Construir ferrovias se torna política de Estado no Brasil
No 4º Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, o ministério da Infraestrutura deixou claro qual o plano de médio e longo prazo para o modal. Construir ferrovias e ampliar a malha nacional agora é um plano de Estado. Para atingir o objetivo, a estratégia é atuar em duas pontas: aumentar tanto o volume de concessões quanto o investimento público.
As razões para que o setor ferroviário ganhe outro status na política de infraestrutura e logística do governo não são poucas. Entre elas, estão a redução do impacto ambiental, a necessidade de diversificar os modais e o enfrentamento do chamado “custo Brasil”. Estudo da FIESP mostrado no evento revela que os produtos que chegam ao consumidor seriam 5% mais baratos, em média, se transportados por ferrovias.

Crédito: MInfraestrutura
Atualmente, o modal ferroviário corresponde a 15% da matriz de transporte no Brasil. A meta é chegar a 30% nos próximos 10 anos. O país tem uma malha de 29 mil quilômetros, mas apenas 10 mil quilômetros estão em uso. O que o ministério da Infraestrutura prioriza é recuperar os trechos desativados e interligá-los, criando uma malha nacional.
Os eixos principais a serem conectados são a Norte-Sul, a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), a Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) e a chamada malha paulista, que permitiria também conexão com o sul do país. Sem esse projeto, em 15 anos o país não dará conta de transportar a colheita do agronegócio brasileiro apenas por rodovias.
Atualmente, de tudo o que o agronegócio colhe, apenas 34% são transportados por ferrovias
Recentemente, a safra 2019/2020 atingiu quase 250 milhões de toneladas e a projeção é que em 2035 esse volume chegue a 400 milhões de toneladas. Estudo do Instituto de Engenharia, intitulado “Ocupação Sustentável do Território Nacional pela Ferrovia”, mostra que uma composição com 134 vagões transporta o equivalente a 500 caminhões nas estradas.
Levantamento da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) revela que desde 1997, quando foram licitadas as primeiras concessões para o setor, a movimentação de carga via transporte ferroviário cresceu quase 130% no país. Nesse período de 23 anos, as concessionárias investiram 75 bilhões de reais nos trechos privatizados. Mas é necessário mais recursos para que se alcance um equilíbrio entre os modais ferroviário e rodoviário.
Hoje, os principais produtos que trafegam por trens no país são minério de ferro, açúcar, farelo de soja, combustível, milho e celulose. Porém, de tudo o que o agronegócio colhe, apenas 34% são transportados por ferrovias. Esse é um dos motivos que fazem o Brasil ser apenas o 17º em competitividade de infraestrutura e logística, em um ranking de 18 países.
A fim de melhorar sua posição, o país necessita investir cerca de 4,15% de seu PIB para garantir a modernização da infraestrutura em um prazo de 20 anos. Atualmente, o investimento está abaixo de 1,5%. Segundo os debatedores que estiveram no 4º Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, é isso que torna urgente transformar a ampliação da malha ferroviária em política de Estado no Brasil.
Assista ao vídeo do 4º Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário (entre 5h37min e 7h49min)
Entrevistado
Reportagem com base na apresentação virtual do 4º Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, promovido pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pela Aeamesp (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Não existe cidade inteligente sem cidadão inteligente
Para se manterem sustentáveis ao longo de seu ciclo de vida, os “prédios verdes” têm que seguir os parâmetros de manutenção definidos pelos certificadores. Além disso, a sustentabilidade das edificações passa por educar quem vai fazer a gestão dos prédios (síndicos e administradoras de condomínios) e quem irá utilizar o empreendimento (usuários). A mesma cartilha vale para projetos de cidades inteligentes.
”A conscientização do cliente é fundamental para que o investimento em tecnologia e engenharia para construir um edifício sustentável não se perca. Da mesma forma, não existe cidade inteligente sem cidadão inteligente”, destaca o engenheiro civil Fábio Villas Bôas, coordenador do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) e coordenador adjunto do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP.

Crédito: Banco de Imagens
Sua fala ocorreu no webinar “Finanças sustentáveis: estímulos e barreiras para o setor imobiliário”, promovido recentemente pelo SindusCon-SP. O encontro debateu incentivos para as “construções verdes” e para as cidades inteligentes no Brasil. Foi lembrado que em países desenvolvidos os governos e o próprio mercado já incentivam projetos de edificações sustentáveis, dando inclusive subsídios tributários a quem compra unidades com essas características.
A Alemanha é um exemplo onde o crédito imobiliário é mais barato quanto mais sustentável for o edifício. Villas Bôas afirma que o ideal é que o Brasil siga na mesma direção. “Falta uma legislação sobre isso, mas já existem alguns grupos de trabalho propondo que se exijam parâmetros de sustentabilidade, o que fará a diferença para as gerações futuras e para a própria economia do país”, diz.
Setor brasileiro está preparado para viabilizar projetos de construção sustentável
O dirigente do SindusCon-SP lembra que, do ponto de vista técnico, o setor brasileiro está preparado para viabilizar projetos de construção sustentável. Porém, segundo ele, falta conscientizar parte do segmento. “Essa conscientização abrange as grandes empresas formais de engenharia. O que necessita é incentivar as pequenas construtoras a se capacitarem e a projetarem dentro dos conceitos de edificações sustentáveis. Não precisa muito, mas pensar em painéis solares e sistemas economizadores de água já seria um grande avanço”, avalia.
Fábio Villas Bôas avança na sua análise ao citar que a construção formiguinha - aquela que geralmente não utiliza projeto, não contrata engenheiro civil ou arquiteto, e que utiliza modelos arcaicos de construção - tem um impacto muito grande na conta da construção sustentável no Brasil. Sob esse aspecto, cita que os agentes financeiros podem ter papel preponderante para mudar o cenário. “Quem empresta dinheiro para reformas ou construções de casas pode definir novos critérios. Por exemplo, amortizar as prestações se a obra adotar minimamente conceitos de sustentabilidade”, sugere.
Ele ainda salienta as vantagens de se projetar e construir pensando em preservar recursos como água e energia elétrica, por exemplo. “Se um projeto não economizar nos 20%, que equivalem à construção, vai gastar mais nos 80%, que representam a operação da edificação. Edificações sustentáveis, geralmente, se pagam em no máximo 4 anos”, assegura.
Assista ao vídeo do webinar promovido pelo SindusCon-SP
Entrevistado
Reportagem com base na participação do engenheiro civil Fábio Villas Bôas, coordenador do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) e coordenador adjunto do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP, no webinar “Finanças sustentáveis: estímulos e barreiras para o setor imobiliário”
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Controle tecnológico do concreto não é custo, é investimento
Convidados pelo IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) os engenheiros civis Adriano Damasio, Pedro Bileski e Gilberto Giuzio participaram recentemente de webinar que tratou dos erros mais comuns no controle tecnológico do concreto. Eles elencaram as seguintes falhas: 1. Confundir controle tecnológico de produção de estruturas de concreto com controle de resistência; 2. Trabalhar apenas com resultados de ensaios de fornecedores; 3. Não realizar a verificação da dosagem adequada às particularidades do projeto; 4. Não realizar mapeamento; 5. Não realizar o controle tecnológico com profissionais e empresas com competência comprovada, tanto na certificação quanto na acreditação.

Crédito: Banco de Imagens
Sobre confundir controle tecnológico de produção de estruturas de concreto com controle de resistência, o engenheiro Pedro Bileski reforça que seguir a normalização é o melhor caminho para evitar surpresas. Neste caso, a norma técnica recomendada é a ABNT NBR 14931 (Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento). Outro alerta feito pelo palestrante se refere à escolha da empresa de concretagem. “Escolher uma boa empresa de concretagem, com acreditação, é um passo relevante para evitar esse erro”, destaca. Também foi reforçado que controle tecnológico do concreto não é custo, mas sim um grande investimento que evita problemas futuros para o construtor. “Controle tecnológico é garantia de durabilidade das estruturas”, completa.
Quanto a trabalhar apenas com resultados de ensaios de fornecedores, Gilberto Giuzio lembra que o construtor deve ter o seu próprio controle, de preferência contratando um laboratório para fazer essa checagem. “Não se deve aceitar única e exclusivamente o resultado do fornecedor”, salienta. Já Pedro Bileski alerta para o item 10.2 da ABNT NBR 14931. “Esse trecho da norma diz o seguinte: é obrigação do construtor conhecer a resistência do concreto e se ela está em conformidade com aquilo que foi recomendado pelo projetista, ou seja, existe obrigação normativa”, ressalta. Estar atento a essa parte da norma evita também outro tipo de erro, que é não realizar a verificação da dosagem adequada às particularidades do projeto. Por isso, Gilberto Giuzio fez a seguinte observação: “Controle tecnológico é pensar em todas as possibilidades antes de lançar o concreto.”
Entre os erros, o mais comum é não realizar o mapeamento da concretagem
Entre os erros citados pelos especialistas que participaram do webinar do IBRACON, o que mais acontece nos canteiros de obras é a não-realização do mapeamento. “Esse é um erro grave. Ele causa custos maiores para corrigir a principal consequência do problema, que é a diferença na resistência da estrutura. Neste caso, não realizar o mapeamento é a mesma coisa que não fazer o controle tecnológico do concreto”, frisa Adriano Damasio, que completa: “Evitar esses erros faz parte do dia a dia do engenheiro civil”. Por isso, ele afirma que o IBRACON está empenhado em propagar o cumprimento da ABNT NBR ISO/IEC 17025 - Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração, a fim de que mais profissionais e laboratórios sejam certificados e acreditados. “Isso é que garante a competência do serviço”, reforça o especialista, que dirige o Núcleo de Qualificação e Certificação de Pessoal (NQCP) do IBRACON.
Veja o vídeo do webinar do IBRACON
Entrevistado
Reportagem com base nas análises feitas no webinar “Controle Tecnológico do Concreto: Os 5 erros mais comuns que você deve evitar na sua obra”, promovido pelo IBRACON
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Setor brasileiro de cimento entra na era da indústria 4.0
Com o lançamento do Hubic, o Hub de Inovação e Construção Digital, o setor brasileiro do cimento dá um passo importante para se inserir na indústria 4.0. O projeto será instalado na sede da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), em São Paulo-SP, e tem duas prioridades: buscar novos conceitos de impressão 3D em concreto e atrair startups da indústria da construção e da engenharia civil voltadas para soluções que utilizam o cimento como matéria-prima.
O Hubic, que é uma iniciativa da ABCP, em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) e a Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), estará sob a coordenação do professor da Poli, Vanderley John, e do diretor de mercado da ABCP, Valter Frigieri. “O Hubic tem três eixos de atuação: inovação, produtividade e sustentabilidade, os quais integram todos os elos da cadeia da construção civil”, resume John.

Crédito: Prodty
Sobre o projeto 3D, que contará com a instalação de uma impressora em escala real, o professor da Poli-USP afirma que o objetivo é fazer a tecnologia sair da faixa de deslumbramento para ganhar a engenharia. “Estamos buscando uma solução de infraestrutura industrial que faça a tecnologia 3D sair do show para se tornar uma possibilidade concreta para o mercado”, diz. “Esse convênio representa um salto qualitativo nesse processo”, completa Valter Frigieri. A impressora ocupará uma área de 100 m2 dentro da ABCP.
Ainda sobre impressão 3D em concreto, Vanderlei John destaca que uma das prioridades é descobrir formas e estruturas que dêem ainda mais competitividade ao pavimento de concreto para obras urbanas e de infraestrutura. “Não queremos apenas uma máquina que imprima paredes. Buscaremos peças pré-fabricadas de concreto para projetos de infraestrutura”, reforça. O professor da Poli-USP mostrou um exemplo de impressão 3D de placas de concreto para pistas de aeroportos, e que são capazes de amortecer a aterrissagem de cargueiros. A solução já é realidade nos Estados Unidos.
Iniciativa quer substituir construção artesanal por tecnologia de ponta no canteiro de obras
Presente no evento virtual que selou o acordo, o presidente da ABCP e do SNIC, Paulo Camillo Penna, traduz o que representará o Hubic para a construção civil nacional. “Não podemos continuar a conviver com a construção artesanal nos canteiros”, afirma. A diretora da Poli-USP, Liedi Legi Bariani Bernucci, confirma: “O Hubic é uma iniciativa que insere a indústria 4.0 nos componentes da construção civil e de infraestrutura. Isso trará tecnologia de ponta para dentro das obras e dos materiais, o que vai gerar economia e sustentabilidade.”
O projeto nasce com investimento inicial de 8 milhões de reais. Os recursos irão para a construção da impressora 3D e para um espaço coworking que irá abrigar startups parceiras. O espaço terá 230 m2 e capacidade para hospedar até 30 profissionais. “O Hubic nasce de um consórcio que envolve 14 empresas, mas o espaço está aberto para outras companhias e universidades”, frisa Vanderlei John. O objetivo também é atrair parcerias internacionais, para transferência de conhecimento e tecnologia.
Saiba mais sobre o Hubic
www.hubic.org.br
Entrevistado
Reportagem com base no evento virtual que apresentou o Hubic (Hub de Inovação e Construção Digital) promovido por ABCP, SNIC e Poli-USP.
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Meta inicial do Casa Verde e Amarela é retomar obras paradas
Boa parte das medidas do programa Casa Verde e Amarela, anunciado no final de agosto para substituir o Minha Casa Minha Vida, depende de aprovação do Congresso Nacional e tendem a ser viabilizadas somente em 2021. No entanto, uma etapa do pacote terá início imediato. É a que trata da retomada das obras paralisadas do MCMV, e que abrange cerca de 100 mil unidades.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse na cerimônia de apresentação do Casa Verde e Amarela que 15 mil projetos paralisados foram reiniciados e que pelo menos mais 15 mil estão em vias de serem retomados. Ainda em 2020, o programa substituto do MCMV começa com um aporte de 2,4 bilhões de reais vindos do Orçamento-Geral da União.

Crédito: O Impacto
A prioridade é retomar obras nos estados das regiões norte e nordeste do país, conforme ressalta o secretário nacional de habitação do ministério do Desenvolvimento Regional, Alfredo Eduardo dos Santos. “Não faz sentido falar em novas contratações quando se tem um volume grande de obras paradas. É mais importante retomar por questão de responsabilidade pública, pensando no dinheiro público que já foi empenhado nessas unidades”, destaca.
Para as regiões norte e nordeste haverá redução de 0,5 e 0,25 ponto percentual nas taxas de juros praticadas pela Caixa Econômica Federal. As famílias com renda mensal de até 2 mil reais terão acesso a financiamentos com taxa de 4,25% ao ano. Já para as que recebem de 2 mil e 2,6 mil reais, os juros chegarão a 4,5% ao ano. Uma condição para obter esse subsídio é que o titular do financiamento seja cotista do FGTS. “O objetivo é reduzir o déficit habitacional nas regiões mais carentes do país”, sinaliza Rogério Marinho.
Nos estados das regiões centro-oeste, sudeste e sul, o foco será na regularização fundiária e nas reformas de habitações inadequadas. A meta é acertar a documentação de 2 milhões de moradias e promover melhorias em 400 mil. De acordo com dados de 2019 da Fundação João Pinheiro, 24,4 milhões de moradias no país são consideradas inadequadas.
Novo programa estabelece grupos, com teto de 7 mil reais para renda familiar
O Casa Verde e Amarela extingue as faixas 1, 1,5, 2 e 3, que pertenciam ao MCMV. Agora são grupos. O 1 atenderá famílias com renda de até 2 mil reais; o 2, famílias com renda entre 2 mil e 4 mil reais, e o 3, para famílias com renda entre 4 mil e 7 mil reais. A regularização fundiária e o financiamento para reformas vai abranger apenas o grupo 1.
No lançamento do programa, dia 25 de agosto, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ressaltou que o Casa Verde e Amarela melhora o Minha Casa Minha Vida. “É uma melhora daquilo que já existe. Não precisa reinventar a roda. O que é fundamental é melhorar a eficiência do que já funciona", afirma. Pensado como um plano de Estado, o Casa Verde e Amarela tem metas a serem alcançadas até 2024. No longo prazo, o objetivo é atender 956 mil famílias.
Sobre quem comprou sua unidade sob o regime do Minha Casa Minha Vida, o ministério do Desenvolvimento Regional afirma que as taxas do financiamento irão se adequar às que serão praticadas no Casa Verde e Amarela.
Entrevistado
Ministério do Desenvolvimento Regional (via assessoria de imprensa)
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Agosto termina com principais índices de confiança em alta
Agosto encerrou com uma convergência de dados positivos sobre varejo da construção, empresários do setor e consumidores. Um dos índices, o de confiança do comércio, medido pela FGV, cresceu 10,5% no mês passado. Já o Boletim Cielo, que acompanha o impacto da COVID-19 na economia brasileira, mostra que o varejo da construção acelerou 9,9% desde maio e teve um pico na terceira semana de agosto, crescendo 26,5% no período.

Crédito: FGV IBRE
Outro índice, o de Confiança do Empresário da Construção, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria, aumentou 7,7 pontos e atingiu 54 pontos em agosto. Com esse crescimento, supera a linha divisória de 50 pontos, o que confirma o otimismo daqueles que empreendem no setor.
Mais uma informação relevante veio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) onde o saldo entre admissões e demissões na construção civil voltou a ser positivo em 0,4%. Também se destaca o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela FGV, e que voltou a patamares de março, ou seja, período anterior às imposições da pandemia.
Por fim, o FGV IBRE aponta que 42,1% dos empresários da construção esperam normalização em 2021 e 25,1% dizem já estar operando normalmente. Na mesma direção, outro dado da FGV - o Índice de Confiança da Construção (ICST) - alcançou 87,8 pontos em agosto, em uma escala de 0 a 200 pontos. O ICST já recuperou 82% dos pontos perdidos em março e abril.
Para Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, a retomada do patamar pré-pandemia reflete a evolução favorável dos componentes sobre o momento presente e as perspectivas para os próximos meses.
Região sul se mostra a mais confiante e lidera volume de lançamentos
Isso vai ao encontro do que pensa o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, para quem esses dados sobre a volta de confiança do setor irão se refletir no que o dirigente definiu como um "boom de lançamentos" a partir de setembro. “Nós represamos os lançamentos no 1º semestre, o que indica que agora os números devem crescer consideravelmente. A alta de lançamentos é importante porque representa emprego futuro. Estamos otimistas, mas com os pés no chão”, diz.
Segundo o estudo “Indicadores Imobiliários Nacionais”, que consolida o desempenho do setor no 1º semestre, a região mais confiante do país é a sul. Após o impacto inicial da pandemia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul colocaram no mercado 5% mais lançamentos no 2º trimestre de 2020 do que no mesmo período de 2019.
Sintonizado com a confiança dos construtores, o consumidor da região sul deu a resposta: houve aumento de 15,1% no número de unidades vendidas no 2º trimestre. De acordo com Fábio Tadeu Araújo, sócio da Brain Inteligência Corporativa, que produziu a pesquisa, a digitalização do mercado imobiliário foi fundamental para manter as vendas.
O levantamento também aferiu outro dado de confiança. Detectou que, em agosto, 40% das famílias tinham a intenção de comprar imóvel ainda esse ano. Em março, eram 43%. “Ou seja, já estamos quase no mesmo patamar pré-pandemia”, avalia o analista de mercado. A pesquisa abrangeu 132 municípios, sendo 19 capitais, de norte a sul do Brasil.
Entrevistado
Reportagem com base nos boletins da Fundação Getúlio Vargas e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (via assessorias de imprensa)
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Novos concretos que vão surpreender na próxima década

Crédito: Luccon
Oito novos tipos de concreto prometem se destacar na próxima década. São materiais que propõem concepções inovadoras para paredes, fachadas, pisos e estruturas. Entre eles, o concreto translúcido leve. A austríaca Luccon desenvolveu placas pré-fabricadas entremeadas por minúsculas malhas de fibras ópticas (fios de 0,4 milímetros) que possibilitam maior penetração da luz, sem comprometer a resistência do material.
O concreto translúcido leve ainda utiliza areia de quartzo como agregado, o que dá às placas diferentes efeitos de luz. O material já é muito procurado pela arquitetura de decoração e por designers de fachadas, principalmente nos países árabes, no Japão, na China, na Índia e na Indonésia. Vendido nas medidas de 1,5 m x 1 m ou 2 m x 1 m, cada artefato tem entre 2 a 3 centímetros de espessura. O valor de uma placa é cerca de 60 dólares.

Crédito: Graphic Concrete
Outra novidade é o concreto gráfico. Ideal para fachadas, a invenção finlandesa pode receber as mais variadas estampas, personalizando a obra. Trata-se de uma espécie de serigrafia sobre painéis pré-fabricados de concreto. A tecnologia utiliza membrana biodegradável aplicada na fôrma em que a peça pré-fabricada é produzida. Durante a cura do concreto a imagem estampada na membrana fica impressa no painel.
O fabricante afirma que o custo varia de projeto para projeto. O painel-padrão mede 3,2 m x 3,2 m, mas já foram fabricadas peças medindo 7 m x 3 m. O custo médio de cada painel é de 36 euros por m2. A membrana é o processo mais caro da tecnologia, já que as demais etapas seguem o padrão convencional da pré-fabricação do concreto.

Crédito: AltusPrescat
Da Carolina do Sul-EUA, vem os painéis arquitetônicos de concreto com fibras de carbono. O material tem como características ser 60% mais leve que as peças pré-fabricadas convencionais. Por causa do excelente desempenho térmico e acústico, esse produto pode ser usado tanto em paredes estruturais quanto em paredes de vedação. Existem projetos que já utilizaram o material em lajes. Para paredes de vedação, o painel arquitetônico de concreto com fibras de carbono custa 12 dólares o m2. Para outras estruturas, o fabricante afirma depender de cada projeto.

Crédito: Royal College of Art
Ainda mais tecnológico é o concreto Chronos Chromos. O material possibilita projetar imagens em sua superfície como se fosse um painel de LED. Desenvolvido por 3 estudantes britânicos da Unidade de Inovação do Royal College of Art - Chris Glaister, Afshin Mehin e Tomas Rosen -, esse concreto incorpora pigmentos termocromáticos que, quando aquecidos por um sistema elétrico, mudam de cor. A alteração cromática, manipulada por microprocessadores, permite formar padrões complexos e exibir informações na parede, como horários, imagens publicitárias ou de utilidade pública. O concreto Chronos Chromos ainda não está disponível comercialmente.

Crédito: American Scientist
Outro concreto inovador vem da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. O material é um tipo de concreto dobrável, com resistência 500 vezes superior ao concreto convencional e 40% mais leve. Entre seus agregados estão areia de sílica, cujos grãos medem apenas 100 mícrons de diâmetro, e fibras de álcool polivinílico (conhecido como PVOH, PVA ou PVAL).
Quando sobrecarregadas, as fibras lubrificadas escorregam em vez de fraturar e possibilitam que o concreto dobre. Ideal para estruturas em regiões sísmicas, o material já foi usado como protótipo em dois prédios de Tóquio - Roppongi Pacific Tower e Nabeaure Yokohama Tower. É outro concreto que ainda não chegou ao mercado.
Papéis de parede e ladrilhos que revelam decorações em contato com a água

Crédito: RECKLI
Já da Alemanha surgem as fôrmas emborrachadas para concreto aparente. Elas permitem dar texturas personalizadas ao material, seja para fachadas ou paredes internas. A ideia foi aprimorada pela Reckli, que tornou o sistema mais eficaz e barato. As fôrmas podem ser reutilizadas até 100 vezes, permitindo que seu custo seja comparável ao das fôrmas de alumínio, ou seja, o valor por m2 varia entre 150 dólares a 350 dólares, dependendo do projeto.

Crédito: Concrete Blond
Porém, os britânicos foram mais longe: criaram um papel de parede de concreto. São lâminas do material que medem pouco mais de meio centímetro e, a exemplo dos papéis de parede convencionais, recebem texturas decorativas. O material pode ser usado para revestir, para dar reforço estrutural a uma parede de vedação ou para auxiliar no desempenho acústico. Também pode ser utilizado em pisos ou tetos, menos em áreas úmidas. Por ser produzido sob medida para cada projeto, o papel de parede de concreto é caro. Dependendo das dimensões, cada placa pode custar até 1.500 dólares.

Crédito: Studio Frederik Molenschot & Susanne Happle
Especificamente para banheiros, os holandeses criaram ladrilhos de concreto que, em contato com a água, formam figuras como folhas, flores ou desenhos geométricos. O segredo está no uso de pigmentos orgânicos, que mudam de cor ao manter contato com a água. Quando as peças secam, elas voltam a ter uma cor única: acinzentado típico do Cimento Portland. O material é recomendado para pisos e paredes e se adéqua também em projetos de piscinas, jardins e saunas. Como todo produto inovador, esse ladrilho de concreto ainda é para poucos. Cada peça tem a dimensão de um azulejo português (15 cm x 15 cm) e não sai por menos de 40 dólares. Os designers que inventaram o material estimam que assim que a produção ganhar escala o preço da unidade reduzirá sensivelmente.
Veja vídeo do concreto gráfico
Veja vídeo dos painéis arquitetônicos de concreto com fibras de carbono
Veja vídeo do concreto Chronos Chromos
Veja vídeo dos ladrilhos de concreto
Entrevistados
Luccon, Graphic Concrete, AltusGroup, Unidade de Inovação do Royal College of Art, Universidade de Michigan, RECKLI GmbH, Concrete-Blond e Studio Frederik Molenschot & Susanne Happle
Contatos
office@crepanel.com
info@graphicconcrete.com
info@altusprecast.com
innovation@rca.ac.uk
vcli@umich.edu
info@reckli.de
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Em períodos de crise hídrica, atenção à gestão da água na obra
Desde 2014, os estados das regiões sudeste e sul do Brasil passaram a enfrentar frequentemente períodos de crise hídrica. O problema atinge indiscriminadamente vários setores econômicos, incluindo a construção civil. O risco de cortes prolongados no abastecimento tem exigido que as construtoras incluam nas análises de viabilidade técnica e econômica das obras a questão do uso e manejo da água. Captar o recurso natural da rede da concessionária é a principal alternativa, mas é necessário pensar em soluções que permitam criar reservas hídricas, em caso de corte no abastecimento, para não prejudicar o cronograma no canteiro de obras.
Entre as alternativas está o reúso da água para determinadas etapas da construção. A reutilização de água de lava-rodas, de águas cinzas ou da chuva é uma solução que se espalha entre as construtoras. Outra opção é buscar no terreno da obra o rebaixamento de lençol freático. Para isso, é imprescindível uma análise prévia da qualidade dessa água, principalmente se for para produzir concreto. O gerente de laboratórios da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), Arnaldo Forti Battagin, lembra que é necessário cumprir as exigências mínimas da norma ABNT NBR 15900 (Água para amassamento do concreto - Requisitos).
No caso de projetos que buscam selos de sustentabilidade, a economia de água durante a construção é inegociável. As certificações LEED e AQUA têm entre seus requisitos o monitoramento do consumo de água no canteiro de obras. A ação pode ser feita por meio da quantificação por m2 construído (medição por planilha) por equipamentos ou através de softwares, dependendo do certificador. De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) não fazer a gestão da água pode ter custo de execução até 2% maior na comparação a uma obra do mesmo porte que se preocupa com o consumo no canteiro.
Na concretagem, agentes de cura são aliados em períodos de crise hídrica
Outro ponto importante é conscientizar a equipe de trabalho para evitar desperdícios. O ideal, segundo pesquisa realizada pelo departamento de engenharia da construção civil e urbana da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) é que operários que não estejam em regime de alojamento consumam entre 45 e 65 litros de água por jornada de trabalho. Como exemplo, no Espírito Santo a concessionária de abastecimento e saneamento do estado mediu o consumo nos canteiros de obras da capital Vitória-ES e concluiu que a gestão pode gerar economia de água entre 30% e 40%.
No que se refere ao concreto, os agentes de cura são aliados em períodos de crise hídrica. Esses aditivos são conhecidos por retardar a evaporação da água e por proporcionar processos de secagem sem formação de fissuras. Também promovem economia de água no canteiro de obras, pois, dependendo da área concretada e das condições meteorológicas, podem gerar economia de até 2 mil litros por 100 m².
Acesse o Manual de Conservação e Reúso da Água em Edificações.
Entrevistado
Reportagem com base no Manual de Conservação e Reúso da Água em Edificações, elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Nova norma técnica unifica sistemas de alvenaria estrutural
Foi publicada em 10 de agosto de 2020 a nova norma técnica para alvenaria estrutural, partes 1, 2 e 3, denominada ABNT NBR 16868. A principal novidade é que ela unifica os sistemas, ou seja, não existe mais uma norma para alvenaria estrutural com blocos de concreto e outra para alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. A partir de agora, a ABNT NBR 16868 atende aos dois tipos de artefatos.

Crédito: Banco de Imagens
Ficam extintas, portanto, as normas técnicas ABNT NBR 15812 (partes 1, 2 e 3), que trata apenas de alvenaria estrutural para blocos cerâmicos, e a ABNT NBR 15961 (parte 1 e 2), exclusiva para alvenaria estrutural com blocos de concreto. Da mesma forma, foram canceladas as seguintes normas: ABNT NBR 16522:2016 - Alvenaria de blocos de concreto - Métodos de ensaio, e ABNT NBR 6136:2014 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos.
Os trabalhos para chegar ao texto final da norma técnica se estenderam por 4 anos e estiveram sob a coordenação do professor-doutor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Guilherme Parsekian. “O Brasil era o único país que tinha norma para bloco cerâmico e norma para bloco de concreto. Houve um trabalho longo e a norma responde diversas dúvidas técnicas, incluindo conceitos que não estavam previstos nas normas antigas”, diz.
Sobre a parte 1, que trata do projeto, um dos pontos mais importantes é que a norma inclui tabela com recomendação para especificação de materiais. Na parte 2, de execução, o controle de obras foi completamente redefinido. Da parte 3, a ABNT NBR 16868 também atende uma reivindicação antiga dos fabricantes de blocos, que são os métodos de ensaio. Antes dispersos em outras normas, os vários modelos foram unificados e agora constam da nova normativa, em formato de guia.
Norma técnica vai ganhar partes sobre situação de incêndio e ações sísmicas
Ainda sobre os métodos de ensaio, um ponto importante foi a inclusão de critério para extração de amostras de testemunhos de paredes executadas. “Ocasionalmente, existem situações em que isso é necessário. Como em casos de obras que ficaram paradas por muito tempo, e perdeu-se o controle inicial, ou em casos em que os ensaios de controle não foram conclusivos. Os laboratórios não tinham respaldo de norma para realizar esse procedimento, e agora têm”, justifica Parsekian.
Futuramente, a ABNT NBR 16868 vai ganhar mais duas partes: parte 4 - Estrutura em situação de incêndio; parte 5 - Projeto para ações sísmicas. Já as partes publicadas recentemente não valem para os projetos de construção que tenham sido protocolados nas prefeituras antes da data de publicação da norma técnica e nem para aqueles que venham a ser protocolados até 180 dias após 10 de agosto de 2020.
Na prática, a ABNT NBR 16868 passa a ser aplicada 100% a partir de 10 de fevereiro de 2021. “O importante é que resolvemos uma antiga demanda do setor, tanto para questões na obra como para os fabricantes”, conclui Guilherme Parsekian.
Veja o webinar “Controle de obras com a nova norma de Alvenaria Estrutural”
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Controle de obras com a nova norma de Alvenaria Estrutural” e informações da Associação Brasileira de Normas Técnicas
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Crédito imobiliário disponível para 5 milhões de famílias
A queda drástica nos juros e a expansão do volume de recursos para o crédito imobiliário democratizaram ainda mais o acesso ao financiamento da casa própria. A análise faz parte de um estudo do Banco Inter, divulgado recentemente, e que mostra que 5 milhões de novas famílias têm potencial para adquirir imóvel através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O financiamento via SBPE abrange unidades com valor médio de 250 mil reais.
Outra razão para que a base da pirâmide do crédito imobiliário tenha se alargado está no fato da captação da poupança ter batido recorde na era do Plano Real (criado em 1994). Nos primeiros 7 meses de 2020, a aplicação, que é uma das principais fontes do financiamento imobiliário no Brasil - junto com o FGTS -, arrecadou 87,9 bilhões de reais. Em termos de comparação, no mesmo período de 2019, a poupança captou 13 bilhões de reais.
Como consequência desse cenário, as operações para aquisição da casa própria pelo SBPE cresceram 25% nos primeiros 7 meses de 2020, se comparado ao mesmo período de 2019. O relatório do Banco Inter resume o momento como “uma janela para o crédito imobiliário”. O mesmo documento avalia que vai caber ao cenário econômico do segundo semestre de 2020 aquecer a demanda por novos financiamentos.
No que depender da Caixa Econômica Federal, que detém 70% do crédito imobiliário do país, mecanismos para estimular a busca por financiamento não irão faltar. A mais recente medida do banco foi aumentar o comprometimento da renda familiar de 20% para 22%. Na prática, significa que a renda familiar para financiar um imóvel de até 300 mil reais por 30 anos baixou de 10.250,60 reais para 9.318,73. As taxas anuais de juros para esse financiamento são de 4,95% + IPCA.
Caixa dispõe de 483 bilhões de reais para investimento em crédito imobiliário e construção de moradias
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a medida é para estimular novas famílias a adquirirem a casa própria. “A habitação é um bem social que todas as famílias têm direito. Então, o governo federal tem o mercado imobiliário como uma de suas prioridades”, revela o dirigente. Atualmente, a Caixa dispõe de 483 bilhões de reais para investimento no crédito imobiliário e na construção civil residencial.
Por isso, vários analistas econômicos afirmam ser esse o melhor momento para financiar a casa própria. Um deles é o professor do curso de economia da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) Silas de Souza Cézar. Segundo ele, a conjuntura juros baixos, inflação baixa e mercado imobiliário fazendo de tudo para vender é inédita no país. Por outro lado, ele alerta: essa conjuntura é para quem quer adquirir o imóvel para morar, não para investir.
Na mesma linha, Alberto Ajzental, do curso de desenvolvimento de negócios imobiliários da FGV, afirma que o crédito imobiliário está em um patamar que nunca esteve. Ele faz uma comparação, mostrando que quem comprou imóvel em 2016, com taxa de juros a 12% ao ano contra os 7% de agora (média dos cinco bancos que operam com financiamento imobiliário no Brasil) pagou 90 mil reais a mais pela aquisição da casa própria.
Entrevistado
Banco Inter e Caixa Econômica Federal (via assessoria de imprensa)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330







