Na pós-pandemia, demanda por construção rápida vai crescer

Construção industrializada do concreto adquiriu capacidade de suprir diversas demandas: da infraestrutura ao varejo. Crédito: Abcic
Construção industrializada do concreto adquiriu capacidade de suprir diversas demandas: da infraestrutura ao varejo.
Crédito: Abcic

A presidente-executiva da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), Íria Doniak, comenta em webinar para a Concrete Show que o setor de pré-fabricados e pré-moldados deverá ser altamente requisitado na fase pós-pandemia. Segundo a dirigente, superadas as barreiras impostas pela COVID-19, a “demanda por construção rápida tende a crescer muito”.

“Normalmente, após uma crise, se sai com poucos recursos. Desde os recursos humanos até os recursos materiais. No período pós-Segunda Guerra Mundial, por exemplo, a construção industrializada de concreto foi fundamental para reerguer a Europa. Agora, não estamos em uma guerra nos moldes tradicionais, mas a necessidade vai requerer que a industrialização imprima maior competitividade e produtividade nos negócios da construção civil”, diz.   

Na entrevista, a presidente-executiva da Abcic reconhece que essa é uma crise mais complexa que as anteriores, mas destaca que o setor evoluiu muito nas crises recentes vividas pelo país. “Não estamos mais restritos à infraestrutura e ao mercado imobiliário, mas atendendo a indústria em geral: o varejo, os centros de distribuição e o agronegócio. A diversidade do segmento nos ajudou a ultrapassar outras crises e nos deu ferramentas para enfrentar a atual, apesar das incertezas”, afirma. 

Para Doniak, o campo de atuação da construção industrializada do concreto no segmento de shopping centers é o que mais recuou. “Não podemos dizer que não fomos impactados, pois a construção industrializada teve que adiar sua atuação na área de shopping centers, por se tratar de um setor que está paralisado por causa da pandemia”, ressalta. 

Mesmo assim, a dirigente avalia que na pós-pandemia é possível retomar o crescimento. “No início de 2020, tínhamos a expectativa, com base em dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), de que entraríamos em uma fase de retomada do crescimento. Agora, o desafio é reencontrar a curva de crescimento do período anterior à pandemia”, completa.

Haverá um novo mercado a ser explorado pela industrialização do concreto  

Doniak destaca ainda que, passada a crise atual, a construção industrializada de concreto terá que entender o comportamento do novo mercado que irá surgir. “Não vamos operar mais dentro dos métodos convencionais. O e-commerce tende a se mostrar como um forte cliente, no sentido de que o consumidor usará mais essa ferramenta. A se confirmar, as empresas que atuam no ramo vão precisar ampliar e construir novos centros de distribuição”, analisa.  

Na visão de Íria Doniak, a busca por segurança e por canteiros de obras mais enxutos também tende a estimular a contratação da construção industrializada do concreto. Para ela, os meses após a mitigação da pandemia serão de retomada da produtividade. “Neste momento, conseguimos manter a indústria da construção funcionando, mas houve perdas. Recuperar essas perdas com alta produtividade será o desafio quando sairmos desta fase. Porém, será necessário atuar com cautela e planejamento”, aconselha.

Assista à íntegra da entrevista

Entrevistado
Reportagem com base em entrevista da presidente-executiva da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), Íria Doniak, ao canal da Concrete Show

Contato
atendimento.concreteshow@informa.com
abcic@abcic.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Coronavírus veio para quebrar paradigmas na construção civil

Presença de drones nos canteiros de obras prova que a construção digital já é realidade. Crédito: Banco de Imagens
Presença de drones nos canteiros de obras prova que a construção digital já é realidade.
Crédito: Banco de Imagens

Antes da chegada da pandemia de Coronavírus, a construção civil já estava no caminho de implantações tecnológicas nos canteiros de obras. Agora, esse processo tende a acelerar. Jorge Batlouni Neto, vice-presidente de tecnologia do SindusCon-SP, ressalta mudanças que já vinham ocorrendo lentamente. O engenheiro civil lembra que há 30 anos, se faltasse energia elétrica no local da obra, ela continuava a operar. Hoje, isso é impossível. “A quantidade de equipamentos elétricos e eletrônicos na construção, e de kits prontos, aumentou exponencialmente. São sinais da chegada da tecnologia no nosso setor”, diz. 

Na opinião de Batlouni Neto, a pós-pandemia não vai alavancar apenas o uso da tecnologia no canteiro de obras, mas da industrialização também. “Tudo o que puder ser feito fora do canteiro de obras será feito. Esse caminho não tem volta”, afirma. A avaliação é apoiada pelo empresário da construção, Joe Yaqub Khzouz, que vai além. “Entendo que as empresas do setor serão cada vez mais digitais. Internet das Coisas, Realidade Aumentada, Inteligência Artificial e BIM são ferramentas das quais a construção civil não poderá mais se dissociar. Hoje, drones mapeiam o solo, controlam a produtividade no canteiro por manchas de calor e, conectados ao BIM, checam a correta execução do projeto. A construção digital já é realidade”, completa.

Para Joe Yaqub Khzouz, a industrialização também será uma tendência na pós-pandemia. “Já vínhamos adotando algumas inovações, como as fachadas prontas, e a tendência é aumentar. Agora, depois que isso tudo passar, a construção civil tem uma prioridade: conseguir do governo novas políticas tributárias para acelerar a industrialização no canteiro”, destaca. O também empresário do setor, Hugo Marques Rosa, avaliza a opinião. “Temos que deixar de ser construtores para nos tornarmos montadores. Precisamos de sistemas que sejam entregues prontos no local da obra, e a gente apenas monte”, reforça.

Construção 4.0 não gera desemprego, mas altera o perfil de quem trabalha no setor

Da mesma forma, Hugo Marques Rosa lembra que o Brasil não precisa “inventar a roda” para incorporar de vez a tecnologia nas obras. Segundo ele, basta fazer o que os principais países do mundo estão fazendo, ou seja, transformando os canteiros em linhas de montagem. Também participando do debate, Milton Meyer Filho cita que, ao contrário do que se possa imaginar, a construção 4.0 não gera desemprego, mas altera o perfil de quem trabalha no setor, trazendo mais segurança e melhorando a saúde dos operários. “É como a situação que estamos vivendo agora. Em um primeiro momento assusta, mas depois vem a adaptação”, comenta.

Reunidos em uma webinar, os engenheiros civis e proprietários de construtoras em São Paulo-SP concordam unanimemente com a tese de que a construção civil terá novos desafios na pós-pandemia. “Temos que nos preparar para esse novo mundo que iremos viver”, avalia Hugo Marques Rosa. “Estamos vivendo um período também de aprendizado, cujas lições ficarão para sempre”, complementa Milton Meyer Filho. Por fim, Joe Yaqub Khzouz entende que o setor continuará dando sua contribuição ao país, fazendo o que melhor sabe: trabalhar sério e arduamente. “É isso que nos dá confiança”, encerra. 

Assista ao webinar “Os desafios na execução de obras em tempos de Coronavírus” (cadastre-se para acessar)

Entrevistados
Reportagem com base no webinar “Os desafios na execução de obras em tempos de Coronavírus”, promovido pela AECweb, e com participação dos engenheiros civis Hugo Marques Rosa, fundador e CEO da Método Engenharia; Joe Yaqub Khzouz, fundador e CEO da BKO; Milton Meyer Filho, sócio e vice-presidente da MPD Engenharia, e Jorge Batlouni Neto, fundador e superintendente da Tecnum Construtora e vice-presidente de tecnologia do SindusCon-SP

Contato
contato@email.aecweb.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Vendas de material de construção: novos desafios se impõem

Loja de material de construção de bairro terá que aprender a conviver com conceitos como “omnichannel” e “click & collect”. Crédito: Banco de Imagens
Loja de material de construção de bairro terá que aprender a conviver com conceitos como “omnichannel” e “click & collect”.
Crédito: Banco de Imagens

Em março de 2020, cerca de 140 mil pequenos comércios de material de construção tiveram que fechar as portas por causa da chegada da pandemia de Coronavírus ao Brasil. Com a reabertura do varejo, o setor se viu diante de mudanças rápidas de cenário. Uma delas foi se confrontar com o novo comportamento do consumidor, que passou a buscar intensamente a compra online. Porém, ainda são poucos os microempresários do segmento que estão preparados para a digitalização de seu comércio. 

Diante desse quadro, especialistas no varejo da construção civil se reuniram em webnar para debater o futuro do setor. O que eles constataram foi que, emergencialmente, o WhatsApp se transformou na principal ferramenta de venda dos pequenos comerciantes. “O WhatsApp surgiu como solução para as lojas físicas que, inicialmente, tiveram que ficar fechadas. Isso serviu para apresentar ao pequeno varejista o mundo do e-commerce”, diz Lilian Esteves Lessa, que integra o G8 - grupo de relações construtivas no varejo.

A partir de agora, avaliam os debatedores do webnar, caberá à indústria e aos distribuidores encorajar as lojas de bairro de material de construção a darem o próximo passo, que é entrar definitivamente no universo da venda online. “O papel do representante comercial será fundamental nesse elo de transformação do pequeno varejo”, sugere José Antonio de Góes Vieira. “Passada a primeira onda da crise, que foi assimilar o susto, a próxima fase é investir em uma nova relação construtiva envolvendo indústria, distribuidor e pequeno varejo”, completa Guilherme Tiezzi, cofundador do G8. 

Boa parte dos participantes de webnar compartilha da ideia de que o e-commerce irá se fortalecer para produtos em que o frete tem pouco impacto. Eles também veem que o omnichannel tende a crescer para materiais como insumos (cimento, areia, brita, etc) e de acabamento. Por outro lado, é consenso de que a indústria e a distribuição terão de agir no marketplace colaborativo e “pegar pela mão” o pequeno lojista, a fim de ensiná-lo a entrar no mundo digital. “A prioridade é ajudar o pequeno varejo a ocupar o espaço da internet”, destaca Fernando Alvarez, da e-Construmarket. 

Rede colaborativa surge para ajudar pequeno comércio na transição do mundo físico para o digital

No Brasil, são as grandes redes de varejo de material de construção que estão na vanguarda do Varejo 4.0. Para essa cadeia de lojas, o conceito de omnichannel já está integrado ao seu modelo de negócio. Trata-se de unificar todos os canais de venda (e-commerce, assistentes virtuais, aplicativos e lojas físicas) em uma só experiência. No modelo, o cliente usa o e-commerce ou app para comprar e a loja física para fazer a retirada dos produtos. O processo inverso também é possível, ou seja, pesquisa na loja física e finaliza a compra na internet, recebendo a mercadoria em casa. 

É como explica Fabíola Paes, especialista em omnichannel. “Dentro do chamado Varejo 4.0, as soluções tecnológicas vieram para facilitar tanto a vida do cliente como a do varejista, que pode integrar seus estoques, transformando-os em minicentros de distribuição, diminuindo custos, ampliando a conversão das vendas e melhorando o seu diálogo com o consumidor”, ressalta. Para que o pequeno varejo possa usufruir destas vantagens, os participantes do webnar propõem que surja uma rede colaborativa entre os pequenos comércios dos bairros para facilitar a transição do mundo físico para o digital. “O ‘click & collect, que permite ao cliente comprar no e-commerce e retirar o produto na loja física, surge como uma viabilidade interessante para esse mercado”, finaliza Guilherme Tiezzi.

Assista ao webnar “Vendas na construção: desafios da digitalização de lojistas e fabricantes” (cadastre-se para acessar)


Entrevistado
Reportagem com base no webnar “Vendas na construção: desafios da digitalização de lojistas e fabricantes”, promovido pela AECweb

Contato
contato@email.aecweb.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Veja qual será o impacto da COVID-19 na vida urbana

Pandemia mostra fragilidades da maioria das cidades brasileiras no que diz respeito ao saneamento básico. Crédito: Agência Brasil
Pandemia mostra fragilidades da maioria das cidades brasileiras no que diz respeito ao saneamento básico.
Crédito: Agência Brasil

Para a engenheira civil e Ph.D em sustentabilidade Daniella Abreu, a pandemia de COVID-19 está mostrando as fragilidades da maioria das cidades brasileiras no que diz respeito a saneamento básico, acesso à energia, água limpa e moradia. Para ela, essas serão prioridades que farão com que a administração pública seja fortemente cobrada a partir de agora. No entender da especialista, a pandemia também vai exigir que as metrópoles se adaptem para permitir que as pessoas possam circular com menor risco de infecção. “Espero transformações bruscas nas cidades depois dessa pandemia. Uma tendência é que a digitalização substitua o excesso de contatos físicos”, avalia. 

Daniella Abreu também vê mudanças que devem atingir a mobilidade urbana. “Deverão vir novas formas de se pensar o transporte coletivo, assim como os projetos residenciais e corporativos. Antes, predominavam os conceitos de coworking e coliving. No meu entender, isso deve desacelerar e quem investe nesses projetos terá que revisá-los. A busca do espaço privado voltou a ser prioridade”, diz. Quanto ao transporte coletivo, ela responde com uma constatação o que se verifica na China depois de o país ter sido o primeiro a ser atingido pela pandemia. “O país aumentou volume de venda de veículos, por conta do receio de aglomerações em transporte coletivo. É de se pensar que mudanças virão”, completa.

A engenheira civil, que recentemente participou de webnar promovido pela GBC Brasil, avalia que o pós-pandemia tende a acelerar processos construtivos. “Os hospitais de campanha mostram que é possível viabilizar obras com mais rapidez”, comenta. Daniella Abreu também entende que projetos compromissados com certificações sustentáveis poderão predominar de agora em diante. “A busca do Zero Energy, do bem-estar através de desempenho térmico e acústico, entre outras qualificações, são tendências que vão se consolidar nessa nova realidade, reforçando o tripé cidades inteligentes, construções sustentáveis e energias renováveis”, afirma.    

Construtechs terão papel importante no desenvolvimento de novas soluções para as cidades

Outra percepção da especialista é que as construtechs - startups da construção civil - terão papel importante no desenvolvimento de novas soluções para o setor.  O Brasil fechou 2019 com mais de 500 construtechs em atividade no país. A proliferação se deve por que elas têm foco em um dos pontos nevrálgicos da construção civil: a produtividade. Atualmente, essas empresas atuam em parceria com as construtoras tradicionais e se concentram em 12 áreas: gestão de canteiros de obra, aluguel de equipamentos, contratação de mão de obra, compra e venda de imóveis, orçamento de obras, compra e gestão de suprimentos, gestão do canteiro, gerenciamento de resíduos, segurança do trabalho, maquetes interativas e modelos 3D imersivos, reformas e decoração de interiores e prospecção de terrenos e lotes. “O momento é de reinvenção e as construtechs podem ajudar muito nesse processo”, finaliza Daniella Abreu. 

Assista ao webnar completo

Entrevistado
Reportagem com base no webnar “Cidades após o Coronavírus”, com a engenheira civil e Ph.D em sustentabilidade Daniella Abreu

Contato
contato@gbcbrasil.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Como fica o Minha Casa Minha Vida em tempos de Coronavírus?

CBIC entende que habitação de interesse social será a prioridade do mercado depois que os efeitos do Coronavírus passarem. Crédito: Agência Brasil
CBIC entende que habitação de interesse social será a prioridade do mercado depois que os efeitos do Coronavírus passarem.
Crédito: Agência Brasil

A análise de incorporadoras, construtoras e organismos de classe da construção civil é que a habitação de interesse social sairá fortalecida no pós-pandemia, o que provocará alterações no Minha Casa Minha Vida. O programa, que até então se mostrou virtuoso para as faixas 2 e 3, atendendo principalmente a classe C, deverá se voltar mais fortemente para as faixas 1 e 1,5 (renda familiar entre 1,8 mil reais e 2,6 mil reais). A avaliação conta com o aval de Carlos Henrique de Oliveira Passos, presidente da comissão de habitação de interesse social da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). 

Em webnar promovido pelo SindusCon-PR, o dirigente avalia como ficará o mercado imobiliário a partir de agora. “O mercado sairá mais pobre e menor após essa crise. Isso vai impulsionar quem trabalhar com habitação de interesse social. Afinal, a constatação é que a infraestrutura de moradia protege de doenças e de epidemias. Então, o desafio será buscar produtos que, cada vez mais, possam caber no bolso das pessoas. Isso vai requerer investimento em tecnologia e industrialização”, diz. 

Para Carlos Henrique de Oliveira Passos, também será importante baratear o processo de venda, com a assinatura eletrônica dos contratos. “São soluções que diminuem a burocracia e o custo”, afirma. O representante da CBIC também expôs estudos que estão tramitando no governo federal para mudanças no MCMV, mas que, em função da decretação do estado de calamidade pública, estão represados no ministério de Desenvolvimento Social. Algumas dessas propostas são da própria CBIC.

Até que a pandemia seja superada, prevalecem as regras estabelecidas em 2009

De acordo com Carlos Henrique de Oliveira Passos, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção sugeriu que houvesse um programa exclusivo para a habitação de interesse social. “O nome pouco importa, mas propusemos que poderia se chamar Moradia Digna. O que ficou claro é que o ministério de Desenvolvimento Social, a partir da gestão do ministro Rogério Marinho, pode atender essas reivindicações. Por dois motivos: a necessidade de tirar a população de baixa renda das áreas de risco ou degradadas e também por que a construção civil pode gerar empregos rapidamente”, afirma Passos.

Outra solução em estudo pelo governo federal seria reformar o Minha Casa Minha Vida, sem criar um programa paralelo de habitação. Porém, a pandemia adiou esses planos. Antes das consequências causadas pela chegada do Coronavírus ao Brasil, o ministério do Desenvolvimento Regional traçava um plano bem diferente para o MCMV. Agora, as regras estabelecidas na criação do programa, em 2009, seguem mantidas. Ou seja, para famílias com renda de R$ 1,8 mil (faixa 1), o subsídio é correspondente a quase 100% do valor do imóvel e é bancado pela União. Para outras faixas (1,5; 2 e 3), é oferecido financiamento com um desconto menor e o desconto é pago pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e pela União. 

Assista ao webnar completo do SindusCon-PR

Entrevistado
Reportagem com base no webnar “O programa Minha Casa Minha Vida em tempos de pandemia”

Contato
imprensa@sindusconpr.com.br
www.cbic.org.br/habitacao-interesse-social

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


QR Code: nunca a construção civil precisou tanto dele

Braçadeira com QR Code identifica em que setor o trabalhador atua e se está em condições plenas de desempenhar suas funções. Crédito: Banco de Imagens
Braçadeira com QR Code identifica em que setor o trabalhador atua e se está em condições plenas de desempenhar suas funções.
Crédito: Banco de Imagens

O QR Code (Quick Response Code), ou código de resposta rápida, surge como o novo parceiro da construção civil em tempos de Coronavírus. A tecnologia se torna essencial, principalmente nos canteiros de obras. Com ela, é possível verificar quando o colaborador precisa de treinamento e se ele está seguindo os protocolos de segurança e de saúde no local de trabalho. 

“Esta é realmente uma solução inovadora para garantir que a equipe seja treinada e certificada adequadamente para as funções que desempenha em um canteiro. Basta escanear a etiqueta de QR Code no capacete ou na roupa do trabalhador para saber qual função ele executa na obra, se está apto e se seus testes de saúde estão em dia”, diz a desenvolvedora de sistemas Sarah Persad.

A especialista britânica fala de uma tecnologia que recentemente tornou-se imprescindível em outros países, por causa da pandemia de Coronavírus. Com o distanciamento social, a ferramenta possibilita fazer uma série de checagens dos trabalhadores sem que haja contato físico. Além do Reino Unido, China, União Europeia, Índia, países árabes, Austrália, Estados Unidos e Canadá também intensificaram seu uso na construção civil. 

Um exemplo australiano mostra bem a eficácia do QR Code. A Master Builders Association of Victoria (Associação de construtores-mestres de Vitória) fez parceria com as construtoras locais e espalhou etiquetas inteligentes nos canteiros de obras.  Quando o trabalhador decifra o código com seu smartphone tem acesso a vídeos educativos sobre como se proteger da Covid-19.

Ferramenta também é útil para compartilhar projetos no canteiro de obras

Mas não é apenas pela questão sanitária e de segurança que o QR Code prolifera nos canteiros de obras. A ferramenta também é útil para compartilhar projetos. Através dos códigos espalhados pela construção, todos os que atuam no empreendimento podem saber se houve alterações nas plantas. Isso repele eventuais erros e evita o retrabalho, o que dá ganho de produtividade para a obra. 

Além disso, o QR Code revela-se igualmente útil para disseminar manuais de instrução, para controlar o uso de equipamentos e para delimitar áreas de atuação dos operários. A aplicação da ferramenta se mostra tão positiva que desde 2011 o código de construção da cidade de Nova York-EUA só libera licenças para a execução de projetos se houver QR Code nos canteiros de obras e nos EPIs dos trabalhadores.  

No Brasil, a construtech ConstruCODE desenvolveu app que realiza a conversão automática de projetos em QR Code. O CEO da startup, o engenheiro civil Diego Mendes, explica que, entre as vantagens do aplicativo, está a de mitigar dúvidas construtivas e comunicar alterações de projeto de forma dinâmica. “Quando a obra é concebida dentro da ferramenta BIM, as alterações são transmitidas ao canteiro em tempo real”, diz. 

Outra aplicação do QR Code é que ele permite que o comprador de um imóvel na planta tenha acesso ao andamento da obra. A construtora disponibiliza um código que abre imagens filmadas por drones no smartphone ou no computador do cliente. A ferramenta ainda possibilita ações de marketing do empreendimento.

Entrevistado
Reportagem com base em levantamento do site britânico The Construction Index e do desenvolvedor ConstruCODE

Contato
editor@theconstructionindex.co.uk
news@theconstructionindex.co.uk
contato@construcode.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Construção civil será a alavanca do país no pós-pandemia

Construção civil impacta diretamente 62 setores das áreas industrial e comercial e mais 35 setores de serviço. Crédito: Unsplash
Construção civil impacta diretamente 62 setores das áreas industrial e comercial e mais 35 setores de serviço.
Crédito: Unsplash

O presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins, entende que a construção civil será a principal alavanca para que o país consiga retomar o ritmo econômico de antes da pandemia de Coronavírus. O dirigente declarou em webnar que o enfrentamento da crise é similar ao que se faz quando se encerra uma guerra. “Após uma guerra, se sai reconstruindo”, diz. 

Martins também destaca que a construção civil é o único setor com capilaridade para movimentar os outros segmentos da economia brasileira no pós-pandemia. “A construção civil impacta diretamente 62 setores das áreas industrial e comercial e mais 35 setores de serviço. São 97 torneiras que são abastecidas quando se enche essa caixa d’água. Não há como irrigar a economia sem a construção civil”, compara. 

Em sua análise, o presidente da CBIC avalia que a falta de crédito é o único gargalo que pode impedir a construção civil de se tornar o principal agente da retomada econômica. “A maior parte das construtoras está encontrando dificuldades para obter crédito. A situação mais complicada envolve as médias construtoras, já que o governo abriu linha de crédito para as pequenas empresas (lucro anual até 10 milhões de reais) e as grandes captaram na bolsa e estão capitalizadas. Então, é nesse segmento das médias que o financiamento está complicado”, afirma.

Para amenizar esse impacto, CBIC e ABRAINC (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias) lançaram a campanha Vem Morar, onde construtoras e incorporadoras de todos os portes darão desconto mínimo de 3 mil reais sobre o valor de suas unidades. A iniciativa terá duração inicial de 60 dias e será de alcance nacional. Ao comprador que adquirir imóvel de uma empresa que aderir à campanha, ele ainda terá a condição especial de 180 dias para pagar a primeira parcela. “Não tem forma de sair dessa crise que não seja via investimento”, destaca José Carlos Martins. 

Com crédito, instabilidade no setor imobiliário será de curto prazo

Para o economista Luís Artur Nogueira, desde que se resolva a situação do crédito, a instabilidade para o segmento imobiliário da construção civil deverá ser de curta duração. “De fato, a incerteza paralisa novos investimentos e atrasa as obras. Haverá uma reavaliação por parte das construtoras e incorporadoras sobre novos lançamentos, mas acredito que a vida volta ao normal a partir do segundo semestre”, estima.

O analista entende, porém, que o grande impulso para a retomada do crescimento econômico do país virá das obras de infraestrutura. Para isso, ressalta, é preciso fortalecer os investimentos públicos e superar desafios, como a oscilação cambial, que gera incerteza tanto para os investimentos estrangeiros como para a cadeia produtiva. “O investimento em infraestrutura é uma das saídas, pois já existe a percepção do governo de que se não houver o aporte público não terá o do privado”, avalia.

De acordo com o economista, a velocidade de recuperação também dependerá da capacidade do governo em salvar empresas e trabalhos. “Não haverá recuperação econômica se quebrar o setor produtivo ou os consumidores”, ressalta. Nogueira finaliza com estimativas para a economia brasileira em 2020. A previsão é de encolhimento entre 2% e 6% no Produto Interno Bruto (PIB), inflação de 2,5% e taxa básica de juros na ordem de 3% ao ano. O desemprego saltaria dos atuais 11% para 15%. Já a balança comercial ficaria positiva, com um superávit entre 30 bilhões e 50 bilhões de reais.

Assista ao webnar “Covid-19 interrompe voo da construção civil?”

Assista ao webnar “Impactos e perspectivas pós-Coronavírus”

Entrevistado
Reportagem com base nos web seminários “Covid-19 interrompe voo da construção civil?”, com participação do presidente da CBIC, José Carlos Martins, e “Impactos e perspectivas pós-Coronavírus”, com o economista Luís Artur Nogueira.

Contato
ascom@cbic.org.br
sobratema@sobratema.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Mesmo na pandemia, normas técnicas seguem atualizadas

Entre os comitês mais atuantes da ABNT está o CB-018, que abrange cimento, concreto e agregados. Crédito: ABCP
Entre os comitês mais atuantes da ABNT está o CB-018, que abrange cimento, concreto e agregados.
Crédito: ABCP

Apesar das consequências da pandemia de Coronavírus - entre elas, o isolamento social -, os comitês da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) não param. Através de reuniões online, as normas técnicas seguem em processo de atualização e publicadas após os trâmites legais. Neste período, um dos mais atuantes tem sido o CB-018 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados. No final de março de 2020, o comitê publicou a nova versão da ABNT NBR 8451, dividida em 6 partes, e que trata da padronização de postes de concreto armado e protendido para redes de distribuição de energia elétrica.

Mais recentemente, o CB-018 publicou também a ABNT NBR 16846:2020 (Cimento Portland e outros materiais em pó - Determinação da cor e da diferença de cor por medida instrumental). Estão em fase de consulta as ABNT NBR 16886 (Concreto - Amostragem de concreto fresco) e ABNT NBR 16889 (Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone). Também no fim de abril aconteceu reunião online do comitê para dar prosseguimento à revisão da ABNT NBR 7212 (Concreto dosado em central), que em 2020 é uma das mais aguardadas pelo setor.

O presidente da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem), Jairo Abud, que integra o grupo que revisa a ABNT 7212, comenta o motivo da nova revisão da norma técnica. “A norma técnica tem que se modernizar. Por exemplo, já existem equipamentos que durante o transporte do concreto permitem medir o slump (consistência) do material. Isso dá maior produtividade, e é preciso prever essa modernidade dentro da norma. Por outro lado, o novo texto da NBR ABNT 7212 precisa ter o consenso entre construtores, fabricantes de aditivos e concreteiros. Todos os agentes precisam estar em comum acordo para que tenhamos as melhores práticas possíveis. Por isso, esse processo de revisão é demorado”, explica. 

Oitenta normas técnicas estão no CB-018 para serem revisadas, publicadas e criadas

Além da ABNT NBR 7212, outras normas não diretamente ligadas ao CB-018, mas vinculadas à construção civil, estão em processo de revisão ou consulta pública. Entre elas, Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575); ABNT NBR 16868-1 Alvenaria estrutural - Parte 1: Projeto; ABNT NBR 16868-2 Alvenaria estrutural - Execução de controle de obras; ABNT NBR 16868-3 Alvenaria estrutural - Métodos de ensaio; ABNT NBR 8545 - Execução de Alvenaria sem Função Estrutural de Tijolos e Blocos Cerâmicos - Procedimento; ABNT NBR 10151 - Acústica - Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas - Aplicação de uso geral; ABNT NBR 10152:2017 - Acústica - Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações (Errata); ABNT NBR 13752 - Perícias de Engenharia na Construção Civil, e ABNT NBR 14931 - Execução de Estruturas de Concreto.

No escopo do CB-018, em maio serão analisadas outras 3 normas que estão em processo de consulta: ABNT NBR 16886 - Amostragem de concreto fresco; ABNT NBR 16889 - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone, e ABNT NBR 16887 - Determinação do teor de ar em concreto fresco - Método pressométrico. Em agosto de 2019, a superintendente do comitê, a engenheira civil Inês Battagin, fez um resumo do volume de normas técnicas que estavam na fila para serem confirmadas, revisadas, publicadas e criadas. Tratava-se de 80 ao todo. 

Veja as normas que estão a cargo do CB-018 (Cimento, Concreto e Agregados)

Contato
imprensa@abnt.org.br
gant@cbic.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Baixíssimo índice de contaminação nos canteiros de obras

Na Bahia, blitze em canteiros de obras orientam como o trabalhador deve adotar as medidas de proteção contra a COVID-19. Crédito: Valter Pontes/FIEB
Na Bahia, blitze em canteiros de obras orientam como o trabalhador deve adotar as medidas de proteção contra a COVID-19.
Crédito: Valter Pontes/FIEB

Segurança no trabalho é lei dentro da construção civil. A presença de trabalhadores no canteiro só é permitida mediante o uso adequado de equipamentos individuais de proteção (EPIs). Objetos como máscara, luvas, óculos de segurança e capacete não são novidades para quem atua em obras. Por isso, em tempos de quarentena por causa da pandemia de Coronavírus, o trabalhador da construção sai na frente no que se refere à proteção contra a COVID-19. 

Uma série de regras ainda mais rigorosas tem possibilitado um baixíssimo índice de contaminação no setor. Estima-se que esteja inferior a 0,01% entre todos os que operam em canteiros de obras no país. O percentual está bem abaixo da taxa de contaminação da população brasileira registrada pelo ministério da Saúde, que é de 0,03% em um universo de 211 milhões de habitantes.

É esse centesimal risco de contágio que permite que os canteiros de obras continuem operando no país, com raras exceções. Além disso, atualmente todos os organismos de classe ligados à construção civil reforçaram seus protocolos de segurança e emitiram cartilhas para orientar o trabalho nos locais de obra. “Segurança do trabalho virou algo que o construtor dá muito valor. Introduzir as exigências que a pandemia trouxe foi fácil para o setor”, diz Odair Senra, presidente do SindusCon-SP. 

“Nossa atividade já ajuda muito na proteção contra a contaminação. É um tipo de trabalho em ambiente arejado e com os colaboradores atuando sem aglomeração, o que dá vantagens de combate à pandemia”, completa José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). 

Construção civil concentra esforços em campanhas de conscientização, palestras e treinamento

Para reforçar a proteção aos trabalhadores, os organismos de segurança e saúde no trabalho têm realizado blitze em canteiros de obras. Um exemplo ocorre na Bahia, onde o SindusCon local e o SESI inspecionaram 25 construções em execução em Salvador-BA e região metropolitana no dia 24 de abril. Até o final do mês, mais 66 canteiros serão visitados em todo o estado baiano. 

O procedimento de inspeção também é seguido pelas construtoras, que, além do investimento em equipamentos de higienização e de proteção, também têm concentrado esforços em campanhas de conscientização, palestras e treinamento.  “A palavra de ordem é treinamento para o pessoal do canteiro de obras. O trabalhador tem que estar consciente de que não deve se expor”, comenta o  presidente da CPRT (comissão de política e relações do trabalho) do SindusCon-PR, Rodrigo Fernandes.

Já o advogado Fernando Guedes, presidente da comissão de política de relações trabalhistas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CPRT/CBIC), reforça a importância das normas de proteção à saúde no canteiro de obras. “Diria para os donos de construtoras: adotem as medidas. É a forma de sua empresa continuar operando. Não basta apenas dizer que comprou máscara para os trabalhadores, e que está tudo resolvido. A prioridade é preservar a saúde, sem prejudicar o trabalho”, complementa. 

Informe-se com a cartilha da CBIC sobre proteção no canteiro de obras

Veja como proteger a saúde do trabalhador da construção civil

Assista ao webnar “COVID-19: Saúde, Segurança do Trabalho e Aspectos Trabalhistas”

Entrevistado
Reportagem com base nas informações apresentadas no webnar “COVID-19: Saúde, Segurança do Trabalho e Aspectos Trabalhistas”, do SindusCon-PR

Contato
imprensa@sindusconpr.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Depois da COVID-19, quais projetos terão prioridade?

Serviços de distribuição de água e esgoto estarão entre as obras escolhidas pelas linhas de crédito do Banco Mundial. Crédito: Agência Andina
Serviços de distribuição de água e esgoto estarão entre as obras escolhidas pelas linhas de crédito do Banco Mundial.
Crédito: Agência Andina

O Banco Mundial destacou um grupo de engenheiros civis e arquitetos para mapear projetos que terão prioridade no mundo após o fim da pandemia de Coronavírus. O objetivo é criar linhas de crédito que reaqueçam a atividade econômica através de obras públicas. O estudo ainda está em fase de elaboração, mas já é possível detectar que as construções sustentáveis terão prioridade para a liberação de recursos. Entre elas, destacam-se as que propiciam eficiência energética às edificações, as que geram energia renovável, as que preservam áreas naturais, as que recuperam áreas poluídas, as voltadas para tratamento de água e saneamento básico e as que criam infraestrutura para transporte público.

O grupo de estudo do Banco Mundial tem à frente dois economistas: Stéphane Hallegatte, economista-líder da instituição, e Stephen Hammer, assessor para parcerias globais e de estratégia. “Agora é hora de identificar o melhor pacote de estímulo, desenvolvendo projetos prontos para serem implementados, dentro de políticas possíveis”, afirma Hallegate, que completa: “Podemos financiar projetos já prontos e maduros para saírem do papel, e que os governos só estejam precisando de um impulso financeiro para viabilizá-los. Como exemplos, cito corredores de ônibus, ciclovias e expansão dos serviços de distribuição de água e esgoto, além de sistemas de transmissão e distribuição de eletricidade.”

Brasil se antecipa e cria programa Pró-Brasil para destravar obras de execução rápida

O Banco Mundial defende que o estímulo deve ser dado aos projetos que aproveitem a mão de obra local, gerando emprego aos que ficaram sem trabalho durante a pandemia. Para Stephen Hammer, grandes projetos de infraestrutura não entrariam no rol do Banco Mundial na primeira etapa do plano de obras pós-COVID -19. “Projetos de infraestrutura ambiciosos em energia, transporte, água ou desenvolvimento urbano geralmente são difíceis de incluir em um estímulo rápido, porque levam muito tempo para serem preparados. Mas a natureza única dessa crise pode dar tempo para construir um pipeline de infraestrutura sustentável para quando a crise passar”, diz.

Com o objetivo de poder captar parte dos recursos que o Banco Mundial irá disponibilizar em suas linhas de crédito para obras, o governo federal lançou recentemente o programa Pró-Brasil. O plano ainda está em gestação e deve ser lançado integralmente em outubro de 2020. No entanto, uma das metas é reativar obras paralisadas, que, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), chegam a 4,7 mil em todo o país. Boa parte delas tem execução rápida, como creches, pré-escolas, escolas, unidades de saúde e saneamento básico. O custo dessas obras está estimado em 30 bilhões de reais. Já os grandes projetos de infraestrutura, como portos, ferrovias, rodovias, aeroportos e hidrovias, envolveriam 250 bilhões de reais, mas dependeriam do programa de concessões que deve ser anunciado em 2021, com duração até 2030.

Entrevistado
Banco Mundial e ministério do Desenvolvimento Regional (via assessoria de imprensa)

Contato
press@worldbank.org
imprensa@mdr.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330