Construção saudável: o que é e por que cresce o interesse?

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O home office durante a pandemia de COVID-19 despertou as pessoas para o ambiente em que residem. Muitas descobriram que dividem suas casas e apartamentos com o mofo, a umidade e as infiltrações. Esses problemas estão em 85% das construções brasileiras, apontam dados do IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), mas não são os únicos. Residências que recebem grandes emissões de ondas eletromagnéticas, têm problemas de iluminação ou que foram construídas com materiais fora da conformidade também podem ser consideradas “domicílios enfermos”. É o que apontam os parâmetros do Healthy Building Certificate (certificação para construção saudável).
O conceito é novo e considerado uma evolução das certificações voltadas para construções sustentáveis, como explica o CEO da Healthy Building Certificate no Brasil, o engenheiro civil Marcos Casado. Mas qual a diferença da construção saudável para a construção sustentável? “As certificações de construções sustentáveis têm foco na redução dos impactos sobre o meio ambiente. Por exemplo: quando elas tratam de água, se concentram na redução de consumo, no tratamento das águas cinzas e na captação de água pluvial. Já a construção saudável tem foco no usuário. Quando ela aborda o tema água, quer saber qual é a qualidade da água que entrará em contato com quem vai habitar ou trabalhar na edificação”, compara.
A certificação sobre construção saudável aborda 10 parâmetros: o projeto arquitetônico, a iluminação, a qualidade acústica, a qualidade dos materiais de construção, a canalização e a qualidade da água, o projeto elétrico, a qualidade do ar, o paisagismo, a sustentabilidade e a manutenção da edificação. “É uma evolução das certificações que abordam apenas construção sustentável”, afirma Marcos Casado, que recentemente palestrou em webinar promovido pelo Instituto de Engenharia. O engenheiro civil afirma que se trata de um mercado que movimenta cerca de 4,5 trilhões de dólares por ano em todo o mundo. Isso envolve desde construções novas até retrofit de prédios e residências já construídos, mas que precisam de reformas para se adequar à certificação.
Além da Healthy Building Certificate, Brasil conta com o Movimento Construção Saudável
No Brasil, além da representação do Healthy Building Certificate, existe também uma organização liderada por arquitetos e engenheiros civis chamada de Movimento Construção Saudável. O objetivo é combater os vícios construtivos que desencadeiam em problemas nas edificações e na saúde de seus moradores. Quando o movimento foi lançado apresentou um manifesto com dados da The Global Impact of Respiratory Disease (O Impacto Global das Doenças Respiratórias). O levantamento mostra que mais de 70% das pessoas que possuem doenças pulmonares crônicas residem em construções onde o ar é insalubre. “Com a pandemia, a preocupação com o ambiente construído potencializou”, relata a presidente do Movimento Construção Saudável, a arquiteta Fabíola Vasconcellos Cecon. “Mais do que mudar a decoração, a preocupação com ambientes saudáveis teve um avanço exponencial com a pandemia”, completa.
Entrevistado
Healthy Building Certificate e Movimento Construção Saudável
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Pandemia antecipa futuro do ensino de engenharia civil

Crédito: facebook/Confea/CREA
O ensino híbrido de engenharia, seja civil ou outras especialidades, já é admitido pelas principais universidades brasileiras e visto como inexorável por organismos fiscalizadores da profissão – entre eles, o Sistema Confea/CREA. Recentemente, em entrevista aos canais digitais da Concrete Show, a diretora da Escola Politécnica da USP, Liedi Bernucci, disse que o futuro aponta para o ensino híbrido. “Engenharia não é algo que, com sua amplitude, seja possível dar só aulas online. Mas há disciplinas que podem ser dadas no formato online, exceto as aulas práticas, aulas de campo e aulas que envolvam trabalho de equipe. Então, o futuro aponta para o ensino híbrido”, diz.
Assim como a Escola Politécnica da USP, o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), a Unicamp e a UFRGS também passaram a adotar formatos híbridos de ensino para alunos das engenharias, após as mudanças impostas pela pandemia de COVID-19. Três docentes ligados a essas universidades relatam o que mudou com a adoção do ensino híbrido. No IMT, o pró-reitor Marcello Nitz afirma que o maior desafio é manter o interesse do aluno. “As aulas têm uma dinâmica diferente quando mediadas por tecnologia e exigem técnicas especiais para promover o engajamento dos estudantes“, comenta.
Na Unicamp, o coordenador do Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE), Marco Antonio Garcia de Carvalho, entende que ainda levará tempo para se descobrir toda a potencialidade do ensino híbrido. “Por enquanto, ele se impõe como uma migração compulsória por causa da pandemia”, avalia. Na UFRGS, o Núcleo de Ações Discentes da Escola de Engenharia (Nadi/EE) realizou uma pesquisa para medir a satisfação dos alunos dos cursos de engenharia. Descobriu que somente 33,5% dos estudantes se adaptaram plenamente ao formato híbrido. Outros 41,2% se declararam neutros e 25,3% disseram estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos.
Confea/CREA vê como necessária discussão aprofundada sobre ensino híbrido
No entender do coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil (CCEEC) do Confea/CREA, o engenheiro civil Rogério de Carvalho, é necessária uma discussão aprofundada sobre ensino híbrido nas escolas de engenharia. “Existem disciplinas que não podem ser ministradas por aulas virtuais, o que impede a vivência dos alunos na prática. São as aulas que exigem laboratório e manuseio de equipamentos. Uma aula de engenharia tem toda uma dinâmica de discussões, na qual os estudantes participam, dividem dúvidas e onde exemplos práticos são debatidos”, cita.
No final de 2020, o Confea/CREA reuniu suas câmaras de engenharia e deliberou que uma comissão passaria a se reunir com representantes do ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Educação (CNE) para tratar de pontos de interesse relacionados com o ensino híbrido nas engenharias. O coordenador da Câmara de Engenharia de Minas, o engenheiro Augusto José Gusmão Lima, comenta que a discussão é inadiável. “A forma de ensinar não será a mesma depois da pandemia. É mais que urgente definir quais matérias podem ter sua teoria ensinada virtualmente e quais exigem a prática de campo e a participação presencial”, conclui.
Entrevistado
Sistema Confea/CREA, Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE) (via assessorias de imprensa)
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Triângulo Mineiro tem o maior canteiro de obras do país

Crédito: facebook/LD Celulose
O canteiro de obras que mais emprega mão de obra e consome concreto atualmente no Brasil está localizado entre os municípios de Indianópolis e Araguari, no Triângulo Mineiro. Trata-se da construção de uma fábrica da LD Celulose - joint-venture entre a austríaca Lenzing e a brasileira Duratex -, com capacidade para produzir 500 mil toneladas de celulose solúvel por ano. A execução do empreendimento encontra-se em seu auge e gera quase 7 mil empregos diretos. A construção utiliza elementos pré-fabricados e serão consumidos 100.328m³ de concreto, além de 12 mil toneladas de aço.
Comparativamente, a Ponte da Integração, em construção entre o Brasil e o Paraguai, terá consumido cerca de 35 mil m³ de concreto quando concluída e emprega atualmente 650 trabalhadores da construção civil. Por causa do volume de elementos pré-fabricados para a obra em Minas Gerais, as duas unidades da empresa fornecedora das peças - a Protendit, localizada na região noroeste de São Paulo - dedicam 60% de sua capacidade instalada exclusivamente para abastecer a fábrica de celulose, cujo canteiro de obras ocupa uma área de 1 milhão e 500 mil m².
Segundo Luís Künzel, CEO da LD Celulose, a opção pelo pré-fabricado de concreto para viabilizar a obra atende protocolos de sustentabilidade e de baixa emissão de CO₂, além de buscar os benefícios da construção industrializada, que são: controle de custo, qualidade da obra, baixo desperdício de materiais, adequação a projetos arrojados, emprego de novas tecnologias e melhoria das condições de trabalho no canteiro de obras. “Trabalhar com as melhores práticas é o nosso compromisso”, diz. Outro fator é a redução de prazo para o início da operação da fábrica, estimado para o 1º semestre de 2022.
Obra se compara às maiores construções com elementos pré-fabricados do mundo

Crédito: Protendit
O investimento para que a produtividade no canteiro de obras mantenha ritmo acelerado não cessa e é estimado em 5,2 bilhões de reais até a conclusão da planta. Além disso, o projeto inclui a construção de uma usina de reaproveitamento de biomassa (cascas, ponteiras, galhos de árvores, licor negro e resíduo do cozimento) para gerar 144 MW de energia. Desse volume, 95 MW serão lançados na rede elétrica da região. Para atender a demanda, grandes torres de concreto pré-fabricado irão percorrer 22 quilômetros para a montagem da rede de transmissão que abastecerá a indústria de celulose solúvel e parte dos municípios do Triângulo Mineiro.
A fábrica que detém o maior canteiro de obras do Brasil pode ser comparada às maiores construções com elementos pré-fabricados de concreto do mundo. Uma delas é a Gigafactory, em construção na região de Berlim, na Alemanha. A unidade, que vai abrigar a produção de carros elétricos da Tesla para abastecer o mercado europeu, consumiu o equivalente a 75 mil m³ de estruturas pré-fabricadas. Batizada de GF4, a obra está na fase final de execução e empregou um processo de construção industrializada que utilizou menor quantidade de mão de obra. Em seu auge, a fábrica alemã da Tesla gerou pouco mais de 2.800 empregos diretos. A previsão é de que seja inaugurada em julho deste ano.
Entrevistado
LD Celulose e Protendit (via assessoria de imprensa)
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Brasil terá a 1ª certificação para cidades inteligentes

Crédito: flickr/Cláudio Vieira/Fotografia PMSJC
Até o final de 2021, a cidade de São José dos Campos, em São Paulo, começará a testar a 1ª certificação brasileira voltada para cidades inteligentes. Os protocolos estão em desenvolvimento no Parque Tecnológico de São José dos Campos, em parceria com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A certificação terá como pilares 3 normas técnicas recentemente publicadas: ABNT NBR ISO 37120 (Cidades e comunidades sustentáveis - Indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida), ABNT NBR ISO 37122 (Cidades e comunidades sustentáveis - Indicadores para cidades inteligentes) e ABNT NBR 37123 (Cidades e comunidades sustentáveis - Indicadores para cidades resilientes).
A intenção é fazer com que a certificação tenha instrumentos para auditar quais municípios, de fato, podem receber o “selo” de cidade inteligente no país, como explica Marcelo Nunes,
coordenador do APL TIC Vale - programa do Parque Tecnológico São José dos Campos que trabalha no desenvolvimento da certificação. “A certificação criará um contexto valioso para ajudar as administrações na condução de estratégias municipais, com evidências baseadas em normas internacionais para cidades inteligentes”, declara. O pesquisador alerta ainda que a certificação não busca criar um ranking de cidades inteligentes, mas servir de bússola para municípios que queiram se adequar a novos parâmetros de gestão.
O presidente da ABNT, Mário William Esper, reforça o objetivo central da certificação. “Com o processo de certificação, gestores públicos terão acesso a dados padronizados e auditados por organismo independente, que serão usados para pautar decisões de gestão, planejamento e investimento. As cidades necessitam de indicadores padronizados, consistentes e que possam ser comparáveis para mensurar seu desempenho. A ABNT participa de maneira ativa na elaboração da primeira certificação nacional para cidades inteligentes, garantindo um processo totalmente independente de qualquer setor público ou privado”, afirma.
Até 2024, cidades inteligentes devem receber mais de 2 trilhões de dólares em investimento
Mário William Esper também ressalta que a certificação não vai funcionar como uma bula para ensinar a moldar cidades inteligentes, mas sim levar os municípios a descobrirem suas próprias vocações. “Não existe um rótulo ou uma padronização do que é uma cidade inteligente. O que existe são estratégias específicas para cada cidade, e que podem levá-las a se tornar mais inteligentes, mais sustentáveis, resilientes, inclusivas, ambientalmente amigáveis, mais centradas no cidadão e voltadas à qualidade de vida. Cada cidade cria sua estratégia e seu próprio caminho a partir das boas práticas recomendadas pela futura certificação”, complementa.
A comissão da ABNT que atuará diretamente na confecção da certificação é a ABNT/CEE-268 - Comissão de Estudo Especial de Cidades e Comunidades Sustentáveis -, que tem o professor-doutor da USP, Alex Abiko, como coordenador. A CEE-268 avalia 19 indicadores para definir as cidades inteligentes: economia, finanças, governança, educação, habitação, esporte e cultura, recreação, saúde, população e condições sociais, esgoto, água, resíduos, segurança, telecomunicação, agricultura urbana, meio ambiente, planejamento urbano, transporte e energia.
Estima-se que, em todo o mundo, as cidades inteligentes recebam investimento de 2,118 trilhões de dólares nos próximos 3 anos, segundo a empresa de consultoria e pesquisa tecnológica Technavio. O mesmo levantamento estima que o volume global de cidades inteligentes certificadas aumentará 23% por ano até 2024. Por isso, é crescente o volume de países que buscam criar protocolos e normas técnicas sobre o tema. A expectativa é que o texto da 1ª certificação brasileira voltada para cidades inteligentes esteja concluído até novembro deste ano.
Entrevistado
Arranjo Produtivo Local de Tecnologias da Informação e Comunicação (APL TIC Vale), vinculado ao Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTec), e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (via assessoria de imprensa)
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Altair Santos MTB 2330
Brasília inspira construção da nova capital do Egito

Crédito: twitter/Mahmoued Gamal
Distante 45 quilômetros do Cairo, está em construção a nova capital administrativa do Egito. A concepção é inspirada na Brasília projetada por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, há 61 anos. Inclusive com uma esplanada de prédios administrativos, culminando no edifício que vai abrigar o parlamento egípcio. A construção da cidade tem 3 fases. A primeira prevê a conclusão para 2022, quando 52 mil funcionários do governo serão transferidos para as novas estruturas; a segunda, em 2030, quando a cidade começará a receber parte dos cidadãos que estão adquirindo imóveis e estabelecimentos comerciais na cidade, e a terceira, em 2050, quando a nova capital administrativa do Egito deverá estar com 6,5 milhões de habitantes.
A fase 1 tem como obra mais importante o prédio do parlamento egípcio. A construção envolve 6.400 operários e 300 engenheiros civis, além de investimento de 58 bilhões de dólares. A execução já consumiu 210 mil m³ de concreto. Na fase 2, o destaque será a conclusão do edifício com 385 metros de altura, que será o maior do Egito e da África. Já a conclusão da etapa 3 terá como símbolo um obelisco com 1.000 metros de altura, e que será a estrutura em concreto mais alta do mundo. Os projetos são do escritório norte-americano de arquitetura Skidmore Owings and Merrill e a execução envolve todas as construtoras do Egito, além da gigante chinesa China State Construction Engineering Corp..

Crédito: The Arab Contractors
A 1ª etapa da nova capital administrativa do Egito já consumiu 16,5 milhões de horas de trabalho. A carga horária engloba também as obras de mobilidade que estão em andamento. O projeto inclui a construção de seis viadutos e eixos que evitam a interrupção do fluxo de veículos. Outra característica da cidade é que ela não terá a convivência direta entre pedestres, ciclistas e veículos. As calçadas e ciclovias não cruzam ruas e avenidas e também não obrigam que os usuários tenham que aguardar o fechamento de semáforos para atravessar faixas de pedestres. Não é à toa que a nova capital administrativa do Egito está entre as mais ousadas cidades inteligentes em construção no mundo, segundo a revista Forbes.
Egito fará controle populacional da cidade, para evitar o que ocorreu em Brasília
Além dos prédios administrativos, as embaixadas estrangeiras também serão realocadas do Cairo para a nova capital administrativa. Com a transferência, o governo egípcio espera aliviar o congestionamento de veículos e a superpopulação na antiga capital. Cairo tem atualmente 18 milhões de moradores. No entanto, os gestores da cidade em construção alertam que haverá controle populacional para evitar que se repita o que aconteceu em Brasília, que hoje está cercada por bolsões de pobreza no entorno do Plano Piloto. Tanto é que a nova capital foi projetada para ter, no máximo, 6,5 milhões de habitantes.

Crédito: Ana Volpe/Agência Senado
Não significa, porém, que moradores do Cairo, que não sejam funcionários públicos ou que não trabalhem na nova capital administrativa, não possam frequentá-la. A principal ligação entre as duas cidades será por transporte público. Haverá um sistema de monotrilhos que percorrerá 54 quilômetros e terá 21 estações. Outra característica que diferencia a nova capital administrativa do Egito da capital federal do Brasil é que a cidade egípcia tem financiamento majoritariamente privado, enquanto Brasília contou apenas com recursos públicos. Além disso, o projeto de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa foi concebido e executado em apenas 5 anos, enquanto o egípcio começou em 2015 e será concluído em 2050.
Entrevistado
Construtora The Arab Contractors - Osman Ahmed Osman & Co. (detentora da maior parte dos contratos da fase 1 da nova capital administrativa do Egito) e Skidmore Owings and Merrill (via departamentos de comunicação)
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Estados Unidos reabrem feiras presenciais da construção civil

Crédito: NPCA
O 1º evento presencial da construção civil em todo o mundo, após a chegada da pandemia de COVID-19, aconteceu de 20 a 22 de maio em New Orleans, nos Estados Unidos. Foi a Precast Show 2021, principal feira sobre pré-fabricados e pré-moldados de concreto da América do Norte. O encontro promovido pela NPCA (National Precast Concrete Association), com apoio da PCI (Precast/Prestressed Concrete Institute [Instituto do Concreto pré-fabricado e protendido]), reuniu 240 expositores e, em 3 dias de evento, atraiu quase 20 mil visitantes, além de contar com um staff de 3 mil pessoas.
A realização da Prescat Show foi possível graças à vacinação em massa nos Estados Unidos, que já imunizou mais de 2/3 da população do país. A feira antecedeu o retorno daquele que é considerado um dos principais eventos da cadeia da construção civil mundial: o World of Concrete (WOC). A feira deveria ter acontecido em janeiro, no centro de convenções de Las Vegas, mas foi realizada entre 8 e 10 de junho. Nos 3 dias, mais de 30 mil pessoas estiveram na WOC. A presença surpreendeu os organizadores, apesar de ter ficado abaixo da média das edições anteriores à chegada da pandemia, que girava em torno de 55 mil visitantes.
Os eventos que começam a acontecer nos Estados Unidos servem de modelo para que outros países voltem a organizá-los com público, neste período pandêmico. No Brasil, o calendário prevê o retorno de feiras presenciais da construção civil a partir de 2022. Uma que já agendou data é a M&T Expo, prevista para acontecer de 30 de agosto a 2 de setembro do ano que vem, em São Paulo-SP. A tradicional bauma - a maior do mundo em equipamentos e maquinários para a construção -, que acontece em Munique, na Alemanha, também ficou para 2022. A 33ª edição acontecerá de 24 a 30 de outubro.
Em 2021, a tendência é de que no Brasil sigam acontecendo os eventos online e híbridos. Foi assim que, no final de março, o IBRACON realizou o 62º CBC (Congresso Brasileiro do Concreto) e a ABECE e a ABPE promoveram recentemente o XVII Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas. A exceção deve ser a Feicon, que envolve vários segmentos da cadeia produtiva da construção, e tem data agendada entre 14 e 17 de setembro deste ano para seu retorno presencial. O evento acontecerá em São Paulo-SP e também está na expectativa de que a vacinação avance consideravelmente no Brasil para divulgar seus protocolos de visitação.
Encontro Nacional da Indústria da Construção ainda não está definido se será virtual ou presencial

Crédito: Twitter/WOC2021
Já a 93ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), teve a data confirmada, mas ainda não definiu se será virtual ou presencial. Foram reservados os dias 20 e 21 de outubro de 2021 para o evento. Até lá, caso os vacinados no Brasil tenham atingido um percentual superior a 50% da população, a CBIC irá avaliar a possibilidade de promover o ENIC presencialmente.
E o Concrete Show? Principal evento sobre concreto no Brasil, a feira não tem previsão para voltar a ser presencial. Desde 2020, vem realizando insights virtuais, como foi o Concrete Show Xperience e como tem sido com as entrevistas dentro do Minuto Corporativo da Construção, dentro do canal da Concrete Show no YouTube.
Antes da pandemia, o último evento vinculado à construção civil que aconteceu presencialmente no Brasil foi a ExporRevestir, realizada de 10 a 13 de março de 2020, em São Paulo-SP. No dia 17 de março, o país reconheceu oficialmente a 1ª morte por COVID-19 e passou a seguir os protocolos da Organização Mundial da Saúde para a pandemia: uso de máscara, distanciamento social, higienização das mãos, interrupção das aglomerações - principalmente em ambientes fechados. As medidas restritivas causaram a paralisação do mercado de feiras e eventos, que com o avanço da vacinação ensaia retorno gradual.
Entrevistado
NPCA (National Precast Concrete Association), World of Concrete, bauma, M&T Expo, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (promotora do ENIC), InformaMarkets (promotora da Concrete Show), Reed Exhibitions Brasil (promotora da Feicon), ANFACER (promotora da ExpoRevestir), IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) e ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural)
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Jaime Lerner criou fundamentos das cidades inteligentes

Crédito: flickr/International Transport Forum
Entre 1971 e 1974, quando esteve prefeito de Curitiba pela 1ª vez, o arquiteto e urbanista Jaime Lerner começou a pôr em prática os fundamentos que hoje norteiam as chamadas cidades inteligentes – smart cities. Dizia Lerner: “A solução para as cidades está em apenas três medidas: usar menos carros, morar perto do trabalho e separar e reciclar o lixo”. Não é à toa que a capital do Paraná, de forma recorrente, sempre surge com destaque em rankings nacionais e internacionais de melhores cidades para se viver.
Com inovações como o sistema integrado de transporte coletivo e suas canaletas exclusivas, o calçadão para valorizar o pedestre e reduzir o fluxo de veículos no centro da cidade, o Lixo que não é Lixo, a implantação de parques e a criação da Cidade Industrial de Curitiba, o urbanista forneceu o roteiro para as cidades do futuro. Sempre atento à gestão sustentável da cidade, ele consolidou seu projeto entre 1979–1983 e 1989–1992, quando foi eleito prefeito de Curitiba por mais duas vezes.
Lerner morreu dia 27 de maio, aos 83 anos, mas suas ideias estão consolidadas mundo afora. Em maior ou menor grau, quase todas as capitais de outros estados copiaram alguns de seus projetos. Como urbanista, Lerner também desenvolveu planos exclusivos para as seguintes cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Salvador, Aracaju, Natal, Goiânia, Campo Grande e Niterói. Fora do país, prestou assessoria internacional para Caracas (Venezuela), San Juan (Porto Rico), Shangai (China), Havana (Cuba) e Seul (Coreia do Sul).
Mais de 200 cidades em todo o mundo usam modelo do BRT inventado por Lerner
Sua ideia mais copiada foi a do transporte público que trafega por canaleta exclusiva. O conceito internacionalizou-se como BRT (Bus Rapid Transit) e hoje existe em 226 cidades mundo afora. Em defesa de sua invenção, Lerner sempre combateu projetos de metrô. Dizia que o sistema de transporte que trafega por túneis subterrâneos representa o passado e que o BRT é o futuro.
Em 2015, Jaime Lerner comemorou 50 anos de arquitetura e urbanismo com uma exposição. Nela foi revelada uma paixão sutil do arquiteto pelo concreto aparente. O material foi destaque na residência que ele projetou para morar, e que hoje abriga a Jaime Lerner Arquitetos Associados e o Instituto Jaime Lerner.
Além dos projetos, Jaime Lerner também deixa como legado seu livro Acupuntura Urbana (Travessa dos Editores, 128 páginas). A obra reúne seus pensamentos sobre como corrigir erros urbanísticos das cidades. Publicado pela primeira vez em 2003, o livro foi relançado em 2019, com uma edição revisada e ampliada pelo autor. Uma frase destacada em Acupuntura Urbana resume também o que Lerner pensava sobre as metrópoles: “A cidade não é o problema, a cidade é a solução.”
Entrevistado
Reportagem com base em publicações do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil) e do Instituto Jaime Lerner, além do conteúdo do filme “Jaime Lerner – Uma História de Sonhos”.
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O que é ESG e por que a construção civil adere aos seus conceitos?

Crédito: Pixabay
É crescente o número de empresas ligadas à cadeia produtiva da construção civil - principalmente as listadas na bolsa de valores – que estão aderindo ao conceito ESG. Mas o que significa essa sigla? Ela vem de Environment, Social and Governance (meio ambiente, social e governança) e refere-se aos indicadores que medem o impacto das 3 áreas na operação de construtoras, fabricantes de materiais e grandes redes que operam no varejo do setor.
O reconhecimento de uma empresa ESG ocorre através de certificações ou políticas que ela tenha como comprovar ao mercado. Por exemplo, se a companhia possui ISO, pratica políticas de compliance e já construiu edificações ou forneceu materiais para obras sustentáveis, ela tem como requerer junto aos investidores o “selo ESG”.
Nos Estados Unidos, 80% do setor da construção civil que é IPO comprova ser ESG. No Brasil, há cerca de 50 empresas da cadeia produtiva que operam na bolsa de valores – a maioria formada por construtoras (28). Entre elas, todas já buscam comprovar que utilizam os indicadores em seus procedimentos. Um dos motivos é que os investidores do mercado imobiliário estão atentos a quem é e quem não é ESG.
Por se tratar de uma autorregulamentação, ou seja, não há poder público nem organismos que validam a certificação, são os fundos de investimentos, as bolsas de valores e as consultorias que produzem índices de ações que fazem esse acompanhamento. Segundo a GBC Brasil, recentemente a Ágora Investimentos apontou as vantagens competitivas que o “selo ESG” oferece às construtoras. São: maior lucratividade, valuation ao longo do tempo e melhora de imagem perante investidores, empresas e consumidores.
Certificações LEED, AQUA-HQE, PROCEL Edifica e Casa Azul balizam quem busca o “selo ESG”
E para a cadeia produtiva de insumos e materiais de construção, quais as vantagens de ser ESG? Para o mercado, elas passam a ser consideradas environment friendly (amigas do meio ambiente). Empresas que já construíram ou forneceram produtos para edificações sustentáveis com as certificações LEED, AQUA-HQE, PROCEL Edifica e Casa Azul – as mais requisitadas no Brasil – estão mais próximas desse reconhecimento ou já obtiveram ESG por causa dessas credenciais.
Segundo o Centro de Tecnologia de Edificações, “o desempenho ambiental ajuda as empresas imobiliárias a atraírem um público que busca edifícios com certificação ecológica, que priorizem aspectos como a biofilia e ofereçam maior eficiência elétrica e hidráulica, sem deixarem de ser confortáveis, seguros e eficientes. Além disso, o ESG na construção civil tem outro aspecto importante: adequa as empresas à demanda de um mercado que exige respeito ao meio ambiente”.
Veja as 28 construtoras atualmente listadas na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa). Destas, 22 estão incluídas no segmento NM (Novo Mercado) que aponta as ações de companhias que adotam as melhores práticas de governança corporativa e de sustentabilidade, e que se adequam aos indicadores ESG. No segmento do varejo da construção, a rede Quero-Quero, que atua em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e interiores de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é a única com ações NM.
- Alphaville S.A (NM)
- Construtora Adolpho Lindenberg S.A
- Tenda S.A (NM)
- CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A
- Cury Construtora e Incorporadora (NM)
- Cyrela Brazil Realty S.A (NM)
- Direcional Engenharia S.A (NM)
- EVEN Construtora e Incorporadora S.A (NM)
- EZTEC Empreendimentos e Participações S.A (NM)
- Gafisa S.A (NM)
- Helbor Empreendimentos S.A (NM)
- Inter Construtora e Incorporadora S.A
- JHSF Participações S.A (NM)
- João Fortes Engenharia S.A
- Kallas Incorporações e Construções S.A
- Lavvi Empreendimentos Imobiliários S.A (NM)
- Melnick Desenvolvimento Imobiliário S.A (NM)
- Mitre Realty Empreendimentos e Participações S.A (NM)
- Moura Dubeux Engenharia S.A (NM)
- MRV Engenharia e Participações S.A (NM)
- PDG Realty S.A (NM)
- Plano&Plano Desenvolvimento Imobiliário S.A (NM)
- RNI Negócios Imobiliários S.A (NM)
- Rossi Residencial S.A (NM)
- Tecnisa S.A (NM)
- Tegra Incorporadora S.A
- Trisul S.A (NM)
- Viver Incorporadora e Construtora S.A (NM)
Entrevistado
Green Building Council Brasil (GBC Brasil), Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) e B3 (Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa) (via assessorias de imprensa)
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No Japão, painéis ultrafinos de concreto revestem edifício

Crédito: Toshiyuki Yano Photography
O incêndio de um prédio em Londres, que em 2017 causou 79 mortes, desencadeou pesquisas de materiais corta-fogo para o uso em fachadas. No Japão, foi desenvolvido o painel de concreto ultrafino de 3,8 centímetros que reveste um edifício residencial de 11 pavimentos na cidade de Yokohama. O material utilizado é o HPC (abreviatura de hybrid protended concrete [concreto protendido híbrido]) e, como inovação, utiliza fibra de carbono entre seus componentes.
Por causa da eficácia como elemento corta-fogo, e de seu desempenho termoacústico, os painéis revestem, além da fachada, o interior do edifício - tanto as paredes de vedação quanto o teto que encobre as lajes, substituindo placas de gesso acartonado. O material segue a rigorosa legislação do Japão contra incêndio. Uma das exigências é que todo o edifício recentemente construído, independentemente do número de pavimentos, tenha sacada nos apartamentos. A obrigatoriedade não é apenas estética ou arquitetônica, mas serve como ponto de resgate para os bombeiros.

Crédito: Toshiyuki Yano Photography
No caso do edifício residencial Kannai Blade, além de atender a norma contra incêndio, os projetistas decidiram colocar brises nas sacadas, para que funcionassem como elementos corta-fogo. Obviamente, os anteparos deveriam ser com materiais resistentes ao fogo. Na construção civil, o melhor deles é o concreto. Foi o que levou o escritório de arquitetura Key Operation Inc., responsável pelo projeto do edifício, a buscar os painéis de HPC da Kooge Concrete, que em 2020 patenteou os elementos ultrafinos.
Fabricante alerta que o concreto protendido híbrido não tem desempenho estrutural
O engenheiro civil Fujio Kawamoto, responsável pelo departamento técnico da Kooge Concrete, detalha as características do HPC. “A espessura do HPC é minimizada com o uso de fios de carbono protendidos na estrutura, o que permite atingir a espessura de 38 milímetros. A razão do nome 'híbrido' deve-se à formulação do concreto, que inclui um expansor e fibras de reforço à base de polipropileno em seu interior. Isso dá flexibilidade e tenacidade ao concreto”, explica.

Crédito: Kooge.co
Kawamoto também explica que outra característica importante do material é que ele permite produzir peças para várias finalidades, como beirais, molduras para janelas, brises, paredes de vedação, fachadas e tetos. O engenheiro revela ainda que a produção das placas tem relação água-cimento de 0,28 e cada placa pode atingir no máximo 2 metros de largura e 7 metros de comprimento. A Kooge Concrete produz o HPC sob encomenda e, dependendo do volume de placas, a produção pode levar de 45 dias a 90 dias.
O fabricante alerta que o HPC não pode ser usado como concreto estrutural. Quanto ao custo, apesar de a produção dos painéis serem praticamente artesanais, o arquiteto Jin Hosoya, que atuou como consultor do escritório Key Operation para o uso de HPC, cita que economizou 300 milhões de ienes - cerca de 2,7 milhões de dólares - no projeto de fachada do residencial Kannai Blade. “A economia veio através da redução de custo de mão de obra para a instalação dos elementos ultrafinos de concreto”, diz.

Crédito: Kooge.co
Entrevistado
Key Operation Inc., escritório de arquitetura, e Kooge Concrete (via departamentos de comunicação)
Contato
info@keyoperation.com
https://kooge.co/contact/
Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
No 1º trimestre, PIB da indústria da construção cresce 2,1%

Crédito: Stocklib/rhj2017
O IBGE divulgou no dia 1º de junho o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do 1º trimestre de 2021. Houve crescimento de 1,2% na comparação com o 4º trimestre de 2020. Essa é a 3ª vez seguida em que a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil evolui dentro do quadro de pandemia de COVID-19. Por setores, o PIB do agronegócio foi o que mais avançou entre janeiro, fevereiro e março (5,7%) seguido da indústria (0,7%) e dos serviços (0,4%).
Dentro do segmento indústria, os que mais cresceram foram indústria extrativa (3,2%) e indústria da construção civil (2,1%). Isso mantém os prognósticos positivos de que o setor possa fechar o ano com crescimento de 4%, depois de uma queda de 7% em 2020. No entender da economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, os números da construção civil no 1º trimestre chegam a surpreender.
A economista, porém, prefere aguardar os números do 2º trimestre (abril, maio e junho) para fazer um diagnóstico mais assertivo. “Ainda existem fortes incertezas para que esse crescimento seja consolidado. A maior delas, neste momento, é o incremento no custo dos insumos”, diz. Por outro lado, o setor é visto como altamente resiliente. Haja vista que foi o que mais gerou postos de trabalho com carteira assinada em 2020, no auge da pandemia. Foram 105.248 novas vagas.
Com vacinação em massa, PIB da construção deve confirmar crescimento de 4% em 2021
O resultado do PIB nacional do 1º trimestre gerou uma série de revisões nas projeções para 2021. Nada menos que 35 instituições financeiras e vinculadas à economia estimam que o Brasil pode fechar o ano com crescimento variando entre 3,8% e 5%. Na média, a maioria entende que o país sinaliza que possa crescer 4,5%. “Mesmo com a segunda onda da pandemia de COVID-19, o PIB cresceu no 1º trimestre, pois, diferentemente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, avalia a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Para o presidente da ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) Rodrigo Navarro, a consolidação do crescimento do PIB nacional, e também da construção, vai depender do ritmo de vacinação. “O resultado positivo no 1º trimestre de 2021 mostra que a indústria de materiais de construção está sendo demandada, o que possibilita chegarmos a um crescimento de 4% ainda este ano. De qualquer maneira, é importante ressaltar que se faz necessário acelerar a vacinação em todo país, bem como progredir nas pautas de reformas no Congresso Nacional, para que se minimizem potenciais impactos negativos”, comenta.
Existe a expectativa de que o PIB positivo da construção no 1º trimestre influencie na melhoria de outros índices vinculados ao setor. Um deles é o Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), que em maio teve variação positiva de 2,2 pontos e chegou a 87,2. Foi a 1ª alta registrada em 2021. O ICST vai de 0 a 200 e, a partir de 100, é interpretado que os empresários da construção estão otimistas para investirem em novos empreendimentos imobiliários ou de infraestrutura.
Entrevistado
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) e Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT)
Contato
comunica@ibge.gov.br
assessoria.fgv@insightnet.com.br
abramat@abramat.org.br
Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330









