Crossrail inicia fase de testes na primavera britânica

Crédito: Crossrail Ltd.
A linha de trem Crossrail, a maior obra de mobilidade urbana da Europa, entrará em fase de teste em junho, durante a primavera no hemisfério norte. A previsão é da prefeitura de Londres. A obra é praticamente uma linha reta com 108 quilômetros de extensão, dos quais 42 quilômetros são percorridos em túneis. O trajeto corta a capital britânica de leste a oeste, interligando também cidades vizinhas à metrópole inglesa. A construção começou em 2008 e era para ter sido concluída em 2018. Escassez de recursos e lentidão em processos de desapropriações dilataram o prazo. O custo final da obra chega a 18,7 bilhões de libras (cerca de 130 bilhões de reais).
O projeto do eixo metroviário utilizou-se amplamente da construção industrializada do concreto. Uma das inovações usadas na obra foi a central de concreto sobre trilho, para dar agilidade à logística de distribuição do material nos vários canteiros de obras instalados no percurso da Crossrail. A composição de 465 metros, com capacidade para produzir até 50 mil m³ de concreto por mês, será utilizada em futuras obras no Reino Unido. Além de produzir o insumo principal para a construção da linha metropolitana, o trem serviu também para transportar parte das 250 mil aduelas de concreto usadas para revestir os túneis escavados.
Para a produção das aduelas foram consumidos 140 mil m³ de concreto. Cada elemento pesa 3,4 toneladas e no auge da produção a fábrica de pré-fabricados contratada para fornecer os segmentos chegou a fabricar 330 unidades por dia. Outra inovação na obra da Crossrail foi o uso de concreto com densidade de 3,6 t/m³ para a construção de uma laje de via flutuante (do termo em inglês, floating track slab [FTS]) sobre os 42 quilômetros de túneis – comparativamente, o concreto convencional pesa em média 2,4 t/m³. O objetivo é minimizar os impactos de ruído e de vibração na infraestrutura acima do solo. O trecho subterrâneo da linha de trem é o que cruza a área mais densamente povoada de Londres, cujas obras foram concluídas no final de 2020.
Obra propiciou a criação de uma escola para formar profissionais especializados em túneis
Com a etapa de engenharia finalizada, a Crossrail ficará cerca de 6 meses em operação-teste até ser liberada para o público – previsto para o começo de 2022. Quando entrar efetivamente em operação, a linha dará um upgrade em Londres, estimam consultores imobiliários. Além de gerar 300 mil novos empregos diretos e indiretos, a obra promete transformar os bairros de Ealing, Woolwich, Ilford e Romford, atraindo empresas e estimulando a construção de 90 mil novas residências, além de edifícios corporativos e centros comerciais. “Calcula-se que os novos empreendimentos possam ocupar uma área de 280 mil m², com investimento de 500 milhões de libras (cerca de 3,5 bilhões de reais)”, diz relatório da consultoria britânica GVA.
A Crossrail também deixa um legado para a engenharia britânica. Em 2011, no início do andamento das obras, foi criada a Academia de Túneis e Construção Subterrânea (TUCA, do inglês Tunneling and Underground Construction Academy). Entre engenheiros civis, operadores de equipamentos e operários da construção civil, a escola especializou mais de 15 mil profissionais em 10 anos. A academia não será descontinuada e seguirá formando trabalhadores para futuras obras no Reino Unido.
Entrevistado
Crossrail Ltd. (via assessoria de imprensa)
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Em 2021, financiamento imobiliário bate novos recordes

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Balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal sobre o desempenho do financiamento imobiliário no 1º trimestre de 2021 mostra que os recordes alcançados em 2020 tendem a ser superados este ano. O banco concedeu quase 29 bilhões de reais em empréstimos para a aquisição da casa própria e assinou 134.800 novos contratos, entre janeiro, fevereiro e março. O volume é 35,5% superior ao concedido no mesmo período do ano passado.
A Caixa também financiou a construção de 562 empreendimentos no 1º trimestre, o que coloca 68.900 novas unidades em produção. O número é 48% maior que o apurado no mesmo período de 2020. Atualmente, o banco financia mais de 7 mil novas obras habitacionais, que resultam em 940.000 unidades em construção. O volume gera 212.600 postos de trabalho diretos e indiretos na construção civil.
Para o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o desempenho do 1º trimestre confirma que o segmento imobiliário é o “coração da Caixa”. O dirigente também assegura que os juros do financiamento da casa própria não acompanharão as altas da taxa Selic, porque a modalidade com taxa fixa leva em consideração a curva longa de juros e não a de curto prazo. “A vida média de crédito imobiliário da Caixa fica em torno de 8 anos. Só vamos elevar os juros se houver expectativa de taxas longas superiores às atuais”, assegura.
O banco oferece modalidades pré-fixadas e pós-fixadas de crédito imobiliário – essas são corrigidas pela poupança, pela inflação ou pela TR (Taxa Referencial). “A que é corrigida pela poupança é diretamente influenciada pela taxa básica, porque a modalidade rende 70% da Selic, quando a taxa básica está abaixo de 8,5%. Em relação à taxa atrelada pela TR, que hoje está em zero, pode ter uma variação na parte fixa se houver aumento contínuo, mas não estamos discutindo isso no momento”, completa Pedro Guimarães.
Caixa afirma ter estoque de 3 anos para o crédito habitacional, e espera crescer mais
Com o resultado do 1º trimestre, a carteira de crédito habitacional da Caixa, que mede o estoque de empréstimos, atingiu 514 bilhões e 100 milhões de reais. O banco continua como o maior financiador da casa própria no Brasil, concentrando 68,5% do mercado, e, de acordo com Pedro Guimarães, não faltarão recursos para o crédito imobiliário. “Temos aproximadamente 400 bilhões de reais em poupança e 500 bilhões de reais em crédito imobiliário. Como parte da modalidade é feita com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) temos uma sobra de cerca de 150 bilhões de reais. Ainda temos muito espaço para crescer e não faltará fonte de recursos por pelo menos 3 anos”, diz.
O Banco Central estima que, além da Caixa, as outras instituições financeiras também seguirão ofertando financiamento imobiliário em volume maior que em 2020. A projeção é de crescimento de 11%, na comparação com o ano passado. Outra perspectiva é de que a taxa de inadimplência também continue baixa. Em 2020, a carteira habitacional da Caixa para pessoa física encerrou o ano com 1,28% dos contratos inadimplentes.
Entrevistado
Caixa Econômica Federal (via assessoria de imprensa)
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Engenheiras civis e arquitetas movem a construção sustentável

Crédito: USGBC
A construção sustentável avança no mundo movida pelas mulheres. Profissionais da engenharia civil e da arquitetura são as que mais praticam conceitos de “prédio verde”, reciclagem de materiais e redução de emissão de CO₂, além de serem também as que mais participam de organismos e conferências relacionadas com o tema. Levantamento da World Green Building Council mostra que mais de 50% dos conselhos espalhados em todo o planeta têm mulheres no comando.
É uma tendência mundial. Na Jordânia, por exemplo, Ala’a Abdula comanda o GBC do país - o Jordan GBC. Ela estabeleceu como meta tornar a construção civil da capital do país, Amã, Zero Carbono até 2050. No Chile, a CEO do Green Building Council local (Chile GBC) é Maria Fernanda Aguirre Busto. “Podemos fazer com que a construção civil seja mais produtiva, não contamine e não consuma muitos recursos”, resume. O mesmo pensa Dorah Modise, CEO do Green Building Council África do Sul (GBCSA), que resume sua gestão: “Aumentei o número de edifícios verdes na África do Sul e trabalho junto ao governo para desenvolver protocolos que garantam emissão zero de carbono e reaproveitamento de resíduos e de água da chuva em todos os prédios públicos do país.”
No Reino Unido, a certificação BREEAM é comandada por uma mulher: Charlene Clear. O certificado existe desde 1992 e é um dos mais rigorosos entre os que qualificam “prédios verdes”. Dos que buscam atender os requisitos BREEAM, só 10% conseguem obter a certificação. Clear justifica o rigor. Ela afirma que 60% dos edifícios que obtêm certificação de sustentabilidade em sua fase de projeto, de construção e de início de operação após a conclusão da obra não conseguem manter os requisitos depois de 5 anos em funcionamento. “Prezamos pela sustentabilidade contínua dos edifícios”, diz.
Conheças as 10 mulheres que mais influenciam a construção sustentável no Brasil
Apesar da construção civil mundial ser uma indústria tradicionalmente dominada por homens, as mulheres ocupam cargos estratégicos para influenciar os construtores e também quem legisla e faz a gestão pública. É o que revela Cristina Gamboa, diretora-executiva do World Green Building Council. “As mulheres estão liderando o caminho em direção à sustentabilidade, com a missão de estimular os edifícios verdes em todos os segmentos da construção civil: da habitação popular aos prédios corporativos”, comenta. Atualmente, além de Jordânia, Chile e África do Sul, outros quatro países têm mulheres no comando dos conselhos de construção sustentável: Cingapura, Reino Unido, Alemanha e Austrália.
No Brasil, recente pesquisa apontou as 10 mulheres que mais influenciam a construção sustentável no país. São elas:
- Maíra Macedo, gerente de relações institucionais e governamentais do Green Building Council Brasil.
- Celina Llerena, sócia–fundadora da Ebiobambu, escola de bioarquitetura e centro de pesquisa e tecnologia experimental em bambu.
- Rosana Correa, consultora de sustentabilidade do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro-RJ.
- Patricia O’Reilly, fundadora do Sustainable Reference no Brasil.
- Alessandra Caiado Cardim, consultora em sustentabilidade para fabricantes de materiais de construção.
- Adriana Hansen, primeira especialista no Brasil em Avaliação do Ciclo de Vida para produtos e empreendimentos sustentáveis.
- Ana Rocha Melhado, engenheira civil autora dos livros “Projetar e Construir bairros sustentáveis e “Sustentabilidade nas Obras e Projetos”.
- Sandra Pinho Pinheiro, arquiteta pioneira na adoção de práticas de sustentabilidade em obras da região sul do Brasil.
- Suênia Maria Cordeiro de Sousa, gestora do Centro Sebrae de Sustentabilidade, criado para disseminar os conceitos de construção sustentável no país.
- Irina Biletska, nascida na Ucrânia e radicada no Brasil desde 2011. É especialista em bioconstrução e bioarquitetura.
Entrevistado
World Green Buildind Council (via departamento de mídia)
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Pós-obra estende ciclo produtivo da construção civil
O ciclo produtivo de uma construção não se encerra com o “Habite-se” ou com a entrega das chaves do imóvel ao proprietário. A partir desse momento, inicia-se o pós-obra, que envolve as reformas para adequar a moradia a quem irá ocupá-la. Esse investimento representa, em média, 36 centavos de cada 1 real de custo da edificação. “O pós-obra não se limita ao período de aquisição do imóvel, mas pode se estender ao longo dos primeiros 3 anos de moradia do usuário”, explica a economista da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) Ieda Vasconcelos.
O estudo encomendado pela CBIC avalia os efeitos do pós-obra na cadeia produtiva da construção civil. Foi realizado pelos economistas Ana Castelo e Robson Gonçalves, da consultoria Ecconit. Eles apontam que em imóveis de alto padrão, os gastos extras com melhorias na construção podem chegar a 25% do valor pago pela habitação. Já em imóveis de médio padrão, esse percentual equivale a 15%, enquanto que, em habitações populares, chega a 10%. Em empreendimentos de alto padrão, o gasto com mobiliário é o que consome a maior parte do pós-obra, chegando a 6,5%, seguido de reformas (4,3%).
Já em imóveis de médio padrão e em habitações populares, as reformas lideram o volume de dinheiro investido na casa nova, e representam, respectivamente, de 3% a 3,5% do valor do imóvel. Nesses dois segmentos, o mobiliário aparece em 2º lugar na relação de gastos com pós-obra. Na relação apurada pelos economistas também se destacam os seguintes consumos: itens de cama, mesa e banho, confecção de acessórios de decoração, móveis planejados, compra de eletroeletrônicos e instalações elétricas. “O pós-obra tem uma relevância econômica muito importante, por gerar multiplicadores em outras cadeias produtivas”, sinaliza Robson Gonçalves.
Pós-obra movimenta um montante de recursos que equivale a 0,44% do PIB
O economista apresenta um comparativo sobre esse efeito multiplicador da construção civil. De cada 200 bilhões de reais investidos na construção de novas moradias, são gerados outros 170 bilhões na cadeia de suprimentos do setor e mais 120 bilhões nos demais setores da economia. O estudo também revela que o pós-obra movimenta um montante de recursos que equivale a 0,44% do PIB brasileiro, além de gerar mais de 650 mil empregos. “A demanda induzida no pós-entrega das chaves equivale a 1/3 do que foi investido na compra do imóvel”, explica Robson Gonçalves. Ou seja, se o proprietário desembolsou 300 mil reais na compra da casa própria, ao longo dos primeiros 3 anos de moradia ele poderá investir até 100 mil reais na melhoria desse mesmo imóvel.
Quanto às reformas no imóvel, as práticas mais comuns do pós-obra são pintura interna da habitação, colocação ou a troca de pisos, instalação de elementos de iluminação, fusão de cômodos, arquitetura de decoração e limpeza. Isso movimenta especialmente o varejo de materiais de construção, as pequenas empreiteiras e os escritórios de arquitetura especializados em pós-obra. A pesquisa contou com dados levantados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e números da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Assista à palestra sobre pós-obra
Entrevistado
Reportagem com base na palestra “O impacto pós-obra de investimento em construção” e no estudo “Pós-obra: geração de renda e emprego na economia”, divulgados pela CBIC
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Ciência e tecnologia impulsionam de vacinas ao concreto

Crédito: Reprodução/YouTube
Na abertura da edição virtual do 62º Congresso Brasileiro do Concreto, o diretor-presidente do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto), Paulo Helene, destacou que a pandemia de COVID-19 deixou claro para o mundo e para o Brasil o quanto é importante investir em ciência e tecnologia. “A velocidade com que se chegou às vacinas imunizantes da doença é a prova cabal de que ciência e tecnologia são vitais. Transportando isso para o nosso setor, a aplicação da ciência e tecnologia na produção de concreto também gera qualidade de vida”, diz.
Em sua palestra-aula, Paulo Helene ressalta que o concreto também requer investimento permanente em ciência e tecnologia. “Ele é o principal material com o que fazemos pontes, viadutos, portos, aeroportos, hospitais, escolas e habitações, que são bens que melhoram a vida das pessoas”, destaca. O professor-doutor também afirma que essa é a missão do IBRACON: incentivar a aplicação da ciência e da tecnologia no material. “Nosso novo desafio é fazer o Brasil avançar em direção às novas tecnologias do concreto”, completa.
O presidente do IBRACON lembra que os resultados da ciência e da tecnologia não vêm por passe de mágica. É necessário comprometimento de vários setores, além de investimento. Ele cita os exemplos de Estados Unidos e Canadá - berços das pesquisas sobre concreto de alto desempenho, entre o final dos anos 1980 e a década de 1990. Nos EUA, o pesquisador Surendra Shah comandou uma cooperação entre 5 universidades e esteve à frente do centro avançado de materiais à base de cimento. Os estudos permitiram que o concreto se tornasse soberano na construção de edifícios superaltos a partir de 1998, com o projeto da Petrona Towers, em Kuala Lumpur, na Malásia.
Já o Canadá é praticamente o precursor do concreto de ultra-alto desempenho, desenvolvido através de pesquisas lideradas por Pierre-Claude Aitcin e um grupo que envolveu 11 universidades, 15 instituições governamentais, 5 organismos setoriais da construção civil e 65 empresas. Entre 1989 e 1999, esse consórcio investiu 1 milhão e 400 mil dólares anualmente para produzir um concreto que permitisse obras esbeltas, porém com resistências superiores a 150 MPa e de longa durabilidade. “Percebe-se que o investimento em pesquisa e desenvolvimento do concreto gerou um novo conceito de construir”, afirma Paulo Helene.
Produção de cimento do Brasil em 2020 é destacada no Congresso Brasileiro do Concreto
Helene também ressaltou a pujança da indústria de cimento no Brasil, mesmo em tempos de pandemia. “Nossa indústria de cimento dá orgulho. Ela existe há praticamente 100 anos e hoje tem condições de produzir 100 milhões de toneladas anualmente. Em 2020, ela teve um desempenho fenomenal. A produção de cimento voltou ao patamar de 60 milhões de toneladas por ano, o que não acontecia desde 2015. Frise-se que foi um ano de pandemia”, completa. No ano passado, os 6 países que se destacaram na produção de cimento foram China (2,2 bilhões de toneladas), Índia (340 milhões), Vietnã (96 milhões), EUA (90 milhões), Indonésia (73 milhões) e Turquia (66 milhões).
O Brasil fechou 2020 na 8ª posição mundial, com 60,8 milhões de toneladas de cimento produzidas, ficando um pouco abaixo do Irã. Paulo Helene ressalta que o país tem potencial para ocupar a 3ª ou a 4ª posição no ranking, se atingir 100% da capacidade instalada de suas fábricas. “De qualquer maneira, foi uma vitória o setor ter conseguido crescer 10,9% no ano passado (segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento [SNIC])”, completa o presidente do IBRACON.
Se mantiver o ritmo de crescimento registrado no 1º semestre de 2021, o Brasil tende a fechar o ano com uma produção maior de cimento do que em 2020. Entre janeiro, fevereiro e março, o setor cresceu 19% na comparação com o 1º trimestre de 2020, atingindo 15,3 milhões de toneladas. “A construção civil deu exemplo no ano passado. Não só no aspecto de produtividade, mas também no quesito segurança perante a pandemia. Tivemos um baixíssimo nível de infectados e mortes entre os trabalhadores. Enquanto o país fechou 2020 com 1.359 mortes por milhão de habitantes, a construção teve somente 167 por milhão. Essa organização no combate à doença nos canteiros de obras também é resultado da ciência e da tecnologia”, conclui.
Assista à palestra-aula do professor-doutor Paulo Helene (entre 38min e 1h09min)
Entrevistado
Reportagem com base na palestra-aula do professor-doutor Paulo Helene, diretor-presidente do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto), na abertura do 62º Congresso Brasileiro do Concreto
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Novas rodadas de concessões incluirão “joias da coroa”

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O sucesso da Infra Week, que leiloou 28 ativos, entre os quais 22 aeroportos, animou o ministério da Infraestrutura para os futuros leilões que devem ocorrer entre o 2º semestre de 2021 e o 1º semestre de 2022. Mais 50 ativos serão concedidos à iniciativa privada e neles estarão as chamadas “joias da coroa”. São a rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre São Paulo-SP e Rio de Janeiro-RJ, e os aeroportos de Congonhas, na capital paulista, e Santos Dumont, na capital fluminense. Também irão a leilão as BRs 153 e 163, os portos do Espírito Santo e novos terminais do porto de Santos, além de outros 14 aeroportos.
O governo tem a expectativa de arrecadar mais 84 bilhões de reais com essas concessões. Em 2 anos, já foram leiloados 41 ativos e contratados 44 bilhões de reais em investimentos e mais 13 bilhões de reais de outorga. Quando todas as concessões planejadas estiverem concluídas, o Palácio do Planalto projeta retorno de 250 bilhões de reais em investimentos na infraestrutura. "Estamos procurando seguir o que estabelecemos desde o 1º dia de governo", diz o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, sobre o projeto de transferir grande volume de ativos para a iniciativa privada.
O presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), Venilton Tadini, avalia que o governo tem feito “golaços” com os leilões. “O resultado desses leilões mostra que o Brasil continua estruturando bons projetos com racionalidade econômica, capazes de atrair o interesse de investidores com foco no longo prazo. Mas o impacto positivo desses projetos na economia vai levar um tempo até as empresas assinarem os contratos e depois começarem a captar os recursos para os investimentos”, afirma. O setor econômico especializado em infraestrutura estima que os efeitos das recentes concessões só serão percebidos em 2022.
Brasil precisaria de 10 Infra Week por ano para suprir gargalos de infraestrutura
O próprio ministério da Infraestrutura admite que o impacto da Infra Week comece efetivamente a aparecer a partir do 3º trimestre de 2021. “Após a assinatura dos contratos, há um período de transição antes do início dos investimentos privados. Normalmente, cerca de 70% do total de investimentos previstos para o período de concessão são realizados nos primeiros 5 anos de contrato. Ou seja, o reflexo na geração de empregos deve se dar a partir de 2022”, revela nota oficial do ministério, após os 3 dias de leilões da Infra Week. Essa etapa de concessões rendeu ao governo 3,5 bilhões de reais e o compromisso dos blocos vencedores de investir 12 bilhões em 30 anos.
Os 22 aeroportos leiloados foram divididos em 3 blocos (sul, central e norte). O sul foi arrematado pela Companhia de Participações em Concessões, parte do grupo CCR, por 2,1 bilhões de reais, e engloba os terminais localizados em São José dos Pinhais-PR (Aeroporto Internacional de Curitiba), Foz do Iguaçu-PR, Navegantes-SC, Londrina-PR, Joinville-SC, Bacacheri, em Curitiba-PR, Pelotas-RS, Uruguaiana-RS e Bagé-RS. Compõem o bloco central os aeroportos de Goiânia-GO, São Luís-MA, Teresina-PI, Palmas-TO, Petrolina-PE e Imperatriz-MA. O norte tem os terminais de Manaus-AM, Porto Velho-RO, Rio Branco-AC, Cruzeiro do Sul-AC, Tabatinga-AM, Tefé-AM e Boa Vista-RR.
Também foram leiloados 4 terminais do porto de Itaqui, no Maranhão, e 1 no porto de Pelotas-RS, além de um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. Segundo projeções da Abdib, o Brasil precisaria de 10 Infra Weeks por ano para suprir os gargalos em infraestrutura.
Entrevistado
Ministério da Infraestrutura e Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)
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abdib@abdib.org.br
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Vícios construtivos alimentam indústria de ações: como evitar?

Crédito: Banco de Imagem
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) iniciou uma série de debates sobre o impacto jurídico que os vícios construtivos têm causado no segmento de construtoras e incorporadoras. Apenas no âmbito da faixa 1 do programa habitacional Minha Casa Minha Vida - recentemente substituído pelo Casa Verde e Amarela - existem em todo o país 51 mil ações relacionadas a vícios construtivos tramitando na 1ª instância e outras 13 mil e 700 na 2ª instância do Judiciário.
Segundo os advogados convidados para opinar sobre o que as empresas chamam de “indústria de ações”, o ideal seria criar uma legislação que definisse claramente o prazo de garantia da construção. O consultor jurídico da CBIC, Carlos Del Mar, destaca que isso não é suficientemente transparente atualmente. “Hoje não há prazo-limite para o surgimento de falha construtiva ou vício. Assim, a possibilidade de reclamação da garantia fica em aberto, estimulando a industrialização das ações”, explica.
Por exemplo, a ABNT NBR 13752 (Perícias de engenharia na construção civil) define que os vícios construtivos são aqueles provenientes de falha do projeto, de execução ou de informação defeituosa sobre a utilização ou a manutenção. Já o artigo 618 do Código Civil (responsabilidade em contratos de empreitada), os artigos 31 e 43 da Lei 4.591/1964 (responsabilidade do incorporador) e o parágrafo 1º do artigo 25 do Código de Defesa do Consumidor estimulam interpretações diferentes sobre o que são vícios construtivos.
Norma de Desempenho pode ser usada como mediadora dos impasses
Na prática, há várias jurisprudências sobre o tema. Umas consideram que o consumidor tem 1 ano para reclamar de vícios ou defeitos de fácil constatação, a partir da entrega das chaves. No caso de vícios ocultos, o prazo se estende por 5 anos. Mas aí já surge o primeiro impasse: 5 anos a partir da entrega do imóvel ou a partir do momento em que o vício construtivo se manifesta? Dependendo do juiz do processo, pode ser dada uma ou outra interpretação. Existem também entendimentos jurisprudenciais que ampliam esse prazo para 10 anos.
A Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575), cujas partes relacionadas ao desempenho acústico estão em processo de revisão, tem parâmetros que definem a responsabilidade de cada agente envolvido na obra, e também cria condições de rastreabilidade para ver se a falha construtiva está no projeto, na execução ou na manutenção equivocada do empreendimento. Por isso, o advogado Alexandre Gomide entende que a norma pode ser usada como mediadora em casos de vícios construtivos.
Gomide recomenda também que as construtoras atuem preventivamente contra eventuais processos. De que forma? Fazendo o acompanhamento da obra por pelo menos 2 anos, para orientar os moradores a usufruir corretamente de suas unidades. O presidente do conselho jurídico da CBIC, José Carlos Gama, acompanha esse raciocínio. “As construtoras não querem entregar obras com problemas. Custa 125 vezes mais voltar a um empreendimento entregue para consertar um vício construtivo”, revela. O objetivo da CBIC é, através dessa série de debates, coletar sugestões que possam resultar em uma legislação mais clara sobre o tema.
Entrevistado
Reportagem com base na reunião virtual promovida pela CBIC, intitulada “Como enfrentar a indústria de ações sobre vícios construtivos”
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Construção pesada se conecta à Engenharia 4.0 e à IIot

Crédito: Construtora Barbosa Mello
Na construção civil, máquinas já substituem homens em uma quantidade razoável de tarefas. À transformação impulsionada pela robótica convencionou-se chamar de Engenharia 4.0. Agora, esse processo dá um passo adiante. Com a aplicação da IIot (do inglês, Industrial Internet of Things [Internet Industrial das Coisas]) os equipamentos podem ser operados remotamente de longas distâncias. Quem mais tem se beneficiado destas novas tecnologias é a construção pesada, principalmente quando o projeto de execução requer serviços de engenharia em áreas com elevado risco para a vida dos trabalhadores.
Obras em barragens são as que mais têm utilizado esse processo disruptivo aqui no Brasil. É o que foi revelado no recente workshop virtual promovido pela Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração) intitulado “Engenharia 4.0: operação remota de equipamentos”. Engenheiros que participaram do debate mostraram cases bem-sucedidos da aplicação dessas tecnologias na descaracterização de barragens. Isto ocorre quando o reservatório de resíduos atinge seu ciclo de vida útil e precisa ser descontinuado. A intervenção geralmente requer reforço da estrutura para estabilizá-la e reincorporá-la ao relevo e ao meio ambiente.
Por se tratar de uma operação de risco para os humanos, a construção pesada tem usado escaneamento de alta precisão, máquinas automatizadas e profissionais com várias horas de treinamento para intervir nas barragens a serem desativadas. “São processos que possuem uma complexidade maior, e é necessário trabalhar essa mudança também na equipe que irá atuar na obra, como operadores, encarregados, profissionais de apoio e a alta liderança”, diz o engenheiro mecânico Carlos Magno Schwenck, da Construtora Barbosa Mello.
Tecnologia 5G tende a aproximar ainda mais as novas tecnologias ao canteiro de obras
A adoção da Engenharia 4.0 acoplada à IIot aumenta a segurança na obra, reduz custos e oferece ganho de produtividade, asseguram os debatedores. Os participantes do workshop também avaliam que esta é a via do futuro na construção civil. “Independentemente da área de atuação e da questão do investimento, essa é uma tendência que vai se tornar cada vez mais próxima de nossas obras. É um fato irreversível, ainda mais com a proximidade da aplicação da tecnologia 5G. Esses equipamentos se tornarão comuns para todos”, avalia Hugo Pereira Soares, diretor da Construtora Vale Verde.
Um fato curioso revelado pelos participantes do workshop é que a possibilidade de utilizar máquinas operadas à distância tem aberto o mercado de trabalho para profissionais com deficiência motora nas pernas dentro da construção civil. “Isso gera inclusão social, com a possibilidade de contratar pessoas com deficiência (PcD) para esse tipo de trabalho, uma vez que a operação ocorre de forma remota. Diversos operadores, que possuem, por exemplo, lesões na coluna podem ser reintegrados para atuar em operações não-tripuladas”, finaliza o engenheiro eletrônico Tiago Barros, gerente-técnico da SITECH Brasil.
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Reportagem com base no conteúdo apresentado no “Engenharia 4.0: operação remota de equipamentos”, promovido pela Sobratema
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DNIT relata aprendizado com pavimento de concreto

Crédito: Serviços Técnicos de Engenharia S.A
O diretor de planejamento e pesquisa do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, revela em webinar do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) que o organismo responsável pela construção e a manutenção de rodovias no Brasil tem aprendido constantemente com os projetos que priorizam o pavimento de concreto. Segundo ele, a cada obra a qualidade é aprimorada.
Um campo de aprendizagem foi a BR-101 Nordeste. Trata-se do maior trecho do país com pavimento rígido, e que irá alcançar pouco mais de 1.000 quilômetros quando concluída a duplicação. “Tivemos questões relacionadas a projeto no trecho que passa pelos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia. O principal aprendizado foi o de que não faremos mais acostamento com pavimento flexível em rodovia de concreto. Revisamos protocolos quanto a isso, pois as juntas entre o rígido e o flexível levaram a infiltrações, causando quebras de placas”, cita o diretor do DNIT.
O DNIT investiu em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para se qualificar nesse tipo de revestimento e atualizar seus protocolos. De acordo com Luiz Guilherme, as medidas têm dado confiança ao mercado para adotar o pavimento de concreto nas licitações de obras públicas. Ele cita que as BRs 163 e 364, no Mato Grosso, e que foram concedidas à iniciativa privada, já foram pavimentadas seguindo os novos protocolos de pavimento rígido. Da mesma forma, estão em execução as duplicações da BR-222, no Ceará, e da BR-381, em Minas Gerais.
Além disso, a maior durabilidade da tecnologia, aliada à sustentabilidade e ao menor custo na comparação com o pavimento flexível (asfalto), tem levado o DNIT a expandir a quilometragem do revestimento em concreto nas rodovias brasileiras, inclusive com a adesão dos empreiteiros. “A BR-381, em Minas Gerais, é um exemplo. O empreiteiro propôs a alteração do projeto e considerou o pavimento rígido mais vantajoso”, diz Luiz Guilherme Rodrigues de Mello.
Confiança na tecnologia faz aumentar número de projetos com pavimento de concreto
O DNIT ganhou confiança também para aplicar o pavimento rígido em projetos mais ousados, como o da BR-285, em Santa Catarina, que cruza a serra da Rocinha, na divisa com o Rio Grande do Sul. O organismo também desenvolveu tecnologia de recuperação de pavimentos rígidos antigos. Como aconteceu na BR-408, em Pernambuco. A estrada foi duplicada e uma das pistas já tinha revestimento de concreto com quase 40 anos de uso. Para que oferecesse o mesmo conforto para o tráfego de veículos que a pista nova, foi aplicada a técnica conhecida como diamond grinding, que faz o micronivelamento do pavimento com discos de diamante.
Luiz Guilherme afirma que o DNIT evoluiu significativamente em aspectos técnicos do pavimento rígido, como a correção de irregularidade longitudinal. “Antes não havia limites definidos e agora temos normativas e protocolos para isso”, afirma. “Também evoluíram os critérios relacionados à operação das pavimentadoras, aos projetos de drenagem e ao posicionamento das barras de transferência para evitar esmagamento das juntas”, completa o diretor do DNIT.
No webinar, o dirigente aproveita para elencar as futuras obras com pavimento rígido que já estão contratadas ou em fase de projeto. Envolvem a BR-135, no Maranhão (whitetopping); o contorno de Três Lagoas (BR-158) no Mato Grosso do Sul; a BR-163, no oeste de Santa Catarina, e a BR-230, na Paraíba. “Há muito espaço para o pavimento de concreto avançar no país, seja em novas rodovias, duplicações ou restaurações de estradas. De 100% de nossa malha rodoviária com revestimento, apenas 2% é em pavimento rígido. Queremos aumentar isso”, finaliza Luiz Guilherme Rodrigues de Mello.
Assista à palestra do diretor do DNIT (entre 1h16min e 1h42min)
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Reportagem com base na participação do diretor de planejamento e pesquisa do DNIT, Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, no webinar “Infraestrutura no Brasil: estruturação de negócios e obras icônicas”
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Altair Santos MTB 2330
Nova Lei das licitações entra em vigor só em 2023

Crédito: Senado Federal
Sancionada em 1º de abril de 2021, a nova Lei das Licitações (14.133/2021) tem prazo de 2 anos para entrar integralmente em vigor. Durante o período de transição, segue valendo a legislação atual, que inclui a Lei de Licitações (8.666/1993), a Lei dos Pregões (10.520/2002) e a Lei do Regime Diferenciado (12.462/11). O prazo de 2 anos é para que os organismos públicos possam se adequar às novas regras. A partir e 1º de abril de 2023, passa a valer exclusivamente a nova lei.
Apenas a parte dos crimes licitatórios substitui, de imediato, as regras anteriores. Com 194 artigos, o texto da nova lei considera fatos desvendados pela operação Lava Jato e aumenta as penas para crimes relacionados a licitações e contratos. Além disso, passa a exigir seguro-garantia para obras de grande porte. O seguro é de até 30% do valor da licitação, e permite que as seguradoras assumam obras interrompidas. Essa medida reduz o risco de que projetos sejam paralisados ou abandonados durante a fase de execução.
A nova Lei das Licitações também abre espaço para que empresas estrangeiras concorram por obras públicas. Agora, os editais de licitação poderão trazer a modalidade “licitação internacional”. Quando a definição estiver inclusa significa que será admitida a participação de licitantes estrangeiros. Ela também abre espaço para a cotação de preços em moeda estrangeira e facilita o uso de tecnologias inovadoras na execução de obras em território nacional.
Manutenção do menor preço desagrada setores da construção civil e da arquitetura
Um ponto bastante criticado pelos organismos ligados à construção civil e à arquitetura está relacionado com a manutenção do menor preço na nova lei. Isso foi interpretado como um erro, pois mantém o risco de que obras de baixa qualidade possam ser viabilizadas com recursos públicos. Por outro lado, a nova lei endurece as regras para dispensa de licitação e inclusão de aditivos contratuais quando a obra já estiver em andamento. Também foram mantidos pontos da Lei 12.462, como a contratação por tarefa, a contratação integrada e a semi-integrada.
A legislação nova determina que os projetos concorrentes nas licitações devem ser apresentados em BIM (Building Information Modeling). “Nas licitações de obras e serviços de engenharia e arquitetura, sempre que adequada ao objeto da licitação, será preferencialmente adotada a Modelagem da Informação da Construção (Building Information Modeling – BIM) ou tecnologias e processos integrados similares ou mais avançados que venham a substituí-la”, diz o parágrafo 3º do item V do artigo 19 da lei.
Por recomendação da Advocacia-Geral da União (AGU), a Presidência da República vetou 26 artigos da nova Lei das Licitações. Os vetos serão analisados em sessão conjunta do Congresso Nacional, com data ainda a ser definida. Para a rejeição, é necessária a maioria absoluta dos votos dos parlamentares, ou seja, 257 deputados e 41 senadores, computados separadamente. Registrada uma quantidade inferior de votos pela rejeição em umas das Casas, o veto será mantido.
Entrevistado
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