Dizer que industrializar obra gera desemprego é mito

Crédito: Cia. de Cimento Itambé
Um grupo de jovens empresários da construção civil reuniu-se no Concrete Show 2019 para apresentar práticas bem-sucedidas de industrialização no canteiro de obras. No seminário intitulado “A industrialização da construção civil: integração da indústria com a construtora”, eles mostraram o quanto é possível ganhar em produtividade e qualidade quando os projetos de engenharia e arquitetônico atuam integrados com o fabricante que irá fornecer materiais para a obra. Segundo os palestrantes, o elo entre quem projeta, constrói e fornece produtos possibilita industrializar o canteiro sem gerar desemprego.
Para o arquiteto Luiz Antônio Oliveira Rosa, que atua em Anápolis-GO, é mito dizer que industrializar o canteiro de obras é dispensar trabalhadores. “Pelo contrário, é eficiência. É mudar as pessoas de posicionamento dentro da cadeia de produção. Mas para que isso ocorra é preciso especializar a mão de obra e mostrar para ela como se trabalha com determinado produto, de acordo com os parâmetros das normas técnicas e as recomendações dos fabricantes. Para se ter mão de obra especializada não tem outro caminho: é treinamento, treinamento e treinamento, com baixa taxa de rotatividade no canteiro de obras”, afirma.
O arquiteto enumerou os desafios que boa parte dos que buscam industrializar seus canteiros de obras encontram no Brasil. Os principais são burocracia, carga tributária e questões culturais. “Mais de 80% das construções no país não usam engenheiros civis nem arquitetos. Mas estamos conseguindo reverter isso. De que forma? Mostrando que mão de obra especializada é menos força no canteiro de obras e mais motivação. Que é possível estreitar o relacionamento entre quem projeta e quem fabrica. Que o fabricante vende solução, e que, portanto, o produto dele pode ser bom para a obra”, diz.
Produtos do fabricante devem estar adequados com a ABNT NBR 15575 e demais normas técnicas
Resumidamente, Luiz Antônio Oliveira Rosa destaca que o conceito de engenharia e de arquitetura precisa estar integrado com os produtos do fabricante, os quais, consequentemente, devem estar adequados com a ABNT NBR 15575 (Norma de Desempenho) e demais normas técnicas. Para o arquiteto, a escolha de materiais com qualidade evita problemas de pós-obra e ajuda a construtora a cumprir suas 5 metas quando empreende um projeto, que é atender custo, prazo, estética, mercado e qualidade. “No entanto, já houve casos de construtoras que procuraram atingir estas metas fabricando, elas mesmas, blocos de concreto no canteiro de obras. Óbvio que não funcionou, pois ou a empresa é construtora ou é fabricante”, ressalta.
O recomendável, atesta, é que a opção seja por fabricantes credenciados por organismos como a ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), no caso dos artefatos de cimento, e outros, quando envolvem materiais diferentes. São produtos chancelados por selos de qualidade, que no caso da ABCP é pioneiro na construção civil brasileira. Os fundamentos para a certificação nasceram em 1978, quando a indústria de cimento foi o primeiro segmento a obter a marca de conformidade da ABNT, criando as bases para os processos de industrialização nos canteiros de obras.
Entrevistado
Reportagem com base em palestra apresentada no seminário “A industrialização da construção civil: integração da indústria com a construtora”, dentro do Concrete Show 2019
Contato: concrete@concreteshow.ubm-info.com
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Saiba como prosperar no mercado de artefatos de cimento

Crédito: Cia. de Cimento Itambé
Até 2012, os fabricantes de artefatos de cimento não precisavam se preocupar com estratégias de mercado. Quem fabricava só bloco de concreto vendia, quem fabricava só bloco intertravado vendia. No entanto, explica o consultor Filipe Honorato, da Ethos Solutions, o mundo mudou. “Até 2012 havia um mercado artificial, impulsionado pelo Minha Casa Minha Vida, pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e pela entrada das grandes construtoras no mercado de capitais. Tudo o que era produzido vendia, não importando preço nem qualidade. Então, o fabricante que fazia bloco vendia, o que fazia paver vendia. Hoje isso não é mais assim. Fabricantes que sobreviveram e prosperaram são os que diversificaram seus portfólios. Não dá mais para falar: eu produzo bloco, eu produzo paver. É necessário ter em mente as necessidades do mercado, e dizer: eu faço esse produto de que você está precisando”, diz Honorato, em palestra no Concrete Show 2019.
Economista de formação, o consultor estuda o mercado de artefatos de cimento há 20 anos. Segundo ele, o que está impulsionando o setor é a estética. “Hoje, o mercado de produtos com estética cresce 5% ao ano. Ou seja, avança o mercado de artefatos que compete com porcelanatos e hidrossanitários, e que tem designer. Muitos não vêm mais expor aqui na Concrete Show. Estão indo para a Expo Revestir”, relata Filipe Honorato. Ele lembra ainda que estão bem posicionados no mercado os que estabeleceram parcerias com as construtoras locais, com os varejistas de bairro e com as lojas especializadas. “As construtoras locais, que atendem o mercado de uma só cidade, são responsáveis por 75% das obras residenciais no Brasil. Da mesma forma, levar os produtos para o lojista de bairro muitas vezes é mais relevante do que querer expor o produto em uma grande rede de home center. Assim como atingir as lojas especializadas. O brasileiro está cada vez mais atraído por nichos”, destaca.
Adequação dos fabricantes aos processos de industrialização é vital
Outra observação de Filipe Honorato é sobre a adequação dos fabricantes de artefatos de cimento aos processos de industrialização. Tanto na forma de produzir seus produtos quanto no atendimento às necessidades da construtora. “A industrialização do canteiro de obras no Brasil é um caminho sem volta. Hoje, ela representa 28% do que é construído no país, mas vai crescer. Na Itália, já atinge 89% e nos Estados Unidos 98%. É um processo global. Então, o fabricante precisa fazer parte do processo industrial. Isso inclui produzir artefatos pensando em projetos de BIM. É preciso conceber sob o ponto de vista arquitetônico, e não mais pensando apenas na engenharia bruta”, exemplifica o consultor, ressaltando que, obviamente, uma fábrica de artefatos atualmente requer mais investimentos. “Em 2007, quando muitos começaram, investia-se quase o valor de uma bicicleta para iniciar. Hoje, uma fábrica de artefatos não começa se não tiver capital equivalente ao de uma cobertura de prédio de luxo”, finaliza.
Entrevistado
Reportagem com base na palestra “Como a indústria de artefatos tem inovado para conquistar o consumidor”, do economista e consultor sobre artefatos de cimento, Filipe Honorato, dentro da Concrete Show 2019
Contato: concrete@concreteshow.ubm-info.com
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Comprovado: pavimento de concreto emite menos CO2

Crédito: Ben Schumin/Wikimedia Commons
O Banco Mundial aponta que existem quase 45 milhões de quilômetros de rodovias pavimentadas no planeta - a maioria em asfalto. Isso levou o Centro de Sustentabilidade do Concreto do MIT (do inglês, Concrete Sustainability Hub [CSHub]) a medir o impacto ambiental causado pelo tráfego constante dos veículos sobre as estradas. A conclusão do trabalho no Massachusetts Institute of Technology (MIT) revela porque o pavimento de concreto é mais amigo do meio ambiente em comparação ao asfalto.
O estudo, publicado no Journal of Cleaner Production, constatou que, no asfalto, o efeito chamado de interação pavimento-veículo libera maior volume de CO2 na atmosfera. Outra observação é que a deflexão do asfalto leva os veículos a consumirem mais combustível. “A qualidade do pavimento impacta no desempenho dos veículos e na capacidade de economizarem combustível, ou seja, ao longo de seu ciclo de vida o pavimento influencia para uma pegada maior ou menor de carbono”, deduz o estudo.
O relatório do CSHub ainda faz a seguinte análise: “Ao estudar todas as etapas da vida de uma estrada, usando uma técnica chamada de avaliação do ciclo de vida do pavimento, fica claro que o impacto ambiental de um pavimento não termina com a construção. De fato, há emissões significativas associadas ao asfalto durante sua vida operacional, em comparação ao concreto”. A pesquisa ressalta que as maiores diferenças entre o pavimento flexível e o rígido se dão quando os caminhões estão nas rodovias.
Jeremy Gregory, diretor-executivo do CSHub, e coordenador da pesquisa, faz a seguinte observação, após analisar o fator denominado Interação Pavimento-Veículo (do inglês, Pavement-Vehicle Interaction [PVI]): “Quanto mais áspero é o pavimento, mais dissipação de energia existe no sistema de amortecedores de um veículo, que tende a consumir mais combustível para superar essa dissipação adicional de energia. O segundo aspecto do PVI é a deflexão, que tem a ver com veículos muito pesados, principalmente caminhões. O peso de um caminhão faz um pequeno entalhe no pavimento flexível, de modo que o veículo está sempre subindo um morro muito raso. Assim como a rugosidade, a deflexão também causa o consumo excessivo de combustível. Já no pavimento rígido isso é bastante minimizado.”
Em regiões mais quentes, rodovias com pavimento flexível deformam mais
O diretor-executivo do CSHub destaca que, principalmente no fator deflexão, o concreto mostrou-se muito superior ao asfalto nas aferições realizadas no estudo. Outro capítulo da pesquisa também demonstra que o clima afeta a pegada ambiental da fase de uso de um pavimento. Em regiões com temperaturas médias mais altas, as rodovias construídas com materiais à base de petróleo se deformam mais facilmente, o que aumenta a suscetibilidade à deflexão. Por sua vez, caminhões que dirigem nesses pavimentos em climas quentes têm maior consumo de combustível, relata o documento do CSHub.
O Centro de Sustentabilidade do Concreto do MIT analisou pavimentos em quatro estados dos Estados Unidos, com diferentes climas: Missouri, Arizona, Colorado e Flórida. Dentro de cada zona climática, foram estudados diferentes níveis de tráfego. A pesquisa concluiu que nas estradas avaliadas a economia de combustível seria de 3,8 bilhões de litros em 5 anos, caso houvesse somente pavimento de concreto, em vez de pavimento de asfalto.
Entrevistado
Reportagem com base no estudo do Concrete Sustainability Hub (CSHub) do Massachusetts Institute of Technology (MIT)
Contato: cshub@mit.edu
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Indústria de cimento dá salto ambiental em 40 anos

Crédito: WCA
Criada em 2016, a World Cement Association (WCA) é a primeira organização que trabalha globalmente para representar a indústria de cimento. Com 66 membros em 35 países, os quais têm mais de 1 bilhão de toneladas de capacidade anual de produção, a WCA publicou em seu mais recente relatório os avanços ambientais e sustentáveis que a indústria cimenteira obteve em 40 anos.
Song Zhiping, presidente da WCA, destaca 9 conquistas do setor de cimento. Entre elas:
1. Redução na emissão de poluentes a 1/5 do que era entre o final dos anos 1970 e começo dos anos 1980.
2. Consumo de energia do processo de produção caiu 30%, em média.
3. Busca de soluções cada vez mais sustentáveis para a produção de clínquer.
4. Adoção da economia circular no uso de matérias-primas e combustíveis.
5. Coprocessamento de resíduos sólidos urbanos nos fornos de cimento.
6. Troca de combustíveis fósseis por energia limpa na produção de cimento, inclusive com adoção de energia solar e energia eólica.
7. Construção de "pedreiras verdes".
8. Busca de cimentos com mais qualidade e que garantem maior durabilidade ao concreto.
9. Práticas de segurança e saúde nas indústrias.
Para o presidente da WCA, esse é um caminho sem volta, e que tende a ser cada vez mais aperfeiçoado. “Atualmente, a indústria mundial de cimento está enfrentando desafios de mercado, de capital, de tecnologia e de proteção ambiental, entre outros aspectos. Mas, por outro lado, a indústria está mais consciente e engajada na transição para uma economia de baixo carbono e circular, respondendo ativamente às responsabilidades sociais e desafios ambientais, alcançando o desenvolvimento sustentável e realizando a integração da economia com a natureza”, afirma.
Desafios que ainda precisam ser alcançados e superados
Para que a indústria de cimento avance mais em seus compromissos com a sustentabilidade, Song Zhiping avalia ser necessário superar quatro obstáculos:
1. Interagir com as novas tecnologias e inovações
“A indústria de cimento mundial não compartilha das novas tecnologias, dos equipamentos e dos modelos de negócio como deveria. Através de conferências temos como melhorar a troca de conhecimento e aumentar a inovação.”
2. Apoio político
“O grau de ênfase na proteção ambiental e o rigor das políticas determinarão diretamente a motivação das empresas na conservação de energia, redução de emissões e desenvolvimento sustentável. No caso da indústria do cimento é importante mostrar as ações que estão em curso e fortalecer o diálogo com os governos, na busca de apoio político para atingir as metas propostas.”
3. Uso do cimento fora da fábrica
“A indústria de cimento adota equipamentos para a captura e armazenamento de carbono, mede suas emissões, mas o cimento muitas vezes é mal utilizado pela indústria da construção civil. Ainda há muito desperdício de material, produção de concreto com baixa qualidade, erros no armazenamento e na destinação das embalagens, o que acaba comprometendo os esforços das cimenteiras.”
4. Marketing da sustentabilidade
“A indústria do cimento é uma das mais preocupadas com a captura de CO2 em seus processos industriais. No entanto, pouco divulga suas ações. Temos esse desafio no marketing, nas vendas e na promoção de nossos produtos sustentáveis.”
Entrevistado
World Cement Association (WCA) (via assessorial de imprensa)
Contato: info@worldcementassociation.org
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Compra online de imóvel está próxima, diz pesquisa

Crédito: ABRAINC
Comprar online já é realidade para uma série de produtos. Segundo a pesquisa “Comportamento do consumidor de imóveis em 2040”, realizada pelo Deloitte, a pedido da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), adquirir um imóvel 100% pela internet está cada vez mais perto de se tornar realidade. O levantamento apurou que as plataformas de venda tendem a absorver a Inteligência Artificial em seus processos de automação, tornando-se mais confiáveis e menos burocráticas.
De acordo com a pesquisa, em 2040 mais de 50% dos consumidores poderão abrir mão do corretor e do consultor no processo de compra dos imóveis e 40% das compras de residência poderão ser realizadas integralmente pela internet. As projeções são de que os sites e plataformas digitais deverão oferecer ao consumidor possibilidade maior de informações, além de facilitar comparações entre as escolhas, como vídeos do imóvel, do condomínio e da região, bem como indicadores sociais, como o de violência, além de oferta de serviços, como hospitais e escolas próximos ao imóvel.
Para o economista-chefe da Deloitte, e coordenador do estudo, Giovanni Cordeiro, a sociedade está cada vez mais em busca de comodidades e facilidades para consumir. Para ele, o mercado imobiliário deve seguir essa tendência. “A perspectiva é de que, em 2040, em uma sociedade mais plural e dinâmica, o foco será a busca de comodidade e facilidade no dia a dia do consumidor. Para isso, serão necessárias soluções mais personalizáveis, customizáveis, flexíveis e adaptáveis. Tudo isso, sem esquecer a sensibilidade do consumidor aos preços”, afirma.
Junto com a tecnologia, ética será cada vez mais valorizada no mercado imobiliário
A pesquisa também revela que a ética nos negócios será cada vez mais valorizada no mercado imobiliário. O motivo: análise de crédito, verificação de documentos e fechamento de contratos são alguns processos que devem passar do presencial para o digital nos próximos anos. Isso vai exigir plataformas virtuais que trabalhem com mais informações, e, consequentemente, forneçam mais segurança e credibilidade - tanto de quem compra quanto de quem vende.
O levantamento da Deloitte mostra o que o futuro comprador da era digital vai descartar na hora de fechar o negócio para adquirir um imóvel: 1. Burocracia para obter o financiamento; 2. Falta de transparência no “processo de compra”, e 3. Imagem negativa da construtora/incorporadora. Para chegar a essas projeções, a Deloitte compilou estudos nacionais e internacionais e também entrevistou 1.300 brasileiros, tanto das gerações mais velhas (baby boomers e geração X) como das mais jovens: Y e Z.
Na cidade de São Paulo-SP, para iniciar essa transição, o Secovi-SP promove a aproximação entre as empresas tradicionais do mercado imobiliário com as startups. “Mais do que nunca, é preciso transformar nossos negócios em imobiliárias digitais”, afirma Nelson Parisi Júnior, presidente da Rede Imobiliária Secovi. Na capital paulista, na área de locação, atualmente já é possível reduzir de quatro para um dia o processo que vai da demonstração do imóvel ao fechamento do negócio. A meta, agora, é diminuir o prazo para a compra e venda de unidades.
Confira detalhes da pesquisa, clique aqui.
Entrevistado
Reportagem com base nos dados divulgados pela pesquisa “Comportamento do consumidor de imóveis em 2040”, realizada pela Deloitte, a pedido da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias)
Contatos
contato@e-mail.deloittecomunicacao.com.br
comunicacao@abrainc.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Casa com paredes de concreto pode ser erguida em 24 horas

Crédito: Casa24h
Tecnologia que permite erguer uma casa de 45,6 m² em 24 horas, usando paredes pré-fabricadas de concreto, já é realidade no Brasil. Um consórcio de 14 empresas, todas com foco na construção sustentável, apresentou o protótipo na mais recente edição da FEICON Batimat, em abril de 2019. A montagem da casa se deu nos 3 dias de exposição da feira, em ciclos de 8 horas por dia, enquanto a execução das peças ocorreu em um galpão industrial.
Segundo o engenheiro civil Luiz Fernando Ferreira, diretor da Inovatech Engenharia, todo o projeto da Casa 24 horas, desde a concepção até a montagem da casa, levou 8 meses. O objetivo desse sistema é oferecer ganho em escala. “Uma construção do mesmo porte demora, em média, dois meses para ser erguida em alvenaria convencional”, compara o engenheiro civil, convicto de que o custo pode baixar sensivelmente se houver volume na produção.
O valor da unidade exposta na FEICON atingiu 90 mil reais. A construtora avalia que o valor pode baixar para 76 mil reais. O projeto atende as faixas 1 e 1,5 do Minha Casa Minha Vida, voltadas para habitações de interesse social, e foi concebido dentro dos requisitos da Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575). A construtora destaca que o projeto integra engenharia e arquitetura, o que resulta em sustentabilidade, qualidade, conforto e durabilidade.
Em prol da produtividade, o Casa24h interligou o sistema BIM (Building Information Model [Modelagem da Informação da Construção]) com a Lean Construction (construção enxuta). Segundo os envolvidos no projeto, o uso da tecnologia criou um modelo de gestão produtivo, dando previsibilidade ao orçamento, sem perder de vista o menor impacto ambiental e os custos.
Modelo de construção 100% industrializado é tendência mundial para habitações
A expectativa dos idealizadores do projeto Casa24h é de que ele ajude a melhorar os processos dentro dos canteiros de obras, a fim de que a construção civil se torne mais produtiva e competitiva. “Um modelo de construção 100% industrializado, e que pode ser replicado em larga escala, é uma tendência mundial”, ressalta o engenheiro civil Luiz Fernando Ferreira.
Como as paredes pré-fabricadas de concreto são moldadas em fôrmas, quanto maior a produção, menor o custo. O sistema também comprova que para a construção em larga escala é mais eficiente que a impressão 3D, como recentemente destacou o professor da Escola Politécnica da USP, Vanderlei John. Em seminário da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) e pela ABPE (Associação Brasileira de Pontes e Estruturas), ele frisou que impressão 3D não deve se tornar competitiva para a construção de casas e prédios, pois a tecnologia que utiliza fôrmas para viabilizar paredes de concreto é mais rápida e barata.
No entanto, Vanderlei John avalia que o segmento de pré-fabricados pode se beneficiar de impressoras 3D, principalmente para a produção de vigas e lajes. “Para erguer paredes verticais retas já existe uma tecnologia muito eficiente, que se chama fôrma. Acredito que a impressão 3D tende a prosperar em formatos mais específicos, como elementos para pontes e viadutos. Neste caso, as propriedades do concreto podem variar de ponto a ponto. Em áreas de maior esforço, ela imprime com fck maior. Em zonas com menor tensão, fck menor”, analisa.
Veja vídeos sobre a montagem e de como ficou a Casa24h
Vídeo 1
Vídeo 2
Entrevistado
Reportagem com base na apresentação da Casa24h, realizada na FEICON Batimat 2019
Contato: contato@inovatechengenharia.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Custo do concreto precisa vir agregado à qualidade

Crédito: ABESC
Segundo dados da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Concretagem) mais da metade das concreteiras em operação no país (650) não possui engenheiro-responsável, não emite ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e não tem laboratório que comprove as características do material, de acordo com as especificadas em projeto. Essas concreteiras sem critérios técnicos pressionam o preço para baixo. No 60º Congresso Brasileiro do Concreto, que aconteceu em setembro de 2018, o presidente da ABESC, Jairo Abud, relatou que o concreto nunca esteve tão barato, comparado com outros produtos. “Um litro de concreto custa 25 centavos atualmente”, revelou.
Os debates no evento do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) convergiram para o consenso de que existe a necessidade de uma união de esforços pela valorização do mercado de concretagem. Entre as medidas estão a exigência de certificação para que a concreteira possa operar, normas técnicas rigorosas quanto à comprovação da qualidade do concreto e mecanismos que possam responsabilizar judicialmente quem produz concreto sem controle técnico. “O maior desafio é criar uma fórmula para diferenciar as boas empresas das de fundo de quintal, onde algumas sequer possuem caminhões-betoneira com facas adequadas para bater o concreto durante o transporte”, alertou Abud.
Desde o 60º Congresso Brasileiro do Concreto, a ABESC trabalha para qualificar o concreto. Um passo importante foi relevado em recente web seminário promovido pela AECweb, quando foi apresentada a betoneira ultraleve. O equipamento, que já tem dois protótipos em operação, deve chegar ao mercado em 2020. Sua maior virtude é melhorar a produtividade no transporte e a qualidade do material entregue no canteiro de obras. “Concreto significa produtividade na obra. Afinal, cada caminhão-betoneira retira das ruas das cidades três outros caminhões: o de cimento, o de brita e de areia. Com essa betoneira ultraleve haverá aumento de carga de 1 m3 de concreto, ou seja, será possível transportar mais material sem infringir a legislação”, destaca Jairo Abud.
Mercado de concretagem ainda é heterogêneo nos quesitos qualidade e custo
Significa que as concreteiras que perseguem as melhores práticas poderão se tornar mais competitivas, transportando mais concreto, e de melhor qualidade. O motivo é que a betoneira ultraleve possui balão e facas de corte em aço inox, que, em comparação ao aço carbono, é mais eficiente para produtos com características abrasivas, como é o caso do concreto. “Na betoneira de aço carbono, a oxidação presente no interior do balão vai junto com o concreto, podendo desencadear patologias caso atinja a armadura. Na betoneira ultraleve, o concreto está protegido desse risco”, afirma o grupo de técnicos que trabalhou no projeto do novo equipamento.
A betoneira leve é inédita no mundo. A carga saiu de 4.750 quilos, da produzida com aço carbono, para 3.684, com aço inox. Batizada de Betoneira C-8000 Ultraleve, sua durabilidade é de 7,2 anos para os 4 anos, em média, do equipamento em aço carbono. Significa que poderá transportar cerca de 49 mil m3 de concreto ao longo da vida útil. Ela também vai gerar menor custo por metro cúbico transportado, que hoje é de 3,91 reais em média. A estimativa é que caia para 2,73 reais. “Ela é mais cara que a convencional, mas seu custo se dilui no tempo de vida útil”, avalia Abud, convicto de que os associados da ABESC darão um passo importante para competir em um mercado ainda heterogêneo nos quesitos qualidade e custo.
Assista ao web seminário
https://www.aecweb.com.br/webseminarios/tecnologia-e-construcao/betoneira-ultraleve/betoneira-ultraleve.html
Entrevistado
Reportagem com base no web seminário “Betoneira Ultraleve: como aumentar a eficiência e a produtividade no transporte de concreto”
Contato: abesc@abesc.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Alvenaria ainda domina, mas desperdício segue em alta

Crédito: Banco de Imagens
Dados da mais recente edição da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD Contínua), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a alvenaria está presente em 88,2% das construções brasileiras. As estruturas de concreto armado, paredes de tijolo cerâmico e revestimento com argamassa cimentícia predominam em 62,6 milhões das 71 milhões de unidades domiciliares que existem no país (casas e apartamentos). Apesar de ser o preferido dos brasileiros, o sistema construtivo é também o que mais gera desperdícios, dos quais alguns já parecem incorporados à alvenaria, como o retrabalho, o entulho e o uso em excesso de materiais.
Pesquisa desenvolvida pela Escola Politécnica da USP detectou que os desperdícios de materiais de construção no sistema de alvenaria chegam a 8%. Já a soma das perdas, incluindo retrabalho, pode alcançar 30% do custo final da obra. Aplica-se nesse levantamento da USP a definição técnica de desperdício, que é “consumir exageradamente qualquer tipo de recurso”, ou seja, a perda ocorre quando se utilizam quantidades maiores que a necessária de um determinado insumo. Um exemplo corriqueiro em construções de alvenaria: uso excessivo de argamassa para corrigir erros de execução, como paredes fora de prumo ou contrapiso desnivelado. No jargão dos pedreiros, trata-se de “acertar tudo na massa”.
Construir dentro dos padrões exigidos realça as virtudes da alvenaria
Com a aplicação correta das normas técnicas, e atendendo requisitos de projetistas e fabricantes, a alvenaria consegue ser um sistema não apenas confiável, mas eficaz sob o ponto de vista de produtividade e durabilidade. Para tal, é preciso treinar a mão de obra, supervisionar o canteiro de obras e aprender com erros em outras construções. Também é imprescindível ter o controle de qualidade e de entrada e saída dos materiais. Com isso, minimizam-se perdas em qualquer técnica construtiva, em especial na alvenaria, seja ela autoportante, de vedação ou estrutural com blocos de concreto. Independentemente do tipo de alvenaria, construir dentro dos padrões exigidos realça a finalidade principal do sistema, que é proteger o espaço interno das ações do meio externo, oferecendo resistência, durabilidade e impermeabilidade.
A alvenaria também deve atender à divisão dos espaços internos, ao suporte de carga e ao desempenho termoacústico das paredes. Com um amplo rol de funções, e custo baixo, não é à toa que o sistema se popularizou no Brasil. Nas regiões sudeste e nordeste, 94,4% das moradias são construídas em alvenaria, considerando casas e apartamentos. No centro-oeste, são 90,1%. No sul e no norte, também predomina a alvenaria (76% e 64,3%, respectivamente), mas as construções em madeira ocupam um percentual significativo: 15,8% no sul e 22,3% no norte. Em todo o país, outros sistemas, como o industrializado de concreto, wood frame e misto com estruturas de aço, respondem por apenas 0,5% das construções domiciliares. A mais recente edição da PNAD Contínua, que usa dados de 2018, também observou crescimento de 13,1% no número de domicílios com paredes externas de alvenaria, mas sem revestimento cimentício. Agora são 15,5 milhões de unidades com essa característica.
Veja os dados completos da PNAD Contínua
Entrevistado
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Contato: comunica@ibge.gov.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Monitoramento virtual: sinônimo de qualidade na obra

Crédito: Construsul
No 7º Seminário de Tecnologia e Inovação da Construção Civil, que aconteceu dentro da Construsul, em Porto Alegre-RS, uma das palestras abordou o seguinte tema: “Tecnologia apoiando o gerenciamento e monitoramento de obras rápidas”. Concedida pela engenheira civil Renata Broering, a palestra mostrou as vantagens da aplicação da realidade virtual no canteiro de obras, com o uso de câmeras 360°, drones e robôs. Para a palestrante, não se trata de algo futurístico, mas de tecnologias já desenvolvidas no Brasil. Na entrevista a seguir, ela explica como essas mudanças vão impactar positivamente na construção civil. Confira:
A senhora palestrou recentemente no 7º seminário de inovação e tecnologia da construção. Como está a construção civil brasileira, comparada com outros setores, sob o ponto de vista de inovação e tecnologia?
A indústria da construção civil brasileira ainda tem uma cultura muito conservadora. Mudanças e novas tecnologias são vistas com desconfiança e resistência. Entretanto, a crise que acompanha o setor tem obrigado as empresas a repensarem seus processos e tecnologias, dando espaço para um novo ecossistema de empresas inovadoras no mercado.
Fora do Brasil, essas tecnologias estão bem difundidas?
Quando comparamos o Brasil com os Estados Unidos, China ou com a Europa, notamos bastante diferença. Um dos motivos é o baixo nível de escolaridade da mão de obra da construção no Brasil, apesar de termos profissionais extremamente criativos. Mas falta suporte para que as inovações sejam efetivas.
Quais os ganhos que uma construtora obtém ao implantar tecnologias em seu canteiro de obras?
Eu apresentei algumas tecnologias no seminário. Uma delas foi o tour virtual do BANIB, uma tecnologia que usa fotos em 360 graus, as quais auxiliam no monitoramento das obras e inspeções de engenharia. Isso facilita o acompanhamento e garante mais comunicação e qualidade para a construção. Outra tecnologia foi a desenvolvida pela empresa GSP+AR, uma plataforma de gerenciamento da construção que pode interagir com todos os elementos do projeto e faz a integração do HoloLens (software de realidade virtual) com o Project Online (gerenciador de projetos). A parte mais interessante desse sistema é que ele tem a capacidade de vincular os hologramas aos pacotes de trabalho. Isso faz com que todos saibam exatamente como está o trabalho em andamento. Além disso, com o uso do HoloLens é possível acompanhar os projetos com realidade aumentada. Tecnologias de monitoramento virtual ajudam as empresas a terem mais controle no processo construtivo, aumentam a colaboração técnica sobre o projeto, reduzem o retrabalho e as interferências no projeto e diminuem despesas com viagens e transparência.
Nessas tecnologias citadas, a transmissão de imagens e dados do canteiro de obras é enviada em tempo real tanto para quem faz a gestão do projeto quanto para o cliente?
Exatamente, o cliente tem acesso total e isso leva transparência e imparcialidade ao processo de gerenciamento.
Quais equipamentos são usados como suporte nesta tecnologia: câmeras, drones, robôs...?
Depende da tecnologia e da complexidade da obra. Pode ser desde um celular com câmera 360° até o escaneamento 3D com laser, acoplado a drones ou robôs. O mais importante é ter uma plataforma de gestão que converse com todos os elementos.
“Inteligência artificial já consegue analisar elementos construídos fora do que está desenhado no projeto. Isso parece algo muito futurístico, mas já é real.”
Como as tecnologias contribuem para a execução da obra, a segurança dos trabalhadores e a eliminação de desperdícios?
Com o monitoramento virtual é possível que mais profissionais tenham acesso às reais condições da obra, fazendo com que mesmo uma obra com baixo custo e baixa complexidade possa ser analisada por profissionais especialistas. Um exemplo bem simples e cotidiano é a análise dos tours virtuais por um engenheiro de segurança e um estrutural nas fases específicas de cada obra. Isso faz com que a obra tenha mais qualidade e com que o profissional que está em campo gerenciando a obra fique cada vez mais atento e capacitado para o trabalho. A SGP+AR já trabalha em uma solução de inteligência artificial para analisar através de câmeras de monitoramento se algum elemento é construído fora do que está desenhado no projeto. Isso parece algo muito futurístico, mas já é real e já estamos desenvolvendo tecnologia para isso no Brasil.
Em sua palestra na Construsul, a senhora focou nesses pontos ou fez outra abordagem. Caso sim, qual foi o foco da palestra?
Na palestra feita em Porto Alegre-RS falei sobre inovações no gerenciamento de obras rápidas e inspeções de engenharia. Neste mercado trabalhamos com grandes redes de varejo, shopping centers, bancos, supermercados, laboratórios e empresas que precisam de controle sobre suas obras, processos e ativos. Trabalhamos normalmente como um apoio da engenharia do cliente, gerenciando a obra, o projeto de expansão ou até mesmo aferindo a qualidade da manutenção técnica ou do serviço prestado. É um atendimento de confiança, onde as ações são repetitivas e geralmente a padronização precisa ser a nível nacional. Este é um ambiente onde a implantação de inovações (tecnológicas ou processuais) traz resultados financeiros em muito menos tempo que outras áreas da construção, pela natureza repetitiva do processo. Acredito que o principal é termos a responsabilidade de levar para o cliente tudo o que há de mais novo na indústria da construção, uma vez que geralmente a engenharia não é o seu “core business”. Temos que pensar na gestão dos ativos/serviços do cliente hoje e em como ele vai estar amanhã, para que a transformação digital e o uso de dados para a tomada de decisões deixem o cliente seguro e embasado. Na palestra, o foco foi inovação na gestão de obras rápidas. Falamos e demos exemplos de tecnologia de ponta, mas também falamos que inovação pode estar em facilitar e ter processos e elementos adequados para cada realidade. É importante ter retorno financeiro sobre cada tecnologia implantada, mas é ainda mais importante estar atualizado sobre o futuro da construção para fazer a escolha certa para a sua empresa e para o seu cliente.
O futuro do canteiro de obras caminha para essa direção, com amplo monitoramento tecnológico?
Com certeza. A realidade aumentada e a inteligência artificial são elementos-chaves para o aumento da produtividade e da qualidade da construção. Eu vejo que o futuro caminha para uma construção com melhor logística, menor desperdício e com os elementos construtivos adequados, a fim de que o monitoramento, a manutenção preditiva e a operação do ativo durante a vida útil da obra sejam melhorados e impactem positivamente no custo operacional e ambiental das edificações.
Isso vai exigir também mais qualificação de quem trabalha na construção civil, sobretudo dos operários, correto?
Com certeza, como em todos os setores que trabalham com tecnologia. A mão de obra deverá ter um treinamento mais específico para cada seguimento, a fim de que o setor possa ter ainda mais inovações.
Entrevistada
Engenheira civil Renata Broering, especialista em gerenciamento de projetos pela FGV, negociação e liderança pela Harvard Law School e MBA pela Fundação Dom Cabral
Contato: renatabroering@gmail.com
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Cotação de material de construção não é só preço

Crédito: Sienge
Existe um modo simplista de entender o que é cotação de material de construção para uma obra: considerar apenas o melhor preço. Mas e a qualidade, o prazo de entrega e a logística? São itens importantes e que, para quem só considera o preço, podem resultar naquele jargão popular, o qual diz que “o barato sai caro”. Portanto, cotar material de construção inclui preço, mas não é só isso.
É preciso levar em consideração se o produto adquirido está adequado ao sistema construtivo escolhido para a obra, se a mão de obra domina o preparo e a aplicação, se o fornecedor cumpre prazos e se o custo do transporte não encarece a compra. Especialistas em cotação recomendam também que a compra seja adequada à etapa da obra. Adquirir revestimento antes de erguer a estrutura, só porque ele está em promoção, pode não ser o mais correto.
A recomendação é que a compra dos materiais de construção obedeça ao cronograma da obra. Porém, é imprescindível que os suprimentos necessários para cada etapa da construção estejam disponíveis no canteiro. O que não faz sentido é antecipar compras de fases futuras da obra. Não é essa prática que leva à economia no orçamento, e sim a disposição para pesquisar e comparar preços. Essa é a chave para uma boa cotação de materiais de construção.
Há seis passos básicos recomendados para uma cotação correta de materiais de construção: 1. Definir a demanda; 2. Selecionar fornecedores; 3. Realizar o pedido; 4. Equalizar as respostas; 5. Fechar a compra; 6. Analisar os resultados. Hoje também existe um bom número de plataformas online para a cotação de materiais. Elas são mais eficazes para quem está à frente de uma reforma ou construção de uma casa, por exemplo.
Compra técnica em construtoras é área cada vez mais dominada por engenheiros civis
Pesquisa realizada pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto-SP mostra que uma das maiores dificuldades apontadas por quem constrói ou reforma é orçar e comprar materiais de construção. O estudo vale para pequenas obras, já que no caso de grandes empreendimentos as construtoras e empreiteiras costumam ter compradores técnicos.
Essa é uma função cada vez mais dominada por engenheiros civis (https://www.cimentoitambe.com.br/comprador-tecnico-engenheiro/). Isso se deve às exigências crescentes dentro das áreas de suprimentos das empresas, e que passaram a requerer novas habilidades para quem exerce o cargo de comprador técnico. Entre elas: gestão estratégica, contemporaneidade, conhecimento técnico, escolha e qualificação dos fornecedores e desenvolvimento de processos de aquisição com base em indicadores.
Por todas as complexidades que passaram a abranger a compra técnica é que o engenheiro civil sai em vantagem para ocupar a função. “A compra técnica, antigamente, era um cargo burocrático. O comprador cotava, negociava, fechava o pedido e ia embora. Hoje, o cargo é estratégico, mas ainda há empresas que preferem compradores com formação administrativa e ligados à área financeira. Porém, a maioria já opta por profissionais técnicos. Além de engenheiros civis, também existem engenheiros de produção e engenheiros de logística desempenhando muito bem a função”, finaliza Joyce Benedetti, coordenadora da área de suprimentos da MBigucci Construtora.
Entrevistado
Reportagem com base no ebook “7 Dicas de ouro de como fazer orçamento da obra” e no web seminário “O papel do comprador técnico na construção civil”
Contatos
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330









