já a competitividade é beneficiada pelo fato de que os produtos se tornam mais acessíveis devido aos custos reduzidos, permitindo que as empresas do Rio de Janeiro possam competir mais efetivamente no mercado nacional e até no internacional.

Mudanças trazidas pela nova legislação

A nova lei oferece diversos benefícios fiscais para as empresas do setor. Heinze explica de que maneira cada uma dessas medidas ajuda o setor. Confira:

1. Redução da base de cálculo do ICMS para 7%

    A redução da base de cálculo tem como implicação direta um menor imposto a pagar sobre a circulação das mercadorias vendidas, visto que se reduz o montante da operação sobre a qual será cobrado o ICMS.

    Isso pode levar, na prática, a um aumento na margem de lucro das empresas e, potencialmente, a preços mais competitivos para os consumidores, fortalecendo a posição de mercado da indústria fluminense;

          2. Crédito presumido de 5% nas operações interestaduais

   O crédito presumido é um benefício fiscal, pois substitui a tributação regular do     ICMS por um sistema simplificado, o que facilita a gestão fiscal da empresa e  aumenta sua competitividade;

          3. Redução da margem de valor agregado para o cálculo do ICMS-ST para             12,82% nas operações internas

    A margem de valor agregada é utilizada para calcular o imposto devido nas operações sujeitas à substituição tributária, que ocorre quando um único contribuinte recolhe o imposto de toda a cadeia de produção de uma determinada mercadoria.

    Reduzir esta margem diminui o ICMS cobrado nas vendas internas, reduzindo o custo final para o consumidor e incentivando o consumo interno, o que pode estimular e aquecer a economia local;

         4. Diferimento do pagamento do ICMS na aquisição de máquinas e equipamentos usados no processo produtivo

   O diferimento ajuda as empresas a gerenciar melhor seu fluxo de caixa, adiando o pagamento de impostos na compra de equipamentos até que eles sejam retirados de uso.

   Esse benefício facilita os investimentos em tecnologia e expansão sem pressão imediata sobre os recursos financeiros.

Com as novas medidas, o governo estadual prevê renúncia fiscal de aproximadamente R$ 23,4 milhões até 2026 e acredita que os incentivos vão garantir a competitividade ao setor considerado estratégico e motor de crescimento, estimulando, ainda, outros segmentos de toda cadeia produtiva.

Entrevistado

Gustavo Portugal Heinze é sócio do escritório GMP, GC & Advogados Associados. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Especialista em Advocacia Tributária pela Escola Superior de Advocacia de Minas Gerais – ESA-MG. Especialista em Direito Tributário pela Escola Superior de Advocacia Nacional – ESA-OAB. Membro da Comissão de Direito Tributário da OAB/PR. 

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Ana Carvalho
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M&T Expo traz novidades do setor de equipamentos para construção civil

O evento contou com lançamentos de mais de 400 marcas nacionais e internacionais de equipamentos e máquinas.
Crédito: WTF Live

Entre os dias 23 e 26 de abril, foi realizada a M&T Expo – Part of bauma NETWORK, principal feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina. 

O evento contou com lançamentos de mais de 400 marcas nacionais e internacionais nas áreas de linha amarela, de içamento, movimentação de cargas e pessoas, concreto e asfalto, componentes e serviços, além de atrações como a Arena de Demonstração, Museu de Máquinas do Brasil, Polo de Guindastes, Prêmio Mais Sustentável by M&T Expo e Curso de Operadores de Máquinas, parte do programa M&T Expo Capacita.

Veja alguns destaques da M&T Expo – Part of bauma NETWORK:

Crescimento de 6% nas vendas de máquinas para construção

Durante o evento, a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) mostrou que a comercialização de máquinas para construção deve crescer cerca de 6% em 2024 em relação ao ano passado. Isso representa mais de 55,5 mil equipamentos vendidos neste ano, contra 52,4 mil unidades comercializadas em 2023. Para as máquinas da linha amarela (movimentação de terra), a previsão é de mais de 33 mil equipamentos comercializados, o que representa uma alta de 6% ante 2023.

Para Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, as concessões de infraestrutura, a mineração e o agronegócio têm trazido estabilidade para o crescimento sustentável do mercado de máquinas e vão continuar influenciando de forma positiva as vendas no setor. “O setor privado ganhou relevância nos últimos anos com os leilões, fomentando confiança e segurança para investir. Na área pública, destaque para os esforços e recursos financeiros das prefeituras e governos estaduais, que estão promovendo obras. A efetiva mobilização das obras do PAC pode contribuir para esse resultado ser ainda melhor”, destacou.

Boas práticas de sustentabilidade na construção e mineração

Outro destaque do evento foi o Fórum “ESG na Construção e Mineração – As melhores práticas para a sustentabilidade aliada à competitividade”.  Na ocasião, foram discutidos temas como transição energética, descarbonização de frotas, governança, diversidade, inclusão, tecnologias sustentáveis e práticas sustentáveis na área de resíduos e rejeitos.

Um dos temas mais relevantes neste âmbito foi a questão energética, que se torna um grande desafio às empresas de locação de máquinas. Durante o evento, notou-se que parte dos negócios desta área tem procurado reduzir seus custos e trocar combustíveis poluentes por energias renováveis. Abraham Curi, presidente da Tecnogera, comentou que há dois anos a empresa está empenhada em projetos de eletrificação de frotas por meio de baterias de lítio. “Tudo o que hoje é a diesel tem potencial para ser elétrico; a maior dor é a infraestrutura elétrica, ou seja, saber onde é possível carregar a máquina”.

Durante o Simpósio Tecnológico VDMA, organizado pela Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais, falou-se sobre economia criativa, reciclagem, reuso e redução de materiais, mas principalmente sobre aspectos de qualidade de vida das pessoas. Em termos de proteção ambiental, a impressão 3D deve ser ampliada, segundo Roberto Otto Griese Junior, gerente geral da M-Tec Brasil, uma vez que a tecnologia já está em aplicação, contribuindo para ganhos de produtividade, qualidade e tempo.

Resolução de Conflitos na Construção e Mineração

Durante o painel “Métodos Adequados de Resolução de Conflitos na Construção e Mineração”, falou-se sobre o fato de que grande parte das 22 mil obras paradas no Brasil (segundo levantamento atual do Tribunal de Contas da União - TCU) poderiam estar prontas caso a administração pública adotasse, desde o início dos contratos, o mecanismo de Dispute Board ou Comitê de Solução de Conflitos. Qualquer tipo de contrato, seja ele privado ou público, pode ter um comitê de solução de conflito. 

Segundo Beatriz Rosa, mediadora e arbitrária de diversas Câmaras de Arbitragem e membro do Dispute Resolution Board Foundation (DRBF), este método pode prevenir conflitos que possam chegar ao Judiciário e que, por este motivo, paralisem a obra ou cause atrasos por conta de pendências judiciais.

Revisão da ABNT NBR 15696

Na Arena de Demonstração, os visitantes puderam acompanhar a operação dos equipamentos em tempo real.
Crédito: WTF Live

Durante a ABRASFE Tectalks, debate promovido pela ABRASFE (Associação Brasileira de Fôrmas, Escoramentos e Acesso), foi divulgado que a ABNT NBR 15696 - Dimensionamento, Ensaios e Aplicabilidade de Fôrmas e Cimbramentos para estruturas de Concreto está em processo de revisão e o texto final deve ser publicado até o final deste ano. De acordo com a ABRASFE, o novo texto da norma deve contemplar as categorias de concreto (como temperatura de lançamento), bem como as exigências para que uma empresa seja autorizada a operar. 

Lançamentos relevantes do setor

Na Arena de Demonstração, os visitantes puderam acompanhar a operação dos equipamentos em tempo real, como escavadeiras, carregadeiras, minicarregadeiras, pá carregadeiras, caminhões basculantes elétricos, empilhadeiras, plataformas, prensas, caçambas, tesouras, pinças, motores, cavalo com munck, semirreboques, estações de energia, painel solar e canhão de névoa.

Grandes players do segmento de equipamentos trouxeram lançamentos como escavadeiras de grande porte, máquinas elétricas, recursos avançados que oferecem desempenho, eficiência, conforto e vida útil (adequados para alta demanda e produtividade), além de tecnologias disruptivas e recursos inovadores. 

Simuladores

Uma novidade bastante presente no evento foram os simuladores. Os expositores trouxeram equipamentos que são utilizados para treinamento de profissionais nas áreas de manutenção e operação de máquinas. A Manitowoc, por exemplo, apresenta um simulador desenvolvido em parceria com a canadense CMLabs, que desembarcou no Brasil em 2023 e se somou a outros cinco simuladores e quatro bancadas de teste no Centro de Treinamento da empresa, que, interligados, simulam o comportamento do amplo e diversificado portfólio de equipamentos da marca, e são utilizados em treinamentos de manutenção e de operação, assim como no ensaio de peças e componentes.

“Seu principal diferencial está no fato de ser capaz de refletir as mesmas condições mecânicas de uma máquina real. Isso é muito importante porque as máquinas têm alto valor agregado e custo médio de US$ 1 milhão, o que pode até inviabilizar uma parada para treinamento. Além disso, é fácil de transportar e permite simular condições que, em uma máquina de verdade, não se pode fazer, como direção do vento, mudanças de pressão hidráulica, entre outros”, explicou Leandro Nilo de Moura, gerente de Marketing Latinoamérica da Manitowoc.

Fontes

M&T Expo – Part of bauma NETWORK

Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema)

Abraham Curi, presidente da Tecnogera.

Beatriz Rosa, mediadora e arbitrara de diversas Câmaras de Arbitragem e membro do Dispute Resolution Board Foundation (DRBF).

Leandro Nilo de Moura, gerente de Marketing Latinoamérica da Manitowoc.

ABRASFE (Associação Brasileira de Fôrmas, Escoramentos e Acesso).

Contato
Assessoria de imprensa MT & Expo - elizabeth@meccanica.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
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Sustentabilidade é mote do Congresso Mundial de Túneis 2024, realizado na China

Imagem do Congresso Mundial de Túneis 2024, que reuniu 2.700 participantes, na China.
Crédito: Reprodução/WTC 2024

Aconteceu entre os dias 19 e 25 de abril o Congresso Mundial de Túneis 2024, em Shenzhen, na China, que atraiu mais de 2.700 participantes vindos de 65 países, incluindo especialistas, acadêmicos e representantes do setor. 

O evento, conhecido como WTC 2024, ocupou uma área de 20 mil m2 e contou com a presença de 193 empresas da indústria global de engenharia de túneis, além de promover 195 apresentações sobre diversos temas relevantes, como sustentabilidade, que foi mote desta edição. A ideia era discutir como projetistas, contratantes, construtores e todo o setor podem contribuir neste processo de conscientização e modernização, priorizando as mudanças climáticas. 

Adriano Dornfeld Saldanha, gerente comercial da MC-Bauchemie e diretor do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), participou do Congresso e ressalta a importância do compartilhamento de informações. "Fundamental para nossa comunidade, pois é uma oportunidade única de reunir toda a cadeia para atualizações e discussões sobre tendências e inovações. A troca de informações, tanto nas sessões técnicas, quanto nos cursos e na feira, agregam muito aos profissionais que participam."

Representantes de 65 países estiveram presentes no WTC 2024.
Crédito: Reprodução/WTC 2024

O assessor técnico do DNIT, Eloi Angelo Palma Filho, também ressalta a importância da China, sede do evento, em relação ao pioneirismo do setor. "Quando observamos as empresas europeias e americanas, elas ou produzem equipamentos para escavações convencionais (NATM, SCL) ou para escavações mecanizadas (TBM). Aqui, entretanto, é possível encontrar empresa com as linhas completas de equipamentos para ambas as metodologias construtivas, e aplicáveis, ainda, para obras civis ou mineração subterrânea."

Sobre a temática da sustentabilidade, Eloi Filho diz que nas últimas três edições do evento tem se falado muito na redução da pegada de carbono na construção de túneis e que há uma busca por elementos de construção, principalmente o concreto, que consigam reduzir a emissão de gases CO2. "Necessário destacar, entretanto, que a adoção de túneis visando a redução de tempo de viagem em rodovias e ferrovias, por si só, contribui diretamente para a redução das emissões ao longo de toda sua operação. O que se aborda, agora, é que essas obras tenham ainda na fase construtiva uma otimização visando a sustentabilidade."

Promovido pelo Comitê Brasileiro de Túneis, o 6º Congresso de Túneis e Espaços Subterrâneos está confirmado e será realizado entre os dias 10 e 12 de março de 2025, no Espaço Frei Caneca, em São Paulo, com a apresentação do seminário internacional "Latin American Tunnelling Lat 2025".

Túneis no Brasil

Seguindo a tendência construtiva no segmento rodoviário, o assessor técnico do DNIT relata também a previsão de quatro túneis no trecho concessionado Dutra Rio-SP (a curto prazo), sendo um na Serra do Cafezal e outros três na BR-101/RJ.

Projeção do túnel que ligará Santos ao Guarujá.
Crédito: Reprodução/gov.br

Em relação aos principais projetos de túneis em andamento no Brasil, Saldanha destaca a construção das linhas de metrô 2 e 6, em São Paulo. Segundo informações do Metrô de São Paulo, a Linha 6-Laranja tem avançado em bom ritmo e compreenderá 15,3 km, com 15 estações, no total. A previsão de inauguração é entre 2026 e 2027. O mesmo prazo é dado para o lançamento completo da Linha 2-Verde, que se conectará à Linha 3-Vermelha e contará com oito novas estações.

Ainda sobre grandes obras em andamento, Eloi Filho diz que um outro projeto muito esperado é o túnel imerso entre Santos e Guarujá, também no Estado de São Paulo, que será o primeiro com esta característica na América Latina. "Está em andamento o procedimento para a concessão do empreendimento. Depois disto, o concessionário deverá escolher o construtor", explica.

Com investimento de aproximadamente R$ 6 bilhões, o projeto prevê a construção de um trecho imerso de 860 metros para ligar as duas cidades do litoral. A obra contará com três pistas de cada lado (para o tráfego de carros, caminhões e ônibus), e, na parte central, haverá espaço para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Além disso, estão previstas uma ciclovia e área para pedestres.

A solução estrutural considerada no projeto consiste no uso de 6 blocos pré-moldados (produzidos em docas secas), seguidos pela imersão das estruturas até a alocação final das peças, promovendo a ligação dos elementos em uma área escavada no canal do estuário. A manutenção do calado do porto bem como a navegabilidade foram fatores imprescindíveis para o desenvolvimento desta solução, que prioriza a travessia seca, com rapidez e segurança.

Projeção do túnel Silvertown, em Londres.
Crédito: Reprodução/tfl.gov.uk

O emprego desta tecnologia construtiva já vem sendo utilizada com êxito na construção do túnel que interligará a Dinamarca e a Alemanha.

Túneis emblemáticos pelo mundo

Para citar outra obra internacional de destaque, temos o túnel Silvertown, que está sendo construído sob o rio Tâmisa, em Londres, e que ligará os bairros de Silvertown e Greenwich. Com previsão de conclusão em 2025, o projeto terá 1,4 km e incluirá locais para caminhadas e ciclismo, no entorno.

Serão duas faixas em cada sentido: uma para o tráfego em geral e outra exclusivamente para ônibus e veículos de carga acima de 7,5 toneladas. A construção, que começou em 2021, terá um investimento de cerca de 2,6 bilhões de euros.

De acordo com os órgãos oficiais, o novo túnel irá reduzir o impacto ambiental proveniente do congestionamento de tráfego que ocorre atualmente em algumas das ruas e avenidas de Londres, além de fornecer mais oportunidades para que os moradores atravessem o rio por meio de transporte público, contando com uma frota de ônibus com emissão zero.

Um dos destaques do projeto é o uso de uma máquina de perfuração, fabricada especialmente para a obra (com diâmetro de 11,91 metros – o maior usado no Reino Unido). Quando o equipamento é totalmente montado, ele chega a 82 metros de comprimento e peso de 1.800 toneladas.

Imagem do trem do Eurotúnel, que transporta carros e seus passageiros entre França e Inglaterra.
Crédito: Fabiana Seragusa

Outro túnel que se tornou um marco mundial é o Eurotúnel, que completou 30 anos no dia 6 de maio deste ano. Ele possui 50,5 km de comprimento e liga Folkestone, na Inglaterra, a Calais, na França. A área submersa abrange 38 km, o que o torna o mais longo túnel subaquático do mundo. Em seu ponto mais profundo, atinge 75 metros abaixo do nível do mar. 

Inaugurada em 1994, a obra contou com investimento de 4,65 bilhões de libras esterlinas. O trabalho de escavação começou em 1987 e foi sendo realizado em ambos os lados, ao mesmo tempo: os túneis, que começaram na Inglaterra e na França, se “encontraram" no final de 1990, e a construção foi concluída em 1993. Os trens chegam a uma velocidade de 140 km/h, realizando a travessia em cerca de 35 minutos. 

Fontes

Comitê Brasileiro de Túneis (CBT).

Adriano Dornfeld Saldanha, gerente comercial da MC-Bauchemie e diretor do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT).

Eloi Angelo Palma Filho, assessor técnico do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e representante do CBT.

Eurotunnel.

Ministério de Portos e Aeroportos.

Transport for London.

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé. 


Sanepar prevê investimentos de R$ 2,9 bi em novas PPPs

PPP será realizada em três lotes e deve contemplar cerca de 900 mil pessoas.
Crédito: SANEPAR

Em julho de 2023, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) realizou pela primeira vez um leilão na sede da B3 para a execução de serviços de esgotamento sanitário em 16 municípios do Centro-Litoral do Paraná. Na ocasião, a melhor proposta de Parceria Público-Privada (PPP) foi do grupo Angea, com R$ 3,19 o metro cúbico de esgoto tratado.

Com o sucesso da empreitada, em dezembro de 2023, a Sanepar realizou uma audiência pública na B3 sobre os projetos de Parcerias Público-Privadas (PPP) que serão contratados para as regiões Oeste e Centro-Leste do Paraná. O próximo passo é a realização do leilão, que deve acontecer no dia 21 de maio de 2024, às 14h.

Desta vez, os projetos de PPP contemplam a prestação de serviços de esgotamento sanitário em 112 municípios nas regiões Oeste e Centro-Leste do Paraná. Estima-se que o investimento total seja de R$ 2,9 milhões. O objetivo é que até 2033 cerca de 900 mil pessoas nos municípios selecionados passem a ser atendidas com coleta e tratamento.

“A Sanepar atende atualmente 80,2% da população com coleta e tratamento de esgoto. Estamos muito próximos de atender a meta estabelecida pelo marco do saneamento. Poderíamos fazer isso sozinhos, mas o objetivo é acelerar o processo com as PPP, o que significa entregar com mais celeridade uma vida melhor às pessoas”, afirmou Claudio Stabile, diretor-presidente da Companhia.

A PPP será realizada em três lotes, na modalidade de concorrência, com julgamento das propostas e habilitação dos concorrentes. São os seguintes lotes:

  • Lote 1 – Centro-Leste – 36 municípios – R$ 934 milhões – 221.900 pessoas com serviço de esgotamento sanitário até 2033;
  • Lote 2 – Oeste – 48 municípios – R$ 1,29 bilhão – 323.800 pessoas com serviço de esgotamento sanitário até 2033;
  • Lote 3 – Oeste – 28 municípios – R$ 685 milhões – 328.800 pessoas com serviço de esgotamento sanitário até 2033.

De acordo com a especialista da Sanepar que coordena o processo da PPP, Marisa Capriglione, a parceria público-privada (PPP) abrange a coleta, transporte, tratamento e disposição final do esgoto, com obras e operações previstas até o ano de 2048. Do montante total a ser investido, a maior fatia, correspondendo a 48,4%, será destinada à instalação da rede coletora de esgoto, enquanto 24,7% serão alocados na construção das estações de tratamento de esgoto.

Em busca do Marco do Saneamento

Recentemente, a cidade de Maringá (PR) foi a primeira colocada na 16ª edição do Ranking do Saneamento 2024. No top 20, também estão outros municípios paranaenses como Cascavel, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Londrina. 

De acordo com o estudo intitulado "Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento no Paraná", foi observado que entre 2005 e 2022 houve um significativo aumento na extensão da rede de distribuição de água no estado. Em 2005, essa rede abrangia 40 mil quilômetros, aumentando para 72,9 mil quilômetros até 2022, refletindo uma taxa média de crescimento anual de 3,6%. Durante o mesmo período, a rede de coleta de esgoto também registrou um incremento, passando de 19 mil quilômetros para 42,2 mil quilômetros, representando um aumento de 4,8%.

Fonte
Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) 

Contato
imprensa@sanepar.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé. 


Indicador Abrainc/Fipe registra recorde na venda de novos imóveis em 2023

Imóveis do Minha Casa, Minha Vida tiveram recorde de vendas.
Crédito: Divulgação/Agência Brasil

Os resultados consolidados de 2023 mostram que houve um aumento de 32,6% de vendas de novos imóveis de janeiro a dezembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 163.108 unidades. O número estabeleceu um novo recorde da série histórica, iniciada em 2014. 

Os dados foram obtidos pelo indicador Abrainc/Fipe, que é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a partir de informações obtidas de 20 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

As unidades comercializadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) registraram crescimento de 42,2% (117.434 unidades), enquanto o segmento de Médio de Alto Padrão (MAP) teve aumento de 14% (42.997). Em relação ao valor dos imóveis, que ficou 34,7% mais alto (R$ 47,9 bilhões), o MCMV fechou com +55,1% (R$ 26 bi), e o MAP, +18,9% (R$ 21,1 bi).

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"Frente a um desafiador início de ano no contexto macroeconômico, com repercussões em diversos setores, os ajustes nos indicadores econômicos e as melhorias substanciais no programa Minha Casa, Minha Vida desempenharam papéis determinantes no bom desempenho do setor no último ano", ressaltou o presidente da Abrainc, Luiz França.

Segundo a Associação, o bom resultado de 2023 reflete as medidas de ajuste para ampliação do acesso às famílias de menor renda, sendo importante manter regras estáveis para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que é a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário.

Em relação aos lançamentos, o indicador Abrainc/Fipe apontou uma queda de 2% no ano passado (118.062 unidades). O recuo de 38% (24.527) no segmento MAP contribuiu para o número, que se mostrou negativo apesar do crescimento de 16,7% (92.273) do MCMV. Em comparação ao valor, houve um incremento de 10,1% (R$ 38 bi) nos lançamentos, com uma queda de 9,2% (R$ 16,7 bi) no MAP e elevação de 39,3% (R$ 21,3%) nos imóveis do MCMV.

Luiz França enfatiza que a construção civil é responsável por 11% dos empregos formais do país e por 9% dos impostos gerados no Brasil, e que a continuidade da redução da taxa Selic (taxa básica de juros da economia) será fundamental para que o setor continue se desenvolvendo neste ano.

"Com a atual tendência de queda da taxa de juros, é esperado um aumento nas vendas em 2024, tornando a compra de imóveis para investimento ainda mais atrativa", avalia o presidente da Abrainc. "Além disso, observou-se um incremento de 17% nos preços dos aluguéis, fortalecendo ainda mais a procura por ativos imobiliários."

Fontes
Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc)

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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Veja os desafios e soluções do edifício mais alto de Itapema (SC)

Projeto do edifício teve desafios de transporte de energia, recalque hidráulico, climatização de áreas comuns e prevenção contra incêndio.
Crédito: Rodrigo Kirck Arquitetura

Nos próximos anos, a cidade de Itapema (SC) deverá ganhar o seu prédio mais alto, o Empire 234, com previsão de entrega para 2030. Como o nome sugere, o arranha-céu terá 234 metros de altura, 60 andares e mais de 50.000 m2 de área construída. Quando ficar pronto, ele estará entre os dez edifícios mais altos do país. 

Desafios e soluções deste projeto

A construção de um prédio desta magnitude engloba diversos desafios. Por conta disso, as soluções arquitetônicas e de engenharia deste empreendimento foram destaque na Feira Construsul, realizada em Balneário Camboriú. Confira as soluções utilizadas neste empreendimento:

  • Sistemas preventivos contra incêndio: o prédio contará com dois tipos de escada. Do térreo ao oitavo pavimento, será a enclausurada ventilada. A partir do nono pavimento, haverá uma antecâmara ventilada (tipo balcão). Não haverá escada pressurizada. Além disso, o prédio terá dois pavimentos com redutos (locais protegidos contra o fogo), com capacidade para 205 pessoas. Também haverá sistemas de sprinkler com 3.315 chuveiros automáticos e 683 detectores pontuais; 
  • O prédio contará com captação de ar limpo para renovação de ar dos redutos, que será realizado na cobertura;
  • Climatização de áreas comuns: serão 744 pontos para instalação de evaporadoras e 795 toneladas de carga térmica ou 9.543.000 BTU. Haverá splits individuais, multisplit e multisplit VRV. Ainda, a otimização da carga elétrica será realizada através do sistema VRV. A climatização foi planejada para reduzir o consumo energético;
  •  Sistemas elétricos e de telecomunicações: será feita uma subestação com 1.000kVA instalados. Serão 3 linhas de barramento, com o cerca de 780 m de barramento blindado;
  • Sistema hidrossanitário: o projeto prevê 20 estações redutoras de pressão, distribuídas em 10 pavimentos e instaladas em quatro colunas com diferentes configurações. Será feito um recalque hidráulico com um único lance sem necessidade de tanques intermediários, com motobombas de 60cv; 
  • Túnel de vento: ao construir um arranha-céu, um dos grandes desafios é a proteção contra o evento. De acordo com o arquiteto Rodrigo Kirck, do escritório Rodrigo Kirck Arquitetura, o projeto Empire 234 teve no seu início com as simulações em softwares de túnel de vento virtual. Em uma segunda etapa, houve a reformulação prismática para aumento de inércia. Na terceira, foi feita a confecção de maquete em escala com mais de 300 sensores para testes em túnel de vento na Inglaterra. Com os resultados, a equipe chegou à etapa de detalhamento pré-executivo de todas as disciplinas do futuro empreendimento;
  • Fundação: Kirck aponta que a fundação do Empire 234 ainda está em desenvolvimento, visto a complexidade de ancoragem da torre que sofre muito com relação à altura e ventos;
  • Projeto arquitetônico: Kirck menciona que os maiores desafios surgiram com a necessidade de mais de uma morfologia de pavimento tipo (também conhecido como pavimento padrão). Aliado a isso, há a complexidade da altura da edificação, necessitando compatibilizar com os limites impostos pelos projetos complementares.

Modelagem

Prédio terá a academia mais alta do Brasil em prédios residenciais.
Crédito: Rodrigo Kirck Arquitetura

Devido ao tamanho de empreendimento, complexidade do projeto e quantidade de elementos a serem modelados por todas as disciplinas, tornou-se necessário trabalhar e modelar os projetos das instalações divididos em setores. 

“Na primeira etapa de projeto, onde discutimos todas as necessidades técnicas do empreendimento, fizemos as análises gerais de toda a arquitetura e pensamos no conjunto completo das necessidades da engenharia. Assim, após recebermos o projeto de arquitetura revisado contendo as adequações solicitadas pela equipe da Exponent, nós partimos para as primeiras modelagens. A quantidade de divisões dos modelos é decidida em conjunto entre os responsáveis de cada projeto e equipe de qualidade da Exponent, observando as complexidades, quantidade de modelagens, e principalmente, as vantagens que a divisão dos modelos irá nos proporcionar, como: facilidade de exportar e compartilhar os projetos, facilidade de vincular os projetos, praticidade no processo de compatibilização e identificação de interferências”, explica Leandro Oliveira, engenheiro e coordenador de projetos na Exponent Engenharia.

Para o projeto Empire 234, optou-se por dividir os projetos em quatro setores, seguindo os critérios mencionados. De acordo com Oliveira, isso permitiu que trabalhassem de forma mais eficiente, como se estivesse lidando com quatro projetos distintos, mas sempre mantendo a visão integrada do projeto como um todo.

Uso do BIM no Empire 234

Crédito: Rodrigo Kirck Arquitetura

Para Oliveira, usar metodologias e processos BIM (Building Information Modeling) proporcionou melhor direcionamento dos projetos, desde os primeiros passos. Com a determinação de um bom Plano de Projeto contendo todas as definições de processos de trabalho, foram organizadas as informações que são cruciais para o direcionamento da elaboração dos projetos e principalmente no alinhamento das comunicações. 

“Além disso, usar processos e metodologias BIM nos proporciona aumento da qualidade dos projetos, como confiabilidade nos quantitativos de materiais, disponibilidade de informação dos projetos através de modelos em 3D, compatibilização entre todos os projetos, fidelidade das informações das plantas baixas com as modelagens e qualidade técnica dos projetos. Esses são apenas alguns dos aspectos que evidenciam os benefícios do BIM para o projeto e construção do Empire 234. A sua utilização não apenas otimizou os processos envolvidos, mas também contribuiu para um resultado de alta qualidade e alinhado às expectativas e necessidades do cliente”, destaca Oliveira.

Entrevistados
Leandro Oliveira é engenheiro e coordenador de projetos na Exponent Engenharia.
Rodrigo Kirck é arquiteto do escritório Rodrigo Kirck Arquitetura.

Contatos
Leandro Oliveira: leandro@exponent.eng.br 
Rodrigo Kirck: contato@rodrigokirck.com.br 

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

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Palestra aborda inspeção e recuperação de edifícios em cidades litorâneas

Edifícios no litoral precisam de inspeções especiais.
Crédito: Reprodução/Palestra Stocco

A palestra "Edifícios em cidades litorâneas: inspeção, diagnóstico, recuperação e monitoramento de estruturas de concreto armado" foi um dos destaques da programação da Construsul BC – Feira da Indústria da Construção e Acabamento, que teve sua primeira edição realizada de 23 a 26 de abril em Balneário Camboriú (SC).

O responsável pela apresentação foi o engenheiro civil Joelcio Luiz Stocco, que falou sobre aspectos técnicos e métodos aplicados para evitar e recuperar a deterioração de estruturas em empreendimentos localizados no litoral.

Ao Massa Cinzenta, ele explica que as construções de edifícios nestes lugares não são mais complicadas nem mais caras do que em outros locais. "Porém, trata-se de uma região de alta agressividade ambiental, muitas vezes com névoa salina constante, sendo assim, as orientações normativas quanto à durabilidade devem ser atendidas tanto nos projetos quanto na execução", explica.

Abaixo, leia o bate-papo com Joelcio Luiz Stocco, mestre em engenharia pela Universidade Federal de Santa Catarina, sócio-administrador da Stocco Engenheiros Associados, diretor regional em Santa Catarina do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon) e membro da Diretoria da Associação Brasileira de Patologia das Construções (Alconpat Brasil). 

O quanto a tecnologia evoluiu, ao longo dos anos, para beneficiar a segurança de construções em cidades litorâneas?

Joelcio Luiz Stocco - Se pensarmos que o concreto armado é um material relativamente recente, pouco mais de 100 anos, ainda estamos aprendendo muito sobre ele. Porém, a tecnologia do concreto armado evoluiu drasticamente mais recentemente. O grande crescimento do uso do concreto armado se deu a partir dos anos 1950 no Brasil, e, em Florianópolis, onde atuo, a década de 1970 marcou o uso de um grande número de edifícios em concreto armado com ênfase no concreto aparente.

Com o passar do tempo, temos observado um grande número de manifestações patológicas surgindo nessas edificações. Os critérios de durabilidade foram tratados de forma mais firme somente a partir de 2003, quando a ABNT NBR 6118 passou por uma mudança expressiva e inseriu o tópico de durabilidade em seu texto. A versão anterior, a NB-1, de 1978, que passou a se chamar NBR 6118 em 1980, fazia apenas considerações sobre efeitos de segunda ordem de acordo com o ambiente, falando de algumas medidas, como, por exemplo, um maior cobrimento em ambientes agressivos, dependendo da agressividade, sem se aprofundar no tema.

Sendo assim, pode-se afirmar que critérios normativos acerca de durabilidade são recentes, mas tem se discutido muito o tema, onde a tecnologia do concreto armado evolui rapidamente. Contudo, as recomendações normativas ainda não são postas em prática de forma absoluta, e é comum ainda se encontrar obras que não seguem as prescrições da norma e que continuam apresentando danos com o passar do tempo.

Qual o tipo de concreto mais indicado nestes casos e suas especificidades?

Joelcio Luiz Stocco - Concretos com baixa porosidade, relação água/cimento (a/c) menor ou igual a 0,55, por norma. Na minha opinião, e em vários cursos que participei, já se fala em relações a/c menor ou igual a 0,5, mas, se já forem atendidas as orientações normativas, a estrutura vai apresentar um bom desempenho quanto à durabilidade.

Cabe salientar que na grande maioria das vezes a especificação do concreto vem apenas com a resistência à compressão, o famoso "fck", e, em outros casos, quem está fazendo a ordem de compra apenas informa a classe do concreto sem levar em conta a relação água/cimento (a/c).

Considerando que atualmente estamos conseguindo produzir concretos com até 8,5 kg de cimento por MPa [unidade de medida do fck], então, um concreto de resistência à compressão fck = 30 MPa estaria com uma relação a/c = 0,73, para um consumo de água de 185 litros por metro cúbico. O que acaba não atendendo à indicação das normas. Contudo, o uso de adições tipo escórias, fíler ou materiais pozolânicos pode colaborar para diminuir a porosidade do concreto.

Dessa forma, um profissional especialista em tecnologia do concreto pode colaborar muito na especificação do tipo de concreto mais apropriado para cada situação, e o próprio calculista poderia utilizar em seus projetos uma classe de concreto mais elevada, se beneficiando assim dessa maior resistência para otimizar seus cálculos.

Os danos mais observados são quais? E como evitá-los ou amenizá-los?

Joelcio Luiz Stocco - Os danos mais observados em estruturas de concreto armado em regiões litorâneas são os causados pela despassivação da armadura, provocado por elevado teor de íon cloreto, que, inicialmente, se manifesta com fissuras no concreto por causa da expansão da armadura, devido aos produtos de corrosão, seguido por lascamento do concreto e corrosão acentuada da armadura, evoluindo para lascamento acentuado do concreto e perda significativa da seção da armadura.

O item 6.3.3.2 da NBR 6118 (ABNT, 2023) já trata do assunto de como evitar ou minimizar esse problema: “…As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos (íon cloreto nesse caso) ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável o uso de concretos com pouca porosidade…”.

Engenheiro civil Joelcio Luiz Stocco realizou palestra na Construsul BC.
Crédito: Reprodução/Palestra Stocco

Também temos que pensar no tratamento das armaduras que já apresentam corrosão. Por algum tempo, foi utilizada uma técnica de aplicação de um metal de sacrifício (zinco) sobre as armaduras, porém, essa técnica se mostrou pouco durável, com a volta dos problemas num curto espaço de tempo. Atualmente, o procedimento mais usado é o de evitar a condição de ocorrência de corrosão.

Para que ocorra corrosão da armadura é necessário que três condições estejam presentes: o contaminante, que no nosso caso é o íon cloreto, a presença de água (umidade) e o oxigênio. Então, uma vez que o íon cloreto se liga à armadura, ele não sai mais. Até existem técnicas para a sua remoção, mas que, na prática, se tornam inviáveis economicamente. Dessa forma, o procedimento mais usual é a diminuição do teor de íon cloreto com remoção mecânica, aplicação de "anticorrosivo" e ponte de ligação sobre a armadura, finalizando com argamassa polimérica ou grout de recuperação, evitando que a água e o oxigênio cheguem até a armadura.

Outras medidas adicionais podem ser tomadas, como, por exemplo: aplicação de revestimentos hidrofugantes, pinturas especiais, proteção catódica das armaduras, entre outros (vide item 7.7 - Medidas especiais da NBR 6118). Cabe salientar que com o passar do tempo os problemas tendam a voltar, então, se torna essencial um acompanhamento das estruturas de concreto através de monitoramento periódico. Dessa forma, é possível que se procedam intervenções menores que recuperam o desempenho das estruturas e são menos onerosas aos proprietários. 

Fonte
Joelcio Luiz Stocco, engenheiro civil e representante da Stocco Engenheiros Associados Ltda

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