Industrializar a construção será inexorável até 2030

Crédito: BPM Pré-Moldados
Na próxima década (2021-2030) será possível assistir a uma grande transformação da construção civil. Segundo os participantes do painel “Industrializar é preciso – Construção 2030”, os conceitos de indústria 4.0 irão se impor ao setor. Não por modismo, mas por necessidade. Para eles, só o emprego da tecnologia conseguirá fazer frente aos desafios envolvendo sustentabilidade, déficit habitacional, obras de infraestrutura, escassez de mão de obra e preservação de recursos naturais.
Esse cenário é projetado tanto para o espectro internacional quanto para o Brasil. “A construção civil estará cada vez mais pressionada a construir mais com menos”, prevê o professor-doutor da Escola Politécnica da USP, Vanderlei John, um dos debatedores do seminário que aconteceu na edição virtual do 92º ENIC (Encontro Nacional da Indústria da Construção).
Para conseguir se transformar, a construção civil terá que se industrializar, ou seja, adotar processos que resultem em melhor produtividade nos canteiros de obras, gerando menos desperdícios e menor volume de resíduos. “Para a construção civil, a grande inovação é industrializar”, diz Vanderlei John, que completa seu raciocínio usando uma frase do economista Paul Krugman – Prêmio Nobel de Economia em 2008: “Produtividade não é tudo, mas no longo prazo é quase tudo.”
O professor da Poli-USP lembra que na década que está batendo à porta a alvenaria tende a deixar de ser o sistema construtivo mais barato e viável. “A alvenaria tem 5 mil anos e não é uma solução de alta produtividade. Ela exige um bom volume de emprego de mão de obra, que na construção civil tende a se tornar cada vez mais escassa. Vide o Brasil, que a partir de 2035 terá população economicamente ativa decrescente, por conta do envelhecimento”, comenta.
Construção modular é o melhor exemplo de como a tecnologia vai mudar o jeito de construir
Para fazer frente a essa nova realidade, e ao volume de obras, a construção civil terá que absorver tecnologia e aderir aos processos industrializados. E essa transformação já está em curso. A adesão aos sistemas pré-fabricados, ao uso do BIM, à realidade aumentada e aos drones está aí para comprovar. Segundo Vanderlei John, a construção modular é atualmente o exemplo melhor acabado de como a tecnologia vai modificar o jeito de construir. “Finlândia, Suécia e Noruega estão conseguindo mostrar isso na prática”, cita.
O professor da Poli-USP lembra ainda que esses países estão conseguindo transformar seus processos construtivos investindo em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e em startups da engenharia civil. No Brasil, o SENAI CIMATEC – a escola de engenharia do SENAI, com sede em Salvador-BA – está desenvolvendo um estudo com foco na construção modular para habitação de interesse social. “Essa será a fase um, mas queremos avançar para edificações industriais e obras de infraestrutura”, revela Luís Alberto Breda Mascarenhas, diretor de operações e vice-reitor do SENAI CIMATEC.
A solução buscada pelo centro universitário de engenharia do SENAI está concentrada na construção modular com concreto armado. “A ideia é construir mais rápido e com redução de retrabalho, pensando na economia circular”, resume Breda Mascarenhas. Para complementar, Vanderlei John lembra que nem sempre os processos construtivos inovadores são propostos por quem constrói, mas sim por quem fornece o material. “Hoje há muito mais P&D no fornecedor do que no construtor, e é ele quem induz a inovação para dentro do canteiro de obras”, finaliza.
Entrevistado
Reportagem com base nas informações passadas dentro do painel “Industrializar é preciso – Construção 2030”, realizado na edição virtual do 92º ENIC
Contato: comunica@cbic.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Quem constrói alto padrão constrói habitação popular?

Crédito: prefeitura de Caratinga-MG
No painel “Indicadores Estratégicos de Produtividade”, realizado dentro da edição virtual do 92º ENIC (Encontro Nacional da Indústria da Construção), os engenheiros civis Roberto de Souza, diretor-presidente do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), e Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, professor da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), abordaram a questão da produtividade na construção civil. No centro do debate, trouxeram à tona as diferenças da engenharia que constrói empreendimentos de alto padrão e a engenharia que constrói habitação de interesse social.
Segundo eles, cada uma tem as suas especificidades. No que se refere à engenharia para moradias populares a complexidade é maior, por causa do orçamento apertado e dos protocolos exigidos por quem financia – no caso, o poder público. Por isso, entendem os debatedores, abre-se um amplo campo para que sistemas construtivos industrializados e novas tecnologias sejam explorados primeiramente nos projetos de habitação de interesse social, os quais trabalham com escalas maiores de produção, para depois migrarem para o alto padrão. Isso já foi visto no Minha Casa Minha Vida (MCMV).
O programa recentemente substituído pelo Casa Verde e Amarela chegou a 65% de seus projetos utilizando a tecnologia de paredes de concreto. A eficácia do sistema construtivo migrou para quem constrói casas e edifícios de alto padrão com mais de 20 pavimentos. Para Roberto de Souza, esse é um bom sinal. “As empresas (construtoras e incorporadoras) estavam em uma zona de conforto. Mas algo está mudando, até por conta de novos consumidores que chegam ao mercado e de novos comportamentos. Isso está desafiando as empresas a mudarem e a pensarem em inovações”, avalia.
Produtividade da construção civil no Brasil é um problema macroeconômico
Para o diretor-presidente do CTE, no centro do debate está o aumento da produtividade. Neste ponto, a intervenção do professor Ubiraci Espinelli trouxe dados interessantes mostrados no painel. Primeiro, o professor da Poli-USP entende que produtividade no Brasil é um problema macroeconômico. Ele avalia que deveria haver um pacto da construção civil brasileira, a fim de que o setor conseguisse fazer a produtividade crescer de 3% a 4% ano, ao longo de uma década. Se isso ocorresse, seria possível atingir patamares perto do que hoje já é realidade em países como Estados Unidos, Canadá e Alemanha, por exemplo.
Para ilustrar a defasagem nacional no quesito produtividade em canteiros de obras, Spinelli apresentou números que são frutos de uma pesquisa realizada em parceria entre USP e SindusCon-SP. Foram coletados dados de 16 das 20 principais construtoras do estado São Paulo. O resultado a que se chegou é o seguinte: entre as empresas que fizeram parte da pesquisa, 1 pedreiro gasta, em média, 1 hora para erguer 1 m2 de parede de alvenaria. Quando se trata de estrutura de concreto armado, o levantamento apurou que, entre montagem das fôrmas, colocação das ferragens e concretagem, o tempo varia de 6 horas a 19 horas (média, 9 horas) por m3.
Comparativamente, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), os trabalhadores da construção civil de países europeus, da América do Norte e da Ásia são, em média, 40% mais produtivos que os do Brasil. Ou seja, no exterior 1 m2 de alvenaria pode ser erguido em 36 minutos e 1 m3 de concreto finalizado em 5 horas e 24 minutos. “Obviamente, essa diferença no tempo de produtividade pode mudar para mais ou para menos, pois depende de um conjunto que envolve projeto, sistema construtivo, processo de produção e organização do trabalho. Mas o que se constata é que a construção civil brasileira tem como melhorar esses números”, finaliza o professor da USP.
Entrevistado
Reportagem com base nas informações passadas dentro do painel “Indicadores Estratégicos de Produtividade”, realizado na edição virtual do 92º ENIC
Contato: comunica@cbic.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Obras em taludes e encostas requerem especialização

Crédito: Brasecol
Quem viaja pelas rodovias brasileiras já viu uma série de obras de contenção, seja em taludes ou encostas. Seus projetos requerem cálculos precisos, emprego de técnicas específicas e engenharia especializada. Quando não executadas de maneira correta, podem causar desmoronamentos. Por isso, a escolha de empresas com tradição nesse segmento é o primeiro passo para assegurar obras com qualidade. Parceira da Cimento Itambé e da Concrebras, a Brasecol, com sede em Santa Catarina e 48 anos de experiência, está entre elas. Na entrevista a seguir, o corpo técnico da companhia, liderado pela engenheira civil Cynthia Minatto Brandão Richter, explica quais são atualmente as tecnologias disponíveis para a contenção de taludes e encostas e como elas também podem ser utilizadas em obras urbanas. Confira:
Quantas tecnologias de contenção de taludes e encostas são aplicadas atualmente no Brasil, e qual é a mais usada?
Existem vários tipos de contenção disponíveis atualmente, desde um simples muro de gabião até cortina atirantada. Não há como saber ao certo qual é

Crédito: Brasecol
a mais utilizada, pois o país é extenso e cada região tem suas peculiaridades. A escolha do tipo de contenção depende das características do talude e demanda de materiais, assim como a mão de obra disponível no local. Por exemplo, se está em uma rodovia onde é possível fazer retaludamento e tem espaço para realizar um gabião, essa pode ser a mais adequada. Agora, se em outro trecho desta rodovia não é possível fazer escavações e retaludamentos, pode ser necessário utilizar solo grampeado com ou sem concreto projetado.
A tecnologia do solo grampeado associado à aplicação de concreto projetado é utilizada desde quando pela Brasecol?

Crédito: Brasecol
Há relatos de que a primeira utilização da técnica de solo grampeado no Brasil tenha acontecido em 1970, por construtores de túneis, porém empiricamente. Recentemente, é que a técnica tem sido empregada com métodos de análise do seu comportamento. A Brasecol vem estudando a tecnologia desde 2019, e começou a aplicá-la em janeiro de 2020.
Independentemente da tecnologia, o concreto projetado é o mais utilizado para a contenção de taludes e encostas?
Normalmente, a escolha por concreto projetado ocorre mais em terrenos rochosos e em meio urbano, onde a inclinação do talude precisa ser mais acentuada. Em outros casos pode-se aplicar uma proteção vegetal na face do talude, ou telas de alta resistência para situações de quedas de blocos de rocha.
Em termos de especificações do concreto projetado para esse tipo de obra quais as peculiaridades?
Existem duas formas de executar o concreto projetado: via seca e via úmida. No preparo a seco, a adição de água é feita junto ao bico de projeção,

Crédito: Brasecol
alguns instantes antes da projeção. No preparo da via úmida, a adição de água é feita na hora do preparo do concreto e assim conduzido até o local da aplicação. Ambas as vias utilizam traços e equipamentos com características especiais.
Costuma-se pensar que apenas encostas de rodovias demandam esse tipo de obra, mas a contenção de taludes e encostas também está presente em projetos urbanos e imobiliários. Quando uma obra pede esse tipo de tecnologia?

Crédito: Brasecol
Sempre que a obra se deparar com diferentes níveis e solos sem capacidade de manter a estabilidade podemos pensar na aplicação do solo grampeado ou concreto projetado. Uma ideia muito comum entre as pessoas é que concreto projetado é somente utilizado quando o talude é inclinado, porém se as características do subsolo permitirem, pode ser utilizado para execução de cortinas em cortes a 90°. Um case sobre essa técnica foi a obra de contenção para a construção de uma unidade da rede de supermercados Giassi, em Itajaí-SC.
O projeto para a contenção de taludes é diferente do projeto para a contenção de encostas?
Os estudos (ensaios de campo, métodos de cálculos) são similares. As premissas e usos podem ser diversos, dependem das características do entorno e subsolo. Por isso, é importante ter um projetista especialista no assunto para definir a melhor solução. Também vale esclarecer as definições sobre os termos taludes e encostas. Taludes são terrenos inclinados que podem ser naturais ou criados com cortes ou aterros. As encostas são taludes naturais (encostas de morros). Outro ponto importante a ressaltar é que o projeto e a execução de contenções requerem mão de obra especializada e técnica, pois se não for estudado e executado corretamente podem ocorrer desastres como desmoronamentos. Também vale lembrar que as encostas e os taludes, depois de efetuada a contenção, precisam de monitoramentos e manutenção para garantir sua vida útil.
Existem normas técnicas para esse tipo de engenharia? Caso sim, como elas se encontram: atualizadas ou defasadas? Caso não, há movimentação da ABNT para normatizar a tecnologia?
Ainda não se tem uma norma brasileira específica para a solução em solo grampeado. Portanto, costumam ser usadas normas nacionais para outros tipos de contenção, como estabilização de taludes e tirantes, ou normas internacionais. Temos informação de que a ABNT está em processo de elaboração de uma norma.
Saiba mais sobre as obras de contenção realizadas pela Brasecol em Itajaí-SC
Entrevistada
Engenheira civil e administradora da Brasecol, Cynthia Minatto Brandão Richter, juntamente com corpo técnico da empresa
Contato
brasecol@brasecol.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Na pandemia, mercado imobiliário apresenta recuperação em “V”
Em sua 5ª medição sobre o comportamento do mercado imobiliário brasileiro no período de pandemia de COVID-19, a Brain Inteligência Estratégica mostra que o setor apresenta recuperação em “V”, após a doença ter atingido seu auge em abril de 2020, o que causou lockdown em várias capitais brasileiras. O termo recuperação em “V” ocorre porque as teorias econômicas definem a retomada do crescimento em 4 letras: “V”, “W”, “L” e “U”.
Em “V” é quando, após uma queda rápida da atividade econômica, acontece uma alta na mesma intensidade. O “W” ocorre quando a retomada econômica alterna fases de crescimento com contração. Já o “L” é o pior dos cenários: a atividade econômica cai e não se consegue prever a recuperação. Quanto ao “U”, indica que, depois de uma queda, há um período maior de abatimento da economia antes de uma retomada mais robusta.
A retomada do crescimento em “V” era uma expectativa da equipe econômica do governo, mas apenas alguns segmentos estão registrando essa tendência. O mais forte deles é o da construção imobiliária. A ponto do setor ter estoque para apenas 10 meses - o menor da década. Ou seja, se não houvesse nenhuma construção em andamento no país, o volume de apartamentos, casas e sobrados novos à venda acabaria por volta de setembro de 2021. O que explica essa intensa procura por imóveis no Brasil, principalmente no 2º semestre de 2020, são as baixas taxas de juros.
A nova realidade barateou o financiamento imobiliário de longo prazo e permitiu que quem morava de aluguel buscasse o 1º imóvel. “Além disso, apesar da pandemia, a vida continua. O Brasil tem, em média, 1 milhão e 100 mil casamentos por ano e 1 milhão e 500 mil pessoas mudando de cidade anualmente”, avalia o economista Fábio Tadeu Araújo, diretor da Brain Inteligência Estratégica. “Esse cenário fez o financiamento imobiliário crescer 34,8% no acumulado de 12 meses (novembro de 2019 a outubro de 2020)”, completa.
Comprador busca bem-estar e até imóveis de lazer estão com boa procura
Outro fator que estimula a corrida por imóveis é que a taxa Selic baixa tornou a renda fixa pouco atrativa. Isso fez com que os investidores migrassem para o mercado imobiliário, principalmente em busca de unidades de alto padrão. Essa avalanche de compradores faz organismos ligados à construção civil preverem que o setor possa crescer de 5% a 10% em 2020. “O setor vai crescer, provavelmente em dois dígitos em relação ao ano passado”, diz o engenheiro civil José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O novo estudo da Brain Inteligência Estratégica mostra que a busca por imóveis novos tende a seguir em alta até 2022, pois 46% de potenciais compradores disseram que pretendem comprar imóvel em 2 anos. “O mercado impressiona, pois até imóveis de lazer estão com boa procura, como casas na praia e propriedades rurais (sítios e chácaras). As pessoas estão em busca do bem-estar”, cita Fábio Tadeu Araújo.
Para finalizar, tanto os analistas de mercado quanto os organismos ligados à construção civil estão convictos de que a venda digital também deu forte impulso para que o mercado imobiliário se mantivesse aquecido na pandemia. “Quando abrimos nossos números, percebemos o ganho de share das empresas mais estruturadas em venda digital, se comparadas com aquelas que não acreditavam que poderiam realizar vendas online para o cliente. O digital passou a ser uma realidade no dia a dia das construtoras e incorporadoras”, conclui o presidente da CBIC.
Assista ao vídeo da apresentação “5ª onda - COVID-19: o que esperar para 2021”
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “5ª onda - Covid-19: o que esperar para 2021”, da Brain Inteligência Estratégica, com informações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Contatos
contato@brain.srv.br
ascom@cbic.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Coreia do Sul cria “curativo” para estruturas de concreto

Crédito: KICT
Os curativos para pequenos ferimentos na pele inspiraram pesquisadores do Instituto Coreano de Engenharia Civil e Tecnologia da Construção (Korea Institute of Civil Engineering and Building Technology [KICT]) a criar um “band-aid” para estruturas danificadas de concreto. Batizado de TRM (Textile Reinforced Mortar [argamassa têxtil reforçada]) o invento consiste em placas que medem 1 m x 2 m cada uma, e que utilizam tecido de fibra de carbono com 2 centímetros de espessura como matéria-prima. Superleves, as placas evitam criar sobrecarga na área a ser recuperada. “Esperamos concluir a pesquisa até o final de 2020, mas os resultados, após testes em 130 corpos de prova, ao longo de 6 meses, nos deixam animados”, diz o pesquisador-chefe, o professor-doutor do KICT, Hyeong-Yeol Kim.
A equipe utiliza como elemento colante argamassa produzida à base de cimento com 50% de escória de alto forno em sua composição. Segundo os pesquisadores, o cimento com essas características tem alta resistência ao fogo e permite que o invento seja utilizado em estruturas que podem estar expostos a riscos de incêndio. Além disso, nos testes em laboratório, os corpos de prova em que foram aplicados os “curativos” se submeteram a métodos de envelhecimento acelerado e variáveis ciclos de umidade, seja em situação de alta temperatura ou congelamento-degelo. “As simulações consideraram condições ambientais adversas e mostraram que o TRM pode ser aplicado também em superfícies expostas constantemente à umidade”, explica Hyeong-Yeol Kim.
Invento pode reduzir em até 40% o custo de recuperação de pontes e viadutos
Uma das conclusões preliminares do estudo é que, ao contrário de reparos que usam barras de aço, o tecido de carbono não sofre corrosão, o que possibilita o uso do “curativo” em pavimentos de concreto, edifícios-garagem com estruturas pré-fabricadas, lajes, pilares ou mesmo plataformas marítimas, geralmente expostas a um ambiente rico em cloretos. Os pesquisadores também avaliam que o invento pode reduzir em até 40% o custo de recuperação de estruturas como pontes, viadutos e passarelas, além de triplicar a vida útil dessas construções. Eles se baseiam nos resultados dos ensaios de ruptura realizados no KICT, onde estruturas de concreto reforçadas com painéis de TRM ficaram 1,5 vezes mais resistentes do que antes de receberem o “curativo”.
Outra informação coletada pela equipe é que as placas de TRM podem ser usadas como elementos de fachadas de edifícios, haja vista que funcionam como isolantes térmicos, e também como reforço de estruturas em regiões vulneráveis a abalos sísmicos. Isso estende as possibilidades geradas pelos concretos reforçados com tecidos de carbono, que desde 2000 são o centro das atenções de vários laboratórios de pesquisas voltados para a construção civil em todo o mundo. No Brasil, a primeira iniciativa aconteceu em 2015, no Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME) da UFRGS, porém ainda sem aplicações práticas. Havia o projeto de construir duas passarelas para pedestres no campus da universidade, em Porto Alegre-RS, mas que acabou não se concretizando.
Entrevistado
Korea Institute of Civil Engineering and Building Technology (KICT) (via departamento de comunicação)
Contato
webmaster@kict.re.kr
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Venda de máquinas para a construção cresce 14% em 2020

Crédito: Volvo
Números apresentados recentemente na 15ª edição do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção revelam que a venda de máquinas para o setor vai fechar 2020 com aumento de 14,30%. O percentual é em comparação com o volume de negócios de 2019. No ano passado, foram comercializados 26.943 equipamentos, enquanto neste ano as negociações atingiram 30.798.
Entre as máquinas mais utilizadas nos canteiros de obras, os destaques em venda em 2020 - até a conclusão do levantamento - foram guindastes, que saíram de 4 unidades em 2019 para 8 unidades neste ano, e caminhões-betoneira, que cresceram de 670 para 950 - expansão de 41,79%. Na avaliação dos especialistas que compuseram o estudo coordenado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) dois fatores estimularam esse crescimento.
O primeiro foi o impulso que a construção imobiliária teve em 2020 e o segundo o movimento que o setor está fazendo no sentido de utilizar tecnologias alinhadas com a construção industrializada. O aumento no volume de vendas de caminhões-betoneira significa também maior consumo de concreto dosado em central. Da mesma forma, guindastes em obras imobiliárias indicam que o empreendimento utiliza elementos que precisam ser içados, como estruturas pré-fabricadas ou pré-moldadas de concreto.
O desempenho de máquinas para a construção civil poderia ser melhor se a compra de equipamentos importados não tivesse registrado uma retração em função da forte desvalorização do real frente ao dólar neste ano. A moeda nacional perdeu praticamente 40% de seu valor de compra e impactou em queda de 11% no mercado de máquinas como plataformas aéreas e manipuladores telescópicos - também bastante usadas na montagem de elementos pré-fabricados de concreto.
Crescimento estimado para 2021 é maior que o de 2020, e pode chegar a 25%
Para o próximo ano, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção estima aumento de 25% para todo o setor de equipamentos para construção. O crescimento continuará puxado pela linha amarela, formada principalmente por tratores, retroescavadeiras, pás-carregadeiras e rolos-compressores, entre outras máquinas para movimentação de terra. Porém, o segmento de máquinas exclusivas para a construção civil terá uma fatia maior no volume de vendas, e pode chegar a 16%. Em 2020, a linha amarela cresceu 22% na comparação com 2019.
Esse cenário otimista está relacionado à aposta de que, finalmente, as obras de infraestrutura devem deslanchar no ano que vem. A expectativa é que o Brasil conseguirá viabilizar as concessões de rodovias, portos e aeroportos, além de destravar as 5 mil obras herdadas de governos anteriores e que continuam paralisadas. “O setor privado está investindo atualmente no setor. Mas a infraestrutura depende também do investimento público, que passa por uma série de dificuldades no atual cenário político-econômico. Então, uma saída é o investimento estrangeiro. Só que existe uma condicional importante, que é a garantia de segurança jurídica”, diz Afonso Mamede, presidente da Sobratema.
Diante da possibilidade da construção imobiliária seguir em alta em 2021, e com as perspectivas de que as obras de infraestrutura finalmente sairão do papel, o setor da construção civil revela confiança. Segundo o estudo, 67% das construtoras e locadoras de equipamentos estão otimistas com a economia brasileira para 2021. Já 70% acreditam que o setor continuará em crescimento, enquanto 86% dos empresários se mostram confiantes com o desempenho de suas empresas para o ano que vem.
Assista à apresentação do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção
Entrevistado
Reportagem com base no evento virtual da 15ª edição do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção
Contato
sobratema@sobratema.org.br
Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
Veja como a tecnologia 5G vai transformar a construção civil

Crédito: Banco de Imagens
Inteligência Artificial (IA), Realidade Aumentada (RA), robótica, BIM, Internet das Coisas (IoT). Essas tecnologias têm se incorporado à construção civil rapidamente, mas apenas em países que já dispõem de tráfego de dados em 5G. Este tipo de conectividade é essencial para que o canteiro de obras possa, por exemplo, compartilhar informações online, acessar dados armazenados na nuvem, melhorar a produtividade e promover alterações de projeto em tempo real. No Brasil, ainda não é possível. O 5G só deve começar a ser testado no país em 2021. No entanto, no exterior já há cases do que se pode fazer com a ultravelocidade de internet móvel na construção civil.
Em maio de 2020, entrou em operação na China o primeiro canteiro de obras inteligente do mundo. Em Pequim, a tecnologia 5G possibilitou acoplar uma série de sistemas de controle que impactam diretamente na qualidade, no custo, no prazo e na segurança da construção. Por exemplo, os EPIs (equipamentos de proteção individual) dos operários possuem sensores vinculados à Inteligência Artificial, e que monitoram temperatura, pressão arterial e frequência cardíaca dos trabalhadores. Em tempos de COVID-19, qualquer alteração nos sinais vitais permite que o trabalhador seja levado a um centro médico. “Em combinação com a função de IA, também podemos identificar se os operários estão usando máscaras no local”, explica Zhao Canzhen, engenheiro-chefe de projetos da China Construction Eighth Engineering Division.
Outra inovação no canteiro inteligente chinês é o monitoramento da obra por drones. Os equipamentos passam as imagens para uma central de engenheiros civis, que faz a checagem do que foi construído e consegue intervir em tempo real, caso esteja ocorrendo algum erro que resulte em retrabalho. “Ao usar o 5G, podemos também monitorar guindastes de torres, acoplados a um sistema de controle de segurança multidimensional. Por isso, vamos explorar continuamente outros usos para 5G nesse canteiro de obras e em outros que serão instalados. O próximo passo é testar robôs-construtores”, diz Zhao Canzhen. Esses experimentos ocorrem na construção de um complexo industrial de alta tecnologia na cidade de Yizhuang, subúrbio de Pequim.
Tecnologia 5G torna a ferramenta BIM indissociável dos projetos
O objetivo dos engenheiros com o canteiro de obras inteligente é elevar a produtividade em 15% e reduzir os custos da construção em 6%. No entanto, após 6 meses de operação, a equipe estima que os percentuais alcançados serão relativamente maiores. O que explica isso é o potencial da tecnologia 5G, cuja taxa de transmissão possibilita enviar até 10 GB de dados por segundo. Para o indiano Varun Kumar Reja, pesquisador do IIT Madras (Indian Institute of Technology) e um especialista em aplicações 5G na construção, a tecnologia tornará a ferramenta BIM indissociável dos projetos. “Não haverá outra forma de utilizar todo o potencial das informações passadas pelas tecnologias disponíveis no canteiro de obras sem o uso do BIM”, afirma.
Além da China, Coreia do Sul e Canadá são os próximos países que se preparam para instalar canteiros de obras inteligentes.
Entrevistado
Ministério das Comunicações (via assessoria de imprensa)
China Construction Eighth Engineering Division (via assessoria de imprensa)
Departamento de engenharia civil do IIT Madras (Indian Institute of Technology) (via assessoria de imprensa)
Contatos
imprensa.mc@mctic.gov.br
overseas@cscec8b.com.cn
cehod@iitm.ac.in
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Após 10 anos, Japão conclui paredões contra novos tsunamis
A altura dos paredões varia de 12,5 metros a 15 metros. Houve cidades não atingidas pelo tsunami de 2011, mas que foram alvos de outras ondas gigantes, que também decidiram erguer muralhas próximas do mar. É o caso de Shizuoka, onde uma estrutura com 17,5 quilômetros de extensão, e 15 metros de altura, foi recentemente concluída. Todas as construções usaram a mesma tecnologia: terra armada revestida por muros de contenção montados com peças pré-moldadas de concreto.
Obviamente, as estruturas que impedem a vista do mar dividem a população. Porém, especialistas as defendem. É o caso de Hiroyasu Kawai, diretor do departamento de engenharia do Instituto de Pesquisa de Portos e Aeroportos do Japão. O organismo estuda projetos antitsunamis desde 2004. “Os paredões vão deter os tsunamis e evitar que inundem regiões do país. Mesmo que o tsunami seja maior do que os paredões, as estruturas estão projetadas para suportar o impacto e atrasar a velocidade das inundações, dando tempo para a evacuação das cidades”, explica.
Primeiro muro para combater tsunamis no Japão foi construído entre 1972 e 1984
Parte do dinheiro investido na construção dos paredões foi dividido com as prefeituras locais por empresas japonesas dos setores da construção imobiliária, da infraestrutura, de transportes ferroviários e as gigantes automobilísticas do país. Elas não apenas contribuíram com recursos como colocaram seus departamentos de engenharia para colaborar na elaboração dos projetos das muralhas. A ação conjunta concluiu que a tecnologia com terra armada, aliada a muros de contenção pré-moldados de concreto e compactação do solo com o uso de cimento - método solo-cimento - seria o mais eficaz e menos oneroso para o programa antitsunami do Japão.
O primeiro muro para combater tsunamis no Japão foi construído entre 1972 e 1984, na pequena cidade de Fudai, no norte do Japão. O então prefeito Kotaku Wamura empreendeu suas energias em uma obra que considerava essencial para a população de 3 mil habitantes: construir uma muralha com 15,5 metros de altura e 205 metros de comprimento. Sobrevivente de um tsunami que destruiu o vilarejo em 1933, Wamura gastou cerca de 30 milhões de dólares no empreendimento, que consumiu 61.500 m³ de concreto armado. Em 2011, a construção cumpriu sua função. No grande tsunami de 10 anos atrás, o paredão conteve uma onda com 20 metros de altura e permitiu que Fudai saísse da tragédia com danos mínimos.
Entrevistado
Centro de Pesquisa de Tsunami, do Instituto de Pesquisa de Portos e Aeroportos do Japão (via assessoria de imprensa)
Contatos
kikaku@p.mpta.go.jp
www.pari.go.jp
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Em 2021, varejo da construção irá consolidar inovações de 2020

Crédito: Banco de Imagens
Fórum internacional promovido pela Rede MATCON, que envolve líderes da cadeia do varejo de materiais, máquinas e equipamentos do setor da construção civil, mostra quais as tendências para o setor em 2021. Processos iniciados em 2020, por causa da pandemia de COVID-19, tendem a se consolidar no próximo ano, estimam os analistas. Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Para o secretário-geral da EDRA-GHIN (European DIY Retail Association [associação de varejistas europeus do faça você mesmo] e Global Home Improvement Network [rede global de reformas residenciais]), John W. Herbert, inovações como o click&collect (clique&busque) e o drive thru vieram para ficar no varejo da construção.
O do it yourself (faça você mesmo) - no Brasil conhecido como bricolagem - também seguirá em viés de alta, avalia o executivo britânico. “A pandemia levou as pessoas a ficarem mais tempo em casa e as pequenas reformas as atraiu. Pintura, troca de revestimento em uma parede ou piso, aplicação de papel de parede, instalação de prateleiras, enfim, o faça você mesmo cresceu consideravelmente e tende a fazer parte da rotina do consumidor. Também observamos que o click&collect tem atraído os jovens, ou seja, eles gostaram da ideia de escolher o produto na plataforma digital da loja e ir buscar no endereço físico. Por outro lado, os adultos e os idosos têm usado mais o drive thru. Eles utilizam o telefone ou o WhatsApp e vão de carro pegar a mercadoria no setor de entrega da loja”, revela John W. Herbert.
O executivo mostrou que redes do varejo da construção filiadas ao EDRA-GHIN, e que já tinham essas modalidades de venda em seus portfólios, têm se saído melhor na pandemia. Na Alemanha, venderam 16% a mais entre março e outubro; na França, 23%; no Reino Unido, 18,9%; na Itália, 12%; na Espanha, 20%; em Portugal, 12%; na Áustria, 15%; na Suíça, 16%; nos países escandinavos (Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Ilhas Faroé e Islândia), 18%; na Polônia, 6%; na Romênia, 12%; nos Estados Unidos, 25%; no Brasil, 30%, e na Austrália, 22%. Atualmente, a EDRA-GHIN reúne 214 empresas de home centers, as quais têm 32 mil lojas espalhadas em 74 países e movimentam 320 bilhões de euros por ano.
Varejo digital exige capacitação de quem atua no comércio de material de construção
Os participantes do fórum concluíram que os home centers de materiais de construção tendem a se tornar centros logísticos de entrega de pedido. “O consumidor fará sua compra online, a qualquer hora do dia, e passará na loja física para retirar, com hora marcada”, entende John W. Herbert. Os debatedores brasileiros que participaram do encontro concordam com as análises do secretário-geral da EDRA-GHIN, mas avaliam que o país precisará tomar medidas regulatórias para estimular esses novos processos. “Precisamos adequar nosso ambiente regulatório para esse tipo de evolução”, diz Rodrigo Navarro, presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção).
O dirigente também entende que a internet não apenas está transformando as práticas do varejo como tem forçado a requalificação da mão de obra que atua no setor. “O varejo digital exige capacitação e existe uma série de cursos gratuitos na internet. Isso é muito importante não apenas para o colaborador, mas para o dono do comércio de material de construção. Então, para alcançar resultados positivos na venda digital, capacitação é a senha”, afirma. Para Geraldo Defalco, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção) a preparação do varejo da construção é importante, principalmente nesse período de transição. “As novas gerações estão vindo aí. E elas vão consumir muito mais via smartphone do que na loja física. Significa que precisamos nos preparar para as mudanças que estão em curso”, completa.
Assista ao vídeo do Fórum Internacional MATCON
Veja o vídeo Cenário MATCON
Entrevistado
Reportagem com base nos fóruns virtuais promovidos pela rede MATCON, em parceria com Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) e Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção)
Contatos
abramat@abramat.org.br
imprensa@anamaco.com.br
info@edra-ghin.org
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Pavimentação de concreto avança na região sul do Brasil

Crédito: ABCP
A região sul do país torna-se uma forte aliada da tecnologia do pavimento de concreto em obras rodoviárias. No Paraná, um trecho de 59 quilômetros e 550 metros, entre os municípios de Palmas e União da Vitória, no sul do estado, será restaurado com a tecnologia whitetopping - pavimento de concreto sobre o pavimento asfáltico deteriorado. A mesma técnica já foi aplicada com sucesso na SC 114, em um trecho de 32 quilômetros e 200 metros, ligando Otacílio Costa e Lages, em Santa Catarina. Também em território catarinense, em Timbé do Sul, o trecho da BR-285, na serra da Rocinha, recebe pavimento rígido com 22 centímetros de espessura.
Segundo o engenheiro civil Alexsander Maschio, gerente da regional sul da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) o pavimento de concreto vive um “momento ímpar” nos 3 estados da região sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). “A onda é favorável e precisamos aproveitá-la ao máximo para colocar a solução em concreto no lugar que ela merece”, afirma.
Além do trecho de quase 60 quilômetros da PR-280, Maschio destaca outros projetos no Paraná. “Já está em obra o percurso entre Curitiba e Almirante Tamandaré da PR-092 (Rodovia dos Minérios) cujas pistas principais serão em concreto. Tem também o trecho de aproximadamente 70 quilômetros da BR-163, entre Cascavel e Marmelândia, que está em fase final de execução”, completa.

Crédito: YouTube
No trecho catarinense da BR-163, em um percurso de aproximadamente 60 quilômetros, entre Dionísio Cerqueira e São Miguel do Oeste, também está bem encaminhada a pavimentação em concreto. A obra já foi licitada e encontra-se em fase de aprovação do projeto executivo, com início dos serviços previsto para o começo de 2021.
Trabalho da ABCP junto a organismos federais e estaduais é incansável

Crédito: DNIT
No Rio Grande do Sul, a BR-153 também pode receber esse tipo de pavimento. “Como a 153 faz parte do mesmo eixo de escoamento da 163, o qual já contempla vários trechos em concreto no Mato Grosso, no Paraná e em Santa Catarina, creio que haja uma boa possibilidade no trecho gaúcho”, avalia o gerente da regional sul da ABCP.
Alexsander Maschio lembra ainda que existe a opção do pavimento de concreto ser utilizado na Rodovia de Integração do Sul (RIS). A estrada interliga 32 cidades do Rio Grande do Sul e é formada por trechos da BRs 101, 290, 386 e 448. “Um estudo comprovando a viabilidade do concreto foi encaminhado à ANTT, mas, obviamente, depende da validação do grupo CCR, que ganhou a concessão da RIS por 30 anos”, diz o engenheiro civil. A concessionária terá que investir 7,8 bilhões de reais na melhoria da Rodovia de Integração do Sul, além dos gastos de custeio estimados em 5,6 bilhões de reais para conservação, operação e monitoramento da estrada.
Para o gerente da regional sul da ABCP, a profusão de projetos que priorizam o pavimento de concreto nas rodovias paranaenses, catarinenses e gaúchas está relacionada a dois fatores: o trabalho incansável da ABCP junto a organismos federais e estaduais e a viabilidade econômica, em função do elevado aumento dos insumos do asfalto. “Aliado a isso, há um posicionamento do DNIT favorável ao concreto, e que certamente é reflexo do resultado obtido na BR-101 Nordeste e na BR-290, no Rio Grande do Sul, conhecida com Free Way. São referências que dão confiança para que o governo federal busque soluções que fortalecem o pavimento de concreto”, completa.
Entrevistado
Engenheiro civil Alexsander Maschio, gerente da regional sul da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland)
Contatos
alexsander.maschio@abcp.org.br
www.abcp.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330







