Brasil terá clima agressivo e exigirá projetos inovadores
Estudo prevê enchentes nas grandes cidades, longos períodos de chuva e de seca e temperatura 3 °C mais elevada
Estudo elaborado em 2015, e que atualmente encontra-se no ministério do Meio Ambiente, faz previsões alarmistas para o Brasil de 2040. As enchentes nos grandes centros urbanos, a degradação de estradas por conta das chuvas e a seca em algumas regiões do país, que são realidades já conhecidas, tendem a potencializar nos próximos 21 anos. Isso vai exigir da engenharia nacional soluções inovadoras. O documento “Brasil 2040 – Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas” avalia que cidades das regiões sul e sudeste terão que recorrer a diques, piscinões e rodovias pavimentadas com concreto para suportar o volume mais acentuado de chuvas.
Os cenários foram construídos a partir de dois modelos climáticos globais usados pelo IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, e regionalizados para o país pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O que a modelagem revela é que, em todas as projeções, o Brasil de 2040 será mais quente, com elevação da temperatura em até 3 °C na comparação com as que são registradas atualmente. Isso levará o país a praticamente ter uma estação chuvosa e uma seca, o que exigirá novas soluções energéticas e de abastecimento de água para enfrentar a realidade projetada pelo documento. “Haverá uma redução na vazão dos rios que abastecem a maior parte da população brasileira”, diz trecho do estudo.
Quanto às estradas, o levantamento tem um capítulo específico. Ele define que a vulnerabilidade das rodovias atingirá 22 estados. A análise ressalta que os custos de adaptação e reparos podem ser muito superiores à economia feita com obras mais baratas, que não serão satisfatórias em médio e longo prazo. Também recomenda o desenvolvimento de estudos sobre o risco de a infraestrutura rodoviária, que hoje roda majoritariamente sobre camada asfáltica, não resistir à maior intensidade de chuvas fortes. “Soluções de engenharia tradicional sairão mais caras”, estima Sérgio Margulis, economista que atuou na equipe que elaborou o “Brasil 2040 – Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas”.
Investir em prédios verdes está entre as soluções para minimizar impactos climáticos
O estudo também alerta sobre a situação dos portos brasileiros, destacando que será preciso construir quebra-mares em boa parte dos terminais, por causa da elevação do nível do mar. O custo da adaptação é calculado em 7 bilhões de reais. Outra parte do documento traz capítulo especial sobre a cidade do Rio de Janeiro-RJ, que já sofre com as fortes chuvas. O quadro que emerge é de colapso urbano quando ocorrerem ressacas e inundações. Apenas no município do Rio, o patrimônio imobiliário sob alto risco é estimado em R$ 124 bilhões. Para minimizar o quadro, a proposta é que haja maciço investimento em prédios verdes.
Edifícios e casas com telhados verdes, jardins filtrantes e “piscininhas” foi a solução encontrada pela cidade de Portland, nos Estados Unidos, para minimizar as inundações em períodos de chuvas intensas. As “piscininhas” são caixas de concreto para reter as águas pluviais. Elas são dimensionadas de acordo com o tamanho do terreno e devem segurar a água da chuva por pelo menos uma hora, antes de liberá-la para a rua. Dependendo da condição do terreno, a devolução da água para a rede pública se dá por canalização ou por bombas. Passada a chuva, a caixa de retenção deve permanecer vazia. Trata-se de solução que mostra que as mudanças climáticas vão exigir adaptações em praticamente todas as metrópoles do mundo, e que o Brasil não é exceção.
Veja a íntegra do estudo “Brasil 2040 – Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas”
Entrevistado
Reportagem com base no estudo “Brasil 2040 – Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas”
Contato
imprensa@mma.gov.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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