Dubai ganhará torres gêmeas conectadas por uma piscina

Créditos: Foster + Partners
A cidade de Dubai se destaca no cenário internacional quando o assunto é arranha-céus e prédios com arquitetura diferenciada. Nos últimos anos, vários edifícios têm surgido pela cidade, como o Mercedes-Benz Places, Dubai Creek Tower, o maior edifício em 3D do mundo e a Dynamic Tower. Recentemente, um novo projeto tem chamado a atenção em Dubai: Regent Residences Dubai, que é composto por duas torres residenciais de 180 metros que são ligadas por uma piscina no último andar.
Localizada na Marasi Marina, em Business Bay, Dubai, as torres adjacentes foram inspiradas pela água em cascata e contam com sessenta apartamentos interligados e terraços em níveis. O projeto é uma colaboração entre a Sankari e a IHG Hotels & Resorts.

Créditos: Foster + Partners
“A forma dinâmica e torcida das Regent Residences Dubai, Sankari Place, juntamente com sua fachada articulada, fará delas uma adição distinta a Business Bay e à cidade como um todo. Nosso design valoriza as conexões com a natureza, com generosos terraços sombreados e vistas otimizadas da orla”, afirma Gerard Evenden, chefe de Estúdio da Foster + Partners. A conclusão do empreendimento está prevista para o final de 2027.
Estrutura arquitetônica
A estrutura arquitetônica é dividida em duas torres que compartilham a mesma linguagem de design. Isso permite a criação de um apartamento espaçoso por andar, aumentando a ventilação natural e a entrada de luz. Cada apartamento foi projetado para oferecer vistas panorâmicas do Burj Khalifa, capturando os espetaculares amanheceres e entardeceres da cidade, segundo o escritório Foster + Partners.

Créditos: Foster + Partners
“Pensados para promover o bem-estar, todos os apartamentos contam com amplos terraços, permitindo que os moradores desfrutem de um estilo de vida saudável ao ar livre. Cada unidade possui uma piscina privativa, que também contribui para a fachada exclusiva e articulada, à medida que a água parece descer em cascata pelos edifícios. No nível mais alto, uma ultra-cobertura conecta as duas torres e apresenta uma espetacular piscina suspensa”, comenta Evenden.
Esta piscina que conecta os dois prédios não será aberta às intempéries, mas sim fechada em uma estrutura semelhante a uma ponte.
O pódio na base do empreendimento integra vegetação, espelhos d'água, espaços para jantares privativos, uma academia de última geração e uma série de piscinas internas e externas para os residentes. Unidades comerciais integradas ao longo da borda do pódio seguem a mesma linguagem de design do calçadão da Marasi Marina.

Créditos: Foster + Partners
O empreendimento oferecerá instalações de alto padrão, incluindo um simulador de golfe, cinema e sala de jogos. Também contará com quadras de tênis e padel, um lounge para charutos e uma adega. O projeto inclui ainda um business lounge, um amplo spa e um lounge exclusivo para os moradores.
Fonte
Gerard Evenden, Chefe de Estúdio da Foster + Partners.
Contato
Assessoria de imprensa - ashopland@fosterandpartners.com
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Marina Pastore – DRT 48378/SP
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Iniciada pavimentação em concreto da rodovia entre São José dos Pinhais e Mandirituba

Crédito: Divulgação/AMEP
Após quase três décadas de espera, começaram as obras de pavimentação em concreto da estrada rural que conecta São José dos Pinhais a Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Com um investimento de R$ 96,8 milhões por parte do governo do Paraná, a iniciativa busca fortalecer a infraestrutura local e promover o desenvolvimento socioeconômico da região.
Importância da obra para a região
A pavimentação dessa via é considerada essencial para o escoamento da produção agrícola e para o turismo local. O diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), Gilson Santos, destacou a relevância do projeto: "A nova ligação metropolitana estabelecerá uma conexão entre a BR-116, em Mandirituba, e a BR-376, em São José dos Pinhais. É uma nova conexão do Estado dentro da Região Metropolitana de Curitiba, que traz ganho de tempo para as pessoas, principalmente de quem vem da região Sul para o Litoral”, assinala.
Detalhes técnicos da pavimentação
O trecho a ser pavimentado possui 26,61 km de extensão, dividido em cinco segmentos. Nos trechos ímpares (1, 3 e 5), atualmente sem pavimentação, serão implantadas duas faixas de rolamento (uma em cada sentido) e uma ciclofaixa.
Já nos trechos pares (2 e 4), onde o pavimento existente é de paralelepípedo, será construída uma ciclovia adjacente. A pavimentação será realizada em concreto, garantindo maior durabilidade e resistência ao tráfego.

Crédito: Divulgação/AMEP
Impacto no tráfego local
De acordo com o projeto, estima-se que, no ano de abertura ao tráfego, aproximadamente 1.265 veículos utilizarão diariamente a nova via. Esse número deve aumentar para cerca de 1.934 veículos por dia no décimo ano de operação. A previsão de entrega da obra está prevista para daqui a 21 meses, possivelmente no final de 2026.
A melhoria na infraestrutura viária proporcionará maior segurança e eficiência no deslocamento de moradores, trabalhadores e no transporte de produtos agrícolas.
Perspectivas futuras
A conclusão da pavimentação entre São José dos Pinhais e Mandirituba representa um avanço significativo para a região, atendendo a uma reivindicação antiga da comunidade local. Espera-se que a nova rodovia estimule o crescimento econômico, facilite o acesso a mercados e serviços, além de promover o turismo e a qualidade de vida dos habitantes.
Entrevistado
Gilson Santos é graduado em Comunicação Social, pós-graduado em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Paraná e Planejamento Urbano pela Unylea. Atualmente, é diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) e presidente do Fórum Nacional de Entidades Metropolitanas.
Contato:
rodrigues@amep.pr.gov.br
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Ana Carvalho
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A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
Portaria estabelece medidas para acelerar a construção de moradias no RS

Crédito: Mauricio Tonetto/Secom
Em maio de 2024, enchentes atingiram mais de 90% das cidades gaúchas. Os efeitos foram devastadores – mortes, pessoas desabrigadas, safras perdidas, entre outros danos. Um dos maiores desafios após esta tragédia é a reconstrução das moradias, muitas delas inutilizadas por se encontrarem em áreas de risco ou até mesmo condenadas segundo aspectos estruturais.
No final de janeiro de 2025, o Diário Oficial da União publicou a Portaria Conjunta MGI/MF/CGU Nº 32/2024, dos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), da Fazenda (MF) e da Controladoria-Geral da União. Este documento estabelece regras e diretrizes, de caráter excepcional, para acelerar a construção de 1.332 unidades habitacionais em áreas urbanas, destinadas a famílias que perderam suas casas durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, esta medida garante mais agilidade na execução dos termos de compromisso do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) celebrados, em 2024, entre o Governo Federal, o Estado e os municípios afetados pelas fortes chuvas. A ideia é trazer mais agilidade na resposta às famílias desabrigadas e minimizar os impactos dos eventos climáticos extremos que atingiram a região.
Outro benefício desta medida é a possibilidade dos municípios e o Estado começarem processos licitatórios para as obras sem a necessidade de autorização prévia do Governo Federal. Segundo o documento, o repasse poderá ser feito após a assinatura do termo de compromisso, nos casos em que não haja condição suspensiva, ou após o cumprimento de exigências pendentes, para os casos em que houver exigências a serem atendidas no futuro. Além disso, o repasse poderá ser realizado em parcela única, desde que haja disponibilidade financeira garantida pelos órgãos responsáveis.
A medida se aplica, exclusivamente, para os termos de compromisso voltados para a construção de unidades habitacionais em área urbanas, com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS integrante do Minha Casa, Minha Vida, oriundos do crédito extraordinário autorizado pela Medida Provisória nº 1.252, de 12 de agosto de 2024. A MP reservou R$ 200 milhões para ações emergenciais no Rio Grande do Sul. Embora a MP tenha perdido a validade em dezembro do ano passado, os valores foram empenhados dentro do prazo, garantindo a continuidade dos compromissos assumidos.
Ações já realizadas no Rio Grande do Sul
A publicação da portaria é uma medida que está alinhada com as ações do recém-instalado Conselho de Monitoramento das Ações e Obras para Reconstrução do Rio Grande do Sul. Trata-se de órgão consultivo, formado por agentes federais e estaduais, responsável pela gestão dos recursos (R$ 6,5 bilhões) a ser aplicado em ações estruturantes.
Fonte
Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
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Marina Pastore – DRT 48378/SP
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Novos modelos de moradia: tendências como multipropriedade e moradias universitárias ganham espaço no Brasil

Crédito: Divulgação/Altma
Nos últimos anos, o mercado imobiliário brasileiro vem passando por uma revolução. Modelos tradicionais de residência dão lugar a soluções mais dinâmicas e flexíveis, atendendo às novas demandas dos consumidores.
Em especial, vem emergindo no mercado a Geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, que influencia diretamente novos modelos de negócios. De acordo com o relatório "A Era da Adaptabilidade", do ManpowerGroup, até 2030 a Geração Z representará 58% da força de trabalho global, tornando-se o principal grupo econômico a impulsionar novas formas de consumo.
Entre essas tendências que surgem com essa nova geração, destacam-se a multipropriedade e as moradias universitárias, conceitos que vêm conquistando cada vez mais adeptos no país.
Multipropriedade: modelo flexível e acesso a imóveis de alto padrão
A multipropriedade, regulamentada no Brasil pela Lei nº 13.777/2018, permite que um mesmo imóvel tenha diversos proprietários, sendo sua posse dividida por frações de tempo, e não de espaço. “Esse modelo oferece aos compradores a possibilidade de usufruir de um imóvel de alto padrão sem arcar com os custos totais de uma propriedade tradicional”, explica Gabriel Falavina, CEO e diretor-executivo da Altma.
O conceito surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e tem forte presença no mercado turístico, permitindo que consumidores tenham acesso a segundas residências em destinos cobiçados, sem precisar adquiri-las integralmente.
Segundo um estudo da Caio Calfat Real Estate Consulting em parceria com a Mapie, os adeptos da multipropriedade costumam viajar duas a três vezes ao ano, preferindo regiões de sol e praia, parques temáticos e áreas de lazer.
Para garantir a viabilidade desse modelo, empresas como a Altma investem em localização estratégica, design diferenciado e gestão comercial especializada, assegurando a satisfação dos proprietários e investidores.
“Nosso objetivo é transformar vidas por meio da inovação no mercado imobiliário”, destaca Falavina. Segundo ele, a localização é um fator chave para o sucesso do empreendimento, aliado a um design inovador e um atendimento diferenciado.
Moradias universitárias: estrutura moderna e praticidade
Outro segmento que vem ganhando força são as moradias universitárias, conhecidas como “student housing”. O B41, primeiro empreendimento do tipo no Paraná, é um exemplo claro dessa tendência.

Crédito: Divulgação/Altma
Localizado ao lado da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), foi projetado para atender às necessidades acadêmicas e sociais dos estudantes, com espaços comuns voltados para estudo e integração.
Com apartamentos totalmente prontos para morar, o residencial terá opções de locações de unidades inteiras ou dormitórios, para compartilhamento dos apartamentos entre estudantes. Com piscina, sala de jogos eletrônicos, cinema ao ar livre, refeitório, espaços de estudos e áreas de convivência abertas à comunidade, que incluem praça e espaços comerciais, o multirresidencial deve ser entregue em 2027.
A crescente busca por esse tipo de moradia reflete um novo perfil de universitário que prioriza comodidade e infraestrutura moderna. "O B41 representa um grande avanço no conceito de moradia estudantil no Brasil", afirma Falavina. "A gestão especializada e a infraestrutura de ponta garantem não só praticidade, mas também qualidade de vida para os estudantes", afirma.
Outra categoria que é tendência é a de moradia inteligente que traz apartamentos compactos, entregues mobiliados, decorados e equipados, além de rede de serviços dentro do condomínio. A solução ainda permite a moradia por assinatura e permuta do assinante entre empreendimentos da rede Housi, que possui cerca de 100 mil apartamentos padronizados, disponíveis em 125 cidades.
Com modelos inovadores como multipropriedade, student housing e moradia por assinatura, o mercado imobiliário brasileiro caminha para soluções mais flexíveis e adaptadas às novas demandas da sociedade. A tendência é de que esses formatos ganhem ainda mais espaço nos próximos anos, revolucionando a forma como as pessoas moram e investem em imóveis.
Entrevistado
Gabriel Falavina Dias é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sócio-fundador e diretor-executivo da incorporadora ALTMA.
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jornalistaclaudiaguadagnin@gmail.com
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Ana Carvalho
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Plano de Intervenção Urbana Arco Pinheiros: transformação urbana que promete requalificar São Paulo

Crédito: Divulgação
A cidade de São Paulo está prestes a vivenciar uma grande transformação urbana com a implementação do Plano de Intervenção Urbana (PIU) Arco Pinheiros. O projeto visa reestruturar uma das regiões mais estratégicas da cidade, promovendo desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma integrada.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o objetivo do plano urbanístico é transformar a região, atualmente com 50% do seu território composto por terras subutilizadas, sendo muitas delas antigas áreas industriais, em um espaço mais inclusivo, conectado e inovador. Uma das metas é elevar a população local de 46 mil para 116 mil pessoas nos próximos 30 anos.
O PIU Arco Pinheiros é um conjunto de diretrizes urbanísticas para a área de intervenção urbana (AIU-ACP), abrangendo bairros como Vila Leopoldina, Jaguaré e Butantã. A iniciativa busca ordenar o crescimento da região, com requalificação de áreas subutilizadas e planejamento para a expansão urbana sustentável.
O Arco Pinheiros abrange cerca de 15 milhões de m², devendo impactar diretamente cerca de 48.300 habitantes e gerar 90.100 empregos, promovendo um novo modelo de ocupação do solo que prioriza o uso misto e a infraestrutura urbana inteligente.
Os objetivos principais do PIU incluem alguns pilares:
- Direito à moradia: estímulo à produção habitacional acessível, priorizando população de baixa renda e urbanização de assentamentos precários.
- Qualificação ambiental e urbana: ampliação do controle de enchentes, criação de áreas verdes e valorização dos recursos naturais.
- Desenvolvimento econômico e geração de empregos: incentivo à diversificação de usos e vocação científica e tecnológica da região.
- Melhoria da mobilidade e acessibilidade: investimentos em transporte público e conexões viárias estratégicas.
- Integração das margens do rio Pinheiros: criação de novos espaços urbanos conectados ao rio, impulsionando inovação e tecnologia.
Infraestrutura e melhorias urbanas:
O PIU prevê intervenções que irão modificar profundamente a dinâmica da região:
- Mobilidade urbana: criação de duas novas pontes sobre o rio Pinheiros, além de novas passagens sob a ferrovia, alargamento de vias e integração de 13 km de calçadas requalificadas;
- Rede cicloviária: implantação de aproximadamente 7,5 km de ciclovias e ciclofaixas, incluindo três ciclopassarelas para maior conectividade;
- Expansão das áreas verdes: plantio de cerca de 3.000 novas árvores e criação de 5.500 m² de novas praças, além de parques e corredores ecológicos;
- Habitação de interesse social (HIS): serão criadas até 2.500 novas unidades habitacionais, além da regularização de áreas vulneráveis;
- Gestão hídrica: projetos de drenagem para controle de enchentes e melhorias na infraestrutura de saneamento.
Regras de ocupação do solo e plano diretor
A estrutura do plano prevê Zonas de Ocupação Especial (ZOE) para organizar o crescimento da região. Dentro dessas zonas, estão contempladas áreas de transformação urbana, qualificação e preservação, além de eixos estratégicos de desenvolvimento.
Empreendimentos de grande porte, com terrenos acima de 2.500 m², deverão seguir regras específicas, como garantir fachadas ativas para estimular a vida urbana e destinar parte das áreas para uso público e espaços verdes.
Além disso, o PIU estabelece contrapartidas para novas construções, como a Cota de Solidariedade, que destina parte dos recursos gerados para infraestrutura pública e habitação popular.
Investimentos e gestão financeira
O projeto prevê um modelo de financiamento baseado na Outorga Onerosa do Potencial Adicional de Construção (OODC), captando recursos para a implementação das intervenções. A estimativa de arrecadação pode ultrapassar R$ 1,1 bilhão ao longo de 30 anos, com os valores direcionados para mobilidade, habitação e infraestrutura urbana.
A execução será coordenada pela São Paulo Urbanismo, contando com um Conselho Gestor, formado por representantes do poder público e da sociedade civil, garantindo transparência e participação popular no acompanhamento das ações.
O PIU Arco Pinheiros, aprovado pela Lei 18.822/2024, promete ser um marco para São Paulo, equilibrando desenvolvimento urbano, sustentabilidade e inclusão social.
Com a integração entre tecnologia, habitação e infraestrutura, a região pode se tornar um polo de inovação e qualidade de vida, promovendo um modelo de cidade mais sustentável e eficiente para o futuro.
Fonte:
Prefeitura de São Paulo
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Mercado imobiliário bate recorde histórico de lançamentos e vendas em 2024 e encara desafios para 2025

Crédito: Envato
O mercado imobiliário brasileiro fechou 2024 com números históricos, impulsionado pelo forte desempenho do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e pelo apetite crescente dos consumidores.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os lançamentos imobiliários atingiram 383.483 unidades em 2024, um aumento de 18,6% em relação ao ano anterior. Já as vendas somaram 400.547 unidades no ano de 2024, um crescimento de 20,9% em comparação ao ano anterior.
“Desde dezembro de 2022 até dezembro de 2024, o mercado absorveu tudo que foi lançado, com as vendas superando os lançamentos. Isso significa que o brasileiro valoriza a casa própria, dá valor à aquisição”, revela o presidente da CBIC, Renato Correia. Os dados fazem parte da pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 4º Trimestre de 2024, realizada pela CBIC em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.
Os números do quarto trimestre consolidaram essa tendência de alta, com 111.671 unidades lançadas, um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período de 2023. Já as vendas alcançaram 104.194 unidades, crescendo 19,4% no comparativo anual.
Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, aponta o dado histórico registrado no período. “O quarto trimestre registrou aumento tanto em lançamentos quanto em vendas. Foi o período com o maior número de unidades lançadas desde o primeiro trimestre de 2017, quando teve início a pesquisa”, explicou.
Com esse ritmo acelerado, o estoque de imóveis disponíveis caiu 7,8%, fechando 2024 com 291.928 unidades. Se essa média de vendas for mantida, o estoque de imóveis seria liquidado em aproximadamente 8, 7 meses, caso não houvesse novos lançamentos.
Setor impulsiona a economia e ganha força nas regiões
Regionalmente, o Sudeste se manteve como líder de mercado, com quase 198.496 unidades lançadas, seguido pelo Sul (79.622 unidades), Nordeste (71.319 unidades), Centro-Oeste (24.751 unidades) e Norte (9.295 unidades).
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) teve papel fundamental nesse crescimento. No quarto trimestre, 47% dos lançamentos no país foram dentro do programa habitacional e 44% das vendas totais. Em regiões como o Norte, essa participação chegou a 83%.
Desafios para 2025: juros altos e cenário econômico instável
Apesar do desempenho positivo, 2025 deve trazer um crescimento mais moderado. A CBIC projeta uma expansão de 2,3% para o setor da construção civil, impactada principalmente pelos juros elevados e pelo déficit fiscal do Governo Federal. “Atualmente, estamos com 13,25% de taxa básica e a projeção é fechar em 15% o ano de 2025. Isso aumenta significativamente o aumento do financiamento, mas não para pessoas físicas. Traz impacto para a pessoa jurídica, que já está pagando quatro pontos percentuais a mais”, observa Correia.
O cenário para o mercado imobiliário também será de ajustes. Enquanto as vendas do Minha Casa, Minha Vida devem crescer cerca de 5%, outros segmentos devem ter um avanço mais tímido, entre 1% e 2%. Além disso, a escassez de mão de obra qualificada e a valorização do dólar devem pressionar os custos da construção.
Leia mais: https://www.cimentoitambe.com.br/setor-de-construcao-civil-deve-desacelerar-em-2025-segundo-cbic/
Ano de adaptação e novas oportunidades
Diante desse cenário, o mercado imobiliário deve buscar estratégias para manter sua resiliência. O fortalecimento do crédito imobiliário, medidas para estabilizar os juros e incentivos governamentais ao setor habitacional serão determinantes para garantir o crescimento sustentável. “O imóvel continua sendo um bom negócio, mas a aquisição de imóveis novos será incentivada, enquanto o governo tem limitado o financiamento de imóveis usados”, avalia o presidente da CBIC.
Após um 2024 histórico, o setor se prepara para um ano de ajustes e adaptação. O ritmo de crescimento pode desacelerar devido à alta dos juros, mas o apetite dos consumidores e a demanda habitacional seguem firmes, garantindo oportunidades para quem deseja investir na casa própria.
Fonte
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Contato:
ascom@cbic.org.br
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Edital para duplicação em concreto da rodovia PR-412 é homologado

Crédito: DER/PR
Em dezembro de 2024, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), homologou o resultado da licitação para a duplicação em pavimento rígido de concreto da PR-412, no trecho entre Matinhos e Praia de Leste.
O Consórcio TE PR-412 Matinhos, formado pelas empresas TCE Engenharia Ltda e Ellenco Construções Ltda, foi o vencedor do processo. De acordo com o DER/PR, a obra receberá um investimento de R$ 274,5 milhões e deverá ser concluída em 1.080 dias corridos após a emissão da Ordem de Serviço. O próximo passo envolve procedimentos internos antes da assinatura do contrato.
“A região é litorânea e possui um grande fluxo de veículos, tanto de turistas quanto de carga. No contexto atual do Brasil, praticamente toda obra de infraestrutura é necessária. Especificamente nesse trecho, a rodovia já apresentava um estado de degradação significativo. Além disso, ela se conecta à ponte de Guaratuba e aos portos que atendem a região, especialmente o porto de Itapoá, em Santa Catarina. Portanto, essa obra deverá melhorar consideravelmente a fluidez do trânsito nesses pontos estratégicos”, destaca Dejalma Frasson Junior, gerente da regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Como será a obra?
O projeto abrangerá um trecho de 14,28 quilômetros, começando nas proximidades da ponte sobre o Canal de Matinhos e se estendendo até o cruzamento com a PR-407, na região de Praia de Leste. A obra inclui a construção de uma pista central com pavimento rígido de concreto, vias marginais em asfalto, novas pontes sobre o Canal de Matinhos e o Rio Balneário, além de um viaduto no entroncamento da rodovia com a Avenida Curitiba.
Segundo informações do DER/PR, a plataforma da pista atual será ampliada para os dois lados, e o pavimento existente será removido para a implantação de um pavimento rígido de concreto com placas de 21 centímetros de espessura. As pistas duplicadas serão separadas por uma barreira de concreto, enquanto canteiros isolarão o eixo central das vias marginais, com exceção dos pontos de acesso de entrada e saída.
“Esse trecho foi selecionado porque o DER/PR vinha mantendo um bom ritmo na execução de obras com pavimento de concreto. Um estudo de viabilidade técnica e econômica analisou o fluxo de veículos leves e, principalmente, de carga na região, concluindo que o pavimento de concreto seria a melhor opção para suportar esse volume de tráfego na pista central. As vias laterais serão feitas em asfalto devido às interferências urbanas ao longo do trajeto, o que poderia complicar a aplicação do concreto nessas áreas. Quanto às pistas centrais, elas passarão por uma reconstrução completa: a pista simples existente será demolida para dar lugar a uma duplicação em pavimento de concreto”, explica Frasson Junior.
O DER/PR informou ainda que as vias marginais terão sentido único e contarão com estacionamentos, calçadas para pedestres e ciclovias bidirecionais. Abaixo dessas vias, será instalada a rede de drenagem da rodovia, evitando a necessidade de remanejamento de infraestruturas existentes, como redes subterrâneas e postes. A iluminação será implementada na pista central, nas marginais, no viaduto, nas proximidades das pontes, além de atender aos passeios e ciclovias, entre outros pontos estratégicos.
Desafios da obra
Para o gerente da regional Sul da ABCP, os principais desafios dessa obra estão relacionados ao fato de ela atravessar uma área urbana. Isso impacta diretamente a produtividade, devido às diversas interferências presentes nesse tipo de ambiente.
“Diferente de quando se constrói uma rodovia em área rural, onde o trecho costuma estar totalmente livre, em um contexto urbano há várias limitações que dificultam a execução dos trabalhos. Esse será, sem dúvida, o maior obstáculo a ser superado”, pontua Frasson Junior.
Entrevistado
Dejalma Frasson Junior é engenheiro civil graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pós-graduado em Edificações, Gestão Empresarial, Tecnologia do Concreto e Engenharia Rodoviária. Foi pesquisador do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Atualmente, é gerente da regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Contato: dejalma.frasson@abcp.org.br
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Antigo Estádio do Pinheirão deve se tornar Centro de Convenções

Crédito: SEPL
O Governo do Paraná anunciou a construção de um Centro de Convenções no terreno onde fica atualmente o Estádio do Pinheirão, em Curitiba (PR). A ideia é que esta obra transforme os bairros do entorno, como Tarumã e Capão da Imbuia, assim como o município vizinho de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Conforme o decreto 7.669, publicado em outubro de 2024, o terreno será alvo de desapropriação. O estádio foi erguido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). No início dos anos 2000, ele deixou de ser utilizado e, em 2012, um investidor adquiriu o local em um leilão. Desde então, não houve novos aportes na área.
De acordo com um o mapeamento atual da Secretaria de Estado do Planejamento (SEPL), a previsão inicial é de que o antigo Pinheirão receba um investimento superior a R$ 1 bilhão.
O projeto
De acordo com Ratinho Junior, governador do Paraná, o projeto deverá contemplar uma arena de eventos, um centro de exposições para até 25 mil pessoas e todo um complexo comercial, com empreendimentos com hotel, restaurantes e academia.
“Será um lugar para grandes shows, encontros e exposições e a ideia é poder fazer desse complexo um grande atrativo para eventos voltados a cada vez mais turistas, o que significa mais dinheiro para o nosso comércio, restaurantes e hotéis”, informa Ratinho Junior.

Ainda segundo o governador do Estado, o objetivo é ter uma estrutura para receber grandes eventos, incluindo os internacionais. “Como o turismo do Paraná cresceu 27% em 2023, temos que adaptar a cidade e o Estado como um todo para receber esses grandes eventos que geram muito emprego. O setor de serviços gera 65% dos postos de trabalho no Estado do Paraná”, pontua.
Andamento do projeto
A Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná (SEPL) informou ao Massa Cinzenta que, no momento, essa obra tem apenas um anteprojeto realizado e que ainda está em fase de desapropriação do terreno. A licitação para o projeto final ainda não foi aberta.
De acordo com Guto Silva, secretário do Planejamento do Paraná, o governo optou por desapropriar este imóvel e os valores já estão sendo consolidados pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE). “O valor inicial é de R$ 64.900 milhões. Naturalmente, o Estado agora toma posse do terreno e o proprietário pode recorrer à justiça para questionar as avaliações. Mas este é o procedimento do grupo de engenharia da PGE, que faz as avaliações de todas as áreas do Paraná”, informou o secretário à imprensa.

Após a desapropriação e o projeto inicial, será realizado o projeto de engenharia para a construção da estrutura, através de uma concessão ou de uma parceria público privada, alternativas que estão sendo estudadas.

Ainda segundo a SEPL, a opção da Parceria Público Privada está sendo desenvolvida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Paraná Projetos. O estudo deverá apontar o modelo de concessão da área para a iniciativa privada, que será responsável pela construção do conglomerado e poderá explorar o espaço, além das necessidades físicas, dimensionando o tamanho do Centro de Convenções e as outras estruturas do seu entorno, como arenas esportivas ou salas comerciais.
A expectativa é que este estudo da modelagem financeira leve cerca de seis meses e que as obras sejam iniciadas no começo de 2026, de acordo com o secretário do Planejamento do Paraná.
Fonte
Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná (SEPL)
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Assessoria de imprensa SEPL - adrianojust@sepl.pr.gov.br
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Mercado imobiliário em Curitiba para 2025: crescimento e desafios marcam o setor

Crédito: Envato
O mercado imobiliário de Curitiba e Região Metropolitana (RMC) apresenta um cenário promissor para 2025, impulsionado por um aumento significativo na aprovação, construção e venda de imóveis novos. No entanto, a alta taxa de juros e a incerteza econômica trazem desafios para incorporadoras e compradores.
Dados da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) indicam que, entre 2023 e 2024, houve um crescimento de 33% na análise de processos para novos empreendimentos na região. Em 2024, foram mais de 1,2 mil processos analisados, frente aos pouco mais de 900 registrados em 2023.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR) confirma essa tendência, apontando um aumento de 17% no volume de unidades liberadas para construção em Curitiba entre janeiro e novembro de 2024, em relação ao ano anterior. Além disso, a oferta de imóveis novos cresceu cerca de 50% nesse período, com aproximadamente 10 mil unidades disponibilizadas no mercado.
Taxa de juros elevada preocupa o setor
Apesar do crescimento no número de lançamentos, o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Thomas Gomes, alerta para os desafios que o setor enfrentará em 2025. "Com certeza absoluta, esse ano vai ser mais um ano bastante desafiador, especialmente pelo cenário de taxa elevada de juros, bastante incômodo para o setor. A Selic alta é o principal inimigo do mercado imobiliário, porque inibe muito o poder de compra e a própria intenção de compra do cliente", afirma Gomes.
A taxa básica de juros elevada dificulta o acesso ao crédito e reduz a intenção de compra dos consumidores, exigindo que incorporadores sejam mais criteriosos em seus projetos.
"Os clientes vão brigar sem dúvida nenhuma por preço e o grande desafio dos incorporadores é conseguir entregar mais por menos", destaca o presidente da Ademi-PR.
Resiliência e adaptação do mercado
Mesmo diante de um cenário desafiador, o mercado imobiliário tem demonstrado resiliência. Segundo Gomes, o setor tem conseguido manter resultados positivos, mesmo com adversidades econômicas. "O mercado imobiliário, apesar de ter se mostrado muito resiliente ao longo dos anos, principalmente os últimos, começou a ter alguns fatores macroeconômicos jogando contra e um deles é a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, que não sabemos ainda qual impacto terá sobre o setor", observa ele.
O mercado imobiliário de Curitiba e Região Metropolitana apresenta sinais de crescimento e consolidação, mas 2025 promete ser um ano de desafios. Estratégias inovadoras e flexibilidade serão fundamentais para que incorporadores consigam atender às demandas de um público cada vez mais exigente e cauteloso.
Entrevistado
Thomas Gomes é graduado em Engenharia Civil pela Pontifícia Católica do Paraná (PUC-PR), possui especialização em Investimentos Imobiliários pela Insper (SP), cursou o Program for Leadership Development na Harvard Business School (EUA) e é head de Real Estate na Life Capital Partners. Atualmente é presidente da Ademi-PR.
Contato: tgomes@lifecapitalpartners.com.br
Jornalista responsável
Ana Carvalho
Vogg Experience
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
INCC-M acelera para 0,71% em janeiro

Crédito: Envato
O ano de 2025 começou com um aumento de 0,71% no Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), do FGV IBRE – Instituto Brasileiro de Economia. Este indicador é referente a janeiro e superou a variação de 0,51% registrada no mês anterior (dezembro de 2024). A elevação nos custos do setor também se reflete na taxa acumulada em 12 meses, que alcançou 6,85%. Esse resultado representa um crescimento significativo em relação a janeiro de 2024, quando o índice apontava uma alta de 3,23% no mesmo período.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) é um indicador econômico que capta a evolução de custos de construções residenciais. Com este índice, é possível avaliar a evolução dos preços de materiais e custos de mão de obra na construção civil. Segundo o FGV IBRE, esse é um indicador importante para as construtoras monitorarem, além de fornecer dados relevantes para a indústria e o varejo do setor. Também serve como referência para a tomada de decisões por outros agentes econômicos.
INCC-M nas capitais brasileiras
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou variações entre diferentes cidades brasileiras em janeiro. Enquanto Salvador, Belo Horizonte, Recife e São Paulo apresentaram uma aceleração no ritmo de aumento dos custos de construção, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre seguiram na direção oposta, com uma desaceleração em suas taxas de variação.
Dentre estas capitais, Belo Horizonte apresentou a maior variação em janeiro: 1,48%. Já em Brasília, o índice foi o menor: 0,23%.
Grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços desacelera
O grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços teve alta de 0,42% em janeiro, abaixo dos 0,49% registrados no mês anterior.
Dentro dessa categoria, Materiais e Equipamentos apresentaram um avanço de 0,43%, um crescimento mais moderado em comparação aos 0,57% observados em dezembro. De acordo com o FGV IBRE, esse comportamento indica uma desaceleração nos preços desses insumos, fundamentais para a execução de obras. Entre os subgrupos analisados, apenas "materiais para instalação" mostrou queda em sua taxa de variação, passando de 1,51% para -0,33%.
No grupo de Serviços, houve um aumento expressivo na taxa de variação, que saiu de -0,25% em dezembro para 0,41% em janeiro. Esse avanço foi impulsionado pelo item "projetos", cuja taxa passou de 0,00% para 0,52% no período.
Mão de obra
O índice de Mão de Obra registrou uma variação de 1,13% em janeiro, representando um aumento expressivo em relação aos 0,53% registrados em dezembro.
De acordo com FGV IBRE, este índice foi puxado por reajustes na cidade de Belo Horizonte. Em dezembro de 2024, representantes dos sindicatos patronal e dos trabalhadores assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2024/2025 do setor. O documento estabeleceu um reajuste salarial de 4,6%, além de mudanças para a valorização da mão de obra e a capacitação profissional. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon- MG), outras medidas tomadas foram:
- Adicional de hora extra reduzido para 80%, garantindo maior competitividade sem prejuízo à valorização do trabalhador.
- Capacitação de 10% da força de trabalho, com subsídio da FIEMG, inclusive diretamente nas obras.
- Pisos salariais alinhados ao novo salário mínimo, também vigentes a partir de janeiro de 2025.
- Educação básica subsidiada pelo SESI para filhos de trabalhadores, promovendo maior inclusão e bem-estar.
Aumento da Selic
Ao mesmo tempo em que houve esta aceleração do INCC, no final de janeiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou o aumento da Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Para a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), esta medida pode agravar os desafios econômicos, encarecer o crédito, desestimular investimentos e pressionar o orçamento das famílias.
“Medidas para controlar a trajetória crescente da dívida pública são essenciais para termos uma taxa de juros padrão saudável a médio e longo prazos. Isso vai destravar investimentos e incentivar o crescimento do país de forma sustentada. Conviver com juros elevados trava o desenvolvimento, reduz a geração de empregos e penaliza empresas e famílias”, comenta Luiz França, presidente da ABRAINC.
Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), destacou em informativo da instituição que este aumento fez a taxa Selic retornar para o patamar alcançado em agosto de 2023. “Particularmente para a Construção Civil a taxa de juros elevada foi, em 2024, o principal problema, conforme avaliação dos empresários do setor na Sondagem Indústria da Construção realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Nos últimos três meses de 2024, 34,1% dos empresários apontaram que esse foi o principal problema do setor. Em relação ao 3º trimestre de 2024 observou-se um incremento de 8,7 pontos percentuais”, pontua a economista.
Ainda, esse fator também contribuiu para a queda do Índice de Confiança (ICEI) do empresário do setor, em janeiro de 2025. “Pela primeira vez, nos últimos dois anos, o referido indicador ficou abaixo da linha de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. O recuo do indicador reflete a piora da avaliação dos empresários do setor em relação às condições atuais de negócios e em relação às expectativas”, informa Ieda.
Fontes
FGV IBRE – Instituto Brasileiro de Economia.
Luiz França é presidente da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC).
Ieda Vasconcelos é economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Contatos
FGV IBRE - assessoria.fgv@insightnet.com.br
ABRAINC - comunicacao@abrainc.org.br
CBIC - imprensa@cbic.org.br
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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