Autocicatrização do concreto garante maior durabilidade às estruturas
A primeira edição da Construsul BC – Feira da Indústria da Construção e Acabamento foi realizada em Balneário Camboriú (SC) de 23 a 26 de abril e reuniu cerca de 150 expositores do setor, além de promover uma série de palestras relevantes sobre os mais diversos assuntos.
Um dos destaques foi a apresentação "Autocicatrização do concreto, o caminho para durabilidade das estruturas", ministrada pela engenheira civil Rafaela Eckhardt, consultora técnica da Penetron. "Atualmente, a autocicatrização no concreto ocorre através de um aditivo cristalizante incorporado ao concreto fresco, que, em contato com água e com os compostos de hidratação do cimento, reage formando cristais insolúveis nos poros e fissuras do concreto, com aberturas de até 0,5 mm", explica a especialista, ao Massa Cinzenta.
"Este processo pode ocorrer em até 28 dias em contato permanente com água. Apesar do aditivo ser a forma mais utilizada no mercado, principalmente em situações de obras novas, há também o fornecimento desta tecnologia aplicada de forma tópica por projeção ou pintura sobre o concreto endurecido, ambas com o mesmo desempenho", complementa.
O chamado concreto autocicatrizante tem a capacidade de "curar" ou reparar suas fissuras sem a intervenção externa, promovendo a selagem e recuperação das propriedades do material e mantendo sua estrutura. "Com base nos ensaios de penetração de cloretos e de carbonatação, em modelos de durabilidade, ou seja, em corpos de prova fissurados (considerando a situação mais crítica presente em obra), é verificada uma vida útil de 110 anos [em vez de 50] para a estrutura de concreto autocicatrizante, justificada pela proteção que o material dá à estrutura, impedindo a entrada de agentes agressivos ao concreto e ao aço", afirma Rafaela Eckhardt.
Em relação aos custos, a especialista diz que eles são baixos, principalmente se forem considerados o custo/benefício e o ganho de durabilidade - e garante que o mercado já vem utilizando o material em larga escala.
A indicação para o seu uso, segundo ela, seria em situações de concretos hidráulicos, que terão contato com a água. "Sendo assim, se for citar estruturas que deveriam receber o autocicatrizante, teremos alguns exemplos na parte imobiliária: subsolos, piscinas, fundações, contenções, concreto aparente, poços de elevador etc. Já nas áreas de infraestrutura: Estações de Tratamento de Água (ETA) e Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), pontes, túneis, portos, silos, estádios, barragens etc."
Com a tecnologia desenvolvida ao longo dos anos, a engenheira civil afirma que a autocicatrização foi aperfeiçoada, já que foi observado que "não há efetividade em durabilidade quando não se tem essa característica junto com a redução da permeabilidade, pois todo o concreto fissura, e, se esta fissura não for colmatada [preenchida], a penetração de agentes agressivos irá ocorrer por ela". Rafaela reforça, ainda, que o Brasil, de forma geral, está bem avançado no assunto e que a tecnologia está consolidada. E destaca a realização do 1º Simpósio Brasileiro de Autocicatrização (Sibracic), na UFRGS, em Porto Alegre, em setembro deste ano.
A especialista também diz que não há uma norma técnica brasileira específica sobre autocicatrizante ou cristalizante, e que, por isso, são utilizadas como parâmetros as seguintes normas:
NBR 11768: Aditivos químicos para concreto de cimento Portland, que informa a existência de um aditivo redutor de permeabilidade (RP), porém, não aborda requisitos de desempenho e não fala sobre a característica de autocicatrização.
GB 18445: Materiais cimentícios impermeabilizantes por cristalização capilar, onde aqui já constam informações de desempenho, além de abordar a cristalizante por adição e por pintura.
ACI 212.3: Relatório sobre aditivos químicos para concreto, onde aqui a tecnologia é descrita como aditivo redutor de permeabilidade, havendo a separação entre os cristalizantes, para condições hidrostáticas (PRAH – Permeability-Reducing Admixture: Hydrostatic Conditions), e os hidrofugantes, para condições não hidrostáticas (PRAN - Permeability-Reducing Admixture: Non-Hydrostatic Conditions).
Ainda sobre documentos técnicos, Rafaela Eckhardt informa que o CT 501 (Comitê Ibracon/IBI Estanqueidade de Estruturas de Concreto) está elaborando uma espécie de guia, que, futuramente, deverá ser uma norma, sobre o aditivo redutor de permeabilidade por cristalização capilar integral autocicatrizante, onde serão avaliados os desempenhos quanto à redução da permeabilidade e à autocicatrização de fissuras.
Fontes
Construsul BC – Feira da Indústria da Construção e Acabamento
Rafaela Eckhardt, engenheira civil e consultora técnica da Penetron
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
Vogg Experience
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
Obras de concreto estanque: veja como minimizar problemas
De acordo com dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), os gastos com impermeabilizantes durante o processo de construção são estimados entre 1% e 3% do custo total da obra, podendo atingir de 10% a 15% em situações que demandam correção. Durante a Feira Construsul, realizada em Balneário Camboriú, André Luís Rossi, sócio-proprietário da Fênix Engenharia e Consultoria, falou sobre a importância da Análise Técnica (ATP) e Controle de Qualidade (CQP) de projeto para obras de concreto estanques.
Primeiramente, Rossi abordou a importância da impermeabilização. “Ela se faz necessária para evitar desperdício de água, proteger e valorizar o patrimônio, aumentar a durabilidade das estruturas e garantir a salubridade do ambiente”, afirma Rossi.
Para evitar problemas de infiltração, Rossi destaca a importância de fazer um planejamento que inclua as seguintes etapas:
- Envolvimento no pré-projeto;
- Análise do projeto estrutural e arquitetônico;
- Definição de parâmetros para estruturas estanques;
- ATP – Avaliação Técnica do Projeto;
- Projeto de impermeabilização;
- CQP - Controle De Qualidade Do Projeto.
Projeto de Impermeabilização
Para Rossi, é fundamental ter um projeto para uma fase tão complexa da obra. “A escolha e definição de um sistema impermeabilizante passa por muitas variáveis, que são analisadas na elaboração de um projeto de impermeabilização. Este documento também deve trazer um estudo de detalhes e fatores que podem interferir em um bom desempenho da impermeabilização. Por fim, deve considerar a durabilidade da estrutura e a estanqueidade”, pontua Rossi.
- Leia também: Impermeabilização deve vir contemplada no projeto
ATP -Avaliação Técnica de Projeto Estrutural
A ATP é um processo de análise técnica não somente na parte de impermeabilização, mas sim para qualquer projeto estrutural, principalmente em estruturas que têm um grau de responsabilidade sobre o cálculo delas. “É uma espécie de ‘conferência’. Caso seja necessário, os ajustes são feitos por dois profissionais, tanto pelo projetista quanto pelo profissional que está realizando a ATP em comum acordo sobre as modificações”, expõe. Ainda de acordo com Rossi, ela deve ser realizada antes da execução das estruturas e o ideal é que seja feita junto com o desenvolvimento do projeto.
Rossi afirma que a ATP é composta por uma análise criteriosa dos projetos estruturais. “No caso dos projetos de obras estanques, analisamos todos os aspectos de esforços que serão solicitados pela estrutura, tanto das lajes subpressão, quanto das paredes de contenções e blocos de fundação”, destaca.
O objetivo da ATP é avaliar se o projeto atende às questões de segurança e desempenho exigidos para a estrutura usada como elemento estanque. “A ATP traz uma análise detalhada e criteriosa para minimizar possíveis erros e garantir a segurança e estabilidade da estrutura. Caso a ATP não seja feita, corre-se o risco de ter uma estrutura que não tenha o desempenho necessário, além de comprometer a vida útil do edifício”, justifica Rossi.
Ainda, deve ser feita por um profissional diferente do responsável pelo Projeto Estrutural. “Para realizar a ATP de um projeto, é necessário que o profissional seja um engenheiro especialista em Cálculo Estrutural. No caso da ATP para obras de concreto estanques, é de extrema importância que o profissional, além de ser um calculista estrutural com uma certa experiência, conheça também sobre solos, pois a influência do lençol, tipo de solo e atuação dele na estrutura irão influenciar nos cálculos finais de esforços na estrutura”, detalha Rossi.
CQP – Controle de Qualidade do Projeto
De acordo com Rossi, o CQP (Controle de Qualidade do Projeto) nada mais é que a conferência, acompanhamento e direcionamento de algumas etapas. “No caso da impermeabilização ou estanqueidade da obra, trata-se de detalhes e tratamentos para que sejam executados minimizando ou zerando a possibilidade de erros, ou de processos aplicados de forma errada. Ele ajuda a identificar as formas para eliminar causas de resultados insatisfatórios”, explica Rossi.
Os procedimentos do CQP são desenvolvidos durante a execução e detalhes são observados durante visitas. Além disso, há várias reuniões de alinhamento.
A qualidade das aplicações ou execuções de procedimentos visando a estanqueidade indicada em projeto, ou até mesmo durante o CQP, exigem uma certa experiência, por isso é recomendado que seja executado por uma mão de obra que saiba todos os procedimentos para o sucesso da etapa de execução.
“Existe uma sinergia entre o executor do CQP e a equipe de aplicação, garantindo que tudo ocorra conforme especificado. O alinhamento entre a equipe e o sistema escolhido para aplicação em certas etapas inclui muitas vezes o treinamento pelos fabricantes e a, experiência e vivência de situações encontradas em outras obras”, conclui Rossi.
Entrevistado
André Luis Rossi é sócio-proprietário da Fênix Engenharia. Trabalhou como consultor técnico comercial de empresas como a Lwart, Sika, Dryko e Penetron. Como engenheiro civil, atuou em obras comerciais e de infraestrutura, além de loteamento. Também foi engenheiro civil da Odebrecht Engenharia.
Contato: rossi.adnrefenix@gmail.com
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
Conheça o museu “flutuante” com 1 km construído na China
No início do ano, foi inaugurado na China um museu que fica nas proximidades de um lago artificial e se estende por 1 quilômetro. Caracterizado por uma arquitetura que emula as formas sinuosas das ondas do mar, o Museu de Arte Zaishui está localizado em Rizhao, na província de Shandong. Trata-se de uma realização do escritório de arquitetura Junya Ishigami + Associates, do Japão.
O interior do museu não só funciona como um local para exposições, mas também desempenha o papel de área comercial e centro de visitantes.
Arquitetura integrada à natureza
O design do Museu de Arte Zaishui é uma fusão entre arquitetura moderna e a natureza circundante. No momento do planejamento, o arquiteto Junya Ishigami embarcou em uma jornada até Wuzhen, uma cidade entrelaçada por canais, onde pôde explorar diversas opções. No desfecho, optou não por localizar o museu à margem, mas sim integrá-lo ao próprio lago.
Ancorado ao solo em ambas as extremidades, o museu se estende ao longo das margens do lago. Dentro da estrutura principal, ausentam-se paredes, divisões ou barreiras visuais. Em seu lugar, um piso de concreto polido contínuo distingue os espaços. À semelhança de muitas construções tradicionais japonesas, o piso transcende sua função básica de sustentação, tornando-se um elemento crucial na definição do ambiente. Sua superfície em concreto, expansível e contrátil, delineia áreas específicas e rotas de circulação.
No ponto mais estreito, localizado no hall de entrada, o piso se estreita a apenas 213 cm de largura. A água do lago se estende pelas bordas externas deste caminho, onde o concreto se curva suavemente, simulando uma praia de areia. "Eu o concebi como uma ilha", comenta Ishigami.
Materiais utilizados
O espaço é equipado com 900 painéis de vidro transparente, os quais se estendem por cerca de 10 cm abaixo da superfície do lago. Uma lacuna entre o envidraçamento e o piso de concreto, deliberadamente deixada aberta, permite que a água flua para dentro, enquanto nas áreas ocupadas, o piso se eleva constantemente 10 cm acima dela. Durante o inverno, quando o lago congela, um sistema de aquecimento de volume de ar variável sob o piso mantém a água no interior líquida, apesar de estática e cristalina. No verão, as brisas trazem ar fresco ao ambiente, graças aos cem painéis operáveis. "Meu objetivo era criar um novo ambiente externo dentro do próprio edifício", explica o arquiteto.
Entre as camadas de vidro, estão 150 colunas de concreto reforçado com aço ao longo de cada lado do edifício. Com espaçamento de aproximadamente 6,10 metros e dimensões de 35,5 cm por 22,8 cm, essas colunas transferem suas cargas para fundações únicas, assentadas no fundo estável do lago. Sob a água, elas também sustentam as barras de aço que prendem as unidades envidraçadas por baixo. Ao contrário de projetos anteriores de Ishigami, como o Workshop do Instituto de Tecnologia de Kanagawa, que empregou 305 colunas de aço superfinas, o sistema estrutural aqui foi mais direto. Contudo, a realização de uma construção de concreto de alta qualidade exigiu orientação dos arquitetos e inúmeras simulações por parte do empreiteiro.
Um dos destaques do projeto é o telhado ondulado, construído em concreto. Alcançando sua altura máxima de 4,88 metros no extremo oeste do edifício, ele declina até atingir sua mínima elevação de 1,22 metros. Essas variações possibilitaram a Ishigami manipular as relações entre o interior e o exterior. Onde o telhado se inclina para baixo, apenas o lago é visível, enquanto nas áreas onde se eleva, a paisagem se expande, revelando a montanhosa vista ao longe. Na sua face inferior, o teto de concreto é banhado pela luz do sol em constante mutação, cujas sombras se refletem na água. Além de lâmpadas portáteis para emergências, o sol é a única fonte de iluminação do museu, novamente obscurecendo a distinção entre o interior e o exterior. Para aproveitar ao máximo as melhores horas de luz do dia, o museu opera somente das 10h às 16h.
Fonte
Escritório de arquitetura Junya Ishigami + Associates
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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Contrapisos autonivelantes: quais as vantagens e onde usá-los?
O contrapiso autonivelante nasceu na Europa nos anos 70. No entanto, ele passou a ser difundido de forma mais efetiva na Espanha a partir dos anos 90, mais precisamente em 1999.
“O contrapiso autonivelante é uma argamassa de alta fluidez, mais precisamente autoadensável, para ser usada como camada de revestimento intermediária, ou seja, como etapa de regularização”, define Luiz Alberto Trevisol Junior, engenheiro civil e gerente técnico da Hobimix.
Como é feito um piso autonivelante?
Trevisol explica que o contrapiso autonivelante é desenvolvido a partir da combinação de agregados com curvas granulométricas precisamente ajustadas. Ainda, conta com uma composição de aglomerantes e adições que tem como objetivo garantir uma melhor reologia do material e, aditivos de última geração que além de promoverem a fluidez do material e a retenção da água, permitem com que ele possa ser aplicado e bombeado a grandes alturas.
“A dosagem racional aliada à escolha das matérias primas e o controle no momento da produção permitem que o material mantenha suas características durante a aplicação, mesmo quando submetido a transporte a grandes alturas garantindo produtividade”, pontua o gerente técnico da Hobimix.
Onde utilizar um contrapiso autonivelante?
Os contrapisos autonivelantes podem ser utilizados em quaisquer áreas que necessitem de regularização e/ou proteção mecânica. “Suas características permitem que ele tenha um ótimo desempenho em ambientes internos como residências e áreas comerciais como supermercados e lojas. Já para áreas externas, o indicado é que os espaços que receberão o contrapiso e o revestimento final sejam de tráfego moderado”, sugere Trevisol.
Diferentes tipos de contrapiso autonivelante
Os diferentes tipos de contrapisos autonivelantes variam de acordo com as matérias-primas utilizadas e os aditivos neles empregados, segundo o gerente técnico da Hobimix.
“Essas variações acabam por alterar suas características de aplicação, por exemplo, método de bombeamento e espalhamento bem como as suas resistências finais de compressão, abrasão e seu módulo de elasticidade. Em alguns casos ainda há a utilização de fibras para otimizar o produto em aplicações sobre mantas, no sistema flutuante” Podem ser bombeadas através de autobombas, as mesmas utilizadas para o bombeamento vertical de concreto, ou então em bombas de pistão, utilizadas em aplicações de menor escala, ou ainda em bombas helicoidais que também são conhecidas como bombas de rotor-estator, que funcionam bem para materiais mais viscosos”, afirma Trevisol
Vantagens do piso autonivelante
Na opinião de Trevisol, os benefícios de utilizar os contrapisos autonivelantes passam por aspectos técnicos e econômicos:
- A diminuição da espessura do contrapiso a ser aplicado. Consequentemente, isso diminui a carga aplicada sobre a superfície.
- Como o próprio nome do produto sugere, ele oferece melhor nivelamento da superfície.
- A diminuição do aparecimento de fissuras, uma vez que os usos de aditivos químicos contam com propriedades de retenção de água auxiliam na menor retração do material;
- Quando comparado aos métodos tradicionais de aplicação de contrapiso, a produtividade é infinitamente superior. O fato do produto se ajustar ao ambiente aplicado por conta da sua fluidez e do método de lançamento mecânico faz com que a área aplicada em alguns casos supere os 1000 m²/ dia. Isso diminui consideravelmente o tempo desta fase da obra e, consequentemente, o custo do metro quadrado aplicado;
- Por conta da planicidade e acabamento final, existe a redução do consumo de argamassa colante para assentamento de revestimentos e otimização da aplicação de pisos laminados e vinílicos;
- O contrapiso autonivelante pode ser aplicado sobre sistemas acústicos e de aquecimento.
Entrevistados
Luiz Alberto Trevisol Junior, gerente técnico da Hobimix é engenheiro civil, mestre em engenharia de materiais com trabalho voltado ao estudo das propriedades e desempenho da argamassa estabilizada.
Contato
luiz.alberto@hobimix.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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Copel anuncia R$ 2,1 bilhões de investimentos em 2024 para distribuição de energia
O Governo do Paraná e a Copel (Companhia Paranaense de Energia) anunciaram, no início de março, um plano de investimentos recorde para a distribuição de energia no Estado. Serão R$ 2,1 bilhões aplicados em obras de melhorias em todas as regiões, até o final de 2024.
De 2019 até o início deste ano, a companhia já havia totalizado R$ 12,7 bilhões em recursos para o setor. "Estes investimentos dão continuidade à modernização dos ativos da companhia iniciada em 2019 e garantem a prestação de serviço a mais de 11 milhões de paranaenses", destacou o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero.
Os projetos preveem a construção de novas redes, de 18 subestações, 12 linhas de distribuição e a ampliação e modernização de outras 80 subestações, além da instalação e substituição de transformadores.
Das 18 novas subestações, três delas devem começar a operar ainda em 2024: a de Petrópolis (em Francisco Beltrão), a de Morangueira (em Maringá) e a de São Miguel do Iguaçu (em Oeste). Outras que também já estão sendo construídas são as de Capanema, Cianorte, Campo Mourão e Apucarana - essa última, de acordo com o Governo do Estado do Paraná, vai operar em 138 mil volts e beneficiará diretamente mais de 14 mil unidades consumidoras da região.
Em relação às 12 novas linhas de distribuição previstas, a ideia é que três fiquem prontas ainda em 2024, ampliando ainda mais o fornecimento de energia em grandes centros urbanos, principalmente. Já sobre as obras de melhorias em outras 80 subestações, o plano prevê a conclusão das obras de 26 delas em 2024, enquanto as outras 54 unidades deverão ser finalizadas a partir de 2025.
Além disso, o aporte financeiro será utilizado em alguns dos principais programas da empresa, como o Paraná Trifásico, que tem como objetivo substituir a rede rural existente por uma mais moderna, com cabos protegidos e capacidade de comunicação remota. Até o final do ano, a intenção é concluir as obras em 20 mil km dessas redes - em 2023, já foram implantados 15 mil km.
"Estamos anunciando o maior investimento da história da Copel. Com isso, estamos colocando mais velocidade no Paraná Trifásico, que é o maior programa de rede trifásica da América Latina", ressaltou o governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior.
O Rede Elétrica Inteligente, maior programa do gênero no Brasil, também receberá parte do aporte financeiro de R$ 2,1 bilhões. A tecnologia permite que os clientes possam realizar a leitura de consumo de energia de forma on-line, acompanhando e monitorando tudo pelo celular, em tempo real. O sistema permite, ainda, uma redução do tempo de desligamento de energia provocado por intempéries e fatores externos, por exemplo.
Segundo a Copel, em 2024, devem ser instalados cerca de 500 mil medidores inteligentes. Nesta primeira fase, 151 municípios receberão a rede de distribuição automatizada, nas regiões Centro-Sul, Sudoeste, Oeste e Leste.
Os R$ 2,1 bilhões anunciados como investimentos para 2024 se referem somente à modernização e ampliação da rede elétrica do Paraná, mas há outros projetos previstos para Copel. A assessoria de imprensa da companhia informou ao Massa Cinzenta que os investimentos em geração solar, por exemplo, vêm de outra área da empresa, totalizando R$ 2,4 bilhões de recursos neste ano.
Com investimento de R$ 20,6 milhões, três usinas solares começaram a produzir energia em abril: as de Arapongas (Norte), Paranacity (Noroeste) e Umuarama (Noroeste). Juntas, elas têm a capacidade de abastecer cerca de 5 mil residências. As obras fazem parte de um programa da Copel que prevê a neutralização das emissões de gases do efeito estufa até 2030.
Fontes
Copel (Companhia Paranaense de Energia)
Governo do Estado do Paraná
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
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Imóveis de luxo e superluxo em Curitiba registram recorde de vendas
A venda de apartamentos em Curitiba cresceu 4% em 2023, em relação a 2022, chegando a 7.643 unidades comercializadas, segundo uma pesquisa divulgada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.
Os dados também mostram um aumento de 23,8% no Valor Geral de Vendas (VGV), totalizando R$ 5,4 bilhões, o que reforça o aquecimento dos segmentos de luxo e superluxo, que tiveram recorde de comercialização, segundo as entidades.
Além disso, o crescimento em ofertas lançadas nos padrões luxo (com valores entre R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões) e superluxo (acima de R$ 3 milhões) superou a média do mercado (que foi de 10,6%), registrando 19,5% e 24,1%, respectivamente.
Dados mais atuais compartilhados pela assessoria de imprensa da Ademi-PR com o Massa Cinzenta mostram que houve uma alta de 8,2% no preço médio do metro quadrado dos apartamentos novos em Curitiba nos últimos 12 meses (quase o dobro da inflação registrada no período, que foi de 4,4%). O preço médio ficou em R$ 12.373 em fevereiro de 2024, enquanto, no mesmo período de 2023, era de R$ 11.426.
Também houve um crescimento de 25,5% em vendas de apartamentos residenciais novos em Curitiba nos dois primeiros meses de 2024, em relação ao mesmo período de 2023 (passando de 1.222 apartamentos para 1.534), e um aumento da velocidade de vendas dos apartamentos novos em fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023.
Abaixo, leia o bate-papo com Thomas Gomes, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), sobre os dados da pesquisa e sobre a previsão para o setor em 2024.
Em relação ao mercado de imóveis de luxo e superluxo em Curitiba, quais os principais elementos responsáveis pelo aumento nas vendas?
Thomas Gomes - Os segmentos de luxo e superluxo têm se mostrado resilientes. Houve um número grande de lançamentos, com imóveis mais inovadores, bem localizados e com arquitetura totalmente diferenciada, e isso tem se mostrado muito relevante para quem está fazendo um upgrade, ou seja, trocando seu imóvel atual por um maior ou bem localizado.
Qual é a previsão para 2024, tanto sobre os de luxo e superluxo quanto sobre o mercado como um todo?
Thomas Gomes - A conjuntura econômica está favorável para o mercado imobiliário considerando o contexto de queda na inflação, alta na geração de emprego e renda, assim como as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a tendência de cortes na taxa básica de juros (Selic).
A variação da taxa de juros impacta diretamente no valor do financiamento imobiliário, tanto em relação ao acesso ao crédito pelo comprador quanto para a concessão de recursos para as construtoras e incorporadoras viabilizarem os seus lançamentos imobiliários. Se todas essas tendências se confirmarem, podemos ter mais um ano positivo para o mercado imobiliário.
Qual o impacto do aquecimento do mercado imobiliário de luxo na construção civil, de forma geral?
Thomas Gomes - O mercado imobiliário é o principal gerador de emprego e renda no país. Logo, um mercado aquecido significa mais empreendimentos sendo lançados e, consequentemente, mais vagas de trabalho disponíveis. Porém, o setor está tendo dificuldades para preencher essas vagas com mão de obra especializada, mesmo oferecendo salários atrativos.
Muitas construtoras estão investindo na formação desses profissionais, ainda assim, encontram dificuldades para preencher essas vagas. Esse será o grande desafio do setor da construção civil nos próximos anos.
O crescimento de lançamentos e de vendas de imóveis reverbera em toda a cadeia produtiva, fomentando negócios também nos setores de comércio e serviços, por exemplo, arquitetura, decoração e móveis, gerando oportunidade de trabalho também nessas áreas. Mais trabalho, mais renda e mais dinheiro girando no mercado, o que fortalece a economia. E, assim, cria-se um ciclo virtuoso e próspero.
Fontes
Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR)
Brain Inteligência Estratégica
Thomas Gomes, presidente da Ademi-PR
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
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Centenário de Poty Lazzarotto: veja suas obras em concreto
Se estivesse vivo em 2024, o artista Poty Lazzarotto completaria 100 anos. Dentre algumas de suas obras mais emblemáticas estão os painéis produzidos com concreto. Alguns exemplos são o mural na Praça 29 de março, intitulado Desenvolvimento de Curitiba; o mural Paraná no Palácio Iguaçu; e a fachada do Teatro Guaíra.
Para Ernani Maia, arquiteto fundador da MAIA Arquitetura, Poty Lazzarotto foi uma figura importante para a arte brasileira, deixando um legado significativo na gravura e na arquitetura nacional. “Sua importância reside em diversas contribuições que enriqueceram a cultura visual do Brasil. Em primeiro lugar, como mestre da gravura, Poty foi pioneiro ao estabelecer o primeiro curso de gravura no Museu de Arte de São Paulo (MASP), por exemplo. Sua habilidade excepcional nesta forma de expressão captura com autenticidade e profundidade a essência da vida brasileira. Seus trabalhos são, muitas vezes, biográficos e refletem desde suas memórias de infância até retratos dos habitantes e cenários de Curitiba (PR), sua cidade natal”, comenta.
Além de sua contribuição para as artes plásticas, Poty deixou um impacto duradouro na arquitetura brasileira por meio de seus monumentos e painéis. “Seus trabalhos em azulejo e concreto aparente adornam muitos espaços públicos em Curitiba, que se destacam por sua representação do desenvolvimento histórico da cidade. Seus painéis não só celebram a história e a cultura local, mas também refletem a evolução da paisagem urbana e dos seus habitantes ao longo do tempo”, afirma Maia.
Maia destaca o seu trabalho "Quatro Estações", que é um mural monumental que cobre toda a fachada do Hotel Nacional Inn, narrando as atividades das estações do ano e incorporando elementos naturais e culturais característicos da região.
“Assim, a importância de Poty Lazzarotto para a arte brasileira reside na sua capacidade de criar obras que são ao mesmo tempo esteticamente cativantes e culturalmente significativas, enriquecendo o panorama artístico e arquitetônico do Brasil”, opina Maia.
Arte em concreto
Maia destaca que trabalhar com arte em concreto apresenta desafios técnicos e estéticos. “Isso porque o concreto é um material robusto, porém moldável, o que permite uma variedade de formas e texturas, mas também exige habilidade para controlar sua consistência e secagem. A técnica geralmente envolve a preparação de moldes, a aplicação de aditivos para aprimorar características como cor e textura, e o trabalho meticuloso durante o processo de cura para garantir a qualidade final da obra”, explica.
De acordo com Maia, a arte em concreto e os painéis murais em argamassa são comumente empregados na arquitetura como elementos decorativos e integrados aos edifícios. “Eles podem ser usados para adornar fachadas de prédios, paredes internas e externas, áreas de lazer, entre outros. A utilização desses elementos permite personalizar e dar identidade aos espaços arquitetônicos, além de proporcionar uma conexão visual com a cultura e história locais”, destaca.
Vale lembrar que há cuidados específicos necessários para a manutenção de obras em concreto. É importante realizar inspeções regulares para detectar danos (como fissuras ou desgaste), tomar medidas preventivas, como a aplicação de revestimentos protetores ou a limpeza adequada para remover sujeira e poluição. Em casos de reparos, é essencial utilizar materiais compatíveis com o concreto original e seguir técnicas adequadas de restauração para preservar a integridade da obra.
Concreto x arquitetura moderna
Maia lembra que existe também uma relação muito próxima do concreto com a arquitetura moderna, em que ele é muito usado. “O Poty transpôs isso para as artes plásticas de um jeito muito especial. Essa transposição do material utilizado na arquitetura modernista para as artes plásticas modernistas mostra um diálogo muito amistoso entre essas duas instâncias. O concreto é um elemento muito presente na Arquitetura Modernista, no Brasil muito difundido através de grandes expoentes como Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha, Vilanova Artigas, entre outros. O bacana da arte do Poty foi criar essa relação com suas intervenções através do mesmo material que caracteriza o movimento moderno no Brasil, criando um diálogo interessante e muito coerente. Ele fez com que a obra de arte se tornasse parte integrante da arquitetura e não um mero adorno”, conclui o arquiteto.
Entrevistado
Ernani Maia é arquiteto fundador da MAIA Arquitetura. É graduado e pós-graduado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Mestre pela Universidade Mackenzie. Destaca-se por diversas pesquisas e artigos acadêmicos nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, sobretudo analisando os impactos das novas tecnologias telemáticas e dos conceitos de sustentabilidade nos modos de espacialização da sociedade contemporânea. Professor Universitário dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Design em várias instituições de ensino e atualmente no curso de pós-graduação do IED (Instituto Europeo di Design- São Paulo). Fundador da InCAD Instituto de Capacitação em Arquitetura e Design. Atua desde 1991 na concepção de projetos de arquitetura, compatibilização, gerenciamento e coordenação de interfaces multidisciplinares.
Contatos
MAIA Arquitetura: atendimento@maiaarquitetura.com.br
Assessoria de Imprensa da MAIA Arquitetura: a.marques@activacomunicacao.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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Normas ABNT poderão ser visualizadas de forma ilimitada
As normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) são essenciais para o setor de construção, especialmente no que diz respeito à segurança, qualidade e padronizações. Hoje, existem quase 900 documentos da ABNT relacionados à construção civil. Dentre as normas mais recentes, destaca-se a que aborda o tema ESG.
Por conta da importância destas normas para o mercado de engenharia e construção civil, o Sistema Confea/Crea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia/ Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e Mútua alcançou um marco significativo ao firmar um acordo histórico com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esta iniciativa dá acesso irrestrito ao conteúdo normativo para os profissionais registrados e em dia com o Sistema. Anteriormente, a disposição permitia apenas 60 minutos de acesso prévio às normas.
Na opinião de Vinicius Marchese, presidente do Confea e engenheiro de telecomunicações, essa é uma parceria que chega direto na ponta, beneficiando por completo o profissional da construção civil. “O engenheiro que está no campo anda com a norma ABNT embaixo do braço e, nessas horas, ele se lembra que o Confea está aqui para ser parceiro dele”, destaca Marchese.
Válido para todos os CREAS
A atualização do contrato, que inclui também as normas da Associação Mercosul de Normalização (ANM), foi realizada em 28 de fevereiro, após a adesão de todos os Creas do Brasil.
De acordo com o Sistema Confea/Crea, essa iniciativa enaltece o compromisso do Sistema em oferecer suporte aos profissionais, considerando que estes lidam regularmente com as normas da ABNT. Um exemplo disso é o ano de 2023, quando o site da Associação registrou um total de 242.193 horas de pré-visualização de normas, representando um aumento significativo de 544% em relação a 2022.
Outro benefício oferecido é o desconto de 66,6% para adquirir as normas em formato impresso. Além disso, estes profissionais têm a oportunidade de adquirir cursos oferecidos pela ABNT com 50% de desconto.
Normas mais recentes para a construção civil
Veja algumas das normas ligadas à construção civil mais novas ou que passaram por atualizações recentes:
- Atualização da norma ABNT NBR 14725: estabelece novas diretrizes para classificação de perigo, rotulagem e a nova Ficha com Dados de Segurança (FDS).
- Norma ESG (ABNT PR 2030): apresenta conceitos, diretrizes, critérios de avaliação e orientações para organizações no contexto da agenda ESG (ambiental, social e de governança).
- Atualização da NBR 6118: A norma-mãe que rege o uso do concreto passou recentemente por um processo de revisão e de consulta popular.
- NBR 17170 de 12/2022: esta norma define diretrizes para o incorporador, construtor ou prestador de serviços de construção em edificações de toda natureza de uso.
- NBR 7211 – Agregados para concreto – Requisitos: ela se dedica a definir os requisitos para produção e recepção dos agregados miúdos e graúdos destinados à produção de concretos de cimento Portland.
Fontes
Sistema Confea/Crea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia/ Conselho Regional de Engenharia e Agronomia)
Vinicius Marchese é presidente do Confea e engenheiro de telecomunicações
Contato
imprensa.confea@brmaiscomunicacao.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
Porto de Santos receberá investimentos de R$ 20,53 bilhões até 2028
Durante os próximos quatro anos, o Porto de Santos receberá R$ 20,53 bilhões em investimentos, sendo R$ 8,68 bilhões de recursos privados e R$ 11,85 bilhões de recursos públicos e de parcerias público-privadas (PPPs). O anúncio foi realizado no dia 11 de março na sede da Autoridade Portuária de Santos, com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
O plano de investimentos, referente ao período compreendido entre 2024 e 2028, contempla uma série de projetos que irão modernizar o complexo e aumentar a capacidade de transporte de cargas, entre outras melhorias. Rogério Santos, prefeito de Santos, ressaltou a importância desses investimentos. “São projetos importantes para a infraestrutura e para a economia do Brasil. Mas, mais do que isso, são projetos importantes para as pessoas, porque vão gerar empregos e oportunidade de empreender.”
O Porto de Santos é responsável por no mínimo 25% do comércio exterior brasileiro, de acordo com informações do site oficial, sendo o principal porto brasileiro em valores de carga movimentada e o maior complexo portuário da América Latina. Opera com ampla variedade de cargas, incluindo granéis sólidos, líquidos, carga geral solta, conteinerizada e cargas de projeto.
Confira alguns dos projetos para o Porto de Santos
Segundo dados enviados para o Massa Cinzenta pela assessoria de imprensa do Porto de Santos, de 2019 a 2023, foram investidos R$ 71,78 milhões em recursos públicos e PPPs, enquanto a previsão é de que esse número suba para R$ 11,85 bilhões, entre 2024 e 2028. Serão R$ 568,05 mi em 2024, R$ 2,08 bi em 2025, R$ 3,01 bi em 2026, R$ 3,14 bi em 2027 e R$ 3,06 bi em 2028.
De acordo com a lista de projetos contemplados no Plano de Investimentos do Governo Federal para o Porto de Santos, o maior aporte financeiro será destinado à implantação do túnel Santos-Guarujá (R$ 5,13 bilhões). “Temos que acelerar os investimentos para fazer com que, de fato, essa obra saia do papel. Essa obra demorou mais de 100 anos para ser feita”, reforçou o ministro Silvio Costa Filho.
O projeto prevê a construção de um trecho submerso de 860 metros para ligar as cidades de Santos e Guarujá. Todos os dias, segundo o Governo do Estado de São Paulo, cerca de 78 mil pessoas utilizam as balsas disponibilizadas atualmente para o mesmo trajeto, enquanto aproximadamente 10 mil caminhões são obrigados a percorrer até 45 km para conseguir chegar ao outro lado.
Outro destaque será a criação do Parque Valongo (R$ 100 milhões), que tem como objetivo transformar áreas de antigos armazéns portuários do centro histórico em espaços de lazer e convivência, com realização de atividades esportivas e culturais. As obras da primeira fase do projeto já foram iniciadas em 2023, e a conclusão deverá ser no final de 2025, com a entrega de um boulevard ainda em 2024, em setembro.
A ideia também é promover a transferência do terminal de passageiros do Concais para a área do Valongo (R$ 1,4 bilhão), criando uma interligação com o parque.
O cronograma prevê, ainda, uma dragagem de aprofundamento do canal de navegação para 16 metros (R$ 324,1 milhões), a implantação do sistema de monitoramento de tráfego de navios (com uso de tecnologia de ponta, incluindo drones), na ordem de R$ 169 milhões, além do reforço e recuperação estrutural dos berços de atracação da Ilha de Barnabé para aprofundamento (R$ 112,3 milhões).
Além disso, os investimentos irão viabilizar a criação de um estacionamento com monitoramento digital do deslocamento de caminhões no entorno, em uma área de 500 mil metros quadrados (R$ 800 milhões), e a repotencialização da Usina Hidrelétrica de Itatinga, incluindo a produção de hidrogênio verde (R$ 500 milhões).
Por meio do Novo PAC, R$ 544 milhões serão destinados à construção da segunda etapa da Avenida Perimetral do porto em Guarujá, na margem esquerda, com obras de melhoria de acesso, segregação dos tráfegos urbano e portuário e eliminação de passagens em nível, enquanto outros R$ 25,8 milhões irão para a Avenida Perimetral da margem direita, em Santos, no trecho Alemoa, com a pavimentação de 580 metros de via e construção de canal de drenagem.
Fontes
Porto de Santos
Prefeitura de Santos
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
Vogg Experience
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
Impermeabilizar a obra durante a construção garante economia e durabilidade ao imóvel
Realizar a impermeabilização de um imóvel é fundamental para prevenir infiltrações e problemas que possam comprometer a estrutura da obra.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), quando o processo é realizado durante a fase de construção, seu custo fica entre 2% e 3% do valor total da obra, enquanto os gastos sobem para 20% do valor da obra em caso de reparos realizados após a conclusão do projeto.
"A definição das áreas a serem impermeabilizadas é algo que vem até antes da construção do imóvel, vem desde a fase de projeto", diz Thiago Vallotti, assistente técnico do IBI. "A aplicação se dará preferencialmente por empresa especializada na aplicação de impermeabilização e sempre com produtos e sistemas corretamente especificados e que atendam às Normas Brasileiras (ABNT)."
O especialista explica que o procedimento é necessário para evitar as ações danosas da água e de fluidos nos elementos da construção, sendo essencial, em alguns pontos, para garantir a vida útil e estabilidade de estruturas - como em muros de arrimo e baldrames. Já em áreas molhadas (como banheiros, lavabos, cozinhas e lavanderias), permite que a água tenha o seu correto destino sem causar danos estéticos nem de desempenho. Em áreas suspensas (como jardins elevados, lajes e coberturas expostas, sacadas e varandas), a impermeabilização evita que a água da chuva penetre nos materiais, causando não apenas danos estéticos, mas problemas mais severos.
"Uma vez aplicada e operante, as áreas impermeabilizadas necessitam de inspeção e manutenções para garantirem sua efetividade, durante toda a vida útil do imóvel", afirma Vallotti. Segundo ele, há três tipos de manutenções: a corretiva, feita quando se percebe a falta de estanqueidade, a preventiva e a preditiva, realizadas antes de ocorrência de falhas. "As manutenções do tipo preventiva e preditiva são sempre as recomendadas (e que devem ser seguidas), deixando as manutenções corretivas somente para casos fortuitos, como chuvas de granizo e queda de árvores que possam porventura danificar um sistema de impermeabilização exposto, por exemplo."
O assistente técnico do IBI destaca, ainda, que a busca pela correta impermeabilização vem se difundindo. "Falhas de impermeabilização são massivamente a maior fonte de reclamações de usuários, principalmente de edifícios verticais, como revelam pesquisas e artigos recentes. E isso naturalmente gera mais atenção", explica. "A impermeabilização não fica visível, na maioria das vezes, porém cumpre seu papel primordial estando lá, muitas vezes, abaixo de bonitos pisos e pedras caras, e nobremente garantindo o correto funcionamento, estanqueidade e habitabilidade do imóvel."
Renato Giro Bessa de Almeida, diretor-presidente da Associação de Engenharia de Impermeabilização (AEI), também avalia que este é um mercado em crescimento, devido ao aumento da conscientização. "O consumidor está cada vez mais preocupado em evitar um custo maior de suas necessidades corretivas, não postergando as intervenções necessárias, reduzindo, assim, o investimento a ser feito."
Segundo ele, o local da obra, as condições climáticas e o gradiente térmico (taxa de variação da temperatura) são elementos levados em conta na hora da elaboração do projeto de impermeabilização. "Cidades onde o gradiente térmico é grande necessitam de maior atenção, uma vez que poderemos ter ambientes internos com calefação e externos em temperaturas bem inferiores, criando, assim, a condição de fluxo de vapor pelas estruturas."
O representante da AEI explica que, em um sistema de impermeabilização, fazem parte os serviços de preparação das superfícies, os caimentos para os drenos, a aplicação de um material impermeabilizante e depois, sobre eles, as suas proteções. "Os materiais mais usuais são as mantas pré-fabricadas, como as mantas asfálticas, as argamassas cimentícias, as argamassas cimentícias acrílicas (com ou sem fibras) e as membranas moldadas no local, como os epóxi, os poliuretanos e as membranas acrílicas", detalha. "Diante da diversidade, a especificação feita por um especialista é fundamental para o sucesso e a durabilidade (vida útil) do sistema."
Fontes
Renato Giro Bessa de Almeida, diretor-presidente da Associação de Engenharia de Impermeabilização (AEI)
Thiago Vallotti, assistente técnico do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI)
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
Vogg Experience
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.