Justiça de SP suspende e retoma mapa do zoneamento da capital

O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu uma liminar suspendendo a aplicação do mapa de zoneamento da capital, legislação sancionada em 2024. A decisão do desembargador relator Nuevo Campos, divulgada em 14 de janeiro, atendeu a um pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo. No entanto, em 28 de janeiro, a Justiça restabeleceu as regras aprovadas em 2024.

O mapa estabelece os parâmetros para construções e determina quais atividades são permitidas em cada área da cidade. A lei passou por uma revisão em julho de 2024 e sofreu mudanças no final do ano. A decisão de suspender o mapa foi uma resposta a uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo, originada a partir de um pedido da Associação dos Amigos do Alto de Pinheiros.

Decisão foi parcialmente revista e suspendeu apenas as mudanças feitas no Alto de Pinheiros.
Crédito: Envato

Para solicitar a suspensão do mapa de zoneamento, o MP argumentou que a emenda parlamentar que originou o artigo 84 da Lei de Zoneamento — que trata do mapa — modificou a legislação sem a devida consulta pública ou planejamento técnico. Além disso, o órgão apontou a violação dos princípios da impessoalidade, moralidade, segurança jurídica e fundamentação. No entanto, em seguida, o desembargador atendeu ao pedido da prefeitura para rever a decisão parcialmente e suspendeu apenas as mudanças feitas no Alto de Pinheiros.

No bairro, a legislação alterou a classificação da Marginal Pinheiros no trecho entre as avenidas Arruda Botelho e Frederico Hermann Jr. Antes da mudança, essa área era considerada uma Zona Corredor, permitindo apenas edificações baixas e atividades comerciais limitadas para preservar o caráter estritamente residencial da região. Com a nova regra, a área foi transformada em uma zona de centralidade, possibilitando a construção de prédios de até 48 metros de altura.

De acordo com o arquiteto Lucas Chiconi Balteiro, a motivação partiu da tentativa de alteração de áreas demarcadas como Zona Exclusivamente Residencial (ZER) no Alto de Pinheiros, zona oeste da cidade. “Acredito que seja delicado afirmar que houve falta de planejamento técnico, uma vez que a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento conta com muitos profissionais com diferentes especializações. No entanto, esses trabalhos técnicos estão sujeitos às decisões políticas que os sobrepõem. Portanto, é importante compreender que a técnica está subordinada ao caráter político e ideológico dos processos deliberativos dos poderes Executivo e Legislativo”, justifica.

Balteiro também aponta que a participação popular é uma fraqueza frequente do planejamento e da política urbana em geral. “Embora seja garantida em lei, não há método ou fórmula mágica que consiga intervir nas desigualdades da estrutura social brasileira. Isso significa que, infelizmente, setores já muito privilegiados tendem a dominar o processo participativo, seja por meio de organizações de bairros abastados, seja pelas empresas do próprio setor imobiliário, que já contam com devidas representações institucionais, seja pela organização de audiências públicas e oficinas participativas que, em muitos casos, não atendem às dinâmicas cotidianas de parte considerável da população, sobretudo no que se refere aos horários e locais de realização. A somatória de todas essas variáveis acaba resultando em um processo de elaboração e/ou revisão que é desigual do início ao fim”, comenta.

Desdobramentos e consequências

De acordo com Balteiro, é difícil afirmar desdobramentos concretos. “Acredito que a prefeitura irá reavaliar algumas políticas e dar visibilidade a projetos urbanos que estão sendo debatidos e aplicados, de forma paralela ao marco regulatório (plano diretor e zoneamento). Em perspectiva histórica, sempre houve polêmicas em torno da construção dessas leis, sobretudo por tudo o que elas influenciam em termos de interesses coletivos e particulares no município, abrindo espaço para disputas de toda ordem, mesmo que em caráter democrático. Vale dizer que o próprio zoneamento, como o conhecemos, surgiu na lei de 1972 por meio da criação da Z1, atualmente denominada ZER, com o objetivo de garantir os bairros-jardins exclusivamente residenciais das elites paulistanas, concentrados nos arredores do Rio Pinheiros e do espigão da Avenida Paulista. Desse modo, é necessário compreender essas nuances sociais e econômicas que envolvem a legislação”, explica o arquiteto.

As consequências afetam principalmente os projetos já aprovados pela prefeitura, que foram analisados com base na última revisão cujo mapa foi suspenso, segundo Balteiro. “A cidade já é um espaço de múltiplas temporalidades, onde diferentes legislações são aplicadas simultaneamente, como demonstra o próprio instrumento do Direito de Protocolo, que garante a avaliação e aprovação de um empreendimento conforme a lei vigente no momento do protocolo na prefeitura. No entanto, com a cessação de uma lei recentemente aprovada devido à suspensão do mapa, há uma tendência de que o mercado interprete a situação como insegurança jurídica, gerando receio em toda a cadeia produtiva da indústria imobiliária”, afirma.

Em síntese, Balteiro acredita que uma suspensão desse tipo provoca desconfiança por parte da população e de toda a cadeia de trabalho, além de impactar as relações políticas e sociais. 

“O problema, a meu ver, não se trata da última revisão isoladamente, mas de todas as revisões anteriores que, por falhas persistentes, resultaram na aprovação de uma lei pouco consistente, baseada em revisão, revisão da revisão e mini-revisão. Não é novidade que temos visto uma série de contradições no planejamento nos últimos anos, sobretudo pela intensa construção de edifícios altos ao longo dos eixos de transporte, sem que isso garanta um enfrentamento real das desigualdades. Além disso, o incentivo ao adensamento nos eixos tem sido utilizado como argumento contrário à preservação de espaços de memória que podem ser relevantes para o patrimônio cultural e ambiental do município. Essas discussões têm sido promovidas por diferentes instituições de ensino superior e pesquisa, como foi o caso dos Fóruns SP 21 e SP 22/23, que tiveram como premissa debater justamente as revisões da legislação urbanística municipal. Ao fim e ao cabo, os mapas da lei, que são instrumentos imprescindíveis para sua aplicação, quando não produzidos de modo transparente e eficiente, tendem a impactar negativamente todo o processo. Foi o caso de vereadores que chegaram a produzir seus próprios mapas para influenciar a revisão do zoneamento”, conclui Balteiro.

Entrevistado

Lucas Chiconi Balteiro é mestrando na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). É arquiteto e urbanista pelo Centro Universitário FIAM FAAM e membro dos grupos de pesquisa Cultura, Arquitetura e Cidade na América Latina - CACAL (FAU/USP) e Cidade, Arquitetura e Preservação em Perspectiva Histórica - CAPPH (EFLCH/UNIFESP). Tem experiência em planejamento urbano e patrimônio cultural, com atuações nos setores público e privado.

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Concretagem em clima quente: desafios e soluções para garantir a qualidade e durabilidade das estruturas

Empreendimento Vitra by Pininfarina, da construtora Pasqualotto & GT Empreendimentos, demandou 465.000 kg de gelo.
Crédito: Divulgação/Pasqualotto & GT

O trabalho com o concreto em localidades onde as temperaturas são muito elevadas traz vários desafios. Isso porque as altas temperaturas afetam diretamente a composição, o lançamento e a cura do concreto, podendo prejudicar a qualidade e a resistência do produto final.

Por isso, a concretagem em clima quente exige planejamento e soluções técnicas para garantir a qualidade e a durabilidade das estruturas. Com o aumento das temperaturas, as condições ambientais podem comprometer o desempenho do concreto, tornando essencial a adoção de estratégias específicas. 

Segundo Jair Schwanck Esteves, coordenador de Desenvolvimento Técnico da Concrebras, o calor pode afetar o concreto de diferentes formas. “A influência da temperatura no concreto pode ter origem tanto interna quanto externa. Internamente, é gerado o processo de hidratação do cimento, resultando em variações volumétricas desde a fase inicial de cura até o equilíbrio térmico com o ambiente. Externamente, fatores como temperatura elevada, baixa umidade do ar e ação do vento podem intensificar a retração do concreto”, detalha. Esses elementos podem comprometer a resistência e durabilidade da estrutura se não forem controlados corretamente.

Uso do gelo como solução térmica

Uma estratégia eficaz para combater os efeitos das altas temperaturas na concretagem é a utilização de gelo. O resfriamento do concreto fresco reduz os picos térmicos e minimiza riscos de fissuração. "O gelo é uma ferramenta eficaz para reduzir os efeitos do calor, especialmente em estruturas mais espessas, como blocos de fundação, pilares e vigas de transição", afirma Esteves.

Esse método é amplamente utilizado em grandes obras, onde o controle térmico é essencial para manter a qualidade do concreto. Na concretagem do Edifício Marena, por exemplo, para diminuir os efeitos térmicos, foram utilizados gelo, cimento Portland de baixo calor de hidratação, aditivos redutores de água de alta performance e aditivos de controle de hidratação.

A elevação da temperatura interna do concreto acima de determinados limites pode gerar o fenômeno da DEF (Delayed Ettringite Formation - Formação de Etringita Tardia), um composto secundário da hidratação do cimento com capacidade potencial de expansão volumétrica. Isso poderia comprometer a durabilidade e a estabilidade da fundação sob certas condições ao longo do tempo.

Leia mais: Conheça os desafios e as soluções inovadoras da concretagem do Edifício Marena executada pela Concrebras

Monitoramento da temperatura durante a concretagem

O controle da temperatura não se restringe apenas à preparação do concreto, mas também ao monitoramento durante sua aplicação. "Para blocos de fundação, as temperaturas são previamente estimadas pelo Método dos Elementos Finitos", explica Esteves.

Durante a execução, sensores chamados termopares são instalados no interior do concreto para monitorar variações térmicas e evitar que o calor excessivo comprometa a estrutura.

O planejamento de uma concretagem em condições climáticas adversas deve ser minucioso. A logística inclui a definição das datas de concretagem e a contratação de empresas especializadas no fornecimento de gelo, garantindo o suprimento necessário ao longo da obra. "Dependendo do porte da construção, a concretagem pode durar uma semana, exigindo um abastecimento contínuo", ressalta Esteves.

Casos desafiadores e a expertise da Concrebras

A experiência técnica é um fator determinante para o sucesso de projetos em clima quente. A Concrebras tem expertise comprovada em obras de grande porte, garantindo a aplicação de concreto de alta qualidade.

Um exemplo disso foi a concretagem do bloco de fundação do empreendimento Vitra by Pininfarina, da construtora Pasqualotto & GT Empreendimentos. "Foram utilizados 4.632 m³ de concreto, cerca de 579 caminhões betoneira e aproximadamente 465.000 kg de gelo para um concreto autoadensável com resistência de 50,0 MPa", destaca Esteves.

Leia também: Controle de picos térmicos e lançamento do concreto foram desafios na concretagem do edifício One Tower

Isso demonstra que a concretagem em clima quente exige medidas estratégicas para evitar comprometimentos na estrutura final. O controle da temperatura, o uso de gelo e o monitoramento constante são fundamentais para garantir a integridade do concreto. Com planejamento e expertise técnica, é possível realizar obras de alto padrão mesmo sob condições climáticas desafiadoras.

Entrevistado
Jair Schwanck Esteves é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), pós-graduado em Auditoria, Avaliações e Perícias em Engenharia (IPOG) e coordenador de Desenvolvimento Técnico da Concrebras. 

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jair.esteves@concrebras.com.br

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Tendência de ficar em casa transforma arquitetura dos empreendimentos

O conceito de ter um espaço dedicado em casa para atividades como estudos ou até mesmo para algumas demandas profissionais ainda é muito valorizado.
Crédito: Divulgação/Blue Heaven

Um estudo recente publicado no The Journal of the American Association revelou que, embora tenha havido uma leve recuperação entre 2021 e 2022, o tempo dedicado a atividades fora de casa diminuiu significativamente em 2023, com uma redução de 53 minutos diários em comparação a 2019, período pré-pandemia, entre os americanos. Aqui no Brasil, o percentual de brasileiros que trabalham em seu domicílio de residência é de 8,3% do total, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Em 2019, antes da pandemia, este percentual era de 5,8%. Diante deste cenário, como o home office vem impactando a construção de novos imóveis

Contato com a natureza

Para Fabricio Bellini, diretor da Blue Heaven Empreendimentos, uma das principais tendências é um maior contato com a natureza. “Eu diria que no Brasil temos uma tela viva, uma conexão direta com a natureza, que já faz parte do nosso ambiente e da nossa origem. Sempre moramos em casas, com essa relação direta com o espaço ao redor. Os apartamentos surgiram depois, por questões de mobilidade e praticidade, mas a essência de viver em um ambiente onde você pode estar em contato com a natureza e sentir que está em uma verdadeira casa nunca deixou de existir. Hoje, após tantas mudanças que vivemos nos últimos anos, as pessoas passaram a valorizar mais essa possibilidade de ter um ambiente que proporcione bem-estar, seja em casa ou no trabalho”, comenta Bellini.

E isso também se reflete nos projetos, pois uma das tendências mais fortes na arquitetura atualmente é o retorno às nossas origens, à simplicidade genuína. “A ideia de voltar ao primitivo, ao que é essencial e verdadeiro, tem sido cada vez mais valorizada. A arquitetura tem se voltado para esse resgate da essência, buscando criar espaços que verdadeiramente conectem as pessoas ao seu ambiente de forma simples, mas autêntica”, afirma Bellini.

Procura por salas confortáveis e suítes amplas têm crescido nos imóveis.
Crédito: Divulgação/Blue Heaven

Mudança no ambiente de trabalho

Esse conceito de ambiente de trabalho também tem mudado. “Estamos repensando a ideia do escritório como um lugar pesado e desconfortável e tentando transformá-lo em um espaço mais agradável, porque passamos a maior parte do tempo entre nossa casa e nosso trabalho. A qualidade de vida precisa estar presente em ambos os lugares, para que possamos realmente usufruir deles de forma plena”, explica o diretor da Blue Heaven Empreendimentos.

Apesar de uma parte das pessoas já ter voltado ao trabalho presencial, o conceito de ter um espaço dedicado em casa para atividades como estudos ou até mesmo para algumas demandas profissionais ainda é muito valorizado. “Não se trata apenas de ter um local para trabalhar, mas de ter um ambiente agradável, que proporcione conforto e bem-estar. No nosso caso, além de oferecer a opção de home office dentro do apartamento, também incluímos um escritório de uso dos moradores. Acredito que o home office tem um caráter mais pessoal, voltado para as necessidades e atividades individuais de cada um. Embora as pessoas tentem se desconectar do trabalho, é quase impossível não trazer um pouco dele para dentro de casa, principalmente com a rotina moderna”, expõe Bellini.

Bellini acredita que o escritório de uso dos moradores serve para situações mais profissionais. “Por exemplo, se eu preciso fazer uma reunião ou atender alguém, posso fazê-lo nesse espaço, sem a necessidade de levar a pessoa para minha casa. Isso permite que eu mantenha a minha privacidade enquanto ainda consigo atender demandas externas de forma prática e confortável. Esses dois espaços — o home office para minhas atividades pessoais e o escritório para atender outras pessoas — oferecem flexibilidade e a possibilidade de trabalhar de maneira mais equilibrada entre o ambiente doméstico e o profissional”, comenta.

Consumidores passaram a valorizar mais essa possibilidade de ter contato com a natureza em casa.
Crédito: Divulgação/Blue Heaven

Mais espaço

O diretor da Blue Heaven Empreendimentos destaca que hoje há uma busca crescente por casas maiores, especialmente após a pandemia. “As pessoas têm valorizado mais o espaço, e a casa, em sua maioria, é grande. Um exemplo claro disso é a procura por suítes amplas e salas confortáveis, pois esses são os ambientes mais usados no dia a dia, com destaque para a suíte master. Isso se torna um grande diferencial para os clientes, que buscam espaços mais generosos para o convívio. Tenho um exemplo de um cliente que mora em uma cobertura triplex com sua esposa e filha. E esse tipo de situação não é isolado. Conheço empreendimentos em Curitiba, por exemplo, onde há apartamentos de 800 metros quadrados, e, ao visitá-los, nos surpreendemos ao saber que moram lá apenas o casal e um filho. Isso mostra que as pessoas realmente gostam de ter mais espaço, o que, sem dúvida, traz muito conforto, especialmente para quem gosta de receber amigos e familiares. Esse é um dos principais motivos pelo qual as pessoas têm buscado imóveis com mais amplitude”, aponta.

Entrevistado
Fabrício Bellini é diretor da Blue Heaven Empreendimentos e especialista em mercado imobiliário com mais de 20 anos de experiência.

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Governo anuncia investimento de R$ 4,5 bilhões para rotas do agronegócio

Restauração em concreto da BR-135/MA é uma das obras previstas pelo Ministério dos Transportes.
Créditos: Divulgação/DNIT

O Ministério dos Transportes anunciou um investimento de R$ 4,5 bilhões em medidas para escoamento da safra de grãos de 2024/2025. Este valor deve ser aplicado para reduzir os custos logísticos e fortalecer a competitividade do Brasil no mercado agrícola internacional. A previsão é que a produção agrícola brasileira em 2025 chegue a 322,47 milhões de toneladas. Esse volume representa um crescimento de 8,3% em relação à safra anterior.

Obras a serem feitas

Dentre as obras previstas, segundo o Ministério dos Transportes, estão:

- Restauração da BR-135/MA (em concreto), ligando São Mateus a Miranda do Norte;

- Construção do Ponto de Parada e Descanso de Novo Progresso, na BR-163/PA;

- Duplicação da BR-163/MT, entre Diamantino e Nova Mutum;

- Restauração da BR-158/PA, em Redenção (PA);

- Construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). 

Investimento por regiões

No documento “Medidas para Escoamento da Safra de Grãos 2025”, publicado pelo Ministério dos Transportes, foi considerada uma divisão dos fluxos da seguinte forma:

- Arco Norte: compreende os corredores BR-163, BR-135, BR-364, BR-242 e BR-155/158/FNS/EFC.

- Corredor Sul-Sudeste: BR-153/365/MG, BR-163/PR, BR-050/GO, BR-470/SC, BR-116/RS e FICO.

No Arco Norte, deve acontecer uma ampliação dos Investimentos de R$ 2 bi (2024) para R$ 2,6 bi. No Corredor Sul-Sudeste, o aumento será de R$ 1,6 bi (2024) para R$ 1,9 bi. 

“O centro gravitacional da produção agrícola mudou, saiu do Sul e migrou para o Mato Grosso, a infraestrutura precisou ser toda deslocada”, afirmou Renan Filho, ministro dos Transportes. 

Leilões

Com o objetivo de aprimorar a infraestrutura de escoamento, o Ministério dos Transportes prevê realizar, em 2025, nove leilões voltados a corredores rodoviários estratégicos, abrangendo 5.517 quilômetros de melhorias e investimentos estimados em R$ 91,4 bilhões. Paralelamente, está planejada a concessão de 1.708 quilômetros de ferrovias, com aportes de R$ 99,7 bilhões, reforçando a competitividade do transporte de cargas no país.

Programa de Parcerias de Investimentos em São Paulo

Ao mesmo tempo em que o governo federal faz este movimento para melhorar a infraestrutura das rodovias ligadas ao agronegócio nacional, o governo do Estado de São Paulo instituiu o Programa de Parceria de Investimentos (PPI-SP), por meio do decreto 67.443. O objetivo principal do PPI-SP é ampliar as oportunidades de investimento, emprego, desenvolvimento socioeconômico, tecnológico, ambiental e industrial de São Paulo.

Fortalecer a integração dos meios de transporte é um dos objetivos do programa. Um dos exemplos disso é a Rodovia Raposo Tavares (SP-270), que tem servido como um novo corredor logístico para o escoamento da produção agroindustrial do Estado e do Centro Oeste. Com a concessão do Lote Paranapanema, que compreende o trecho entre Itapetininga e Ourinhos, toda a SP-270 estará duplicada, o que oferecerá segurança e fluidez ao longo de toda a rodovia, da divisa com o Mato Grosso do Sul à Região Metropolitana. 

Além da Raposo Tavares, outras rodovias fazem parte do PPI-SP:

  • Rota Sorocabana;
  • Túnel imerso Santos-Guarujá;
  • Lote Paranapanema;
  • Circuito das Águas;
  • Rota Mogiana;
  • Lote Litoral Norte;
  • Lote Litoral Paulista.

A carteira de projetos deste eixo conta com 7 projetos e investimento estimado em R$ 35,4 bilhões.

Fonte
Ministério dos Transportes
Programa de Parceria de Investimentos (PPI-SP)

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Reajuste de até 15% nos aluguéis leva curitibanos a buscar a compra da casa própria como solução

Empreendimentos novos e diferenciados são mais procurados, como o edifício Door, que inclui rooftop com piscina e áreas comuns inovadoras.
Crédito: Divulgação

O mercado imobiliário de Curitiba vive um momento de intensa valorização, com aluguéis residenciais registrando aumentos expressivos. O preço médio do aluguel residencial no Brasil registrou uma alta de 13,5% em 2024, de acordo com o Índice FipeZap.

Entre as 22 capitais pesquisadas, Curitiba registrou um aumento de 7,73% no preço médio de aluguel, enquanto em alguns bairros esse reajuste pode chegar a 15%. O fenômeno atinge principalmente bairros nobres e bem estruturados da capital paranaense. Dados do setor imobiliário indicam que as regiões do Batel, Água Verde e Campo Comprido registraram as maiores elevações.

Assim, a compra do imóvel próprio vem se tornando uma alternativa cada vez mais atrativa para quem busca estabilidade financeira e evita reajustes frequentes. Como reflexo dessa tendência, o setor da construção civil também tem sido impactado positivamente, com aumento na demanda por unidades novas.

Demanda em alta para apartamentos de dois quartos

Recente pesquisa do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Secovi-PR, aponta que a demanda por apartamentos de dois dormitórios na cidade cresceu 7,6% em relação a 2024. Esse movimento está diretamente ligado à alta dos valores de aluguel, que tem tornado inviável a permanência em determinadas regiões para muitas famílias e investidores.

De acordo com Pedro Forte Rauli, diretor de Novos Negócios da Rottas Construtora, a baixa disponibilidade de imóveis modernos no mercado de locação tem pressionado os preços para cima. “A valorização dos imóveis novos acaba aumentando o valor pago pelos locatários. Por outro lado, quem opta por pagar um financiamento em vez de um aluguel pode transformar esse custo em patrimônio”, explica.

Por conta desse cenário, bairros emergentes e de fácil acesso ao centro têm se mostrado opções atrativas para quem busca um imóvel próprio com melhor custo-benefício. “A procura por apartamentos novos tem sido maior em regiões que oferecem infraestrutura completa e acesso rápido a diferentes partes da cidade”, destaca Rauli.

Compra de imóvel próprio não é apenas uma alternativa à alta dos aluguéis, mas um investimento estratégico para o futuro.
Crédito: Divulgação

Aceleração da venda de imóveis novos e diferenciados

Diante desse contexto, a venda de imóveis novos tem apresentado um crescimento acelerado. O segmento de apartamentos compactos e bem localizados é o mais procurado, especialmente por jovens profissionais e investidores. “A velocidade de venda de imóveis diferenciados tem sido muito boa. O mercado busca qualidade e boas oportunidades de investimento, e isso tem refletido no ritmo das transações”, afirma Rauli.

Para atender à alta demanda, empreendimentos como o Door, estão em expansão. Localizado no bairro Portão e previsto para ser entregue no segundo semestre de 2025, o projeto inclui rooftop com piscina e áreas comuns inovadoras, sendo uma opção de investimento estratégico em um dos pontos mais valorizados da cidade.

Valorizando o futuro

A tendência de valorização imobiliária também é comprovada por um levantamento da Ademi-PR/Brain, que aponta um crescimento de 8,2% nos preços dos imóveis novos em Curitiba nos últimos 12 meses, quase o dobro da inflação do período. Esse cenário faz com que a compra do imóvel próprio não seja apenas uma alternativa à alta dos aluguéis, mas também um investimento estratégico para o futuro.

Com um mercado imobiliário aquecido e a perspectiva de novas valorizações, Curitiba segue como uma das cidades mais atrativas para quem busca segurança financeira e qualidade de vida através da aquisição de um imóvel próprio.

Entrevistado
Pedro Forte Rauli é graduado em Engenharia Civil graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), MBA em Gestão de Negócios Imobiliários pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor de Novos Negócios da Rottas Construtora.

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marketing@rottasconstrutora.com.br

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Mulheres conquistam espaço impulsionadas pela industrialização e iniciativas de equidade de gênero

Karina Lima (3ª da esquerda para a direita) ladeada pelas três primeiras operadoras de caminhão na mineração da Cimento Itambé.
Crédito: Divulgação

A presença feminina na construção civil tem crescido significativamente nos últimos anos, impulsionada por mudanças estruturais no setor e iniciativas de inclusão. Atualmente, as mulheres representam cerca de 10% da mão de obra na construção civil no Brasil, de acordo com dados do Sinduscon-PR. No Paraná, o setor da construção civil emprega cerca de 170 mil trabalhadores e Curitiba 55 mil. Desse total, 10% das vagas são ocupadas por mulheres. Esse aumento reflete um movimento global em direção à diversificação dos ambientes de trabalho e à maior valorização das profissionais do setor.

Para Bianca Palazzo, vice-presidente de Responsabilidade Social do Sinduscon-PR, a inserção feminina traz impactos positivos, tornando o ambiente nos canteiros de obras mais leve e organizado. “As mulheres exercem diversos papéis e estão crescendo na construção porque são mais detalhistas e cuidadosas, especialmente em serviços que exigem acabamento fino, como pintura e azulejaria”, afirma. 

Esse crescimento também está relacionado a investimentos em capacitação. No Seconci, braço social do Sinduscon-PR voltado ao trabalhador do setor, são oferecidos cursos voltados para mulheres interessadas em ingressar na construção civil.

Gabriela Caroline Francener Luis, balanceira na Concrebras filial Araquari.
Crédito: Divulgação

Industrialização abre portas para mais mulheres

Com a modernização e a industrialização da construção civil, a tendência é de que mais mulheres ingressem na área. Segundo a engenheira Gabriela Zanin, que atua na MRV&CO, a tecnologia tem facilitado essa transição. “A adoção de processos automatizados e soluções sustentáveis criam um ambiente de trabalho mais organizado e com menos impacto físico, tornando o setor mais atrativo para as mulheres”, afirma.

A coordenadora de obras da Swell Construções, Marciele Todoroski, concorda. “Muitas mulheres têm receio em trabalhar na construção civil não apenas por ser um ambiente masculino, mas também pela questão de limpeza. Com a industrialização, vem junto a questão da melhoria na gestão dos resíduos, o que traria mais estímulos”, analisa.

Gabriela acredita que a mudança também se reflete na cultura das empresas. “Na MRV, temos um compromisso com a ONU para garantir 50% de mulheres nos canteiros de obras e em cargos de liderança. Isso demonstra os avanços que estão sendo conquistados no setor”, ressalta.

As primeiras mulheres motoristas na mineração da Itambé

Um marco histórico para a participação feminina no setor da construção ocorreu na unidade da Cimento Itambé, onde, pela primeira vez, três mulheres assumiram a função de operadoras de caminhão na mineração. A mina Rio Bonito, localizada em Campo Largo (PR), conta com 28 motoristas, e essa é a primeira vez que mulheres passam a integrar essa equipe.

Karina Lima, gerente de mineração da Cimento Itambé, explica que essa inclusão é inovadora no setor. “Não é comum vermos mulheres operando caminhões na mineração, especialmente na região Sul. No entanto, elas demonstraram postura profissional, seriedade e conhecimento técnico, o que garantiu suas contratações”, afirma.

Para ela, a diversidade impacta diretamente a produtividade e a segurança no trabalho. “Quando incluímos diferentes olhares e experiências, fortalecemos não só nosso time, mas todo o setor”, completa.

Concrebras na valorização da mulher

Outro exemplo de que não há limitação para que as mulheres atuem no mercado de trabalho vem da Concrebras, empresa do grupo Itambé, com iniciativas de inserção feminina em várias áreas da empresa.

Exemplo disso é a balanceira Gabriela Caroline Francener Luis, que iniciou sua jornada na Concrebras (empresa do Grupo Itambé) filial Araquari há 1 ano e 2 meses, sem conhecimento prévio sobre concreto ou o funcionamento de uma central. “No começo, enfrentei desafios e incertezas, mas tive a sorte de contar com pessoas especiais que acreditaram no meu potencial e me deram a oportunidade de crescer profissionalmente”, relata.

Ela aponta que um dos grandes desafios foi operar uma central nova, especialmente porque nunca havia trabalhado antes na área. No entanto, com dedicação, aprendizado contínuo e apoio, Gabriela foi adquirindo conhecimento e confiança. “Hoje, tenho orgulho de ver o quanto evoluí e de contribuir para o sucesso da empresa”, assinala.

Já Amanda Pereira Ferreira, que atua há cerca de um ano na filial de Paranaguá da Concrebras, também desbravou em uma área que antes era mais restrita aos homens. A Concrebras foi pioneira ao contratar uma motorista mulher para operar com caminhão betoneira, prova de que não há limitações para a atuação feminina.

Desafios ainda persistem

Amanda Pereira Ferreira, motorista de caminhão betoneira na Concrebras filial Paranaguá
Crédito: Divulgação

Apesar dos avanços, a caminhada das mulheres na construção civil ainda enfrenta desafios. A engenheira Gabriela Zanin destaca que, embora nunca tenha sofrido preconceito, conhece histórias de mulheres mais experientes que enfrentaram dificuldades. “As coisas estão mudando, mas a cultura do setor ainda precisa evoluir. Muitas mulheres ainda precisam provar constantemente sua competência para serem reconhecidas”, comenta.

Outro ponto relevante é a necessidade de ampliar a representatividade feminina em cargos de liderança. Bianca Palazzo reforça que ainda há muito a ser conquistado. “Quando entrei no Sinduscon-PR, eu era a única mulher na vice-presidência. Hoje, já somos duas, e também temos mulheres em posições estratégicas, mas precisamos incentivar ainda mais a participação feminina”, defende.

A engenheira Marciele relata que atua em uma construtora que valoriza muito as mulheres. Temos várias delas em cargos de liderança e a empresa entende que temos necessidades diferentes e isso nunca foi problema para a entrega de serviços. Assim, mesmo nós, mulheres, tendo outras atividades - como cuidar dos filhos, por exemplo -, conseguimos alcançar as metas”, relata. 

O futuro da construção civil é a diversidade

A engenheira Marciele dá algumas dicas para as mulheres que estarão futuramente atuando no setor. “Confiem no seu potencial. Além de termos a mesma capacidade técnica que os homens, temos a sensibilidade que nos ajuda a entender e resolver alguns problemas”. 

Assim, com iniciativas de inclusão, investimentos em capacitação e o avanço da industrialização, a tendência é de que mais mulheres ingressem e se destaquem na área. O caminho ainda tem desafios, mas a presença feminina na construção civil veio para ficar.

Entrevistadas
Bianca Palazzo é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), possui MBA em Edificações Sustentáveis pela Pontifícia Universidade Católica de Petrópolis (PUC-RJ), International Master BIM Management pela Zigurat Institute of Technology, especialista em Edificação Saudável pela Health Building Certificate (HBC-Brasil). Atua como diretora executiva da Lavitta Engenharia, é vice-presidente de Responsabilidade Social do Sinduscon-PR, e faz parte dos comitês de Responsabilidade Social da CBIC, Comitê de Responsabilidade Social da FIEP-PR e comitê de Governança da Construção Civil EloHABITAT, do Sebrae.

Marciele Todoroski é engenheira civil e atua como coordenadora de obras da Swell Construções. Tem experiência de 15 anos na construção de edifícios residenciais. Há 6 anos na Swell, é responsável pelo planejamento físico e financeiro dos empreendimentos, contrato de mão de obra e acompanhamento de previsto e realizado.

Gabriela Zanin é engenheira civil graduada pela Universidade Positivo (UP). Atua há seis anos na MRV no Paraná. 

Gabriela Caroline Francener Luis possui cursos profissionalizantes em Elétrica e Administração pelo Senai Santa Catarina e atua como balanceira na Concrebras, filial de Araquari.

Karina Lima é engenheira de minas graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pós-graduada em Engenharia ambiental pela UNICAMP, Gestão de pessoas pela Fundação Dom Cabral e Especialista em Engenharia de Barragens pela PUC-MG. Atualmente, é gerente de mineração da Cimento Itambé.

Contatos:
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A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.


Dubai ganhará torres gêmeas conectadas por uma piscina

A vegetação e os elementos aquáticos dão vida à base das torres.
Créditos: Foster + Partners

A cidade de Dubai se destaca no cenário internacional quando o assunto é arranha-céus e prédios com arquitetura diferenciada. Nos últimos anos, vários edifícios têm surgido pela cidade, como o Mercedes-Benz Places, Dubai Creek Tower, o maior edifício em 3D do mundo e a Dynamic Tower. Recentemente, um novo projeto tem chamado a atenção em Dubai: Regent Residences Dubai, que é composto por duas torres residenciais de 180 metros que são ligadas por uma piscina no último andar.

Localizada na Marasi Marina, em Business Bay, Dubai, as torres adjacentes foram inspiradas pela água em cascata e contam com sessenta apartamentos interligados e terraços em níveis. O projeto é uma colaboração entre a Sankari e a IHG Hotels & Resorts.

Cada apartamento conta com uma piscina privativa, que também cria uma fachada exclusiva e articulada, à medida que a água parece descer em cascata pelos edifícios.
Créditos: Foster + Partners

“A forma dinâmica e torcida das Regent Residences Dubai, Sankari Place, juntamente com sua fachada articulada, fará delas uma adição distinta a Business Bay e à cidade como um todo. Nosso design valoriza as conexões com a natureza, com generosos terraços sombreados e vistas otimizadas da orla”, afirma Gerard Evenden, chefe de Estúdio da Foster + Partners. A conclusão do empreendimento está prevista para o final de 2027.

Estrutura arquitetônica

A estrutura arquitetônica é dividida em duas torres que compartilham a mesma linguagem de design. Isso permite a criação de um apartamento espaçoso por andar, aumentando a ventilação natural e a entrada de luz. Cada apartamento foi projetado para oferecer vistas panorâmicas do Burj Khalifa, capturando os espetaculares amanheceres e entardeceres da cidade, segundo o escritório Foster + Partners.

Inspiradas pela água em cascata, as torres adjacentes fazem uma contribuição única ao horizonte e à orla da cidade, com sessenta apartamentos interligados e terraços em níveis.
Créditos: Foster + Partners

“Pensados para promover o bem-estar, todos os apartamentos contam com amplos terraços, permitindo que os moradores desfrutem de um estilo de vida saudável ao ar livre. Cada unidade possui uma piscina privativa, que também contribui para a fachada exclusiva e articulada, à medida que a água parece descer em cascata pelos edifícios. No nível mais alto, uma ultra-cobertura conecta as duas torres e apresenta uma espetacular piscina suspensa”, comenta Evenden.

Esta piscina que conecta os dois prédios não será aberta às intempéries, mas sim fechada em uma estrutura semelhante a uma ponte.

O pódio na base do empreendimento integra vegetação, espelhos d'água, espaços para jantares privativos, uma academia de última geração e uma série de piscinas internas e externas para os residentes. Unidades comerciais integradas ao longo da borda do pódio seguem a mesma linguagem de design do calçadão da Marasi Marina.

No nível mais alto, uma ultra-cobertura conecta as duas torres e conta com uma espetacular piscina suspensa.
Créditos: Foster + Partners

O empreendimento oferecerá instalações de alto padrão, incluindo um simulador de golfe, cinema e sala de jogos. Também contará com quadras de tênis e padel, um lounge para charutos e uma adega. O projeto inclui ainda um business lounge, um amplo spa e um lounge exclusivo para os moradores.

Fonte
Gerard Evenden, Chefe de Estúdio da Foster + Partners.

Contato
Assessoria de imprensa - ashopland@fosterandpartners.com

Jornalista responsável: 
Marina Pastore – DRT 48378/SP 
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Iniciada pavimentação em concreto da rodovia entre São José dos Pinhais e Mandirituba

Estima-se que, no ano de abertura ao tráfego, aproximadamente 1.265 veículos utilizarão diariamente a nova via.
Crédito: Divulgação/AMEP

Após quase três décadas de espera, começaram as obras de pavimentação em concreto da estrada rural que conecta São José dos Pinhais a Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Com um investimento de R$ 96,8 milhões por parte do governo do Paraná, a iniciativa busca fortalecer a infraestrutura local e promover o desenvolvimento socioeconômico da região.

Importância da obra para a região

A pavimentação dessa via é considerada essencial para o escoamento da produção agrícola e para o turismo local. O diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), Gilson Santos, destacou a relevância do projeto: "A nova ligação metropolitana estabelecerá uma conexão entre a BR-116, em Mandirituba, e a BR-376, em São José dos Pinhais. É uma nova conexão do Estado dentro da Região Metropolitana de Curitiba, que traz ganho de tempo para as pessoas, principalmente de quem vem da região Sul para o Litoral”, assinala.

Detalhes técnicos da pavimentação

O trecho a ser pavimentado possui 26,61 km de extensão, dividido em cinco segmentos. Nos trechos ímpares (1, 3 e 5), atualmente sem pavimentação, serão implantadas duas faixas de rolamento (uma em cada sentido) e uma ciclofaixa.

Já nos trechos pares (2 e 4), onde o pavimento existente é de paralelepípedo, será construída uma ciclovia adjacente. A pavimentação será realizada em concreto, garantindo maior durabilidade e resistência ao tráfego.

Obra de 26,61 km terá investimento de R$ 96,8 milhões por parte do governo do Paraná.
Crédito: Divulgação/AMEP

Impacto no tráfego local

De acordo com o projeto, estima-se que, no ano de abertura ao tráfego, aproximadamente 1.265 veículos utilizarão diariamente a nova via. Esse número deve aumentar para cerca de 1.934 veículos por dia no décimo ano de operação. A previsão de entrega da obra está prevista para daqui a 21 meses, possivelmente no final de 2026.

A melhoria na infraestrutura viária proporcionará maior segurança e eficiência no deslocamento de moradores, trabalhadores e no transporte de produtos agrícolas.

Perspectivas futuras

A conclusão da pavimentação entre São José dos Pinhais e Mandirituba representa um avanço significativo para a região, atendendo a uma reivindicação antiga da comunidade local. Espera-se que a nova rodovia estimule o crescimento econômico, facilite o acesso a mercados e serviços, além de promover o turismo e a qualidade de vida dos habitantes.

Entrevistado
Gilson Santos é graduado em Comunicação Social, pós-graduado em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Paraná e Planejamento Urbano pela Unylea. Atualmente, é diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) e presidente do Fórum Nacional de Entidades Metropolitanas.

Contato:
rodrigues@amep.pr.gov.br

Jornalista responsável
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Portaria estabelece medidas para acelerar a construção de moradias no RS

Portaria deve acelerar a construção de 1.332 unidades habitacionais em áreas urbanas.
Crédito: Mauricio Tonetto/Secom

Em maio de 2024, enchentes atingiram mais de 90% das cidades gaúchas. Os efeitos foram devastadores – mortes, pessoas desabrigadas, safras perdidas, entre outros danos. Um dos maiores desafios após esta tragédia é a reconstrução das moradias, muitas delas inutilizadas por se encontrarem em áreas de risco ou até mesmo condenadas segundo aspectos estruturais.

No final de janeiro de 2025, o Diário Oficial da União publicou a Portaria Conjunta MGI/MF/CGU Nº 32/2024, dos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), da Fazenda (MF) e da Controladoria-Geral da União. Este documento estabelece regras e diretrizes, de caráter excepcional, para acelerar a construção de 1.332 unidades habitacionais em áreas urbanas, destinadas a famílias que perderam suas casas durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.

De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, esta medida garante mais agilidade na execução dos termos de compromisso do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) celebrados, em 2024, entre o Governo Federal, o Estado e os municípios afetados pelas fortes chuvas. A ideia é trazer mais agilidade na resposta às famílias desabrigadas e minimizar os impactos dos eventos climáticos extremos que atingiram a região.

Outro benefício desta medida é a possibilidade dos municípios e o Estado começarem processos licitatórios para as obras sem a necessidade de autorização prévia do Governo Federal. Segundo o documento, o repasse poderá ser feito após a assinatura do termo de compromisso, nos casos em que não haja condição suspensiva, ou após o cumprimento de exigências pendentes, para os casos em que houver exigências a serem atendidas no futuro. Além disso, o repasse poderá ser realizado em parcela única, desde que haja disponibilidade financeira garantida pelos órgãos responsáveis.

A medida se aplica, exclusivamente, para os termos de compromisso voltados para a construção de unidades habitacionais em área urbanas, com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS integrante do Minha Casa, Minha Vida, oriundos do crédito extraordinário autorizado pela Medida Provisória nº 1.252, de 12 de agosto de 2024. A MP reservou R$ 200 milhões para ações emergenciais no Rio Grande do Sul. Embora a MP tenha perdido a validade em dezembro do ano passado, os valores foram empenhados dentro do prazo, garantindo a continuidade dos compromissos assumidos.

Ações já realizadas no Rio Grande do Sul

A publicação da portaria é uma medida que está alinhada com as ações do recém-instalado Conselho de Monitoramento das Ações e Obras para Reconstrução do Rio Grande do Sul. Trata-se de órgão consultivo, formado por agentes federais e estaduais, responsável pela gestão dos recursos (R$ 6,5 bilhões) a ser aplicado em ações estruturantes.

Fonte

Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

Contato

imprensa.gestao@gestao.gov.br  

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Marina Pastore – DRT 48378/SP 
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Novos modelos de moradia: tendências como multipropriedade e moradias universitárias ganham espaço no Brasil

B41 representa um grande avanço no conceito de moradia estudantil no Brasil.
Crédito: Divulgação/Altma

Nos últimos anos, o mercado imobiliário brasileiro vem passando por uma revolução. Modelos tradicionais de residência dão lugar a soluções mais dinâmicas e flexíveis, atendendo às novas demandas dos consumidores.

Em especial, vem emergindo no mercado a Geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, que influencia diretamente novos modelos de negócios. De acordo com o relatório "A Era da Adaptabilidade", do ManpowerGroup, até 2030 a Geração Z representará 58% da força de trabalho global, tornando-se o principal grupo econômico a impulsionar novas formas de consumo.

Entre essas tendências que surgem com essa nova geração, destacam-se a multipropriedade e as moradias universitárias, conceitos que vêm conquistando cada vez mais adeptos no país.

Multipropriedade: modelo flexível e acesso a imóveis de alto padrão

A multipropriedade, regulamentada no Brasil pela Lei nº 13.777/2018, permite que um mesmo imóvel tenha diversos proprietários, sendo sua posse dividida por frações de tempo, e não de espaço. “Esse modelo oferece aos compradores a possibilidade de usufruir de um imóvel de alto padrão sem arcar com os custos totais de uma propriedade tradicional”, explica Gabriel Falavina, CEO e diretor-executivo da Altma.

O conceito surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e tem forte presença no mercado turístico, permitindo que consumidores tenham acesso a segundas residências em destinos cobiçados, sem precisar adquiri-las integralmente.

Segundo um estudo da Caio Calfat Real Estate Consulting em parceria com a Mapie, os adeptos da multipropriedade costumam viajar duas a três vezes ao ano, preferindo regiões de sol e praia, parques temáticos e áreas de lazer.

Para garantir a viabilidade desse modelo, empresas como a Altma investem em localização estratégica, design diferenciado e gestão comercial especializada, assegurando a satisfação dos proprietários e investidores.

“Nosso objetivo é transformar vidas por meio da inovação no mercado imobiliário”, destaca Falavina. Segundo ele, a localização é um fator chave para o sucesso do empreendimento, aliado a um design inovador e um atendimento diferenciado.

Moradias universitárias: estrutura moderna e praticidade

Outro segmento que vem ganhando força são as moradias universitárias, conhecidas como “student housing”. O B41, primeiro empreendimento do tipo no Paraná, é um exemplo claro dessa tendência.

Empreendimentos voltados para nova geração trazem serviços de conveniência dentro do condomínio.
Crédito: Divulgação/Altma

Localizado ao lado da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), foi projetado para atender às necessidades acadêmicas e sociais dos estudantes, com espaços comuns voltados para estudo e integração.

Com apartamentos totalmente prontos para morar, o residencial terá opções de locações de unidades inteiras ou dormitórios, para compartilhamento dos apartamentos entre estudantes. Com piscina, sala de jogos eletrônicos, cinema ao ar livre, refeitório, espaços de estudos e áreas de convivência abertas à comunidade, que incluem praça e espaços comerciais, o multirresidencial deve ser entregue em 2027.

A crescente busca por esse tipo de moradia reflete um novo perfil de universitário que prioriza comodidade e infraestrutura moderna. "O B41 representa um grande avanço no conceito de moradia estudantil no Brasil", afirma Falavina. "A gestão especializada e a infraestrutura de ponta garantem não só praticidade, mas também qualidade de vida para os estudantes", afirma.

Outra categoria que é tendência é a de moradia inteligente que traz apartamentos compactos, entregues mobiliados, decorados e equipados, além de rede de serviços dentro do condomínio. A solução ainda permite a moradia por assinatura e permuta do assinante entre empreendimentos da rede Housi, que possui cerca de 100 mil apartamentos padronizados, disponíveis em 125 cidades.

Com modelos inovadores como multipropriedade, student housing e moradia por assinatura, o mercado imobiliário brasileiro caminha para soluções mais flexíveis e adaptadas às novas demandas da sociedade. A tendência é de que esses formatos ganhem ainda mais espaço nos próximos anos, revolucionando a forma como as pessoas moram e investem em imóveis.

Entrevistado
Gabriel Falavina Dias é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sócio-fundador e diretor-executivo da incorporadora ALTMA.

Contato:
jornalistaclaudiaguadagnin@gmail.com

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