Como o concreto pode captar CO₂ sem comprometer a armadura?

Na Europa, o tema é sensível à indústria da construção civil, pois existem metas a serem alcançadas até 2030, e que se tornarão mais exigentes em 2050. Por isso, já existem ensaios comprovadamente eficazes que permitem ao concreto captar CO₂. O problema é que há um limite para essa captação, pois o excesso de CO₂ numa estrutura tende a levar à carbonatação das armaduras, o que é considerado uma patologia do concreto. Segundo relata Carmem Andrade, hoje a resposta mais viável para esse problema é o uso de armaduras em aço inoxidável. Porém, o custo da obra encarece significativamente. Atualmente, esse é o foco da pesquisadora: desenvolver uma armadura imune à carbonatação e que possa caber no orçamento das construções.

Indústria do cimento minimiza emissão de CO₂ com o uso de cinzas volantes e escórias de alto-forno  

Enquanto o resultado dos estudos não permite à indústria do aço fornecer um material compatível com concretos que retêm CO₂, a indústria cimenteira faz a sua parte: reduz a emissão de CO₂ com o uso de cinzas volantes e escórias de alto-forno na produção de cimento. A Europa também começou a testar o uso de concreto reciclado na fabricação de novos cimentos, como explica Carmem Andrade. “O processo que usa restos de demolição na industrialização do cimento já se mostra viável e revela a eficácia da economia circular. Tem também os cimentos com escórias de alto-forno e pozolanas, que emitem menos CO₂. Agora, o próximo passo é chegarmos a uma armadura resistente à carbonatação”, diz. 

Coparticipante da palestra virtual promovida pelo CICS-USP, o professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíbae também da Universidade Federal de Paraíba (UFPB), Gibson Rocha Meiraavalia que é possível as pesquisas chegarem a armaduras resistentes à carbonatação. “O processo de corrosão por carbonatação se dá através da infiltração do CO₂ na armadura. É uma patologia menos agressiva que o ataque por cloretos, e que depende muito das características microambientais. Se houver baixa umidade no ar, a armadura vai durar por um tempo significativo, mesmo sob efeito da carbonatação. Há casos em que, ao longo de 60 anos, houve redução mínima da cessão da armadura, com variações de 1% a 2%, independentemente da espessura. Então, há sim como pesquisa desenvolver armaduras imunes”, avalia. 

Acesse o vídeo da palestra

Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Captura de carbono no concreto e a durabilidade das armaduras”, promovido pelo Centro de Inovação em Construção Sustentável (CICS-USP) com a engenheira química Carmen Andrade Perdrix e com o engenheiro civil Gibson Rocha Meira 

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Plano transforma EUA no maior canteiro de obras do mundo

Ponte Roosevelt, na Flórida: estrutura recentemente foi interditada por causa de corrosão nas armaduras e é exemplo de obra que o plano de Joe Biden deve recuperar Crédito: CPALM
Ponte Roosevelt, na Flórida: estrutura recentemente foi interditada por causa de corrosão nas armaduras e é exemplo de obra que o plano de Joe Biden deve recuperar
Crédito: CPALM

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou em 31 de março de 2021 o que a imprensa do país já batizou de “New Deal do século 21”. Com investimento que pode chegar a 2 trilhões e 230 bilhões de dólares, o governo dos EUA pretende modernizar o país, com forte investimento em infraestrutura, habitação, tecnologia e energia limpa. Entre os pontos do plano está a readequação de 32 mil e 200 quilômetros de rodovias para a circulação de carros elétricos 

O pacote de obras também projeta reconstruir ou recuperar as 10 pontes por onde mais transitam veículos no país e fazer o mesmo com outras 10 mil pontes menores. Ainda estão previstas a readequação da malha ferroviária para receber trens de alta velocidade, a recuperação das tubulações de saneamento básico, a melhoria da mobilidade nos principais centros urbanos dos EUA, além da construção de novos aeroportosportos e hidrovias 

O plano terá duração de 8 anos e tem a pretensão de transformar os Estados Unidos no maior canteiro de obras do mundo. De acordo com nota oficial divulgada pela Casa Branca, a proposta a ser encaminhada ao Congresso norte-americano se divide nos seguintes tópicos:

1. How We Move – Como nos movemos (inclui infraestrutura de transporte, com investimento de 600 bilhões de dólares).
2. How We Live at Home – Como vivemos em casa (inclui distribuição de água potável, banda larga e construção de habitações de interesse social, com investimento de 650 bilhões de dólares).
3. How We Care – Como cuidamos (inclui aumento de salários e benefícios para trabalhadores que atuam como cuidadores em domicílio, com investimento de 400 bilhões de dólares).
4. How We Make and Create – Como fazemos e criamos (inclui aumento de gastos com P&D [Pesquisa e Desenvolvimento], com investimento de 580 bilhões de dólares). 

diretorexecutivo da Associated General Contractors of America, Stephen E. Sandherr, emitiu a seguinte declaração sobre o plano do governo dos EUA. “Saudamos a nova proposta de infraestrutura, principalmente no ponto em que se concentra na reconstrução de uma ampla gama de obras antigas e sobrecarregadas. Esses investimentos criarão um número significativo de novas oportunidades na construção civil, que tradicionalmente emprega bem mais que outros setores industriais”, avalia. 

Recursos virão dos impostos corporativos e dos que ganham acima de 400 mil dólares por ano 

Para conseguir recursos para os investimentos, o governo norte-americano enviou ao Congresso uma proposta de aumento de alíquota do imposto corporativo e do imposto de renda para quem ganha acima de 400 mil dólares por ano. Isso, segundo a Casa Branca, pouparia principalmente os trabalhadores que atuam como terceirizados na construção civil dos EUA, e que representam o maior volume de empregos do setor, assim como devem ser os mais beneficiados pelo plano de Joe Biden. 

Ao longo da pandemia, a construção civil dos Estados Unidos fechou mais de 108 mil vagas nas 236 principais cidades do país, segundo levantamento da Associated General Contractors of America. Por isso, o novo plano do governo é chamado de “New Deal do século 21”. O New Deal foi implantado em 1933, para recuperar os EUA da crise de 1929. O governo de Franklin Delano Roosevelt realizou forte intervenção na economia, estimulando principalmente a construção de obras públicas, com destaque para as hidrelétricas e as rodovias, além da agricultura e da industrialização. 

Entrevistado
Sala de imprensa da Casa Branca e Associated General Contractors of America (via assessoria de comunicação) 

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Indústria de materiais de construção mantém plano de investimento

Abramat mantém a previsão de que o setor de materiais de construção crescerá 4% em 2021 Crédito: CNI
Abramat mantém a previsão de que o setor de materiais de construção crescerá 4% em 2021
Crédito: CNI

termômetro Abramat de março de 2021 mostra que a indústria de materiais de construção mantém o projeto de investir no aumento da capacidade produtiva e na modernização de suas unidades nos próximos 12 meses. Segundo apurou a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) 67% dos empresários consultados em todo o país responderam positivamente à intenção de seguir investindo. O percentual é 10% inferior ao registrado em fevereiro, mas, mesmo assim, se mantém alto. 

Comparativamente, em março de 2020, ou seja, no início da pandemia, o percentual dos que tinham planos de investir encontrava-se em 38%. Segundo presidente da AbramatRodrigo Navarro, os 67% de intenção de investir na produção mostram o compromisso da indústria de material de construção com a retomada do crescimento e a geração de empregos. “Apesar das incertezas, nosso setor vive um momento importante de modernização, aumento de produção e investimentos. A busca é pelo aumento da produtividade”, resume. 

No mês de março, as indústrias associadas à Abramat chegaram a utilizar 80% de sua capacidade instalada, frente aos 81% registrados em fevereiro. São dados que, de acordo com Rodrigo Navarro, demonstram que o setor mantém a confiança no país. Porém, o dirigente da Abramat avalia que a demanda pode ser reflexo do aquecimento observado no final de 2020. “É necessário aguardar para fazer um prognóstico mais assertivo. panorama ainda é muito incerto, mas precisamos ter cautela”, completa. 

Em março de 2020, a capacidade instalada das indústrias associadas da Abramat encontrava-se em 65% - 15% a menos que o percentual apontado na mais recente edição do termômetro Abramat. Por conta dos números atuais, a associação mantém a previsão de que o setor de materiais de construção crescerá 4% em 2021. Em dezembro do ano passado, quando fez a projeção, a associação condicionou a expectativa a 2 fatores: a imunização em massa contra a pandemia e o avanço da pauta de reformas no Congresso Nacional. 

Pnad Contínua mostra que construção civil voltou a empregar mais de 6 milhões de trabalhadores 

Simultaneamente à mais recente edição do termômetro Abramat foram divulgados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) relativos aos meses de novembro e dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Eles mostram que a cadeia produtiva da construção civil emprega atualmente 6 milhões e 88 mil trabalhadores. Houve alta de 3% em relação aos três meses imediatamente anteriores (agostosetembro e outubro de 2020) quando o setor contabilizava 5 milhões e 910 mil ocupados. 

Pnad Contínua contabiliza o número de ocupados formais e informais no Brasil e é medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde o início da pandemia, a cadeia produtiva da construção interrompeu quase 700 mil vagas. “O número de pessoas ocupadas na construção (pelos dados recentes da Pnad) é o maior desde o início da pandemia, mas ainda está muito inferior ao registrado há um ano (6 milhões e 781 mil)”, frisa a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos. 

Entrevistado
Reportagem com base nos dados divulgados no termômetro Abramat, da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) 

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FGV responde: existe bolha no mercado imobiliário brasileiro?

Chegada da pandemia pegou ciclo da construção em evolução e setor seguiu em frente, sem risco de bolha Crédito: Banco de Imagens
Chegada da pandemia pegou ciclo da construção em evolução e setor seguiu em frente, sem risco de bolha
Crédito: Banco de Imagens

Economistas do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) foram convocados para responder a seguinte pergunta: existe bolha no mercado imobiliário brasileiro? Em webinar realizado dia 31 de março de 2021, eles foram tácitos: não há bolha. Ana Maria Castelo, Paulo Picchetti e Alberto Ajzental, respectivamente pesquisadores e professor da Fundação Getúlio Vargas, também foram didáticos nas explicações sobre o que vem acontecendo no setor da construção imobiliária no país. 

Para Alberto Ajzental, 3 perguntas devem ser respondidas afirmativamente para que se caracterize o princípio de uma bolha: “Há aumento exagerado nos preços dos imóveis? Vem ocorrendo um desequilíbrio entre oferta e demanda? Existe risco de oferta de crédito imobiliário?”. Para todas elas, o professor da FGV responde que não. Para completar, Paulo Picchetti apontou que uma das características de bolha é quando o preço de um imóvel descola do fluxo de renda que ele pode gerar. “Isso definitivamente não está acontecendo”, diz. 

Os questionamentos infundados sobre a existência de uma bolha no mercado imobiliário brasileiro estão relacionados com o aquecimento do setor em um período de recessão da economia nacional, enquanto outras áreas enfrentam baixa atividadeAjzental dá uma explicação clara sobre esse cenário: “O que acontece é que o mercado imobiliário segue funcionando, na comparação com outros setores da economia. E por que isso acontece? A construção civil tem ciclo longo, em média de 5 anos em 5 anos. Então, quando ocorre um fenômeno causador de recessão, como acontece com a epidemia, e esse ciclo está em andamento, ele passa por cima e segue seu ritmo”, responde. 

Outra justificativa para o mercado imobiliário se manter aquecido está relacionado com a queda da taxa Selic e a elevada oferta de crédito. “A construção civil precisa de muito capital para viabilizar seus projetos. De agosto de 2015 a setembro de 2016, a taxa Selic estava em 14,25%. A partir de agosto de 2020, chegou ao seu patamar mais baixo: 2%. Essa queda na taxa básica de juros possibilitou que 5 milhões de famílias se tornassem potenciais compradores de imóveis, principalmente os da faixa entre 250 mil reais a 350 mil reais. A parcela do financiamento ficou, em média, 650 reais mais barata. Isso atraiu o comprador e aqueceu o mercado”, cita Alberto Ajzental. 

Investimento em tijolos e busca por home office também estimulam a construção civil 

Paulo Picchetti destaca outro fator que impulsiona o mercado imobiliário: o setor voltou a ser atrativo para o investidor. “Com a renda fixa rendendo pouco, e com o risco de perda inflacionária, o investidor promoveu um ‘revival’ dos anos 1980, e correu para os imóveis. Ou seja, as pessoas voltaram a investir em tijolos”, explica. Acrescente a esse cenário, a necessidade das famílias terem de se adaptar ao home office. Os economistas da FGV relatam que 8% da força de trabalho do país passou a atuar de forma remota. Isso também movimentou o mercado imobiliário, com as lajes corporativas e os conjuntos comerciais sendo trocados por imóveis que comportassem um home office. “Isso foi estimulado pelas empresas. Cada vaga de trabalho em uma laje corporativa custa entre 1.500 reais e 2.000 reais por mês. As companhias fizeram essa conta e incentivaram o home office”, comenta Ajzental. 

Ana Maria Castelo complementa e afirma que os novos empreendimentos residenciais já ofertam em suas plantas o espaço para home office. “Mudou o conceito de residência”, diz. Isso também irá refletir no mercado imobiliário pós-pandemia. “Em termos comportamentais, acredito que o que veremos será um modelo híbrido. O trabalhador ficará entre trabalhar em casa e comparecer um ou dois dias da semana no escritório para reuniões e outras tarefas. Isso possibilitará a sobrevivência das grandes lajes corporativas, ainda que elas tenham que se reinventar, mas não acredito que as salas comerciais sobrevivam a essa nova realidade. Os profissionais liberais foram para casa, e lá permanecerão”, conclui a professora da FGV. 

Assista ao webinar “Há bolha no mercado imobiliário?”

Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Há bolha no mercado imobiliário?”, promovido pela FGV IBRE 

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comunicacaoibre@fgv.br 

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Chegada da pandemia pegou ciclo da construção em evolução e setor seguiu em frente, sem risco de bolha
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Veja como a alvenaria estrutural atende a Norma de Desempenho

Alvenaria estrutural: para que paredes cumpram a ABNT NBR 15575, sistema não depende só dos blocos de concreto, mas da argamassa de assentamento e do revestimento Crédito: Banco de Imagens
Alvenaria estrutural: para que paredes cumpram a ABNT NBR 15575, sistema não depende só dos blocos de concreto, mas da argamassa de assentamento e do revestimento
Crédito: Banco de Imagens

Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575) pode ser bem atendida pela alvenaria estrutural com blocos de concreto, desde que requisitos de normas técnicas específicas para o produto e para o sistema construtivo também sejam observados. O alerta é do engenheiro civil Cláudio Oliveira, que integra o corpo técnico da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) 

Em recente webinarCláudio Oliveira destacou que, além das normas técnicas, existem manuais elaborados pela ABCP e pela BlocoBrasil que orientam como construir com alvenaria estrutural atendendo a Norma de Desempenho, e como executar o método construtivo adotando boas práticas. O engenheiro civil também ressalta que é o conjunto de materiais que precisa atender a norma e não apenas um produto.  

Quando falamos em Norma de Desempenho, estamos falando em sistema, ou seja, dos blocos de concretoda argamassa de assentamento e do revestimento. Quem atende a norma é o conjunto de elementos que vão formar a parede. O bloco sozinho não consegue atender a norma. Quando se fala de bloco isoladamente, fala-se da qualidade do bloco”, destaca.

Cláudio Oliveira frisa ainda que quem tem que cuidar para que a Norma de Desempenho seja seguida nos canteiros de obras são as entidades de classe, como ABCPBlocoBrasilSinaprocim (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento)os SindusCons e, obviamente, as próprias construtoras. 

Para cumprir desempenho termoacústico, paredes precisam de blocos em conformidade 

Mesmo fazendo parte de um sistema, a qualidade dos blocos de concreto é crucial para que o projeto que se propõe a atender a ABNT NBR 15575 atinja seu objetivo. Neste quesito, o engenheiro do corpo técnico da ABCP destaca que é preciso adquirir produtos de fabricantes que cumpram duas normas técnicas: a ABNT NBR 6136:2016 (Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Requisitos) e ABNT NBR 12118:2017 (Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Métodos de ensaio). 

São os blocos fabricados dentro dessas normas que permitirão ao sistema de paredes de alvenaria estrutural alcançar dois quesitos relevantes da Norma de Desempenho: o desempenho térmico e desempenho acústico. “São aspectos que só serão atendidos se o produto tiver as especificações corretas”, reafirma. 

Vale lembrar ainda que a alvenaria estrutural tem, desde agosto de 2020, uma norma técnica revisada, que é a ABNT NBR 16868 (Alvenaria estrutural - partes 1, 2 e 3)Além disso, quando executado com blocos de concreto, o sistema de alvenaria estrutural deve seguir também a ABNT NBR 6118 (Projeto de estruturas de concreto - Procedimento). “São essas normas que vão garantir a segurança estrutural e o cumprimento da vida útil do projeto, que é de 50 anos”, comenta Cláudio Oliveira. 

Em sua palestra, o engenheiro civil também desfez mitos e reforçou cuidados que devem ser tomados quando se opta pela construção em alvenaria estrutural. Mito número 1: “A versão de que o tijolo cerâmico tem melhor desempenho térmico do que o bloco de concreto é equivocada”. Mito número 2: “Problemas que possam ocorrer com relação à estanqueidade não devem ser atribuídos aos blocos em conformidade. Geralmente, os pontos vulneráveis são o sistema de revestimento e a argamassa de assentamento, não o bloco. 

Por outro lado, a alvenaria estrutural com blocos de concreto ainda não consegue atender completamente os parâmetros de desempenho acústico estabelecidos na ABNT NBR 15575. Para chegar próximo do que exige a norma, os construtores têm utilizado blocos com 19 centímetros de largura e aplicação de argamassa com camada de até 22 milímetros, tanto externa quanto internamente. Outro cuidado é com a laje. “A laje tem papel importante. O desempenho acústico não depende apenas da vedação vertical, mas também da vedação horizontal”, finaliza Cláudio Oliveira. 

Acesse o manual para atender a Norma de Desempenho no sistema alvenaria estrutural com bloco de concreto

Acesse o manual sobre como executar alvenaria estrutural com bloco de concreto

Entrevistado
Reportagem com base no webinar "Alvenaria Estrutural com bloco de concreto - Norma de Desempenho" 

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cursos@abcp.org.br 

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Na Infra Week, aeroporto de Curitiba e FIOL são protagonistas

Considerado o melhor do país, aeroporto Afonso Pena é o principal ativo a ser leiloado pelo governo federal Crédito: Pinterest
Considerado o melhor do país, aeroporto Afonso Pena é o principal ativo a ser leiloado pelo governo federal
Crédito: Pinterest

governo federal faz nesta semana (dias 7, 8 e 9 de abril) o maior leilão de infraestrutura do país em 2021. O evento que acontece na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) foi batizado de Infra Week. A intenção é conceder à iniciativa privada 22 aeroportos, 5 terminais portuários e uma ferrovia. Os protagonistas do certame de concessões são o aeroporto internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais-PR, na região metropolitana de Curitiba-PR, e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, em um trecho de 537 quilômetros, na Bahia.  

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, prevê grande competição entre grupos internacionais pelos leilões dos aeroportos e pela FIOL. A expectativa do governo federal é arrecadar até 10 bilhões de reais, que serão revertidos para outras obras de infraestrutura em andamento no país. Veremos um grande interesse de operadores internacionais e espero algumas boas surpresas com a entrada de empresas nacionais também", avalia. 

Os leilões dos aeroportos estão divididos em 3 blocos, e acontecem quarta-feira (7 de abril). Os cabeças-de-chave são os de Curitiba-PR, Manaus-AM, Goiânia-GO e São Luís-MA. Para arrematá-los, o investidor terá que, obrigatoriamente, ficar com outros aeroportos regionais ou localizados em capitais com menor fluxo de passageiros. Já manifestaram interesse em participar dos leilões a alemã Fraport, a suíça Zurich e a francesa Aéroports de Paris, além da argentina Inframérica e dos brasileiros Fundo Pátria e grupo CCR 

Confira como estão divididos os blocos dos aeroportos: 

Sul 

Paraná

Curitiba, Bacacheri, Foz do Iguaçu e Londrina
Santa Catarina
Navegantes e Joinville
Rio Grande do Sul
Pelotas, Uruguaiana e Bagé

Central 

Goiás

Goiânia
Tocantins
Palmas
Maranhão
São Luís e Imperatriz
Piauí
Teresina
Pernambuco
Petrolina 

Norte

Amazonas

Manaus, Tabatinga e Tefé
Rondônia
Porto Velho
Roraima
Boa Vista
Acre
Rio Branco e Cruzeiro do Sul 

Na quinta-feira (8 de abril), vai a leilão o trecho da FIOL. Para fechar a Infra Week, na sexta-feira (9 de abril) acontecem as concessões dos terminais portuários. Serão 4 no porto de Itaqui, no Maranhão, e 1 no porto de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Os terminais maranhenses armazenam granéis líquidos e funcionam como distribuidores para as regiões Norte e Nordeste. Já o terminal gaúcho é estratégico para a indústria madeireira. 

Nos próximos meses de 2021, o ministério da Infraestrutura espera levar a leilão pelo menos mais 22 ativos. Com o pacote Infra Week, os cálculos do governo são de que as privatizações possam gerar 48 mil empregos ao longo dos 30 anos de contrato. Só no aeroporto internacional Afonso Pena, o investimento mínimo previsto é de 586 milhões de reais. A exigência do edital para quem ganhar a concessão é a construção de uma terceira pista com 3 mil metros de extensão, além de adequações para que o terminal possa operar 24 horas por dia, e em quaisquer condições climáticas. 

Entrevistado
Ministério da Infraestrutura (via assessoria de imprensa) 

Contato
aescom@infraestrutura.gov.br 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330


Concreto fotovoltaico já é realidade e conquista mercado de telhas

Telha homologada no Brasil pode gerar economia de 50 reais a 390 reais na conta de luz Crédito: Simepe Energia
Telha homologada no Brasil pode gerar economia de 50 reais a 390 reais na conta de luz
Crédito: Simepe Energia

Em pouco mais de 3 anos, desde que começaram as pesquisas com concreto fotovoltaicoa evolução do material é notável. Rapidamente, deixou o campo das pesquisas e dos laboratórios para ganhar o mercado, e encontrou um nicho próspero para avançar: o segmento de telhas. Já há vários países comercializando coberturas de concreto fotovoltaico, inclusive o Brasil, que no final do ano passado teve o produto homologado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) 

Os fabricantes asseguram que, dependendo da quantidade das telhas utilizadas, a economia mensal gerada na conta de luz de uma residência pode variar de 50 reais a 390 reais. O retorno do investimento ocorre em um período de 3 anos a 5 anos. Dependendo das dimensões da residência, o número de telhas para a geração eficaz de energia vai de 100 a 600 unidades. Os demais elementos da cobertura não precisam necessariamente ter material fotovoltaico, ou seja, o restante do telhado pode ser completado com telhas comuns.  

No Brasil, o primeiro modelo de telha que capta a energia solar está em teste e deve começar a ser comercializadainda no 1º semestre de 2021. Fabricada pelo grupo Eternit, o produto recebe células fotovoltaicas importadas da China, e que são coladas ao concreto. Quatro residências, localizadas em Ourinhos-SP, Marília-SP, Cambé-PR e Petrópolis-RJ, estão testando a eficácia das telhas. Cada unidade produz 1,15 kWh/mês. 

Com o uso de nanotecnologia, Suíça e México avançam na pesquisa do material     

mercado de telhas de concreto fotovoltaico busca competir com as telhas fotovoltaicas desenvolvidas pela TESLA, nos Estados Unidos, e que utilizam vidro temperado como matéria-prima. As telhas de vidro recebem filme fotovoltaico, como se fosse uma película de insulfilm aplicado sobre os vidros dos automóveis. Usando tecnologia semelhante, o Instituto Politécnico de Zurique (ETH Zurich) desenvolveu um tipo de membrana de concreto que reveste tanto lajes quanto fachadas de edifícios e casas, cumprindo 3 funções ao mesmo tempo: captação de energia solar, impermeabilização e isolamento térmico. 

invenção suíça utiliza propriedades já consagradas nas telhas de concreto, como as características termoacústicas. No Brasil, depois da revisão da parte 2 da ABNT NBR 13858 (Telhas de concreto - requisitos e métodos de ensaio), ocorrida em 2009, o produto passou a registrar uma expansão significativa no mercado. Para conquistar mais consumidores, as pesquisas que priorizam a evolução do produto não param. No México, está perto de ser testada a primeira telha de concreto fotovoltaico que dispensa películas. O produto usa nanotecnologia para captar a energia solar e armazená-la, o que estabelece uma nova fronteira na engenharia de materiais. 

Veja como são as telhas de concreto fotovoltaico homologadas no Brasil  

Entrevistado
Departamento de materiais do Instituto Politécnico de Zurique (ETH Zurich), Instituto Politécnico Nacional do México (IPN) e Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) 

Contato
mediarelations@hk.ethz.ch
crm@ipn.mx
imprensa@inmetro.gov.br 

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Altair Santos MTB 2330


Construção civil conclama por vacinação em massa

No 19º Fórum de Líderes do Varejo e Indústria de Material de Construção, realizado virtualmente dia 22 de março, os dirigentes de classe deixaram claro a opção pela “vacina, sim”, apesar da contaminação por COVID-19 nos canteiros de obras se manter abaixo de 1% - considerando dados repassados pelos SindusCons 

A posição dos dirigentes foi reforçada pela participação do ex-ministro da Fazenda no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Pedro Malan. “Não haverá boa recuperação em qualquer economia sem que haja vacinação contra o coronavírus”, sentenciou, durante palestra que marcou a abertura do fórum e da ExpoRevestir 2021. 

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, até que comece a vacinação em larga escala no país o setor não pode desistir dos cuidados, da cautela e do trato correto com os trabalhadores. “Com a chegada das vacinas em larga escala, daqui a 60 dias, o país pode começar a respirar. Até lá, é preciso não baixar a guarda”, avisa. 

Ao mesmo tempo em que o fórum que reuniu dirigentes da CBIC, da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) e da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres) se posicionou a favor de uma ampla campanha de vacinação, outros organismos também se manifestaram no mesmo sentido. 

Imunização é vista como a principal medida econômica, social e sanitária no país 

Um conjunto de entidades, como ABEMI, ANETRANS, Sistema Confea/CREA, BRASINFRA, ANEOR, CREA-DF, SINICON, Sinaenco, ABCE, SICEPOT-RS, APECS, ABEETRANS e ABES ABEMI, assinou carta aberta conclamando a vacinação. “O Brasil tem estrutura para isso e sempre foi um exemplo de vacinações em massa. Vamos resgatar esse marco e, assim, vermos a nossa economia decolar. Temos que estar todos ‘Juntos Pela Vacinação’”, diz o documento.  

Liderados pelo SindusCon-SP, os vários SindusCon espalhados pelo país também se pronunciaram, tendo o presidente Odair Senra como porta-voz. “Há consenso em que a economia, o emprego e a renda dos brasileiros somente voltarão a crescer se a vacinação for adotada como a principal medida econômica, social e sanitária no país. Precisamos avançar prioritariamente na ampliação e agilização da cobertura vacinal, até para evitar lockdowns que bloqueiam a economia, aprofundam a recessão e aumentam o desemprego”, diz nota divulgada no jornal O Estado de. S. Paulo. 

A publicação ainda menciona o quanto a vacinação é importante para que o Brasil possa voltar a pensar nas reformas estruturais pendentes, como a tributária e a administrativa“Quanto antes alcançarmos uma vasta cobertura vacinal, mais rapidamente teremos condições de realizar as reformas e o ajuste fiscal necessários para impulsionar o crescimento econômico, conclui. 

Entrevistado
Reportagem com base nos debates ocorridos dentro do 19º Fórum de Líderes do Varejo e Indústria de Material de Construção 

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Mundo se tornou digital: como fica o varejo do futuro?

Supermercados saem na frente no uso da IoT e da IA para adequar suas lojas físicas ao varejo do futuro Crédito: Amazon
Supermercados saem na frente no uso da IoT e da IA para adequar suas lojas físicas ao varejo do futuro
Crédito: Amazon

Professor da FIA (Fundação Instituto de Administração) na disciplina de vendas e marketing, Nei Tremarim palestrou na edição virtual da ExporRevestir 2021 sobre o futuro do varejo na era digital. Na opinião do especialista, as lojas físicas não vão acabar, mas precisarão se adequar para seguir conectadas com os consumidores. Ele considera que o futuro do varejo está no omnichannel, ou seja, em um canal que une a venda física com a venda online. O varejo precisa de um novo design de negócios, mesclando mundos digital e físico”, afirma. 

Nei Tramarim avalia que a pandemia acelerou novos modelos de negócio e novos modelos de consumo. “O e-commerce é um canal que se fortaleceu muito na pandemiaSó no Brasil, ele tem potencial para atingir 134 milhões de consumidores, que é o número de pessoas que tem acesso constante à internet no país. Então, sem nenhuma dúvida, a transformação digital foi acelerada pela pandemia”, avalia. Como exemplo, o professor da FIA mostrou os segmentos do varejo que mais cresceram no Brasil em 2020, por conta da venda online. Foram farmácia e saúde, pet shop, comidas e bebidasalém de móveis e produtos para casa e reforma, que engloba o varejo da construção civil.

Segundo o especialista, o e-commerce movimentou mais de 100 bilhões de reais no Brasil em 2020. No mundo, as cifras chegaram à casa dos trilhões de dólares, e com viés de alta. “Antes da pandemia a estimativa era de que as vendas online chegariam ao volume de 6 trilhões e 542 bilhões de dólares até 2023. Agora, a expectativa é que, com a aceleração causada pela pandemia, esse número global possa se aproximar de 10 trilhões de dólares. Não é à toa que as chamadas big techs (Google, Amazon, Microsoft e Apple) são atualmente as mais valorizadas do mundo”, revela. 

Com o uso da Inteligência Artificial e da Internet das Coisas, empresas adotam o smart retail

O novo conceito de varejo é o que o mercado norte-americano batizou de smart retail - varejo inteligente. Com o uso de Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), a tecnologia permite experiências imersivas e acesso às preferências do consumidor. Também acelera outros tipos de mudanças no relacionamento com o cliente, como as transações financeiras virtuais, os processos de logística, a realidade aumentada, a personalização da compra baseada em ciência de dados e a compra sem vendedores na loja física. Alguns dados reforçam essas tendências. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que 60% dos consumidores deixarão de usar o dinheiro físico nas compras até 2025. 

Também nos EUA, 100 milhões de consumidores utilizaram a realidade aumentada em suas compras em 2020. Outra informação, é que 35% dos clientes norte-americanos gostaram de ser sugestionados por recomendações dos mecanismos de venda online. Unindo todas essas experiências, redes de supermercados saíram na frente em todo o mundoEstão inaugurando lojas sem vendedores e sem balcões de caixa. Tudo é feito pelo app. Conforme entram no carrinho, os produtos são rastreados por IoT e, assim que compra é concluída, o pagamento é automático e debitado no cartão de crédito registrado pelo cliente no app. O novo varejo já é realidade, mas as boas práticas do setor não vão mudar nunca”, conclui Nei Tramarim, referindo-se ao atendimento, à entrega no prazo, ao preço competitivo e à qualidade dos produtos. 

Assista à palestra do professor Nei Tremarin (entre 5min e 53 min)

Entrevistado
Reportagem com base na palestra “Como o varejo vai ficar depois da pandemia”, realizada dentro da edição virtual da ExpoRevestir 2021 

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Contorno de Florianópolis acelera obras para concluí-las até 2024

Trecho concluído do Contorno de Florianópolis: obra prevê 6 trevos, 7 pontes, 20 passagens de desnível e 4 túneis Crédito: Arteris
Trecho concluído do Contorno de Florianópolis: obra prevê 6 trevos, 7 pontes, 20 passagens de desnível e 4 túneis
Crédito: Arteris

Um dos principais complexos viários urbanos em construção no Brasil, o Contorno de Florianópolis já sofreu uma série de atrasos. Porém, acordo recente definiu que as obras devem ser concluídas até 2024. ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a concessionária Arteris e o consórcio de empresas responsáveis pela execução do projeto voltaram a assinar recentemente um compromisso de execução da engenharia dentro do prazo estabelecido.  

O contorno terá quase 50 quilômetros, dos quais 34,5 quilômetros já estão em obras. O objetivo é desviar o tráfego pesado do eixo da BR-101 que margeia Florianópolis e os municípios próximos da capital catarinense. O projeto é um dos mais modernos do país, em termos de concepção rodoviária. Prevê o deslocamento dos veículos em traçado sem curvas de grande intensidade e suprime subidas e descidas acentuadas. Para que isso se materialize, o projeto terá uma série de obras de artes especiais. Entre elas, 6 trevos, 7 pontes, 20 passagens de desnível e 4 túneis. O tempo para percorrer o contorno é estimado em 38 minutos 

Projeto que desvia o tráfego pesado do eixo da BR-101 que margeia Florianópolis tem 34,5 quilômetros em execução Crédito: Arteris
Projeto que desvia o tráfego pesado do eixo da BR-101 que margeia Florianópolis tem 34,5 quilômetros em execução
Crédito: Arteris

Outros 14,2 quilômetros foram destravados apenas no final de 2020, com a autorização da ANTT. A assinatura da ordem de serviço ocorreu em 11 de janeiro de 2021. As obras iniciaram em março. “Foi com imensa satisfação que recebemos a autorização governamental que abre caminho para o início das obras no trecho sul do contorno (última etapa da obra)”, ressalta Andre Dorf, presidente da Arteris. Atualmente, trata-se da maior obra de infraestrutura de Santa Catarina, com investimento estimado de 3 bilhões e 700 milhões de reais. 

Novo trecho vai desviar 18 mil veículos pesados por dia da região da capital catarinense 

A demora na assinatura da autorização para as obras no trecho sul se deu por causa da necessidade de um reequilíbrio econômico-financeiro e por questões socioambientais. Foi necessária a adaptação do projeto original à atual realidade da região metropolitana de Florianópolis, cujo crescimento da área urbana demandou alteração no traçado do contorno. Quando o complexo viário estiver concluído, a engenharia de trânsito projeta desviar 18 mil veículos pesados por dia da região que engloba a capital catarinense e os munícipios do entorno. A economia de tempo de viagem é calculada em 1h22min 

Atualmente, consórcio de empreiteiras trabalha na detonação de rochas no município de Biguaçu-SC, por onde vai passar o trecho sul do contorno Crédito: Arteris
Atualmente, consórcio de empreiteiras trabalha na detonação de rochas no município de Biguaçu-SC, por onde vai passar o trecho sul do contorno
Crédito: Arteris

Atualmente, a obra emprega 3 mil e 200 trabalhadores. canteiro de obras já foi instalado, utilizando contêineres customizados. O foco agora está na construção dos caminhos de serviço na região de Palhoça-SC, a fim de permitir acesso aos emboques dos túneis. Também ocorrem detonações de rochas no município de Biguaçu-SC, o que exigiu a evacuação de casas e estabelecimentos comerciais durante o período de realização da atividade. Os moradores puderam retornar para suas residências após a ação.  

Outra medida envolve a supressão vegetal e da fauna nas áreas em obra. Trata-se da remoção de árvores e plantas nativas da região, além da coleta de sementes e mudas, para que possam ser transplantadas em outro local. A preservação dequilíbrio ecológico também envolve equipes de resgate de fauna. Elas buscam ninhos e abrigos de espécies animais, principalmente répteis, a fim de transportá-los com segurança para fora do espaço em que acontecem as obras. 

Mapa mostra traçado do Contorno de Florianópolis, a maior obra de infraestrutura em execução em Santa Catarina Crédito: Arteris
Mapa mostra traçado do Contorno de Florianópolis, a maior obra de infraestrutura em execução em Santa Catarina
Crédito: Arteris

Veja vídeo sobre a evolução das obras no Contorno de Florianópolis 

Entrevistado
Concessionária Arteris (via assessoria de imprensa) 

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arteris@rpmacomunicacao.com.br
www.contornodeflorianopolis.com.br

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