Gestão de tributos da construção civil: melhor não arriscar

Um dos desafios da reforma tributária é desonerar a construção civil para combater a informalidade nos canteiros de obras Crédito: Banco de Imagens
Um dos desafios da reforma tributária é desonerar a construção civil para combater a informalidade nos canteiros de obras
Crédito: Banco de Imagens

O Brasil é líder mundial em quantidade de horas que as empresas disponibilizam para atender exigências tributárias. São cerca de 2.600 horas, o que representa mais de 100 dias no ano. A construção civil está inserida neste contexto e é um dos setores mais taxados do país. Por isso, exige uma gestão de tributos mais detalhada, pois há impostos específicos - principalmente, os que incidem sobre quem constrói. Além disso, a tributação muda de estado para estado, o que recomenda mais atenção para evitar riscos desnecessários.

Independentemente da localização da empresa, existem 9 impostos exclusivos e obrigatórios para quem constrói, e que fazem parte do chamado Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). A saber:

EFD  -  Escrituração Fiscal Digital-ICMS/IPI (mensal)
DIME - Declaração do ICMS e Movimento Econômico (mensal)
EFD Contribuições - Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e para a Cofins (mensal)
ECD - Escrituração Contábil Digital (anual)
ECF - Escrituração Contábil Fiscal (anual)
EFD Reinf - Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (mensal)
DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (mensal)
Dirf - Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (mensal)
Dimob - Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (anual)

As peculiaridades do sistema tributário que rege a construção civil estão relacionadas diretamente com a mobilidade das obras, ou seja, as empresas empreendem em várias localidades, o que influencia na quantidade e no tipo de impostos a serem pagos. Dependendo da legislação tributária do município, até dentro de uma mesma cidade a tributação pode mudar de uma obra para outra, por causa das chamadas zonas residenciais. “Contabilidade de construção é significativamente mais complexa do que é para a maioria das empresas”, define o consultor de negócios contábeis, Marco Aurélio Rodrigues.

As contratações de serviços terceirizados, equipamentos e materiais de construção também influenciam na gestão de tributos de uma obra. Diante de tanta complexidade, especialistas da área contábil recomendam que as empresas se beneficiem ao máximo da tecnologia, utilizando softwares que melhoram os procedimentos contábeis. O importante, alertam, é evitar erros e multas. “É essencial a integração das informações de todas as áreas da construtora, pois, no cruzamento de dados, tudo se alinha e nenhuma despesa, lucro e números são ocultados”, reforça Marco Aurélio Rodrigues.

Expectativa é de que reforma tributária reduza carga sobre a construção civil 

Na reforma tributária em discussão no Congresso Nacional, uma das prioridades é reduzir a carga tributária sobre a construção civil. O caminho, apontam as organizações ligadas ao setor, é simplificar os tributos e desonerar a folha de pagamento para combater a informalidade nos canteiros de obras, que hoje passa de 60% - segundo dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). A PEC que tramita na Câmara Federal propõe extinguir os três tributos federais (IPI, PIS e Cofins), o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). No lugar, seria criado um tributo sobre o valor agregado, chamado de Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) - de competência dos três entes federativos -, e outro sobre bens e serviços específicos (Imposto Seletivo), de competência federal.

Entrevistado
Reportagem com base na palestra “Gestão de tributos na construção civil”, do consultor de negócios contábeis, Marco Aurélio Rodrigues
Contato
marco.rodrigues@globaltec.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

 


Setor de imóveis de luxo e superluxo é ponto fora da curva

Prédio superluxo tem como característica oferecer apartamento com jeito de mansão Crédito: Banco de Imagens
Prédio superluxo tem como característica oferecer apartamento com jeito de mansão
Crédito: Banco de Imagens

Apartamentos que variam de 2 milhões a 25 milhões de reais, dependendo da região do país, pertencem a um segmento do mercado imobiliário que é considerado um ponto fora da curva. Para ele, não existe a palavra crise. Lançamentos e vendas de unidades em edifícios de luxo e superluxo devem fechar 2019 com crescimento próximo de 20%, na comparação com 2018. Segundo pesquisa da Brain Inteligência Corporativa, o sucesso dos prédios de alto padrão está diretamente relacionado com o perfil de seus compradores. São empresários, agricultores, profissionais liberais, advogados, médicos, profissionais de TI, exportadores, atletas de ponta, artistas e agentes públicos (políticos, ocupantes de cargos comissionados e funcionários públicos com chefia).

Quando a análise é estratificada, o potencial de venda do segmento de edifícios de luxo e superluxo se mostra ainda mais impressionante. São os casos de cidades como Curitiba-PR e São Paulo-SP, onde esse mercado promete encerrar 2019 com as vendas crescendo entre 70% e 90%, respectivamente, e com o preço do metro quadrado experimentando alta de 40% - ambos na comparação com 2018. Uma explicação para essa valorização do mercado imobiliário de alto padrão está na política de juros adotada pelo governo, que vem derrubando a taxa Selic mês a mês. Com o fim dos rendimentos de dois dígitos ao ano, os investidores migram para outros “portos seguros”. “O segmento de imóveis de luxo e superluxo no Brasil é um desses portos seguros”, avalia a Bloomberg Consultoria.

Dados das ADEMI (Associações dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário) e de outros analistas confirmam que, para o setor de imóveis de luxo e superluxo, 2019 já é o melhor ano desde 2014. As perspectivas são ainda mais otimistas para os próximos anos e devem preservar o viés de alta até 2022, pelo menos. A aposta é que o Brasil torne seu mercado imobiliário de alto padrão interessante para investidores estrangeiros. Esse cenário já é realidade nos Estados Unidos, aponta a Forbes. Desde a crise financeira de 2008, 65% das unidades de luxo e superluxo no país foram compradas pelos novos ricos chineses e pelos magnatas do petróleo do Oriente Médio.

Saiba o que caracteriza um imóvel de luxo ou superluxo

Localização
Endereço do imóvel precisa ser reconhecido como nobre.
Área de lazer
Inclui desde piscina, academia, spa e cinemas, até marinas.
Infraestrutura
De  heliporto a centro comercial dentro do condomínio.
Tecnologia
Portarias e elevadores com biometria, piso aquecido, uso de energia solar, lareiras com acendimento automático, luzes reguladas de acordo com a iluminação do dia, sistema de aquecimento e refrigeração controlado por meio de dispositivo eletrônico, persianas que abrem sozinhas e banheiras que se enchem com água na temperatura ideal.
Arquitetura
Prédio tem a assinatura de um renomado arquiteto.
Preço
Varia de R$ 2 milhões a R$ 25 milhões a unidade, dependendo do município.

Entrevistado
Reportagem com base em análise de mercado feita por consultorias como Brain Inteligência Corporativa, Bloomberg e organizações como ADEMI (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário)

Contatos
release@bloomberg.net
pesquisa@ademi.org.br
brain@brain.srv.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Sob a ótica financeira, todas as rodovias seriam em concreto

Sergio Palazzo, na Paving Expo: não adianta um bom projeto se a execução não for bem feita Crédito: Mecânica Comunicação Estratégica
Sergio Palazzo, na Paving Expo: não adianta um bom projeto se a execução não for bem feita
Crédito: Mecânica Comunicação Estratégica

Experiente empreiteiro de rodovias, o engenheiro mecânico Sergio Palazzo palestrou na Paving Expo 2019 sobre as razões que o fizeram mudar de convicção, ao longo de 40 anos, tornando-se admirador do pavimento rígido. “Eu era asfalteiro, mas me apaixonei pelo pavimento de concreto, e isso deveria acontecer com as concessionárias. Por quê? Sob o ponto de vista financeiro, toda a rodovia deveria ser em concreto. Ao longo de 30 anos de concessão, a manutenção do asfalto é incalculável e imprecisa. Então, se for pensar que o pavimento flexível requer muitas manutenções ao longo da vida útil da estrada, qualquer cálculo financeiro mostra que o concreto é muito mais vantajoso”, destaca.

Palazzo orienta os departamentos técnicos das concessionárias a conversarem com seus financeiros para que possam entender a lógica de se optar pelo pavimento rígido. “O mercado reage a preço. Senhores concessionários, conversem com seus diretores financeiros, pois a concessão vive da remuneração do capital, ou seja, se o financeiro jogar no papel o custo da manutenção ao longo do período do contrato ele proibirá o uso de qualquer pavimento que não seja o de concreto”, frisa o engenheiro, que destaca que o pavimento rígido só não se impõe sobre o asfalto quando é mal-executado. “Bons pavimentos dependem de uma boa execução. Normalmente, projetos são bem feitos. Mas se problemas acontecem é por erros de execução”, completa.

História de que pavimento de asfalto é mais barato não passa de lobby

Rodovia com pavimento de concreto depende da execução para confirmar sua competitividade sobre o asfalto Crédito: Governo de SP
Rodovia com pavimento de concreto depende da execução para confirmar sua competitividade sobre o asfalto
Crédito: Governo de SP

Em sua palestra na Paving Expo, Sergio Palazzo usou como exemplo o trecho em pavimento de concreto da rodovia dos Imigrantes, que liga São Paulo à Baixada Santista. “No fim da década de 1990, o DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S/A) abriu os arquivos da construção dessa rodovia para a USP (Universidade de São Paulo). O que ficou comprovado? O trecho em concreto foi mais barato que o pavimento flexível. O custo por quilômetro do pavimento rígido saiu por 523 mil reais contra 525 mil do asfalto. Outro dado interessante é que, após 22 anos, o pavimento rígido segue intacto e o flexível já passou por quatro intervenções para recapeamento. Então, essa história de que pavimento de asfalto é mais barato não passa de lobby”, afirma.

Sergio Palazzo finalizou a palestra relatando que sua primeira obra com pavimento em concreto foi para construir a pista de testes da General Motors, em Indaiatuba-SP. O campo de provas, que recentemente completou 45 anos, possui duas retas com 2.400 metros cada uma, além de curvas com inclinações de 10 graus e 30 graus, respectivamente. “A perfeição do pavimento permite que o veículo ande a 160 km/h. Como prova, o piloto tira as mãos do volante na curva mais acentuada e trabalha só com a energia centrífuga que a elevação permite. Isso mostra que fazer pavimento de qualidade, com boa superfície, não é só projeto. A execução é o segredo da competitividade do pavimento de concreto”, conclui. 

Entrevistado
Reportagem com base na palestra “O pavimento de Concreto em Concessões Rodoviárias”, concedida pelo engenheiro mecânico Sergio Palazzo, na Paving Expo

Contato: spalazzo@pella.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Nova jornada espacial será alicerçada no concreto

Imagem tirada de um microscópio eletrônico mostra cristais de portlandita (hidróxido de cálcio) em uma das amostras de concreto levadas para serem analisadas no espaço Crédito: MSFC - EM31 MATERIALS DIAGNOSTICS LAB
Imagem tirada de um microscópio eletrônico mostra cristais de portlandita (hidróxido de cálcio) em uma das amostras de concreto levadas para serem analisadas no espaço
Crédito: MSFC - EM31 MATERIALS DIAGNOSTICS LAB

Se quiser construir bases na Lua e futuramente chegar a Marte, o homem vai precisar de estruturas de concreto. A NASA já está convicta disso e estimula universidades norte-americanas a pesquisarem o comportamento do material em condições extraterrestres. Em uma das mais recentes missões da estação espacial internacional, astronautas-cientistas levaram 120 amostras preparadas na Penn State (Universidade Estadual da Pensilvânia), com o objetivo de ver como o concreto se comporta em situações de gravidade zero. 

Medir resistência, tempo de cura e durabilidade está entre os objetivos da pesquisa. “Os pesquisadores estudam há muito tempo a reação do cimento, quando ele se mistura com a água e agregados aqui na Terra. No entanto, ainda restam dúvidas e pouco se sabe sobre como esse processo ocorre no espaço, onde há pouca ou nenhuma gravidade. O objetivo desta pesquisa é entender melhor o complexo processo de solidificação do cimento quando a gravidade é retirada da equação”, explica Aleksandra Radlińska, pesquisadora que lidera a parceria entre a Penn State e a NASA.

No estudo desenvolvido na estação espacial internacional, as amostras utilizaram vários tipos de cimento e de aditivos. A quantidade de água na mistura também foi variada para que os cientistas pudessem ter diferentes períodos de hidratação. De volta à Terra, os experimentos foram devolvidos ao departamento de engenharia civil da Penn State para análise. A expectativa é de que os resultados sejam divulgados em 2020. “Uma vez compilados os resultados, a pesquisa será útil para entender como usar o cimento como material de construção no espaço”, diz a professora.

Conhecimento adquirido no espaço vai melhorar processo de produção de cimento e concreto 

Astronauta-cientista russa manipula uma das 120 amostras de concreto levadas à estação espacial internacional: mais um passo rumo à missão Marte Crédito: NASA
Astronauta-cientista russa manipula uma das 120 amostras de concreto levadas à estação espacial internacional: mais um passo rumo à missão Marte
Crédito: NASA

Segundo Radlińska, o conhecimento adquirido também será benéfico para melhorar o processamento de cimento e concreto na Terra. “O concreto é o material fabricado pelo homem mais amplamente utilizado no mundo. A produção global atinge cerca de 10 bilhões de toneladas por ano, e possui uma pegada de carbono compatível. Mesmo uma ligeira melhoria no processo pode ter implicações enormes na sustentabilidade da infraestrutura baseada em cimento”, avalia a pesquisadora.

No entender da professora, quando forem decifradas todas as fases do processo de hidratação do Cimento Portland será possível influenciar na quantidade de dióxido de carbono emitido na atmosfera para cada tonelada de cimento produzida. “É por isso que essa pesquisa é tão importante. Quanto mais entendermos os estágios iniciais da hidratação, o que ainda não sabemos na Terra, pois é um processo muito complexo, mais poderemos melhorá-lo", cita Radlińska. 

Outro estágio da pesquisa liderada pela Penn State é saber se é possível produzir cimento em Marte com os minérios que existem naquele planeta. “O objetivo é testar o processo usando materiais nativos de Marte. Embora seja difícil encontrar amostras diretamente aqui na Terra, a intenção da equipe é recriar esses materiais com base na composição química das amostras coletadas pelos robôs que estão em Marte”, revela a pesquisadora, convicta de que engenheiros civis deverão compor a missão que deve explorar o planeta a partir de 2030. “Para obtermos o desenvolvimento industrial e colonizar Marte, os engenheiros civis terão um papel crucial”, completa.

Veja o vídeo da NASA: “Cimentando nosso caminho no espaço”

Entrevistada
Aleksandra Radlińska, professora-assistente do departamento de engenharia civil da Universidade Estadual da Pensilvânia (via departamento de comunicação da Penn State)

Contatos:
ara@engr.psu.edu
azr172@psu.edu
mediarelations@psu.edu

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Interior concentra as cidades inteligentes do Brasil

Campinas-SP lidera o ranking de cidades inteligentes, destacando-se nos indicadores economia, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança e mobilidade e acessibilidade Crédito: Urban Systems
Campinas-SP lidera o ranking de cidades inteligentes, destacando-se nos indicadores economia, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança e mobilidade e acessibilidade
Crédito: Urban Systems

A nova ISO 37122 (Sustainable cities and communities – indicators for smart cities [Indicadores para serviços municipais e qualidade de vida nas comunidades]), publicada em maio de 2019, mudou o mapa das cidades inteligentes no Brasil. Antes um privilégio das principais capitais do país, os novos requisitos mostram que é no interior que estão os melhores lugares com qualidade de vida, oportunidades e planejamento. A ponto da cidade de Campinas-SP ter ganhado o título de cidade mais inteligente na versão 2019 do Ranking Connected Smart Cities

A cidade paulista superou São Paulo-SP e Curitiba-PR, que ocupam 2º e 3º lugares no ranking, e que em edições anteriores se revezavam na primeira colocação. Além de ser a maior cidade do interior de São Paulo e do Brasil, Campinas destaca-se por ser pólo universitário, pólo tecnológico, pólo de inovação e região industrial com forte apelo logístico e de distribuição. Com porte populacional (1,2 milhão de habitantes) e econômico superior a muitas capitais brasileiras, a cidade protagoniza os seguintes indicadores do ranking: economia, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança e mobilidade e acessibilidade.

Outros dados levados em consideração para a elaboração do Ranking Connected Smart Cities estão relacionados com urbanismo, meio ambiente, saúde, educação e segurança. A ISO 37122, que influenciou fortemente a nova lista e deu competitividade às cidades do interior, considera 80 indicadores, agrupados em 18 eixos: Economia, Educação, Energia, Meio ambiente e Mudanças Climáticas, Finanças, Governança, Saúde, Habitação, População e condições sociais, Recreação, Segurança, Resíduos sólidos, Esporte e Cultura, Telecomunicação, Transportes, Agricultura urbana/local e segurança alimentar, Planejamento urbano, Águas residuais e Água.

Dezenove cidades da região sul estão entre as 100 melhores do Brasil

Campinas foi a 1ª colocada nos recortes economia e tecnologia e inovação. Foi a 2ª em empreendedorismo, 3ª em governança e 4ª em mobilidade e acessibilidade. Para comprovar que o interior está valorizado na edição 2019 do Ranking Connected Smart Cities, na lista das 100 cidades mais inteligentes 15 possuem menos de 100 mil habitantes. Isso mostra que não é necessário ter grande porte populacional e econômico para atingir índices altos nos indicadores do estudo. Jaguariúna-SP foi apontada como a cidade mais inteligente na faixa populacional de 50 mil a 100 mil. 

Já São Caetano do Sul-SP é a melhor entre as cidades de 100 mil a 500 mil habitantes, destacando-se em 1º lugar no indicador educação. Curitiba foi a 1ª colocada no recorte urbanismo, Santos-SP destacou-se em meio ambiente, Vitória-ES em saúde e Balneário Camboriú-SC em segurança.  Dez estados brasileiros não possuem cidades na lista das 100 mais inteligentes, a maioria das regiões norte (só Palmas-TO se destaca) e nordeste (representada apenas por Recife-PE, Salvador-BA, Natal-RN, Fortaleza-CE e Teresina-PI).  

Já a região sul tem 19 cidades entre as 100. Além de Curitiba-PR (3º), aparecem Florianópolis-SC (7º), Blumenau-SC (9º), Joinville-SC (15º), Itajaí-SC (16º), Balneário Camboriú-SC (17º), Porto Alegre-RS (20º), Maringá-PR (26º), Londrina-PR (33º), Pato Branco-PR (37º), Jaraguá do Sul-SC (41º), Foz do Iguaçu-PR (53º), Cascavel-PR (63º), Caxias do Sul-RS (70º), Chapecó-SC (75º), Toledo-PR (81º), Umuarama-PR (88º), Erechim-RS (94ª) e Tubarão-SC (96ª).   

Confira a lista completa do Ranking Connected Smart Cities

Entrevistado
Reportagem com base no relatório da edição 2019 do Ranking Connected Smart Cities

Contato: contato@urbansystems.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


UFMG consegue patente de cimento nanoestruturado

Pesquisadores da UFMG conseguiram acrescentar nanotubos de carbono na produção de clínquer, matéria-prima para a fabricação do nanocimento Crédito: CTNano
Pesquisadores da UFMG conseguiram acrescentar nanotubos de carbono na produção de clínquer, matéria-prima para a fabricação do nanocimento
Crédito: CTNano

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) obteve recentemente, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a primeira patente nacional de cimento nanoestruturado. Apenas dois outros países possuem esse tipo de licença para produzir material semelhante: os Estados Unidos, desde 2015, e a China, desde 2016. A UFMG levou mais de uma década para obter a patente do produto, que se diferencia do Cimento Portland por receber nanotubos de carbono diretamente na matriz cimentícia, que é o clínquer

Um nanotubo de carbono equivale à bilionésima fração de um metro, ou seja, é 100 mil vezes mais fino que um fio de cabelo. Somente com microscópios que usam a nanotecnologia é possível visualizá-los. A UFMG possui esses equipamentos em seu Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno (CTNano). Foi o que permitiu que os pesquisadores liderados pelo físico Luiz Orlando Ladeira e pelo engenheiro civil José Marcio Calixto desenvolvessem o clínquer nanoestruturado e, consequentemente, chegassem ao nanocimento.

O resultado prático do produto desenvolvido na UFMG é que ele melhora a resistência à compressão, mas principalmente a resistência à tração do concreto que utilize o nanocimento. “Hoje sabemos que a adição de 0,3% de nanotubos em compósitos cimentícios aumenta seu modo de tração em 60%. Ou seja, uma pitadinha muda essa propriedade”, resume Luiz Orlando Ladeira. Para o concreto armado, os pesquisadores estimam que será possível usar menos armaduras de aço em estruturas que utilizem cimento produzido a partir de nanoclínquer.

O professor Luiz Orlando Ladeira explica ainda que compósitos cimentícios que usem nanocimento são mais resistentes às fissuras. “O concreto produzido com cimento nanoestruturado não dispensa o uso do aço, mas diminui o seu consumo. Contudo, o ganho mais significativo é a resistência ao estresse térmico, em que processos de aumento e diminuição de temperatura geram fadiga mecânica, levando a fissurações”, comenta o coordenador do CTNano.

Próximo passo é atingir a produção do clínquer nanoestruturado em escala industrial

A patente obtida pela UFMG diz respeito ao modo como os nanotubos de carbono são adicionados na fabricação do clínquer. A tecnologia adotada evita que as nanofibras aglomerem, possibilitando que se dispersem por toda a matriz cimentícia. Outra vantagem da invenção é que o clínquer nanoestruturado obtido ao final do processo pode ser misturado ao processo industrial do Cimento Portland. “O clínquer nanoestruturado contém de 10% a 25% de nanotubos de carbono. Fazemos a diluição desse material no cimento comum, de modo que não é necessário passar todo o cimento pelo processo. Um quilograma desse material pode ser diluído entre 90 quilos a 100 quilos de cimento sem perder as propriedades”, afirma Ladeira.

Para José Marcio Calixto, todos os compósitos à base de Cimento Portland podem se beneficiar da inovação. “Ele é capaz de melhorar as propriedades da pasta de cimento, utilizada principalmente em poços de petróleo, bem como as das argamassas usadas em alvenarias e também nos revestimentos, além do concreto”, resume. O próximo passo, dizem os pesquisadores, é atingir a produção do clínquer nanoestruturado em escala industrial. Nos laboratórios da UFMG a produção já atinge a marca de um quilo de nanoclínquer por dia.

Saiba o que é a nanotecnologia

Entrevistados
Físico Luiz Orlando Ladeira e Engenheiro Civil José Marcio Calixto, pesquisadores do Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno (CTNano)

Contato: contato@ctnano.org

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Coprocessamento move indústria europeia do cimento

Coprocessamento de resíduos sólidos é peça-chave para que a indústria global de cimento atinja as metas ambientais estabelecidas para 2030 e 2050 Crédito: Cia. de Cimento Itambé
Coprocessamento de resíduos sólidos é peça-chave para que a indústria global de cimento atinja as metas ambientais estabelecidas para 2030 e 2050
Crédito: Cia. de Cimento Itambé

Através do coprocessamento, atualmente 44% do combustível que abastece a indústria europeia de cimento vêm de resíduos sólidos. Os dados da CEMBUREAU (The European Cement Association) englobam as indústrias da União Europeia (exceto Malta e Eslováquia), além de Noruega, Suíça, Turquia, Croácia e Sérvia. Juntos, esses países estabeleceram metas mais ambiciosas. Até 2030, pretendem que 60% do combustível que alimenta as cimenteiras venham do coprocessamento.

Para atingir o objetivo, existe a previsão de que sejam investidos 10 bilhões de euros em processos de economia circular. A meta é fazer com que 15,7 milhões de toneladas de resíduos possam chegar às fábricas de cimento em forma de combustível alternativo. O ponto crucial de todo esse processo é reduzir em 80% a emissão de CO2 até 2050, na comparação aos números do setor em 1990. De acordo com o CEO do CEMBUREAU, Koen Coppenholle, existe um potencial inexplorado no coprocessamento em toda a Europa.

O volume de uso de combustível alternativo pela indústria de cimento europeia aumentou 10 vezes desde 1990 - de 1,1 milhão de toneladas para 11,3 milhões de toneladas. Isso resultou em menor emissão de CO2, menos uso de combustível fóssil e menos resíduos em aterros sanitários. Para que o setor avance, Koen Coppenholle defende que mais inovações sejam incorporadas aos processos de produção. “Estamos trabalhando com pesquisadores para aliar tecnologias revolucionárias de captura e armazenamento de carbono à viabilidade comercial”, diz.

Koen Coppenholle estima que a indústria europeia de cimento pode estar no coração da economia circular e ajudar a União Europeia a alcançar os ambiciosos planos de baixo carbono até 2050. Os principais objetivos traçados pela UE são os seguintes:

1. Estratégias para que os resíduos retornem à indústria após a comercialização.
2. Extensão da vida útil de produtos, prevendo reutilização, reparo, reaproveitamento, reforma ou remanufatura.
3. Recuperação de materiais e outros recursos provenientes de resíduos, como águas residuais tratadas.
4. Uso das TICs (Tecnologias da informação e Comunicação) como suporte para criar modelos de negócios circulares e cadeias de valor.

No Brasil, indústria do cimento tem metas ousadas para 2030 e 2050

Na média global, a indústria cimenteira responde por 7% de todo o gás carbônico lançado na atmosfera. No Brasil, esse percentual é de 2,6%, mas com o Roadmap Tecnológico do Cimento, assinado em abril de 2019 pelo SNIC (Sindicato Nacional da Indústria Cimenteira) e as empresas associadas, o objetivo é fazer com que o país reduza ainda mais a emissão de CO2 por tonelada de cimento. O documento define as diretrizes para que o setor possa alcançar as metas estabelecidas em duas etapas: 2030 e 2050.

O coprocessamento é peça-chave para que as metas sejam atingidas, e que são as seguintes:

  • Dobrar a utilização de combustíveis alternativos na industrialização de cimento.
  • Melhorar em 15% a eficiência energética do processo de produção de cimento.
  • Estimular a busca de novas tecnologias para aumentar a utilização de resíduos de outras indústrias, e reduzir a utilização de clínquer.
  • Investir em tecnologias inovadoras, como a captura do próprio carbono emitido no processo fabril de cimento. 

Entrevistado
Reportagem com base em relatório da CEMBUREAU (The European Cement Association)
Contato: communications@CEMBUREAU.eu

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Pavimento rígido se viabiliza com boa engenharia

Marcílio Augusto Neves, na Paving Expo: projetos inicialmente licitados para pavimento com asfalto foram revertidos para pavimento em concreto Crédito: Mecânica Comunicação Estratégica
Marcílio Augusto Neves, na Paving Expo: projetos inicialmente licitados para pavimento com asfalto foram revertidos para pavimento em concreto
Crédito: Mecânica Comunicação Estratégica

Na Paving Expo, o engenheiro civil Marcílio Augusto Neves, especialista em projetos rodoviários em pavimento de concreto, detalhou que a pavimentação rígida se viabiliza através da boa engenharia. Ele defende que um projeto completo precisa ter estudos e dados consolidados. “Não se deve estimar, mas realizar ensaios sobre as características do solo, o fluxo diário de tráfego de veículos pesados e comparar o projeto de pavimento rígido com o pavimento flexível e o pavimento semi-rígido”, diz.  

O consultor relatou em sua palestra que já pegou projetos inicialmente licitados para pavimento com asfalto e que foram revertidos para pavimento em concreto na fase de obra, com base nos dados apresentados pelos ensaios de solo, fluxo de veículos e ambientais. “Se o tráfego pesado é elevado, se o solo da região tem deficiência ou se é segmento de serra com muita umidade, as condições favorecem o pavimento rígido. Agora, se o solo natural tem boa base, se o relevo é plano e se a carga leve é mais intensa que o tráfego pesado, daí o pavimento asfáltico é mais competitivo”, revela.

Engenheiro projetista de pavimentos, Marcílio Augusto Neves costuma dar cursos no Tribunal de Contas da União (TCU), na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT). Ele comenta que muitas rodovias que tinham projeto para pavimento flexível foram convertidos para pavimento rígido depois que esses organismos foram convencidos da viabilidade técnica e financeira do leito em concreto. Ele citou os casos das BRs 163 e 364, no Mato Grosso; da BR-151, na Bahia; da BR-163, no Pará; da BR-381, em Minas Gerais, e da BR-386, no Rio Grande do Sul. 

Além da viabilidade técnica do pavimento em concreto, viabilidade econômica é decisiva

Trecho duplicado da BR-163, na rota do agronegócio: só o pavimento de concreto suporta tráfego pesado de 5 mil caminhões por dia Crédito: DNIT
Trecho duplicado da BR-163, na rota do agronegócio: só o pavimento de concreto suporta tráfego pesado de 5 mil caminhões por dia
Crédito: DNIT

O consultor lembra que o pavimento rígido tem ganhado a preferência em rotas do agronegócio por que o fluxo de grandes caminhões é muito intenso nas estradas. É o caso da BR-163, que se transformou em um corredor para escoar a soja a ser embarcada nos portos fluviais do Pará ou nos portos de Santos-SP e Paranaguá-PR. “Lá, chegam a trafegar 5 mil bitrens e rodotrens, de 7 e 9 eixos, por dia. Em rodovias com essas características, o ideal é que o subleito seja com CCR (Concreto Compactado a Rolo) de 10 centímetros e placa de pavimento rígido de 25 centímetros”, recomenda.

Em sua palestra, Marcílio Augusto Neves demonstrou que, além da viabilidade técnica do pavimento rígido, é necessário também demonstrar no projeto a viabilidade econômica. Ele citou como exemplo o estudo feito para a recuperação da BR-386, no trecho entre Porto Alegre-RS e Carazinho-RS. “O custo do pavimento flexível ficaria em 520 milhões de reais contra 404 milhões de reais do rígido. Mas o que mais impressionou foi a projeção de manutenção por 30 anos. O pavimento de asfalto precisaria de 281 milhões de reais para ser mantido no período da concessão contra 25 milhões do pavimento em concreto. As obras de duplicação da rodovia, com pavimento rígido, estão previstas para começar em 2021.

Entrevistado
Reportagem com base na palestra “Viabilidade Técnica e Econômica do Pavimento de Concreto”, concedida pelo engenheiro-consultor Marcílio Augusto Neves, na Paving Expo

Contato: marcilio@marcilio.eng.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Indústria do cimento cria rede mundial de inovação

Benjamin Sporton, CEO da GCCA: com a Innovandi reuniremos as melhores mentes de todos os cantos do mundo do cimento e do concreto Crédito: GCCA
Benjamin Sporton, CEO da GCCA: com a Innovandi reuniremos as melhores mentes de todos os cantos do mundo do cimento e do concreto
Crédito: GCCA

A conferência anual da Associação Global de Cimento e Concreto (GCCA, do inglês Global Cement and Concrete Association), que aconteceu dia 10 de outubro, em Cingapura, marcou o lançamento da Innovandi - Rede Global de Pesquisa em Cimento e Concreto. O objetivo é tratar das inovações em curso na indústria do setor. Temas como desenvolvimento tecnológico, captura, uso e armazenamento de CO2, técnicas de construção, design e arquitetura, melhorias no processo de fabricação, novos agregados e aditivos estarão na pauta da GCCA. 

A rede Innovandi também pretende conectar o setor com universidades e instituições científicas para impulsionar pesquisas. “Nossa indústria está totalmente comprometida em tomar medidas para reduzir as emissões de CO2. Como tal, a Innovandi é uma iniciativa liderada pela indústria e reunirá as melhores mentes de todos os cantos do mundo do cimento e do concreto, da academia e dos negócios. Juntos, colaboraremos verdadeiramente em escala global e usaremos nossa experiência para encontrar novas maneiras de trabalhar e desenvolver inovações eficazes”, diz Benjamin Sporton, CEO da GCCA.

O dirigente afirma ainda que a meta é, além de manter o concreto como o material de construção mais usado do mundo, assegurar que ele seja sustentável. "Isso realmente ajudará a garantir que o concreto se torne o material de construção sustentável preferido para as necessidades futuras do mundo", discursa Sporton. Como parte da nova iniciativa, a GCCA também pretende estabelecer uma conferência global anual da Innovandi para promover a colaboração em inovação e pesquisa no setor. A sede do encontro de 2020 ainda não foi definida.

Até 2030, planeta deve consumir mais 4,8 bilhões de toneladas anuais de concreto

Entre as pesquisas que a rede Innovandi vai incentivar estão as que envolvem coprocessamento, eficiência da produção de clínquer, ligantes alternativos, tecnologia de concreto com baixo teor de carbono e redução de CO2 por meio da recarbonatação. “O setor tem uma longa e orgulhosa história de inovação, pesquisa e desenvolvimento. No entanto, a Innovandi acelerará esse bom trabalho e aproximará mais o pensamento inteligente. Dada a urgência do desafio, é a coisa certa a fazer e estou satisfeito por dar um passo tão forte ao lançar a Rede Global de Pesquisa em Cimento e Concreto”, assegura Wolfgang Dienemann, co-presidente do grupo de trabalho de inovação da GCCA.

Além de fabricantes de cimento e concreto, a Innovandi pretende atrair especialistas em aditivos e fornecedores de equipamentos. Para os conferencistas que estiveram no encontro anual da GCCA, é necessário um esforço conjunto para garantir que nos próximos 11 anos o planeta consuma de forma sustentável mais 4,8 bilhões de toneladas anuais de concreto. Esse é o volume estimado pela Associação Global de Cimento e Concreto para que a população mundial assegure a expansão da infraestrutura básica, como casas, escolas e hospitais, até 2030. “Os líderes da indústria de cimento estão plenamente conscientes dos problemas relacionados à sustentabilidade, mas não podemos resolvê-los individualmente. Precisamos formar novas parcerias e alavancar as diversas competências”, finaliza Benjamin Sporton.

Entrevistado
Reportagem com base no relatório da conferência anual da Associação Global de Cimento e Concreto (via assessoria de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


EUA têm melhores cursos de engenharia civil, diz ranking

Campus da USP, em São Paulo-SP: universidade é referência em engenharia civil no Brasil Crédito: USP
Campus da USP, em São Paulo-SP: universidade é referência em engenharia civil no Brasil
Crédito: USP

Apesar de a Universidade Oxford, na Inglaterra, ainda despontar como a melhor instituição do mundo no ensino de engenharia civil, os Estados Unidos aparecem como o país com o maior número de escolas de engenharia civil no top 10 do ranking Times Higher Education. São 7 universidades norte-americanas bem classificadas na mais recente edição, que envolve o biênio 2019/2020. Destaque para o Instituto de Tecnologia da Califórnia (California Institute of Technology), que em relação ao ranking 2017/2018 ganhou uma posição e assumiu o 2º lugar. 

Os EUA também têm 60 instituições entre as 200 melhores com graduações de engenharia civil. Outro país que teve ascensão no ranking foi a China, que agora possui as duas melhores escolas de engenharia da Ásia pela primeira vez. A Universidade de Tsinghua ocupa a 23ª posição geral, enquanto a Universidade de Pequim subiu 7 posições e ultrapassou a Universidade Nacional de Cingapura (NUS), conquistando o segundo lugar no continente e o 24º lugar geral. 

A China é a quarta nação mais representada na lista da Times Higher Education pelo quarto ano consecutivo. O país possui 81 instituições ranqueadas, em comparação com 172 norte-americanas, 110 japonesas e 100 britânicas. A Austrália também apresentou evolução, com 11 universidades entre as 200 melhores. Tanto a China quanto a Austrália aumentaram o número de Ph.D`s em engenharia, bem como os convênios internacionais, incluindo o Brasil. Tsinghua e Pequim oferecem oportunidades de cursos de verão, pós-graduação, mestrado e doutorado para brasileiros graduados em engenharia civil. 

A Times Higher Education também detecta crescimento global no número de universidades. Entre 2000 e 2018, a quantidade de estudantes universitários em todo o mundo mais que dobrou. Atualmente, são 207 milhões cursando ensino superior nos 92 países que fornecem dados para o ranking, enquanto a taxa bruta de matrículas aumentou de 19% para 34% no mesmo período (2000 a 2018). Os dados são confirmados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Das 1.396 universidades ranqueadas, Brasil aparece com 35; USP e UNICAMP lideram

Além dessa expansão no número de estudantes, muitas universidades estão produzindo mais publicações de pesquisa por acadêmico a cada ano. Isso resulta em expansão de campus e mais parcerias internacionais. As 1.396 universidades listadas no ranking possuem convênios internacionais. Os acordos são conhecidos como cooperação acadêmica e, no Brasil, as graduações em engenharia civil estão entre os cinco cursos com mais parcerias fora do país. Todas as que aparecem no ranking da Times Higher Education possuem convênios. 

No Brasil, o curso de engenharia civil melhor ranqueado é o da USP, que aparece na posição 251. Em seguida vem o da UNICAMP, na 501ª colocação. O ponto positivo é que o ranking abrangeu um maior número de universidades brasileiras. Agora são 35, das quais a maioria aparece da posição 1.001 para cima. Veja as escolas de engenharia civil que estão na lista da Times Higher Education:

Universidade de São Paulo (USP), 251º
Universidade de Campinas (UNICAMP), 501º
Universidade Federal de Minas Gerais, 601º
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre 601º e 800º
Universidade Federal de Santa Catarina, entre 601º e 800º
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, entre 601º e 800º
Universidade de Brasília, entre 801º e 1.000º
Universidade Federal de Pelotas-RS, entre 801º e 1.000º
Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre 801º e 1.000º
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, entre 801º e 1.000º
Universidade do Estado de São Paulo, entre 801º e 1.000º
Universidade Federal da Bahia, acima de 1.001º
Universidade Federal do Ceará, acima de 1.001º
Universidade Federal de Goiás, acima de 1.001º
Universidade Federal de Itajubá, acima de 1.001º
Universidade Federal de Lavras-MG, acima de 1.001º
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, acima de 1.001º
Universidade federal de Ouro Preto-MG, acima de 1.001º
Universidade Federal do Pará, acima de 1.001º
Universidade Federal do Paraná, acima de 1.001º
Universidade Federal de Pernambuco, acima de 1.001º
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, acima de 1.001º
Universidade Federal Rural do Semi-Árido-RN, acima de 1.001º
Universidade Federal de Santa Maria-RS, acima de 1.001º
Universidade Federal de São Carlos-SP, acima de 1.001º
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, acima de 1.001º
Universidade Federal de Viçosa-MG, acima de 1.001º
Universidade Federal Fluminense, acima de 1.001º
Universidade Estadual de Londrina, acima de 1.001º
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, acima de 1.001º
Universidade Estadual do Rio de Janeiro, acima de 1.001º
Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos-RS), acima de 1.001º
Universidade Estadual de Maringá, acima de 1.001º
Universidade Estadual de Ponta Grossa, acima de 1.001º
Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), acima de 1.001º

Confira as 10 melhores universidades do mundo em engenharia civil
1. Universidade de Oxford, na Inglaterra
2. Instituto Tecnológico da Califórnia, nos EUA
3. Universidade de Cambridge, na Inglaterra
4. Universidade de Stanford, nos EUA
5. Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), nos EUA
6. Universidade de Princeton, nos EUA
7. Universidade de Harvard, nos EUA
8. Universidade Yale, nos EUA
9. Universidade de Chicago, nos EUA
10. Colégio Imperial de Londres, na Inglaterra

Acesse o ranking completo

Entrevistado
Reportagem com base no ranking 2019/2020 da Times Higher Education 

Contato: profilerankings@timeshighereducation.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330