Conheça as melhores oportunidades para engenheiros civis em 2021

A consultoria Robert Half, com escritórios nos principais países do mundo, lançou recentemente a edição 2021 de seu “Guia Salarial”. Tradicional, o relatório baliza o mercado sobre as tendências profissionais para o ano que vem. No campo da construção civil, as obras que mais devem demandar engenheiros civis serão as voltadas para a saúde, alimentos e bebidas, tecnologia e logística, infraestrutura e mineração. O documento destaca que o Brasil se enquadra nessa análise, sobretudo pelo volume de concessões prometidas para 2021.

Engenheiro civil conectado com as novas tecnologias tem mais chance de aproveitar a janela de oportunidades em 2021 Crédito: Banco de Imagens
Engenheiro civil conectado com as novas tecnologias tem mais chance de aproveitar a janela de oportunidades em 2021
Crédito: Banco de Imagens

A pandemia de COVID-19 adiou para o ano que vem os leilões de 44 ativos de infraestrutura. A expectativa é que os projetos de concessão de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias alcancem 101 bilhões de reais em investimentos durante o período de duração dos contratos. Entre os projetos a serem concedidos à iniciativa privada estão 22 terminais aéreos - entre eles, Congonhas, em São Paulo-SP, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro-RJ -, além de 7 rodovias, 9 terminais portuários, 2 ferrovias e a renovação antecipada de 4 contratos de transporte ferroviário de cargas.

Segundo avaliação do ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, as concessões podem gerar 2 milhões de empregos diretos e indiretos na construção civil, no triênio 2021-2022-2023. A estimativa é que pelo menos 8% desse volume de vagas projetado pelo governo federal sejam absorvidos por engenheiros civis. A Robert Half destaca em seu guia que, além das grandes obras, a construção imobiliária também deve demandar um número considerável de engenheiros. “Há um apetite forte desse setor por crescimento”, avalia a consultoria, em seu “Guia Salarial”.

Engenheiro civil deve estar cada vez mais comprometido com inovação, tecnologia e sustentabilidade

Para 2021, as funções que mais deverão absorver engenheiros civis, segundo a Robert Half, são as de comprador, engenheiro de aplicação, gerente de operações, gerente de supply chain, gerente de projetos, analista de logística, analista de serviços, gerente de drones, engenheiro de georreferenciamento, engenheiro de dados e engenheiro de inovação. Os salários podem variar de R$ 3.550,00 reais a R$ 68,5 mil reais, dependendo da qualificação do profissional e de seu grau de experiência.

Também vai pesar no preenchimento dessas vagas o comprometimento do engenheiro civil com a inovação, a tecnologia e a sustentabilidade. São essas as palavras-chaves que devem abrir janelas de oportunidades no pós-pandemia.

A Robert Half avalia ainda que terão boas oportunidades aqueles engenheiros civis que se especializarem em logística inteligente. “A pandemia serviu para acelerar a transformação da logística. Todo o processo de armazenagem, circulação e distribuição sofreu mudanças para atingir dois objetivos: otimizar custos e satisfazer o cliente”, diz a consultoria, que aponta as novas habilidades exigidas para o engenheiro civil, além de conhecimento técnico. No campo comportamental, terá que ter comunicação fluente em inglês, flexibilidade, agilidade, equilíbrio emocional, liderança e visão de negócios.

Veja o “Guia Salarial 2021” da Robert Half

Entrevistado
Robert Half International Inc. (via assessoria de imprensa)

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rh@roberthalf.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


MP do Casa Verde e Amarela é prorrogada por 60 dias

A Medida Provisória 996/2020, que cria o programa Casa Verde e Amarela, foi prorrogada por 60 dias. O Congresso Nacional deveria ter colocado em votação até 24 de outubro, a fim de que ela se tornasse lei. Porém, o presidente do parlamento, o senador Davi Alcolumbre, decidiu dia 26 de outubro estender a validade da MP até 26 de dezembro. Nesse período, não é mais possível que a MP 996/2020 receba novas emendas parlamentares, que chegaram a 547. A decisão de Alcolumbre também deve dar agilidade para que o Casa Verde e Amarela se torne lei até o final de 2020. Motivo: devido à pandemia, as MPs passaram a ser analisadas diretamente nos plenários da Câmara e do Senado, sem a necessidade de passar pelas comissões.

Recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) serão a principal alavanca para financiar o Casa Verde e Amarela Crédito: Agência Brasil
Recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) serão a principal alavanca para financiar o Casa Verde e Amarela
Crédito: Agência Brasil

O Casa Verde e Amarela busca ampliar o acesso ao financiamento da casa própria e promover a regularização fundiária. O programa substitui o Minha Casa Minha Vida (MCMV) e pretende beneficiar 1,6 milhão de famílias de baixa renda até 2024. Trata-se de um incremento de 350 mil residências em relação ao que se conseguiria atender com o MCMV. O público-alvo do programa envolve famílias com renda mensal até 7 mil reais, entre as que residem em áreas urbanas, e famílias residentes em regiões rurais com renda anual até R$ 84 mil reais. Haverá subsídio para quem tem renda familiar até R$ 4 mil reais por mês.

Além de financiamento de imóveis e regularização de terras, o programa também prevê ações voltadas à reforma e melhoria de imóveis e a retomada de obras paralisadas. Também deverá ser viabilizada a renegociação de dívidas do financiamento habitacional para as famílias de menor renda. O Casa Verde e Amarela irá utilizar como recursos 25 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e 500 milhões do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). A estimativa do governo federal é que os empreendimentos gerem, até 2024, mais de 2,3 milhões de novos postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos, de acordo com projeções do ministério do Desenvolvimento Regional.

Mutuários da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida poderão renegociar prestações atrasadas

O conceito de faixas de renda do Minha Casa Minha Vida foi substituído por grupos no Casa Verde e Amarela. O 1 beneficia famílias com renda até R$ 2 mil reais; o 2, famílias com renda entre R$ 2 mil reais e R$ 4 mil reais, e o 3, famílias com renda entre R$ 4 mil reais e R$ 7 mil reais. Os que se enquadram no grupo 1 terão acesso à compra subsidiada e financiada, regularização fundiária e melhoria habitacional. Nos grupos 2 e 3, será possível ter financiamento, com taxas pouco superiores às do grupo 1 e regularização fundiária.

O Casa Verde e Amarela também vai permitir a renegociação de dívida dos mutuários do faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, cuja renda mensal chega até R$ 1,8 mil reais. Atualmente, a inadimplência é de cerca de 40%, em especial nas famílias com menor renda. Um mutirão de renegociação deverá ser organizado após o fim da pandemia de COVID-19.

Entrevistado
Senado Federal (via Agência Senado)

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imprensasenado@senado.leg.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Crédito imobiliário da Caixa chega a R$ 500 bi

Para contratos assinados até 30 de dezembro de 2020, carência para pagar a 1ª prestação da casa própria será de 6 meses Crédito: Agência Brasil
Para contratos assinados até 30 de dezembro de 2020, carência para pagar a 1ª prestação da casa própria será de 6 meses
Crédito: Agência Brasil

A carteira de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal atingiu em outubro a marca histórica de 500 bilhões de reais. Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, as reduções consistentes nas taxas de juros e as inovações no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) foram decisivas para o aumento do estoque. “Os esforços são uma demonstração de que o foco da Caixa está no setor da construção civil, que é tão importante para o Brasil”, afirma.

O efeito prático desse grande volume de recursos para o crédito imobiliário é a possibilidade de incorporar mais 830 mil famílias a novos contratos habitacionais nos próximos meses. A Caixa destaca ainda que, de janeiro de 2019 a agosto de 2020, a linha de crédito ancorada nos recursos do SBPE evoluiu de 24,8% para 44,9%. “Veja que, apesar de ainda estarmos enfrentando os efeitos da pandemia, há enorme espaço e recursos disponíveis para a população investir na casa própria", observa Guimarães.

O crescimento de recursos para o crédito imobiliário permitiu que a Caixa Econômica Federal anunciasse 4 medidas que passaram a vigorar desde 22 de outubro. São:
1. O banco reduziu as taxas do crédito imobiliário, que passaram a ser 6,25% ao ano + TR (Taxa Referencial).
2. Quem assinar contrato para a aquisição da casa própria até 30 de dezembro de 2020 terá carência de 6 meses para pagar a 1ª prestação.
3. Para os que já possuem contrato, a Caixa criou a modalidade de pagamento parcial da prestação. São duas opções: 75% da mensalidade por até 6 meses ou 50% por até 3 meses. Segundo o banco, a medida poderá beneficiar mais de 620 mil clientes.
4. Para estimular a venda de imóveis, a Caixa vai retomar os feirões da Casa Própria, porém de forma online. Também foi lançado o crédito habitacional digital, que pode ser contratado através do App Habitação Caixa - disponível no Google Play e no App Store.

Prestações de contratos assinados a partir de 22 de outubro caem quase 20%

A queda de juros do crédito imobiliário tem sido uma política da Caixa Econômica Federal. Nos últimos 22 meses, o banco baixou os juros dos financiamentos da casa própria em 2,5 pontos percentuais. Em dezembro de 2018, o mutuário pagava TR mais 8,75% ao ano, como menor taxa. Na apresentação das novas medidas, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, simulou o quanto essa redução representa em financiamentos de 200 mil reais em 360 meses (30 anos) - a maioria dos contratos da Caixa. A prestação inicial, que somava R$ 1.958,48 reais, foi reduzida em quase 20% (19,91%) e caiu para R$ 1.568,52 reais nos contratos assinados a partir do dia 22 de outubro.

Nas linhas de crédito corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que cobram IPCA mais 2,95% ao ano, a diferença é maior. Beneficiada pela baixa inflação em 2020, a prestação inicial para os novos contratos está em R$ 1.040,70 reais - redução de 46% no valor da parcela em relação aos financiamentos concedidos em dezembro de 2018. Somando todas as modalidades de financiamento, a Caixa detém atualmente 69,3% do volume de empréstimos imobiliários, o que equivale a 5,6 milhões de contratos.

Veja as explicações da Caixa sobre o novo momento dos contratos imobiliários

Entrevistado
Reportagem com base na entrevista coletiva do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, concedida dia 14 de outubro, em Brasília-DF

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imprensa@caixa.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Conheça o prédio que sobreviveu à explosão no Líbano

Explosão ocorrida dia 4 de agosto de 2020 afetou apenas os componentes envidraçados do Stone Garden, em Beirute Crédito: Lina Ghotmeh Architecture
Explosão ocorrida dia 4 de agosto de 2020 afetou apenas os componentes envidraçados do Stone Garden, em Beirute
Crédito: Lina Ghotmeh Architecture

A explosão que atingiu Beirute no dia 4 de agosto de 2020 impressionou o mundo. Um depósito com 2.750 toneladas de nitrato de amônio foi aos ares e arrasou a região portuária e central da capital do Líbano em um raio de 14 quilômetros. Em meio aos escombros e um saldo de 202 mortes e mais de 6.500 feridos, uma edificação se destacou por ter se mantido intacta, apesar de estar no epicentro da catástrofe. O prédio residencial Stone Garden, com 13 pavimentos e localizado a pouco mais de 1.500 metros do local da explosão, não sofreu nenhum abalo em sua estrutura e nem em sua fachada.

Concepção arquitetônica do Stone Garden criou aerodinâmica que permitiu ao edifício resistir ao deslocamento de ar causado pela explosão Crédito: Lina Ghotmeh Architecture
Concepção arquitetônica do Stone Garden criou aerodinâmica que permitiu ao edifício resistir ao deslocamento de ar causado pela explosão
Crédito: Lina Ghotmeh Architecture

Os danos se limitaram aos componentes envidraçados das janelas, o que impressionou a comunidade mundial da construção civil. Projetado pela arquiteta franco-libanesa Lina Ghotmeh, o edifício resistiu por duas razões: o conceito arquitetônico, que criou um efeito aerodinâmico capaz de suportar o grande deslocamento de ar causado pela explosão, e as paredes de concreto construídas de forma quase artesanal. O revestimento externo do prédio, com efeitos de estrias ao longo de seus 54.000 m2, também contribuiu para poupá-lo de maiores danos. O acabamento do Stone Garden utiliza uma mistura de argamassa, cimento pigmentado e cascalho.

Paredes de concreto e blocos maciços compõem a estrutura do edifício construído em Beirute Crédito: Lina Ghotmeh Architecture
Paredes de concreto e blocos maciços compõem a estrutura do edifício construído em Beirute
Crédito: Lina Ghotmeh Architecture

A ideia para revestir o edifício veio do avô de Lina Ghotmeh, que foi fabricante de concreto no Líbano e forneceu material para erguer casas e prédios no período em que o país enfrentou a guerra civil, que durou de 1975 a 1990. “Construir edifícios que ficassem em pé em meio às explosões era a principal prioridade naquela época”, diz a arquiteta, que ao longo de sua carreira também ajudou a reconstruir várias edificações que ficaram em ruínas por causa dos bombardeios. Por isso, ela e sua equipe de engenheiros civis aprenderam não só a recuperar construções como a projetar estruturas reforçadas de concreto armado, como a que sustenta o Stone Garden.

Prédio foi construído a 1.500 metros do epicentro da explosão, mas sua estrutura de paredes de concreto e a fachada se mantiveram intactas Crédito: Lina Ghotmeh Architecture
Prédio foi construído a 1.500 metros do epicentro da explosão, mas sua estrutura de paredes de concreto e a fachada se mantiveram intactas
Crédito: Lina Ghotmeh Architecture

Espessa camada de argamassa na fachada protege edifício de patologias do concreto

O edifício foi inaugurado em abril de 2020, com um dos metros quadrados mais caros de Beirute: 4.700 dólares. Suas paredes estruturais foram projetadas para ter 10 centímetros de espessura e mais 35 centímetros de revestimento externo. Segundo a arquiteta Lina Ghotmeh, a argamassa que reveste o prédio não possui apenas função estética, mas tem a tarefa de cumprir os desempenhos térmico e acústico com grande eficácia. Outro objetivo é proteger o prédio de patologias do concreto, como a oxidação das armaduras causada pela penetração de cloretos provenientes da maresia.

Argamassa do revestimento externo tem 35 centímetros de espessura e protege as paredes de concreto contra patologias Crédito: Lina Ghotmeh Architecture
Argamassa do revestimento externo tem 35 centímetros de espessura e protege as paredes de concreto contra patologias
Crédito: Lina Ghotmeh Architecture

Internamente, os apartamentos conservam o estilo de concreto aparente, enquanto as paredes de vedação foram erguidas com blocos maciços de concreto. As fôrmas para a concretagem foram montadas com madeiras rústicas, a pedido da arquiteta, que também fez questão de que a espessa camada de argamassa fosse assentada exclusivamente por trabalhadores, dispensando o uso de máquinas. As estrias desenhadas na fachada foram feitas manualmente, com o uso de cinzéis. “Quis evitar qualquer processo industrial para a construção da fachada. Os trabalhadores que atuaram na obra foram verdadeiros artesãos”, finaliza a arquiteta do edifício que sobreviveu à tragédia no Líbano.

Estrias no revestimento externo foram feitas manualmente, com o uso de cinzéis Crédito: Lina Ghotmeh Architecture
Estrias no revestimento externo foram feitas manualmente, com o uso de cinzéis
Crédito: Lina Ghotmeh Architecture

Entrevistado
Lina Ghotmeh Architecture (via assessoria de imprensa)

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contact@linaghotmeh.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Pós-venda imobiliária em tempos de pandemia: o que tem de novo?

A venda de um imóvel não termina na entrega das chaves ao cliente. O pós-venda é crucial para atingir outros patamares no relacionamento com o comprador. É a chance de fidelizar, transformá-lo em admirador e, mais que isso, promotor da construtora, da incorporadora e também da imobiliária. Ou seja, o pós-venda é uma oportunidade de negócios futuros.

Segundo Fabio Garcez, administrador por formação e especialista em vendas digitais focadas no mercado imobiliário, quando um pós-venda é bem realizado o cliente torna-se defensor da marca e passa a indicar clientes. Indiretamente, isso gera receita para incorporadora, construtora e imobiliária. “O custo de aquisição de cliente indicado é metade do custo gasto para captar o cliente no mercado”, diz Garcez.

Ainda de acordo com o especialista, o cliente promotor da marca pode aumentar de 20% a 50% a receita de uma empresa, apenas por suas indicações. Essa estatística, porém, ainda é realidade em poucas empresas da construção civil no Brasil. “A maioria ainda não desencantou para o pós-venda”, reconhece Fabio Garcez, que faz duas ressalvas para quem quiser qualificar o pós-venda. “O bom é que não há segredo. Basta querer fazer. Mas isso tem que envolver do CEO à recepcionista da empresa”, frisa.

O especialista recomenda seguir 4 passos. O primeiro é mapear o processo de pós-venda da empresa. O segundo é escolher as pessoas certas que vão atuar na qualificação do pós-venda. O terceiro é qualificar o pessoal. Por fim, o quarto passo é usar toda a tecnologia disponível no processo. No entanto, Fabio Garcez destaca que o fator humano é preponderante. Tanto que, em sua opinião, independentemente das estratégias de venda, o corretor continua como o principal elo com o cliente. “Ele é quem abre as portas do pós-venda”, assegura.

Quatro verbos regem a relação empresa-cliente no pós-venda: adotar, reter, expandir e evangelizar

Com base em um conceito conhecido do marketing - o Funil do Pós-Venda -, o especialista entende que 4 verbos regem essa fase da relação empresa-cliente. São eles: adotar (significa dar acompanhamento ao cliente no início de sua experiência com o imóvel), reter (utilizar a aproximação com o cliente para coletar feedbacks e estar à disposição para continuar a atendê-lo), expandir (o cliente demonstra interesse em fazer novos negócios com a empresa) e evangelizar (o cliente se torna promotor e defensor da marca).

De acordo com um estudo da norte-americana HubSpot – desenvolvedora de softwares para marketing - as primeiras 10 semanas do pós-venda são decisivas para obter a fidelização do cliente, a fim de que ele se torne um admirador da marca. Na primeira semana, dependendo do processo de pós-venda de cada empresa, a retenção pode chegar a 15%. Porém, na décima semana, as chances de transformar o cliente em um propagador da marca ultrapassam os 50%. “Todo esse trabalho passa por uma personalização do cliente, de entender suas preferências e de compreender como ele se comporta. Afinal, cada indivíduo reage diferentemente às estratégias de pós-venda”, finaliza o palestrante, que participou recentemente do webinar “As receitas que você pode gerar com o pós-venda”.

Assista ao webinar “As receitas que você pode gerar com o pós-venda”

Entrevistado
Reportagem com base na exposição do palestrante Fabio Garcez, especialista em vendas digitais focadas no mercado imobiliário, durante o webinar “As receitas que você pode gerar com o pós-venda”

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fabio@construtordevendas.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Saiba o que esperar da arquitetura em 2021, depois da pandemia

A pandemia impôs uma profunda transformação na relação das pessoas com espaços físicos, moradias e consumo. O forçado período de confinamento valorizou a decoração, a promoção do bem-estar, os espaços multifuncionais, a integração com a natureza e os cuidados com a boa alimentação e o meio ambiente. Isso se reflete na forma de construir, nos projetos arquitetônicos e influencia também o mercado imobiliário em 2021, segundo estudo recentemente divulgado pelo SEBRAE Inteligência Setorial.

Tudo o que se refere a ambiente construído ganhou protagonismo em tempos de confinamento e distanciamento social. A ferramenta Think With Google – área dedicada a acompanhar e reportar comportamentos de busca dos consumidores e gerar insights para empresas – detectou que o termo “mercado imobiliário” se destaca em todo o mundo. Nesse período de pandemia, as principais buscas relacionadas à construção e à arquitetura são “imóveis à venda”, “reformas de ambientes”, “mobílias”, “revisão da decoração” e “criação de home offices”.

Trabalhar, estudar e conviver: pandemia  mudou o conceito de morar Crédito: Getty Images
Trabalhar, estudar e conviver: pandemia
mudou o conceito de morar
Crédito: Getty Images

Segundo os analistas, tais transformações são decorrência da permanência prolongada do indivíduo dentro da própria residência. “A tendência confirma as previsões dos principais players de pesquisa de comportamento e consumo do mundo, além de demonstrar as oportunidades existentes no setor de arquitetura, construção e design”, diz o boletim do SEBRAE Inteligência Setorial, intitulado “Tendências da arquitetura, construção e design para 2021”.

O relatório mostra que a pandemia mudou o conceito de morar. “As casas agora são o lugar onde vivemos, trabalhamos e nos divertimos; o lar de todas as nossas atividades. Por isso, precisarão ser ambientes superflexíveis, conjugados e multifuncionais”, define o boletim, que aponta também a paleta de cores para 2021. A aposta é em tons mais calmos e mais naturais, sugerindo a influência de texturas similares às encontradas na natureza.

No campo da decoração de interiores, destacam-se os móveis planejados, para otimizar espaços; as luminárias, para passar maior sensação de conforto; os vasos, os espelhos e os porta-retratos. “A valorização de imagens importantes para os moradores da casa deve se destacar na decoração”, sugere o boletim.

Conforto, conveniência e sustentabilidade se tornaram palavras-chaves

Sob o ponto de vista de projeto arquitetônico, a análise cita que a tendência é que se destaquem os ambientes conjugados para sala e cozinha, enquanto o home office vai exigir privacidade. A casa também deverá ter um espaço para entretenimento e a preocupação com ambientes saudáveis, a fim de evitar contaminações. “A construção deve ser sustentável e não pode dispensar o uso da tecnologia e da IoT (Internet das Coisas)”, alerta o boletim.

Equipamentos que regulam a intensidade de luz artificial e de luz natural, bem como o aproveitamento de energia solar e da água da chuva, além de projetos que valorizam a ventilação e a insolação natural não são mais detalhes em uma casa. Conforto, conveniência e sustentabilidade são palavras-chaves nesse período de pandemia e tendem a continuar como referência para a arquitetura no pós-pandemia.

Acesse a íntegra do boletim “Tendências da arquitetura, construção e design para 2021”

Entrevistado
Reportagem com base no conteúdo do boletim “Tendências da arquitetura, construção e design para 2021”, elaborado pelo SEBRAE Inteligência Setorial

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sebraeinteligenciasetorial@rj.sebrae.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Casa Verde e Amarela tem que ser votado até 24 de outubro

Com 547 emendas parlamentares, a medida provisória (MP 996/2020) que criou o programa Casa Verde e Amarela tem até o dia 24 de outubro para ser votada no Congresso Nacional, sob o risco de perder a validade. Para acelerar o processo no legislativo, o governo federal publicou dia 9 de outubro a regulamentação do programa. Entre as medidas, está a que propõe mudanças na sistemática de financiamento na área de habitação popular, e que vai possibilitar que o FGTS tenha mais recursos disponíveis para novas contratações.

Casa Verde e Amarela não segue o modelo do Minha Casa Minha Vida, de construir casas no meio do nada, mas necessita que o Congresso Nacional o transforme em lei Crédito: GovSP
Casa Verde e Amarela não segue o modelo do Minha Casa Minha Vida, de construir casas no meio do nada, mas necessita que o Congresso Nacional o transforme em lei
Crédito: GovSP

A meta do Casa Verde e Amarela é atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda com financiamento habitacional, seja para a aquisição de imóveis novos, reformas ou regularização fundiária. No Congresso, a maioria das emendas apresentadas à MP 996/2020 busca ampliar a participação popular no programa, além de garantir a aquisição e ocupação dos imóveis por idosos sem moradia, pessoas com deficiência ou que vivam em situação extrema de vulnerabilidade. Há casos de parlamentares que propuseram até 13 emendas ao programa, que foi lançado dia 26 de agosto de 2020.

O Casa Verde e Amarela substitui o Minha Casa Minha Vida. Além da compra da casa, o novo programa também vai financiar regularização fundiária e pequenas reformas nos imóveis, como construção de banheiro ou colocação de piso. Para quem buscar financiamento, o Casa Verde está dividido em 3 grupos. O 1 atende famílias com renda mensal de até R$ 2 mil reais, oferece os menores juros e é o único com acesso a financiamento para compra, reforma ou regularização fundiária. O 2 atende famílias com renda entre R$ 2 mil reais e R$ 4 mil reais. Já o 3 alcança as famílias com renda entre R$ 4 mil reais e R$ 7 mil reais.

Programa também permite renegociar dívidas do Minha Casa Minha Vida

As famílias que se enquadram nos grupos 2 e 3 só terão acesso a financiamento para compra da casa própria ou regularização fundiária. Além de financiamento de imóveis, regularização de terras, reforma e melhoria de imóveis, o programa também viabiliza a renegociação de dívidas do financiamento habitacional para as famílias de menor renda. “O Casa Verde e Amarela permite que a Caixa (Econômica Federal) faça a renegociação de dívidas dos mutuários do faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. Estamos falando de uma inadimplência que beira 40%, e que atinge os mais pobres. O Minha Casa Minha Vida não permitia isso”, explica o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

O governo federal promete um mutirão de renegociação assim que a pandemia de COVID-19 for vencida. “Por isso a importância do Casa Verde e Amarela virar lei logo. Caso contrário, a Caixa poderá tomar de volta quase 500 mil residências”, alerta o ministro, que promete injetar no programa 25 bilhões de reais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 500 milhões de reais do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). A estimativa é que o Casa Verde e Amarela gere 2,3 milhões de novos postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos, de acordo com o ministério do Desenvolvimento Regional.

Entrevistado
Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e informações das agências Senado e Câmara

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Ar no concreto: pesquisa busca descobrir volume ideal

Tyler Ley, professor da Oklahoma State University, está entre os pesquisadores mais respeitados do mundo quando o assunto é concreto. Desde 2015, ele se dedica a descobrir o quanto a incorporação de ar afeta o desempenho do concreto. A pesquisa é motivada por duas razões: a crença de que o bombeamento reduz a quantidade de ar no material e a suspeita de que os agentes químicos que prometem estabilizar as bolhas na mistura não cumprem com suas funções como fazem crer.

Pesquisa recomenda que medir a quantidade de ar no concreto, logo após o bombeamento, não é o procedimento mais indicado Crédito: YouTube
Pesquisa recomenda que medir a quantidade de ar no concreto, logo após o bombeamento, não é o procedimento mais indicado
Crédito: YouTube

Ao longo desses 5 anos, Tyler Ley já fez uma série de descobertas, o que levou ele e sua equipe a desenvolverem um aparelho capaz de medir a quantidade de ar no concreto em processo de endurecimento: o Super Air Meter. Por meio de um corpo de prova, o equipamento analisa o tamanho das bolhas de ar e a distribuição delas dentro do material. Os dados fornecidos ajudam a detectar com melhor precisão a qualidade e o desempenho do concreto, e como as especificações pedidas em projeto impactam os vazios de ar.

O estudo coordenado por Tyler Ley ainda não está concluído, mas o professor se diz convicto de que bolhas pequenas (medindo 0,2 milímetro, em média) e uniformemente distribuídas são mais eficazes que grandes volumes concentrados de ar, quando se trata de fornecer resistência ao concreto. Mas como atingir esse padrão? A pesquisa indica alguns caminhos, no caso do concreto dosado em central e bombeado no canteiro de obras. Entre eles, controlar a pressão do bombeamento, utilizar tubulações com diâmetro correto para as especificações do concreto, evitar agregados pobres e tomar precauções quando se utilizar a bomba-lança e o braço formar um arco para atingir a área de concretagem.

Nove países que seguem as normas da ACI já utilizam conclusões da pesquisa

Outra conclusão da pesquisa é que medir a quantidade de ar no concreto, logo após o bombeamento, não é o procedimento mais indicado. Depois de vários testes em laboratório e em canteiros de obras, a equipe da Oklahoma State University detectou que o bombeamento comprime as bolhas e que elas demoram um tempo até que se recomponham. Isso levou os pesquisadores a concluírem que testar o concreto fresco logo após ter sido lançado na obra não resulta em uma medição eficaz da quantidade de ar no material.

O sugerido pela equipe é que a amostra seja coletada antes do bombeamento ou na fase do endurecimento, quando já ocorreu a acomodação do ar dentro do material. Por isso, pode ser mito a crença de que o bombeamento de concreto reduz os vazios de ar. É o que o professor Tyler Ley suspeita. “Como estamos desafiando uma crença existente, precisamos provar sem sombra de dúvidas que a entrada de ar retorna após o bombeamento e antes da cura. Isso exigirá muitas outras medições de campo”, afirma.

Por fim, o pesquisador avalia que o avanço do estudo trará respostas muito mais conclusivas. “Se pudermos estabelecer um padrão nos resultados, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, e em diferentes situações, saberemos que podemos fazer recomendações sólidas sobre como projetar melhor as misturas de concreto para torná-las mais fáceis de bombear e sem comprometer a qualidade do material”, diz. Atualmente, as respostas obtidas pela pesquisa até aqui já influenciam a produção de concreto dosado em central nos Estados Unidos e em outros 8 países da América Central que seguem as normas da ACI (American Concrete Institute).

Veja detalhes da pesquisa coordenada pelo professor Tyler Ley

Acompanhe o canal de Tyler Ley no YouTube

Entrevistado
Tyler Ley, Ph.D em engenharia estrutural e professor na Oklahoma State University

Contato
tyler.ley@okstate.edu

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Setor de material de construção em ritmo de crescimento

A previsão da ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) antes da chegada da Covid-19 no Brasil, era que o setor cresceria 4% em 2020. Veio a pandemia e as projeções despencaram. Chegou-se a prever queda de 7%, mas os números passaram a melhorar a partir de julho e agora a associação já estima uma queda menor no período de 12 meses. Calcula-se retração de 2,8%, porém o percentual pode ser revisado.

Se o segmento de materiais de construção mantiver o viés de alta em outubro, novembro e dezembro, a ABRAMAT acredita que 2020 possa fechar com 0% de crescimento ou até um crescimento residual. “Nosso otimismo é moderado e cauteloso”, diz o presidente da ABRAMAT, Rodrigo Navarro, que demonstra confiança de que o setor sairá mais forte do pós-pandemia e, consequentemente, possa crescer de forma sustentável nos próximos anos.

Consumo de Cimento Portland é impulsionado pela autoconstrução e pelo auxílio emergencial, diz IBGE Crédito: Banco de Imagens
Consumo de Cimento Portland é impulsionado pela autoconstrução e pelo auxílio emergencial, diz IBGE
Crédito: Banco de Imagens

Dois fatores contribuem para o otimismo que tanto a indústria quanto o varejo da construção experimentam nesse quarto trimestre de 2020. Um está relacionado à autorização para que as lojas do setor se mantivessem abertas desde o fim de março; outro é o auxílio emergencial de 600 reais concedido pelo governo federal. “Essas medidas favoreceram a demanda por materiais de construção”, avalia o superintendente da ANAMACO (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) Waldir Abreu.

Sobre o impulso que o auxílio emergencial deu à construção civil, ele é confirmado pelo gerente de pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Cristiano Santos. “O auxílio emergencial aumentou a renda das famílias com menor renda. Associado aos juros mais baixos, o auxílio permitiu que elas buscassem crédito, principalmente para reformar suas moradias”, analisa. O impacto maior se deu na região nordeste do país.

Autoconstrução faz consumo de Cimento Portland crescer 45% no nordeste

Nos 9 estados nordestinos (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia) desde a liberação do auxílio emergencial, o consumo de Cimento Portland aumentou 45%, em média. Até setembro, a transferência de recursos através do auxílio emergencial para o nordeste passou de 55 bilhões de reais. Pelos cálculos da Caixa Econômica Federal, R$ 1 real de cada R$ 3 reais liberados pelo programa vai para aquela região do país.

Além disso, o nordeste detém 50% de todos os inscritos do programa Bolsa Família, que transfere mensalmente 23 bilhões aos contemplados pelo programa naquela região. Esse volume de recursos aqueceu fortemente o varejo da construção civil nos 9 estados, mas em especial no maior deles: a Bahia. Levantamento da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) apura que em Salvador-BA 32% da população que vem recebendo as parcelas do auxílio emergencial já gastou, em média, R$ 900 reais com a compra de materiais de construção. “Famílias que planejavam pequenas obras viram no benefício a oportunidade de rebocar uma parede, substituir uma janela, trocar uma porta ou fazer um puxadinho na casa”, afirma o economista Gustavo Pessoti, diretor de indicadores e estatísticas da SEI.

Entrevistado
ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), ANAMACO (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) (via assessoria de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Quais são os novos desafios que se impõem ao engenheiro civil?

Dia 25 de outubro é o dia do engenheiro civil e da engenheira civil, haja vista que 179.218 profissionais registradas no Brasil são mulheres, segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). A data é simbólica, mas os desafios são reais. E eles se impõem ao profissional da área, que precisa ter atuação cada vez mais especializada. Existem 8 segmentos que passaram a cobrar do engenheiro civil maior conhecimento. São: materiais de construção, cálculo estrutural, custos e orçamento, geotecnia, gestão de projeto, meio ambiente, segurança do trabalho e infraestrutura.

Até março, havia quase 180 mil mulheres graduadas em engenharia civil com registro no sistema Confea/Crea Crédito: freepik
Até março, havia quase 180 mil mulheres graduadas em engenharia civil com registro no sistema Confea/Crea
Crédito: freepik

Para o engenheiro civil que for se dedicar a aprimorar, aferir ou desenvolver materiais de construção é necessário dedicação à pesquisa. Seja em laboratórios de empresas privadas ou no universo acadêmico. Já a especialização em cálculos estruturais é uma das atividades mais clássicas da engenharia e requer precisão, pois influencia todas as etapas da obra. O mesmo se pode dizer para quem for atuar com custos e orçamento.

Um ramo de especialização da engenharia civil que passou a atrair profissionais é a geotecnia. Requer a aplicação de métodos científicos e suas conclusões sobre o solo em que a obra será assentada, influenciam desde a escolha dos materiais até o projeto. Por falar em projeto, eis outra área que atrai muitos engenheiros civis. Só que agora ela está mais intrínseca. Em função da evolução normativa, os projetos arquitetônicos e estruturais deixaram de ser genéricos.

As plantas tornaram-se mais detalhistas e passaram a exigir profissionais dedicados exclusivamente à hidráulica, à elétrica, à fachada, ao desempenho termoacústico e outras especificações. Isso inclui conhecimento tecnológico dos engenheiros civis, pois hoje não se faz gestão de projetos sem o auxílio de softwares. Sim, eles dominam cada vez mais o setor. Estudo de 2019 mostra que 100% das empresas de engenharia associadas a organismos como Abece, SindusCons, CBIC, Ibracon e Abcic já utilizam softwares em seus processos.

Não há dúvidas de que a construção civil se transforma em um ambiente tecnológico. Um exemplo: a partir de 1º de janeiro de 2021, o uso da ferramenta BIM (Building Information Modeling) torna-se obrigatório no Brasil e será adotado em 3 fases. A primeira, engloba obras de infraestrutura financiadas com recursos federais. Em 2024, valerá para todos os projetos e gestão de obras, independentemente de serem públicas ou privadas. Já em 2028, a tecnologia será obrigatória também para o gerenciamento e a manutenção de empreendimentos construídos.

No canteiro de obras, engenheiro civil também é um gerente de recursos humanos

Mas nos tempos atuais, o engenheiro civil não precisa necessariamente ser um gestor de tecnologias. O espectro de atuação é amplo e as áreas ambiental e de relações humanas também oferecem oportunidades ao profissional. No primeiro caso, vale lembrar que o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás de Estados Unidos, China, Canadá e Índia. No segundo caso, se for atuar no canteiro de obras, além de conhecimento técnico, o engenheiro necessita ser também um gerente de recursos humanos. Haja vista que ele terá que se envolver com coordenação de pessoas, trabalho em equipe, delegação de responsabilidades e resolução de conflitos. Se quiser se especializar em segurança do trabalho, precisará também entender de normas regulamentadoras e leis trabalhistas.

Somado aos desafios na carreira, o engenheiro civil ainda está sujeito a mudanças institucionais nos organismos que controlam a profissão. Como é o caso do movimento cada vez mais crescente que defende o descolamento do sistema Confea/Crea para a criação da Ordem de Engenheiros Civis do Brasil. A alegação é que a engenharia civil perde espaço no mercado de trabalho, com outros profissionais invadindo suas atribuições, incluindo os de nível técnico. Outra justificativa é que a engenharia civil se tornou uma atividade multidisciplinar por excelência e que precisa de um organismo com visão holística para representá-la.

Entrevistado
Sistema Confea/Crea, Associação Brasileira de Engenheiros Civis (ABENC), Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE) (via assessoria de imprensa)

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