Qual a tendência dos lançamentos imobiliários até 2022?

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Incorporadores, analistas de mercado imobiliário e pesquisadores de tendências participaram de webinar promovido dia 16 de março de 2021 pelo SindusCon-PR, a fim de debater os desafios do setor após a chegada da segunda onda da pandemia no país. Para os especialistas, os lançamentos tendem a manter um bom ritmo nos próximos 8 meses, se estendendo até 2022, por uma única razão: o estoque de imóveis prontos acabou ou está muito baixo, dependendo da região do país.
Os participantes do webinar também foram unânimes quanto à tendência do mercado até o próximo ano. Para eles, o setor imobiliário será mais conservador, até por causa da alta da taxa Selic. Mas a crença é que não faltará dinheiro para financiamentos, tanto para quem quer construir quanto para quem quer comprar a casa própria. “Mesmo que a taxa Selic aumente 100% em 2021, saindo de 2% para 4% (recentemente foi elevada para 2,75%), não faltará dinheiro para o financiamento imobiliário. A caderneta de poupança, que é a principal fonte de recursos para o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) está abarrotada. Por isso, acredito, os bancos não irão aumentar a taxa do crédito, pois também estão com muitos recursos”, avalia Celso Petrucci, presidente da comissão de indústria imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e também economista-chefe do Secovi-SP.
Mas, afinal, para onde vão caminhar os lançamentos nos meses restantes de 2021 e em 2022? Essa foi a pergunta-chave do debate, também respondida por Petrucci. “Por ano, há 1,4 milhão de arranjos familiares que se modificam, sejam na forma de casamentos ou divórcios. Esse pessoal recorre inicialmente ao bom e velho apartamento com 2 dormitórios, na faixa de 250 mil e 350 mil. É o modelo que a grande parcela que compra imóvel financiado adquire. São aqueles que têm renda familiar na faixa de 7 mil reais a 10 mil reais”, explica o economista.
Prognósticos podem mudar se o país chegar ao final de 2021 com 70% da população vacinada
Outra unanimidade entre os analistas é que o mercado de imóveis residenciais de alto padrão também continuará aquecido ao longo do ano e se prolongará em 2022. Porém, eles entendem que há uma faixa que foi pouco explorada em 2020 e que pode servir de alavanca para incorporadoras e construtoras. “Os imóveis até 750 mil reais venderam muito bem em 2020. Idem para os imóveis entre 900 mil reais e 1,5 milhão de reais, designados de ‘alto padrão’. Esses venderam otimamente bem. Mas há outra faixa a ser explorada, que é a dos imóveis entre 750 mil reais e 900 mil, que atende uma nova classe média. Essa é uma demanda forte principalmente nas principais capitais do país e no interior de SP”, destaca Celso Petrucci.
O economista, porém, fez uma ressalta quanto às análises feitas no webinar. “Tudo isso pode mudar se chegarmos ao final de 2021 com 70% da população brasileira vacinada. Daí o cenário será outro, e com viés de crescimento mais acelerado”, entende. Petrucci também combate os pessimistas. Para ele, o atual momento, mesmo com as restrições impostas pela pandemia, é alvissareiro se comparado ao que o mercado imobiliário já enfrentou nos períodos em que o Brasil convivia com a hiperinflação. “Nada se compara aos anos 1980. Naquela época, o mercado imobiliário precisava matar um leão por dia e não havia como planejar os próximos passos”, conclui.
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Desafios para o mercado imobiliário em 2021”, promovido pelo SindusCon-PR
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Paraná terá o maior programa de concessões do Brasil

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Na semana de 15 a 19 de março de 2021 foi apresentado ao G7 o maior programa de concessões de rodovias em um único estado do Brasil, e que irá abranger 3.327 quilômetros dentro do Paraná. Além da equipe técnica do ministério da Infraestrutura, participaram das videoconferências representantes da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), da Fecomércio (Federação do Comércio Varejista do Estado do Paraná), da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), da Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná), da Fecopar (Federação dos Contabilistas do Estado do Paraná), da Faciap (Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) e da ACP (Associação Comercial do Paraná). Juntas, essas federações representam o G7 paranaense.
As reuniões técnicas abrangeram os projetos de engenharia previstos para os 6 lotes de concessões. O plano apresentado ao setor produtivo paranaense prevê privatizar 3.327 quilômetros, dos quais 1.783 serão duplicados e 492 receberão faixas adicionais. Serão construídos também 10 contornos urbanos em algumas das principais cidades do estado. Por contrato, 90% das duplicações deverão ser entregues entre o 3º e o 9º ano de concessão. A divisão das rodovias em 6 lotes baseou-se em dados da Empresa de Planejamento de Logística, ligada ao ministério da Infraestrutura. O investimento previsto ultrapassa os 60 bilhões de reais em 30 anos. Já o retorno à economia do Paraná é estimado em 135 bilhões de reais, na forma de aumento de produtividade, melhoria da logística e geração de emprego e renda.
Conheça as principais obras em cada lote
Lote 1
Com extensão de 473 quilômetros, abrange as rodovias federais que cruzam a região metropolitana de Curitiba e os Campos Gerais. Serão duplicados 313 quilômetros, nos seguintes trechos: 20 quilômetros do contorno norte-oeste de Curitiba; um novo traçado de 155 quilômetros da BR-277, entre São Luiz do Purunã e o trevo do Relógio, em Prudentópolis; 100 quilômetros da BR-373, entre Prudentópolis e Ponta Grossa, e 38 quilômetros da BR-476, entre Lapa e Araucária. Também está prevista a construção de mais 202 quilômetros de faixas adicionais (terceiras faixas). O investimento previsto é de 6,5 bilhões de reais.
Lote 2
Tem extensão de 575 quilômetros, e irá receber o maior volume de investimentos: 29 bilhões de reais. Inclui a duplicação de 382 quilômetros, 139 quilômetros de faixas adicionais, 32 quilômetros de ciclovias, 71 quilômetros de vias marginais e 58 passarelas para pedestres. Abrange a BR-277 em direção aos portos de Paranaguá e Antonina, a PR-407 e a PR-508, ambas no litoral. O lote 2 engloba também as estradas do Norte Pioneiro. Serão duplicadas a BR-369, entre Cornélio Procópio e Jacarezinho; a PR-092, entre Jaguariaíva e Jacarezinho, e a PR-151, entre Piraí do Sul e Sengés.
Lote 3
A extensão é de 562 quilômetros e o investimento em obras soma 7,63 bilhões de reais. Prevê 201 quilômetros de duplicações, nas seguintes rodovias: BR-323, entre Cambé e Sertaneja; PR-445, entre Londrina e Mauá da Serra, e BR-376, entre Ortigueira e Imbaú, incluindo correções na Serra do Cadeado. O projeto prevê ainda a implantação de 26 quilômetros de faixas adicionais, 15 quilômetros de pistas marginais, 32 passarelas para pedestres e 5 contornos em pista dupla - 2 em Ponta Grossa (norte e leste), além das cidades de Califórnia, Apucarana e Arapongas.
Lote 4
Engloba 628 quilômetros, com investimento de 7,7 bilhões de reais. A principal obra é a duplicação de 173 quilômetros da PR-323, entre Doutor Camargo e Iporã. Outros 125 quilômetros receberão faixas adicionais, além de 40 quilômetros de vias marginais e 57 passarelas para pedestres. O trecho entre Maringá e Londrina ganhará barreiras entre as pistas e acostamentos em 40 quilômetros. Também serão construídos 4 contornos para desviar o tráfego pesado do perímetro urbano de Londrina (norte), de Maringá (sul), de Nova Londrina e de Itaúna do Sul.
Lote 5
Envolve 430 quilômetros, com investimento de 4,33 bilhões de reais. Serão duplicados 243 quilômetros. A principal intervenção ocorrerá em 170 quilômetros da BR-369, entre Cascavel e Campo Mourão. Também serão duplicados 58 quilômetros da BR-163, entre Guaíra e Marechal Cândido Rondon. Outras obras previstas são a implantação de 21 quilômetros de vias marginais, incluindo Cascavel e Toledo, além de 68 retornos e 7 passarelas para pedestres.
Lote 6
Abrange 659 quilômetros e tem investimento previsto de 8,64 bilhões de reais. Pega o trecho da BR-277, no sentido entre Foz do Iguaçu até o Trevo do Relógio, em Prudentópolis), além da BR-163, entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques, e a PR-280, entre Realeza, Francisco Beltrão e Pato Branco. Prevê 444 quilômetros de duplicação, além da construção de 14 quilômetros de ciclovias, 111 quilômetros de vias marginais, 34 passarelas para pedestres, 1 contorno e 25 obras de arte, entre pontes, viadutos e trincheiras.
Assista à integra das videoconferências
Lote 1
Lote 2
Lote 3
Lote 4
Lote 5
Lote 6
Clique e baixe estudo completo realizado pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística
Entrevistado
Reportagem com base na série de videoconferências promovidas pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e o ministério da Infraestrutura
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No Texas, tecnologia 3D imprime casas com concreto bactericida

Crédito: ICON Build
Quatro casas construídas em Austin, no Texas-EUA, indicam qual será o futuro das residências em tempos de pandemia. Impressas com tecnologia 3D, as construções utilizam concreto bactericida patenteado como Lavacrete. O material utiliza Cimento Portland e aditivos especiais, o que dispensa o acabamento com argamassa e protege as paredes contra invasores microscópicos, como bactérias e fungos. Com resistência de 41 MPa, o concreto também cria estruturas resistentes a terremotos, tornados e furacões.
As residências foram impressas em 7 dias e, a exemplo do que já ocorre na Alemanha, não fazem parte de nenhuma experimentação. As construções serão colocadas à venda no mercado imobiliário da capital texana. Cada unidade tem 2 pavimentos. O inferior é impresso em 3D, sobre um radier de concreto, e o superior utiliza o sistema steel frame. "A comprovada tecnologia de impressão 3D oferece residências mais seguras e resistentes, projetadas para suportar incêndios, enchentes, vento e outros desastres naturais. O desempenho é melhor que o das casas construídas convencionalmente", diz o cofundador da ICON, Jason Ballard.

Crédito: ICON Build
Atuando na aplicação da impressão 3D dentro da construção civil desde 2017, a ICON é a desenvolvedora da impressora, batizada de Vulcan, e do Lavacrete - o concreto bactericida. “O Lavacrete talvez seja nossa melhor descoberta ao longo do desenvolvimento. Testando aditivos, e anexando soluções que dessem resiliência ao material, chegamos a um concreto que une resistência, ótimo desempenho térmico e acústico, e que serve de escudo às ameaças climáticas e aos inimigos invisíveis com as quais hoje temos que conviver. Além disso, é quase 100% imune às patologias que ameaçam os concretos convencionais”, assegura Ballard.
Construções estão em um bairro sustentável que surge em Austin: o East 17th Street
As casas construídas em Austin são o 24º projeto com impressão 3D desenvolvido pela ICON. Associada a outra startup da construção civil, a 3Strands, chegou-se a um preço competitivo para que a obra pudesse ser ofertada no mercado imobiliário dos Estados Unidos. Cada unidade será vendida por 450 mil dólares. “Este projeto representa um grande passo à frente, ultrapassando os limites de novas tecnologias e casas impressas em 3D”, resume Gary O'Dell, cofundador e CEO da 3Strands.

Crédito: ICON Build
As construções estão em um bairro sustentável que surge em Austin: o East 17th Street. O foco do projeto é abrir espaço para construções inovadoras no âmbito habitacional. "As residências do East 17th Street representam o futuro da construção de casas para o mercado imobiliário e ilustram o que é possível fazer com o emprego de novas tecnologias”, comenta Gary O'Dell. O empreendedor avalia que iniciativas desse porte são capazes de combater o déficit habitacional nos EUA, que em 2020 era de 2,5 milhões de unidades unifamiliares. “Podemos progredir na construção de alta velocidade para atender a demanda por habitações”, completa.
O projeto arquitetônico das casas é assinado pela Logan Architecture. A qualidade da impressão 3D em concreto levou a empresa a abdicar de acabamento para as paredes, tanto no lado externo quanto interno. “Optou-se por uma arquitetura minimalista, que valorize as características da impressão 3D”, justifica a designer Claire Zinnecker, que projetou as plantas das casas.
Veja o processo de construção das casas
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SENAI auxilia pequenas construtoras a se adequarem ao PBQP-H

Crédito: Moacir Evangelista/Sistema Fibra
Os 4 Institutos SENAI de Tecnologia em Construção Civil, que existem no Paraná, em Brasília, em São Paulo e na Bahia, agora prestam consultoria às pequenas empresas que queiram aderir ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). A vantagem de obter a certificação é que ela serve de pré-requisito para a concessão de financiamentos habitacionais em instituições financeiras, seja na Caixa Econômica Federal ou em outro banco.
A consultoria é destinada a todas as empresas que atuam no setor de execução de obras e elaboração de projetos. Primeiro, os técnicos dos Institutos SENAI de Tecnologia em Construção Civil realizam um diagnóstico da empresa, estruturam e padronizam os processos de produção e execução. O objetivo é garantir que todos os requisitos exigidos pela auditoria que concede a certificação sejam atendidos. Tanto a construtora quanto o escritório de projetos podem requerer um dos 2 níveis do PBQP-H, que são o A e o B.
As diferenças entre os níveis estão relacionadas com a quantidade de serviços e materiais controlados durante a obra, além do volume de requisitos atendidos, e que estão estabelecidos no referencial normativo SiAC (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil). Até o final de 2020, 1.894 construtoras estavam certificadas pelo PBQP-H. O ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), onde o programa está inserido, quer ampliar esse número para 3 mil até o final de 2022.
Cartilhas explicam como as empresas podem buscar a certificação no PBQP-H
Por isso, o MDR lançou no ano passado 3 cartilhas que explicam como as empresas podem buscar a certificação. Elas abordam os procedimentos sob 3 aspectos: o do construtor, do fabricante de materiais e do consumidor. Os documentos também estimulam a busca por sistemas inovadores de construção. Tanto é que o PBQP-H irá coordenar um concurso público para selecionar projetos inovadores no âmbito do programa Casa Verde e Amarela.
Atualmente, o PBQP-H é coordenado pela arquiteta e urbanista Rhaiana Bandeira Santana. Criado em 1998, o programa tem o propósito de induzir boas práticas e estimular a conformidade técnica dentro da cadeia produtiva da construção civil, através de 3 sistemas. Além do SiAC, o SiMaC (Sistema de Qualificação de Empresas de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos) e o SiNAT (Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos Inovadores e Sistemas Convencionais).
Os Institutos SENAI de Tecnologia em Construção Civil seguem os requisitos desses sistemas quando prestam assessoria às construtoras. Os IST também auxiliam na adequação das empresas à Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575). Um exemplo é o instituto inaugurado na década passada em Ponta Grossa-PR, que foi projetado e equipado para testar materiais e sistemas construtivos que atendam aos requisitos da norma. Nos laboratórios do IST localizado no Paraná é possível comprovar a qualidade e a segurança das edificações sob o ponto de vista estrutural, térmico, acústico e de resistência ao fogo.
Acesse as cartilhas do PBQP-H
Construtor
Fabricante
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Ponte pré-fabricada de quase 1.000 m é instalada em 7 horas

Crédito: Siegener Beitung
No dia 5 de março de 2021, uma das pontes da Autobahn 45, em trecho próximo a Dortmund, na Alemanha, foi instalada no eixo rodoviário em pouco menos de 7 horas. Pré-fabricada com estrutura mista (concreto e aço) a obra de arte com 984,5 metros de comprimento foi montada paralelamente à estrada, a fim de não interromper o tráfego de veículos. Depois da demolição da antiga ponte, e da construção dos pilares da nova estrutura, a ponte foi movida lateralmente por cabos de aço até se encaixar na rodovia. O custo de construção e da operação fechou em 179 milhões de euros.
A estrutura de 30 mil toneladas foi deslocada por 19 metros e 15 centímetros em 6 horas e 50 minutos. Trata-se da obra de maior envergadura a passar por esse modelo de engenharia na Europa. O planejamento foi decisivo para o sucesso da operação. Ao longo de 1 ano, aconteceu uma série de simulações na Suíça para testar todos os riscos envolvendo o deslocamento da ponte. O projeto de substituição da antiga obra de arte, construída em 1967, foi concebido em 2013.
Todos os dias, cerca de 90.000 veículos passam pela ponte, que originalmente foi construída com 4 faixas (duas em direção a Dortmund e duas no sentido contrário, em direção a Frankfurt). A nova estrutura tem 3 faixas. Quando todo o complexo rodoviário for concluído, serão 6 faixas. “A operação bem-sucedida abre o caminho para futuros projetos de construção. Viabilizar uma ponte sem interromper o tráfego de veículos é particularmente importante em rotas movimentadas e uma vantagem imensa para as concessionárias", afirma Elfriede Sauerwein-Braksiek, diretora da Autobahn GmbH, concessionária da A45.
Expectativa é de que tecnologia seja usada na reconstrução de duas novas pontes

Crédito: Hochtief
Para deslocar a ponte foram conectadas 15 unidades hidráulicas com cabos de aço. "O viaduto foi puxado, em vez de empurrado", diz Michael Neumann, gerente de projeto da Autobahn GmbH. Para fazer com que a estrutura deslizasse, foram instaladas vigas corrediças de concreto cobertas por teflon e untadas com graxa especial para reduzir o atrito. Também houve atenção com as condições meteorológicas na região, pois era necessário coincidir a operação com um dia ensolarado e pouco vento, a fim de facilitar a movimentação da estrutura. O planejamento permitiu que a ponte percorresse 30 metros por hora.
Ao longo da A45 existem 70 pontes e viadutos. Três outras obras de arte estão em reconstrução e existem planos de replicar a tecnologia de deslocamento em outras duas que serão reconstruídas. Além disso, a operação mobilizou todos setores de infraestrutura da Alemanha. “Isso mostra mais uma vez que os engenheiros civis podem estabelecer padrões elevados e, finalmente, alcançá-los”, avalia Enak Ferlemann, secretário do ministério de transportes do país. “Essa não é apenas uma conquista notável da engenharia, mas que deixa um legado inovador para ser aplicado em futuras obras”, completa.
Veja arte sobre a operação de deslocamento da ponte
Assista ao vídeo que mostra o encaixe da ponte no eixo rodoviário da A45
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Autobahn GmbH, concessionária da A45 na Alemanha (via departamento de comunicação)
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Caixa aposta em venda na planta para novas obras habitacionais

Crédito: Caixa Econômica Federal
A Caixa Econômica Federal cria novos estímulos para atrair consumidores que desejem adquirir a casa própria. Entre eles, o incentivo à aquisição do imóvel na planta. “A plataforma do banco voltada para essa modalidade de negócio é atraente tanto para quem compra quanto para quem constrói”, revela o superintendente-executivo de habitação da Caixa para Curitiba-PR e região, João Gilberto Rufini, em webinar promovido pelo SindusCon-PR.
O dirigente aponta que o banco decidiu atrelar a liberação de recursos ao construtor à capacidade do empreendimento de atrair financiamentos imobiliários ainda na fase de venda na planta. O novo pacote faz parte das recentes medidas anunciadas pela Caixa para estimular pequenas e médias empresas a manterem um bom volume de obras em 2021, e que passam a entrar em vigor ao longo do mês de março.
A linha de crédito que incentiva a aquisição de financiamento imobiliário na planta é chamada pela Caixa de “apoio à produção”. Ela promove a liberação de recursos ao construtor de acordo com a adesão dos mutuários ao empreendimento ainda em sua fase de lançamento. No webinar do SindusCon-PR, João Gilberto Rufini exemplificou como funciona a modalidade. “Se o empreendimento tiver 100 unidades habitacionais, e conseguir vender 30% delas, a Caixa libera 100% dos recursos para a obra”, explica.
O superintendente-executivo de habitação da Caixa para Curitiba-PR e região ressalta, porém, que a construtora terá que passar por análise de risco, de engenharia e jurídica para que o banco possa considerá-la apta a acessar esse modelo de financiamento. Segundo o dirigente da Caixa, o processo é bem criterioso para que haja a certeza de que o empreendimento será entregue aos mutuários, sem risco de que a aquisição do imóvel na planta vire “dor de cabeça”.
Saiba quais são as vantagens para clientes e construtores
João Gilberto Rufini também expôs as vantagens desse tipo de contrato para o cliente, que são:
- Congelamento do saldo devedor até que a obra seja entregue.
- Vigência de seguro MIP (Morte ou Invalidez Permanente) desde o início da obra.
- Possibilidade de utilizar o FGTS.
- Garantia de término da obra.
- Garantia do financiamento nas condições atuais, independentemente de mudanças na economia.
- Sem pagamento de mensalidades semestrais ou anuais.
- Suspensão de cobrança, em caso de atraso da obra superior a 180 dias.
Para as construtoras, as vantagens são as seguintes:
- Impossibilidade de distrato.
- Garantia de recursos para a conclusão do empreendimento.
- Utilização de recursos dos financiamentos obtidos com a venda na planta para a execução do empreendimento.
As novas medidas da Caixa estão ancoradas nos resultados da carteira de financiamento habitacional obtidos em 2020 pelo banco. No ano passado, foram concedidos 509 bilhões e 800 milhões de reais em crédito habitacional, superior aos 465 bilhões e 100 milhões de reais financiados em 2019. Dentro desse volume de recursos, as contratações com recursos da poupança (SBPE) evoluíram de 26 bilhões e 600 milhões para 53 bilhões e 700 milhões em 2020, ou seja, com crescimento superior a 100%.
Assista à íntegra do webinar promovido pelo SindusCon-PR
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Reportagem com base no webinar “Panorama da habitação”, realizado dia 9 de março pelo SindusCon-PR
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Brasil busca “selo verde” para ferrovias, a fim de atrair investidor

Crédito: Valec
O governo brasileiro busca o "selo verde" da Climate Bonds Initiative para 3 eixos ferroviários no país: a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) e a Ferrogrão. Com o “selo verde”, os projetos poderão acessar financiamento no mercado de green bonds (títulos verdes) que envolve fundos internacionais direcionados a obras sustentáveis. Estima-se que esses fundos tenham cerca de 700 bilhões de dólares para investir em empreendimentos que comprovem menor emissão de CO₂ na atmosfera. No entanto, eles só se interessam por projetos que tenham o aval da Climate Bonds Initiative. Trata-se de um organismo internacional que certifica obras de infraestrutura que contribuem com a sustentabilidade ambiental.
O documento a ser encaminhado à Climate Bonds Initiative mostra que a FIOL, a Ferrogrão e a FICO reduzirão a emissão de CO₂ em 84%, 77% e 74%, respectivamente. As razões estão relacionadas com a retirada de caminhões das rodovias, ao fato do modal ferroviário reduzir o uso de asfalto como pavimento e à construção industrializada de concreto na fabricação de dormentes e nos projetos de pontes, viadutos e túneis. O estudo a ser encaminhado à Climate Bonds Initiative foi elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística, a pedido do ministério da Infraestrutura. “A medida busca aumentar a atratividade dos projetos de infraestrutura do governo federal”, explica Arthur Lima, diretor-presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística). Duas das 3 ferrovias - a FIOL e a Ferrogrão - irão a leilão até o final do 2ª trimestre de 2021.
No começo de março, a Norte-Sul teve mais um trecho inaugurado
Para o ministério da Infraestrutura, a FIOL é a prioridade das prioridades neste ano. “Prioridade absoluta para nós é a FIOL. Temos uma previsão de 488 milhões de reais na lei orçamentária de 2021. Mas isso não é suficiente para avançarmos na velocidade que a gente quer”, diz o ministro Tarcísio Gomes de Freitas. Quando concluída, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste irá se conectar com a FICO e com a Norte-Sul no estado de Tocantins. No começo de março, a Norte-Sul teve mais um trecho inaugurado. Agora ela vai de São Simão-GO até Estrela D'Oeste-SP sem interrupção. Já as obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste estão previstas para começar em abril. A FICO tem orçamento previsto de 4 bilhões e a expectativa é que seu 1º trecho entre em operação em 2026.
Quanto à Ferrogrão, a ferrovia terá extensão de 933 quilômetros, conectando a região produtora de grãos do Mato Grosso ao Pará, desembocando no Porto de Miritituba. A expectativa é que o projeto seja licitado ainda no 1º semestre de 2021. “A Ferrogrão será um grande corredor ecológico, uma barreira verde que vai ligar o norte do Mato Grosso aos portos do Pará e reduzir em 1 milhão de toneladas por ano a emissão de CO₂ da atmosfera”, atesta Tarcísio Gomes de Freitas. O governo espera que, com o “selo verde”, a Ferrogrão possa atrair 12 bilhões de reais em investimentos privados. “Cada vez mais os fluxos financeiros estarão atrelados aos padrões ambientais. Por isso, precisamos fazer projetos sustentáveis para atrair esses fundings”, completa o ministro.
Entrevistado
EPL (Empresa de Planejamento e Logística) (via assessoria de imprensa)
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Itália homenageia Lina Bo Bardi, a arquiteta do concreto armado

Crédito: Instituto Bardi
Nascida na Itália, a arquiteta Lina Bo Bardi radicou-se no Brasil no período pós-Segunda Guerra Mundial. No país, consolidou um estilo e deixou seu legado construído fundamentalmente com concreto armado. Foi assim que concebeu o projeto do MASP, da Casa de Vidro e do SESC Pompéia – suas obras mais icônicas na cidade de São Paulo-SP. Como homenagem póstuma à arquiteta, que morreu em 1992, a Bienal de Arquitetura de Veneza, na Itália, concede o prêmio Leão de Ouro pelo conjunto da obra de Lina Bo Bardi.
O curador da 17ª edição da bienal, Hashim Sarkis, definiu assim a arquiteta: “Sua carreira como designer, editora, curadora e ativista nos lembra o papel do arquiteto como organizador e, mais importante, como construtor de visões coletivas. Lina Bo Bardi também exemplifica a perseverança da arquiteta em tempos difíceis, sejam guerras, conflitos políticos ou imigração, e sua capacidade de permanecer criativa, generosa e otimista o tempo todo. Seus edifícios exprimem isso, pela forma como unem arquitetura, natureza e vida.”
Sarkis também aponta Lina Bo Bardi como grande influenciadora da arquitetura no século 20. Naturalizada brasileira, ela torna-se a terceira do país a ter seu trabalho reconhecido pela Bienal de Arquitetura de Veneza. Antes, haviam sido homenageados Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, que foram agraciados em 1996 e 2016, respectivamente. O prêmio póstumo do Leão de Ouro coincide com a celebração dos 70 anos da Casa de Vidro - primeiro projeto de Lina Bo Bardi no Brasil.
Concreto é um material que sabe manifestar o pensamento do arquiteto
A Casa de Vidro, construída em 1951 no bairro Morumbi, em São Paulo-SP, é hoje sede do Instituto Bardi, criado em 1990, e onde ficará o Leão de Ouro quando chegar ao Brasil, provavelmente em julho deste ano. Mas a obra mais emblemática de Lina Bo Bardi é o Museu de Arte de São Paulo, o MASP, considerado um marco da arquitetura brutalista no Brasil. A Bienal de Arquitetura de Veneza define assim a obra: “Trata-se de um grande paralelepípedo de concreto e vidro que surge suspenso no vazio, a 8 metros do solo, sustentado por dois pilares vermelhos gigantes. O museu é concebido como um espaço pensado para as pessoas, com os seus espaços abertos, paredes móveis, suportes transparentes rodeados de espaços relacionais de encontro que favorecem o convívio social.”
Entre 1977 e 1986, também em São Paulo-SP, Lina Bo Bardi aproveitou a estrutura de uma antiga fábrica de tambores de óleo para projetar o centro social SESC - Fábrica da Pompéia. Do projeto saiu um gigantesco centro comunitário, recreativo, cultural e esportivo. Mais uma vez, a arquiteta não economizou no uso de concreto aparente. Uma vez, perguntaram sobre o que a inspirou projetar o MASP e o SESC Pompéia, Lina Bo Bardi confessou que via nos conceitos do “movimento brutalista” o resumo do que imaginava ser a arquitetura. Sobre o concreto, ela o definiu assim: “É um material que se manifesta como o efetivo meio de expressão para unir quem vê a obra ao pensamento do arquiteto e ao processo criativo que na obra foi materializado."
Entrevistado
Bienal de Arquitetura de Veneza e Instituto Bardi
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Consumidor de imóvel no Sul está mais cauteloso em 2021

Crédito: Governo de SC
Pesquisa divulgada pela Brain Inteligência Estratégica, sob encomenda da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) mostra que o consumidor de imóveis nos 3 estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) é o mais cauteloso para investimentos em 2021. Em comparação aos compradores de outras regiões do país, os sulistas são os que têm a menor intenção de compra para os próximos meses. O percentual de quem quer trocar de imóvel está em 35%, dos quais 9% já abriram negociação e 26% encontram-se na fase de pesquisa pela internet. No período pré-pandemia de COVID-19, a intenção de compra no Sul estava em 43%.
O centro-oeste é o que registra a maior taxa de intenção de compra, com 47%, seguido do Nordeste, com 46%. Nos estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo) o desejo pela troca de moradia está em 41%. De acordo com os representantes de construtoras que atuam no Sul do país, os fatores que mais influenciam os consumidores do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul estão relacionados à expectativa futura da taxa de juros para financiamento imobiliário, ao preço e à qualidade dos imóveis. “Sempre há bom mercado para bons produtos. O que esse consumidor quer é a oferta de imóveis que possam tirá-lo da zona de conforto”, avalia Leandro Melnick (presidente do conselho da Melnick e CEO da Even).
Já Thales Silva, diretor comercial da Rôgga, e Leonardo Yoshii (presidente do grupo A.Yoshii), acreditam que a tecnologia será capaz de despertar o comprador no Sul do país. A Rôgga passou a investir fortemente na construção industrializada para manter seus preços competitivos, enquanto a A.Yoshii fez um investimento forte em tecnologia para venda online, confiando em que as vendas se manterão aquecidas devido ao baixo estoque de imóveis, principalmente nas capitais da região sul. “Achamos que se as taxas de juros se mantiverem baixas elas continuarão funcionando como injeção na veia do mercado. Por isso, encaramos 2021 com otimismo, mas com os pés no chão”, revela Leonardo Yoshii.
Pesquisa mostra que demanda por moradias passa de 900 mil unidades na região
Para Rodrigo Putinato, diretor nacional de vendas da Cyrela e CEO da regional sul, o que mais preocupa o setor no momento é o descolamento do INCC de outros índices inflacionários. “Há um receio de que ele possa vir a prejudicar futuros projetos voltados para o Casa Verde e Amarela”, avalia. O INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) é uma taxa calculada mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para medir o aumento dos custos dos insumos utilizados em construções habitacionais. O índice é utilizado para reajustar as parcelas dos contratos de compras de imóveis em fase de construção.
A pesquisa da Brain Inteligência de Mercado também mostra quais são as preferências dos consumidores do sul. A maioria, 48%, prefere imóveis novos, dos quais 32% buscam os já construídos, enquanto 16% optam pela compra na planta. Outro dado apresentado é que o déficit habitacional nos 3 estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) representa 11,69% do índice nacional. Significa que há uma defasagem de 912.045 moradias na região (331.920 no Rio Grande do Sul, 324.522 no Paraná e 255.603 em Santa Catarina). Segundo o presidente da ABAINC, Luiz França, a manutenção da mais baixa taxa de juros da história tende a ajudar a combater esse déficit. “Estamos falando do melhor momento para o tomador de financiamento imobiliário. A tendência é que continue assim em 2021”, finaliza.
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Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Expectativa do mercado imobiliário na região Sul do Brasil”, promovido pela Brain Inteligência Estratégica, junto com a ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias)
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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
Começa a construção do mais longo túnel imerso do mundo

Crédito: Femern Link Contractors
Dia 2 de fevereiro de 2021 marcou o início da construção do mais longo túnel imerso do mundo. O Fehmarnbelt Tunnel vai cruzar 17 quilômetros e 600 metros do Mar Báltico, ligando a Alemanha à Dinamarca. A obra leva o título de túnel imerso mais longo por causa da forma como será construído. Grandes aduelas pré-moldadas de concreto serão submersas e encaixadas no fundo do mar para formar a estrutura. O EuroTúnel, que liga a França à Inglaterra, apesar de ter uma extensão de 50 quilômetros para vencer o Canal da Mancha, trata-se de um túnel escavado no subsolo marítimo e não imerso no mar.
O amadurecimento do projeto do Fehmarnbelt Tunnel levou 12 anos. Vem desde 2008, quando Alemanha e Dinamarca assinaram um tratado para viabilizar a obra. Em seguida, demorou mais de uma década para que a legislação necessária fosse aprovada pelos dois países e para a realização de estudos de impacto geotécnico e ambiental. O governo dinamarquês deu mais agilidade ao processo, enquanto a Alemanha precisou enfrentar judicialmente uma série de organizações - empresas de balsas, grupos ambientais e prefeituras - que apelaram contra o projeto.

Crédito: Femern Link Contractors
A um custo de 7 bilhões de euros, o Fehmarnbelt Tunnel ficará submerso a 40 metros em seu ponto mais profundo. Foi escolhido o trecho mais estreito entre a Alemanha e a Dinamarca para sua instalação: o Fehmarn Belt, um estreito entre a ilha alemã de Fehmarn e a ilha dinamarquesa de Lolland. A joint venture Femern Link Contractors é a responsável pela obra, e tem a liderança da francesa Vinci - a 5ª maior empreiteira do mundo. As obras foram iniciadas no lado dinamarquês, onde também está a fábrica de pré-moldados que fornecerá as aduelas para o túnel. A construção vai empregar 2.000 trabalhadores no auge da produção.
Obra será de duplo modal e travessia entre os países será feita em 10 minutos

Crédito: Femern Link Contractors
O Fehmarnbelt Tunnel será de duplo modal: rodoviário e ferroviário. Atualmente, a travessia mais utilizada entre os dois países é por balsa e leva 45 minutos. Com a nova obra, prevista para ficar pronta em 2029, o trajeto de trem levará 7 minutos e de carro 10 minutos. O túnel terá 8,9 metros de altura e 42,2 metros de largura. A estrutura submersa será formada por 89 elementos pré-moldados de concreto. Cada peça pesará 73.500 toneladas e medirá 217 m de comprimento. Antes das aduelas serem lançadas ao mar serão dragados 15,5 milhões de m³ do solo marítimo para fazer a “terraplanagem” do terreno.
O volume de concreto para a construção dos elementos pré-moldados é estimado em 2.480.000 m³, segundo cálculos que constam na especificação do projeto. Outras obras que exigirão concreto na construção do túnel consumirão mais 570.000 m³. A tecnologia para viabilizar o Fehmarnbelt Tunnel não é nova. Já foi aplicada com sucesso na construção do Öresund, que também cruza o Mar Báltico e liga Copenhague, na Dinamarca, a Malmö, na Suécia. Essa obra tem 16 quilômetros de extensão, incluindo o trecho de ponte estaiada e o túnel submarino. Inaugurado em 2000, o Öresund é uma das obras mais premiadas da engenharia moderna.

Crédito: Femern Link Contractors
Acesse o projeto detalhado do Fehmarnbelt Tunnel
Assista ao vídeo de como será construído o túnel
Entrevistado
Femern Link Contractors, joint venture de construtoras para executar a obra do Fehmarnbelt Tunnel (via departamento de comunicação)
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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330







