Setor de imóveis de luxo e superluxo é ponto fora da curva

Para esse segmento não existe a palavra crise e expectativa de crescimento em 2019 deve se aproximar dos 20%
30 de outubro de 2019

Setor de imóveis de luxo e superluxo é ponto fora da curva

Setor de imóveis de luxo e superluxo é ponto fora da curva 1024 433 Cimento Itambé
Prédio superluxo tem como característica oferecer apartamento com jeito de mansão Crédito: Banco de Imagens

Prédio superluxo tem como característica oferecer apartamento com jeito de mansão
Crédito: Banco de Imagens

Apartamentos que variam de 2 milhões a 25 milhões de reais, dependendo da região do país, pertencem a um segmento do mercado imobiliário que é considerado um ponto fora da curva. Para ele, não existe a palavra crise. Lançamentos e vendas de unidades em edifícios de luxo e superluxo devem fechar 2019 com crescimento próximo de 20%, na comparação com 2018. Segundo pesquisa da Brain Inteligência Corporativa, o sucesso dos prédios de alto padrão está diretamente relacionado com o perfil de seus compradores. São empresários, agricultores, profissionais liberais, advogados, médicos, profissionais de TI, exportadores, atletas de ponta, artistas e agentes públicos (políticos, ocupantes de cargos comissionados e funcionários públicos com chefia).

Quando a análise é estratificada, o potencial de venda do segmento de edifícios de luxo e superluxo se mostra ainda mais impressionante. São os casos de cidades como Curitiba-PR e São Paulo-SP, onde esse mercado promete encerrar 2019 com as vendas crescendo entre 70% e 90%, respectivamente, e com o preço do metro quadrado experimentando alta de 40% – ambos na comparação com 2018. Uma explicação para essa valorização do mercado imobiliário de alto padrão está na política de juros adotada pelo governo, que vem derrubando a taxa Selic mês a mês. Com o fim dos rendimentos de dois dígitos ao ano, os investidores migram para outros “portos seguros”. “O segmento de imóveis de luxo e superluxo no Brasil é um desses portos seguros”, avalia a Bloomberg Consultoria.

Dados das ADEMI (Associações dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário) e de outros analistas confirmam que, para o setor de imóveis de luxo e superluxo, 2019 já é o melhor ano desde 2014. As perspectivas são ainda mais otimistas para os próximos anos e devem preservar o viés de alta até 2022, pelo menos. A aposta é que o Brasil torne seu mercado imobiliário de alto padrão interessante para investidores estrangeiros. Esse cenário já é realidade nos Estados Unidos, aponta a Forbes. Desde a crise financeira de 2008, 65% das unidades de luxo e superluxo no país foram compradas pelos novos ricos chineses e pelos magnatas do petróleo do Oriente Médio.

Saiba o que caracteriza um imóvel de luxo ou superluxo

Localização
Endereço do imóvel precisa ser reconhecido como nobre.
Área de lazer
Inclui desde piscina, academia, spa e cinemas, até marinas.
Infraestrutura
De  heliporto a centro comercial dentro do condomínio.
Tecnologia
Portarias e elevadores com biometria, piso aquecido, uso de energia solar, lareiras com acendimento automático, luzes reguladas de acordo com a iluminação do dia, sistema de aquecimento e refrigeração controlado por meio de dispositivo eletrônico, persianas que abrem sozinhas e banheiras que se enchem com água na temperatura ideal.
Arquitetura
Prédio tem a assinatura de um renomado arquiteto.
Preço
Varia de R$ 2 milhões a R$ 25 milhões a unidade, dependendo do município.

Entrevistado
Reportagem com base em análise de mercado feita por consultorias como Brain Inteligência Corporativa, Bloomberg e organizações como ADEMI (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário)

Contatos
release@bloomberg.net
pesquisa@ademi.org.br
brain@brain.srv.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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