Proteja seu Concreto
O tempo de vida útil das estruturas de concreto depende de cuidados na sua execução
Créditos: Engº Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé
Com a revisão da Norma de concreto NBR 6118 e a criação da NBR 14931, um conceito antigo é colocado no topo das prioridades no Brasil: a durabilidade. Para que este conceito seja realmente implementado em uma obra, tanto o projeto quanto a execução têm parcelas de contribuição e, por isso, alguns cuidados são imprescindíveis em ambas as fases.
Neste artigo, abordaremos a importância das práticas de lançamento, adensamento e cura na qualidade e durabilidade do concreto, bem como procedimentos que podem minimizar o efeito de condições adversas durante a operação de concretagem.
1. Lançamento do concreto
Chamamos de lançamento a operação de colocação do concreto nas fôrmas. Pode ser confundido com transporte horizontal e vertical, que na realidade, compreende o processo de se levar o material desde seu local de produção até às fôrmas.
Nesta etapa, o maior cuidado é evitar a chamada segregação do concreto, que consiste na separação dos materiais componentes, com o conseqüente aparecimento de ninhos ou bicheiras, que o adensamento não conseguirá eliminar. Neste caso, a grande porosidade será o fator causador da baixa qualidade da estrutura. A NBR 14931 em sua novíssima versão de março/2003, estabelece algumas generalidades em seu ítem 9.5.1:
- o concreto deve ser lançado o mais próximo possível do seu local definitivo;
- em nenhuma hipótese o lançamento deve ocorrer após o início de pega do concreto;
- o lançamento deve ser feito de maneira uniforme nas fôrmas, evitando a concentração e deformação das mesmas;
- devem ser observados cuidados no lançamento quando a altura de queda livre for superior a dois metros. Neste caso recomenda-se o uso de funis, calhas ou trombas;
- o lançamento nas fôrmas deve ser feito em camadas de altura compatível com o adensamento previsto.
A segregação ocorre porque os materiais componentes têm massas específicas diferentes e com a queda ou lançamento tendem a se separar. Portanto, pode-se deduzir que o tipo de lançamento determina quais características do concreto devem ser reforçadas. Por exemplo, se os lançamentos forem realizados em alturas maiores é necessário se verificar o teor de argamassa e consistência adequados (boa coesão). Já no caso de bombeamentos, a trabalhabilidade também deve ser observada com cuidado e se o lançamento for submerso, o concreto deve ser auto-adensável. Em peças verticais, como pilares e paredes, o cuidado é no sentido de se reduzir o fenômeno da exsudação (percolação da água na massa do concreto) e da segregação. Para o lançamento projetado o concreto deve ter grande coesão e consistência relativamente seca, a fim de diminuir a perda com a reflexão.
As Normas Brasileiras também chamam a atenção para as temperaturas de lançamento (NBR 7212), interrupção do lançamento, formação de juntas frias (NBR 14931) e ainda a densidade das armaduras (NBR 14931).
2. Adensamento
É a operação para a retirada do ar presente na massa do concreto, com o objetivo de se reduzir a porosidade ao máximo. Como benefício adicional obtém-se a melhoria da resistência mecânica, dificultando a entrada de agentes agressivos e o perfeito preenchimento das fôrmas. A forma usual de adensamento é a vibração que, por melhor que seja, não consegue retirar todo o ar aprisionado. Estima-se que cerca de 1,5 a 2% do volume da massa do concreto fresco seja ar incorporado, que deverá aumentar ao longo do tempo devido a saída da água pela evaporação.
Outras formas de adensamento não usuais têm sido mais utilizadas com o avanço de tecnologias construtivas, como, por exemplo, o uso de CCR, que é o concreto compactado a rolo e utilizado em pavimentos de concreto e barragens. Ainda no caso de pavimentos e pisos, o adensamento pode ser executado com máquinas vibro-acabadoras que têm alto desempenho e bom nível de acabamento. A extrusão é outra forma de adensamento do concreto e consiste na compactação de um concreto de consistência seca e bem argamassado, utilizado em indústrias de pré-moldados e guias e sarjetas moldadas in loco. A centrifugação ainda é um processo novo no Brasil, mas muito utilizado na Europa e usa a força centrífuga para fazer o adensamento. Atualmente, este processo é utilizado para a fabricação de postes de até 42 metros de comprimento com muito bom resultado.
O concreto reodinâmico ou auto-adensável, como o próprio nome sugere, não necessita de vibração, pois tem grande trabalhabilidade e coesão. É ideal para peças com alta densidade de armadura, concretagens submersas e pisos autonivelantes.
Para os casos correntes de adensamento por vibração mecânica ou manual, a Norma NBR 14931 estabelece algumas generalidades em seu item 9.6.1:
- evitar a vibração da armadura para não prejudicar a aderência com o concreto;
- no adensamento manual as camadas não podem ter alturas superiores a 20 cm;
- no adensamento mecânico com vibradores de imersão, a altura das camadas não deve ultrapassar ¾ do comprimento da agulha;
- tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao concreto;
- o vibrador deve ser aplicado na posição vertical;
- fazer a vibração em um maior número possível de pontos da peça concretada;
- a retirada do vibrador deve ser lenta e mantendo-o sempre ligado;
- não permitir que o vibrador entre em contato com as fôrmas para evitar o aparecimento de bolhas de ar;
- para um bom adensamento é necessário estabelecer um plano de lançamento adequado às necessidades da peça concretada.
Portanto, pode-se concluir que o adensamento e o lançamento são operações fundamentais que interferem muito na durabilidade das estruturas. As características do concreto, a peça a ser concretada e as necessidades construtivas compõem os parâmetros para o planejamento adequado do lançamento e adensamento, visando obras com qualidade, seguras e duráveis.
3. Cura do concreto
O conceito de cura está relacionado diretamente com a água presente na mistura, que atende duas necessidades básicas do concreto - a trabalhabilidade e a reação de hidratação do cimento. Isto significa que parte da água tem como objetivo permitir um adequado adensamento, ou seja, ela será utilizada neste momento inicial e depois sairá da massa por evaporação. É justamente esta evaporação que devemos controlar para que não aconteça com muita velocidade, pois isso ocasionará tensões internas e, como conseqüência, as indesejáveis fissuras. Estas, por sua vez, permitirão a entrada de agentes externos agressivos no concreto, reduzindo sua vida útil.
Portanto, uma boa cura deve proporcionar uma lenta evaporação da água superficial e, principalmente, deve ser iniciada o quanto antes. Muitas vezes, o início da cura é feito tarde demais, quando a peça concretada já está fissurada. Na prática, o processo de cura deve começar assim que o acabamento for concluído, com cuidado e de tal forma que a umidade superficial seja mantida. Nestas primeiras horas é fundamental que se mantenha o processo, uma vez que o concreto ainda não tem resistência suficiente para resistir aos esforços que darão origem ao aparecimento das fissuras. Pode-se concluir, que em condições climáticas desfavoráveis (como alta temperatura, vento forte e baixa umidade relativa do ar) as precauções devem ser redobradas. Da mesma forma, quanto maior a área exposta do concreto maior o cuidado.
Outra parcela da água do concreto é utilizada para a reação de hidratação do cimento. A cura também deve impedir que esta água evapore, pois, neste caso, a reação não será completada e a resistência diminuirá. Em certos casos a cura poderá fornecer a quantidade de água necessária para completar a hidratação. Com a maior utilização de aditivos superplastificantes, a quantidade de água nas dosagens diminuiu bastante. Exemplificando: em um concreto com abatimento 80 ± 10 mm, sem aditivo, costuma-se utilizar, em média, 200 litros de água. Com aditivo superplastificante, bastariam cerca de 155 litros. A diferença de 45 litros é bem grande e significativa. Neste concreto, com 155 litros de água, caso haja uma taxa de evaporação muito grande, corre-se o risco que também evapore parte da água de hidratação e, assim, parte do cimento se constituiria em um pó inerte.
Um fenômeno semelhante aparece em peças onde a consistência do concreto é seca, como tubos, blocos, pavers, pré-moldados. Para estes elementos a cura é fundamental.
Outra dúvida bastante comum é o tempo durante o qual a cura deve ser mantida. A nova Norma NBR 14931 determina que deve-se fazer a cura em um concreto até que sua resistência atinja 15,0 MPa. A consideração é que o concreto, ao atingir esta resistência, já estará com seu grau de hidratação bem avançado e, portanto, a cura poderá ser interrompida. Polêmica, esta consideração é questionada por alguns tecnologistas que apontam a carbonatação como fator imprescindível para se fazer uma cura mais prolongada. Desta forma, o tipo de cimento e a relação água/cimento são aspectos importantes quando se estabelece o tempo de cura. Como medida prática de controle, a própria Norma anterior especificava o tempo de sete dias como tempo mínimo de cura para qualquer tipo de concreto.
Os métodos de cura mais usuais são aspersão ou borrifamento de água, revestimentos saturados (sacos de aniagem ou papel), cobrimento com areia ou serragem molhadas, películas químicas de cura ou, ainda, processos térmicos com vapor d água ou outro tipo de aquecimento. A mais comum e mais utilizada é a aspersão de água, pela simplicidade, mas também é mais sujeita a problemas. As horas iniciais são as mais importantes para evitar as fissuras e no caso de molhagem por aspersão, a continuidade é essencial para se fazer uma boa cura. O problema mais freqüente nas obras é a cura ser iniciada no dia seguinte ao da concretagem ou o concreto ser molhado apenas uma vez ao dia.
É importante lembrar que mesmo no inverno, com temperaturas mais baixas, a cura deve ser feita da mesma forma, pois condições de ventos fortes e baixa umidade do ar também são desfavoráveis.
4. Concretagem em condições adversas
Temperaturas muito baixas ou elevadas podem influenciar bastante a capacidade do concreto resistir aos agentes agressivos do meio externo e, desta forma, prejudicar sua vida útil.
A NBR 7212 estabelece no ítem 4.6 que "As temperaturas ambientes limites para lançamento do concreto são 10°C e 32°C. Fora desses limites devem ser tomados cuidados especiais. A temperatura do concreto, por ocasião de seu lançamento, deve ser fixada de modo a evitar a ocorrência de fissuração de origem térmica".
Já a NBR 14931, ítem 9.3.2, estabelece que a temperatura da massa do concreto, no momento do lançamento, não deve ser inferior a 5°C. Ainda neste mesmo ítem, diz que a concretagem deve ser suspensa sempre que estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0°C nas 48 h seguintes à concretagem, salvo disposição em contrário estabelecida no projeto.
Sob baixas temperaturas a água contida no concreto pode congelar, interrompendo o processo de endurecimento e provocando um aumento de volume; criam-se tensões internas na massa do concreto, ocasionando uma separação dos materiais componentes, uma vez que a sua resistência, neste momento, ainda é insuficiente para impedir tal fenômeno. Neste caso, haverá também um retardamento na pega e no endurecimento pela falta de água para as reações de hidratação.
Assim, nos casos de obras correntes, alguns cuidados são necessários:
- elaborar um cuidadoso plano de concretagem para rápida aplicação do concreto;
- disponibilizar mão-de-obra extra para ajudar na aplicação e demais cuidados;
- manter quantidade suficiente de material isolante (como lençóis plásticos, lonas, papel impermeável, mantas de palha ou sacos de aniagem) para cobrir o concreto e as fôrmas logo após a aplicação, com o objetivo de aproveitar o próprio calor do concreto;
- manter as fôrmas por mais tempo, uma vez que estas servem de proteção contra o frio, além do fato de que o endurecimento do concreto se faz de maneira mais lenta;
- manter vibradores de reserva para evitar a interrupção da concretagem;
- aquecer a água do traço utilizada para fazer o concreto. Na realidade, não é necessário deixar a água quente, mas em situação de temperatura ambiente (acima de 10°C), visando não reduzir muito as resistências iniciais. Em situações mais críticas, pode-se utilizar também o aquecimento das peças concretadas com vapor de água ou lençóis térmicos;
- para as construções mais altas e, portanto, sujeitas à ação dos ventos, a colocação de lonas no sentido vertical, junto à estrutura, impedirá também a retração plástica com conseqüente fissuração nas peças.
Em relação às temperaturas mais altas, esta mesma Norma - NBR 14931, em seu item 9.3.3 - estabelece condições limites para a velocidade do vento e umidade relativa do ar. Assim, caso a temperatura seja maior ou igual a 35°C, a umidade do ar seja menor ou igual a 50% e a velocidade do vento seja maior ou igual a 30 m/s, devem ser tomadas medidas para manter a consistência e reduzir a temperatura do concreto. Este mesmo item suspende a concretagem caso a temperatura ambiente seja superior a 40°C ou o vento esteja com velocidade acima de 60 m/s, salvo indicação em contrário estabelecida no projeto.
Neste caso, o concreto é afetado em todas as suas fases de preparo e aplicação. A pega é acelerada, o abatimento é reduzido, a água é evaporada rapidamente e as fissuras aparecem com facilidade.
Diante deste quadro, algumas precauções são necessárias:
- para o concreto dosado em central, programar o intervalo entre caminhões betoneira de modo a evitar a espera dos mesmos na obra e ganhar tempo de aplicação;
- dimensionar adequadamente o pessoal da obra envolvido no transporte vertical, no transporte horizontal, lançamento e adensamento do concreto, agilizando a descarga e ganhando tempo;
- verificar com atenção o horário de mistura dos materiais componentes do concreto para controle do tempo de inicio de pega. Para o dosado em central, este horário deve ser anotado obrigatoriamente na nota fiscal;
- manter as fôrmas bem molhadas para que não absorvam a água do concreto. Quando secas, aumentam o efeito da retração, reduzem a água da hidratação e provocam o aparecimento de fissuras;
- observar atentamente os procedimentos da cura do concreto, evitando a perda de água e a ocorrência de fissuração térmica;
- nos bombeamentos, evitar paradas prolongadas, pois a tubulação exposta ao sol pode esquentar e, com isso, aumentar a evaporação da água, além de reduzir a trabalhabilidade e provocar entupimentos freqüentes;
- para concretagens de grandes volumes, a utilização de gelo como parte da água de amassamento reduz a temperatura do concreto e, portanto, a ocorrência de retração;
- nos dias quentes, uma outra alternativa pode ser as concretagens noturnas, quando as temperaturas são mais amenas e a cura nas primeiras horas pode ser feita com menor perda de água;
- a utilização de cimentos com menor calor de hidratação também é uma boa alternativa quando se trata de temperaturas altas. Reduzem a perda rápida de água e propiciam uma cura mais adequada.
Todos estes cuidados devem ser supervisionados pelo responsável técnico da obra, que avaliará as necessidades de material e mão-de-obra necessários para um bom planejamento de toda a concretagem.
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Piso retrô volta remodelado
Antigo vermelhão volta à moda com alguns toques de sofisticação
Créditos: Engª Naguisa Tokudome - Assessora Técnico Comercial Itambé
O piso queimado voltou novamente a ser empregado, porém, sua aplicação não se restringe apenas às casas interioranas. Atualmente, arquitetos têm optado por este tipo de piso por sua aparência rústica e clean, usando a criatividade para compor novas combinações com materiais nobres - como pastilha de vidro e de cerâmica ou ainda madeiras, lajotas e pedras portuguesas - para adquirir arremates mais sofisticados.
Com aparência rústica ou sofisticada, alguns cuidados são essenciais para obter um piso bem acabado sem fissuras ou manchas, patologias comuns que surgem após a execução. O segredo está no contrapiso bem executado e preparado para receber o piso, juntas de dilatação e na contratação de mão-de-obra qualificada.
Deve-se verificar se o substrato não apresenta depressões, fissuras significativas, esfarelamento ou contaminações com óleo e/ou graxa. É importante que o mesmo esteja nivelado e com a superfície áspera para obter boa aderência.
Execução Piso queimado convencional vermelhão
1. Limpeza do contrapiso. Não são indicados contrapiso em caliça, brita, saibro, argila ou areia compactada devido à grande possibilidade de fissurações;
2. Divisão da área do piso em quadrados, formados por guias (madeira de lei, mármore, granito ou material plástico) com espessura de 1 cm e altura de 3 cm. As guias servirão como gabarito para nivelamento da argamassa de revestimento, portanto, deverão estar niveladas. Por se tratar de um material que dilata muito após a cura, a junta é essencial. A recomendação para o uso é a colocação da junta com distância entre 1 m e 1,50 m e nas áreas de afunilamento;
3. Caso a superfície não apresente aspereza necessária para uma boa aderência, aplicar uma camada de chapisco (espessura média de 5 mm) em argamassa de cimento e areia grossa lavada, traço 1:3 em volume, aditivada de resina adesiva vinílica na proporção indicada pelo fabricante;
4. Aplicação da argamassa base em cimento e areia fina lavada, traço 1:3 em volume, em quadrados alternados, como um tabuleiro de xadrez. A espessura média da argamassa base deverá ser de 3 cm ou 2,5 cm quando aplicado o chapisco de aderência, variando de acordo com a regularidade da superfície do contrapiso. Recomenda-se adição de um aditivo plastificante para evitar fissuras por retração e melhorar a trabalhabilidade da argamassa e/ou aditivo impermeabilizante para áreas úmidas, ambos na proporção indicada pelo fabricante;
5. Alisamento da argamassa preferencialmente com régua metálica, utilizando-se das guias divisórias dos quadros de nivelamento;
6. Polvilhamento de cimento seco sobre a superfície ainda fresca, na razão de 0,5 kg/m² e alisamento suave do cimento polvilhado com desempenadeira de aço, sem pressionar a argamassa base;
7. Cura. Logo após o término do alisamento e assim que a superfície apresente firmeza ao toque, deverá ser borrifada água em abundância e várias vezes, até a idade de pelo menos três dias;
8. Após 24 horas do fim do trabalho, passa-se lixa fina sobre as juntas e imperfeições.
Cuidados:
- Durante a execução caso apareçam bolhas, elas devem ser estouradas e retocadas com a própria desempenadeira de aço;
- Para dar acabamento brilhante, aproximadamente sete dias depois, aplicar produto (selador para concreto, impermeabilizantes à base de poliuretano, vernizes especiais para piso e cera para ardósia ou cera líquida transparente) sobre a superfície. Ajuda a fechar os poros, protegendo-os da umidade, porém não é indicado em áreas molhadas e externas, pois deixam o piso escorregadio;
- O pó utilizado para queimar o cimentado deve estar seco e ser bem misturado. Caso a mistura não seja homogênea, corre-se o risco de surgirem manchas no piso;
- Para obter colorações diferenciadas, pode-se adicionar à argamassa base, corantes na proporção indicada pelo fabricante. Recomenda-se a execução de uma pequena área experimental na qual será feito o acerto da proporção de cimento e pigmento a ser empregado;
- Em áreas externas, o cuidado com a cura deve ser redobrado, pois se a argamassa secar muito rápido podem ocorrer microfissuras por retração.
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Construindo Melhor
Pisos de galinheiros e chiqueiros
Pisos de galinheiros e chiqueiros são estruturas que merecem atenção especial durante a construção: deve-se utilizar o mínimo de água possível para confeccionar o concreto, usar cimento com adição de cinza pozolânica e realizar a cura do concreto com água por no mínimo 4 dias.
Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé
Leves e eficazes
Empresa catarinense se firma no mercado de blocos de concreto celular
Os blocos de concreto celular autoclavado são produzidos a partir de uma mistura de cimento, cal, areia, agente expansor e água, lançada em moldes onde a reação do agente expansor cria bolhas de ar que a fazem dobrar de volume. Após a solidificação, as placas moldadas são cortadas nos formatos desejados e seguem para a cura em autoclave equipamento que proporciona alta pressão e temperatura. O resultado é um bloco leve, de excelentes propriedades termo-acústicas e ainda com adequada resistência para ser aplicado em alvenaria de vedação, enchimento de lajes, enchimento de estruturas e no isolamento de áreas de escape de incêndios em edifícios. É um material muito versátil, pois pode ser cortado, serrado, pregado, furado, lixado e pintado.
No entanto, o maior diferencial é seu peso. Enquanto uma alvenaria de tijolo cerâmico pesa em média 1.200 kg/m3, a alvenaria com bloco celular autoclavado pesa 500 kg/m3. No caso de enchimento de lajes ou lajes nervuradas, a substituição é de um material o concreto armado convencional de 2.500 kg/m3 por outro de 500 kg/m3. Proporciona, portanto, menores cargas nas fundações e estruturas mais esbeltas com redução de custo.
Há cinco anos, o sul do país conta com um fornecedor alternativo destes blocos: a Celucon, instalada na cidade de Morro da Fumaça, sul do estado de Santa Catarina. Conduzida por Antônio Carlos Zanon, a empresa e seus produtos conquistam a cada ano maior espaço na construção. Antônio Carlos aponta o sucesso em função das vantagens do material. Ele conta que além do isolamento termo-acústico, a redução do peso-próprio da alvenaria, rapidez de assentamento e precisão das dimensões reduzem o consumo de argamassa de revestimento. As cerâmicas internas podem ser fixadas com argamassa colante diretamente sobre os blocos, o que além de economizar material reduz o prazo para execução do revestimento, complementa.
Segundo Antônio Carlos, o desafio da empresa é popularizar ainda mais o uso dos blocos de concreto na construção de casas e prédios. Ele explica que o produto, além de reduzir os custos em até 15%, ainda apresenta uma série de outros benefícios. "Evidentemente essa redução de custos é referente à construção do imóvel até a etapa do reboco. Mas, além de baratear a obra, os blocos também oferecem agilidade, redução na mão-de-obra, boa resistência ao fogo e um excelente isolamento acústico e térmico. É um produto que tem ainda muito espaço na construção civil", argumenta.

Créditos: Engº Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Mina ganha sala de treinamento
A realização de eventos e treinamentos ficou mais fácil para os funcionários da mineração da Itambé
Desde o dia 25 de setembro os funcionários da Mina contam com mais comodidade: foi inaugurada a nova sala de treinamentos. O local era uma reivindicação antiga dos funcionários e foi construído para disponibilizar aos funcionários da mineração um ambiente confortável para reuniões, treinamentos e cursos.
A jazida Rio Bonito, local de onde é extraído o calcário (principal matéria-prima do cimento), está localizada no município de Campo Largo, a 23 quilômetros de distância da fábrica da Itambé. A falta de infra-estrutura apropriada para a realização de treinamentos para os colaboradores locados na mina fazia com que todos precisassem se deslocar até a fábrica (instalada na cidade de Balsa Nova). Além de custos extras com transporte, esse fato ainda gerava perda de tempo e descontentamento dos funcionários.
Adenir Cordeiro, que trabalha na mina da Itambé há 19 anos conta que a sala de treinamentos foi muito comemorada por todos. Isso é muito importante para nós, pois aqui não existia um local apropriado para reuniões. Nossos eventos aconteciam no refeitório, sem nenhum conforto, lembra.

Créditos: Engº Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Concreto modificado com polímero
Conheça as diferenças básicas entre o concreto com polímero e o concreto convencional, além dos benefícios que este produto oferece
O que caracteriza o concreto para ser polimérico? A adição de um polímero? Seguindo esta linha de raciocínio, um concreto aditivado seria um concreto polimérico?
Sabe-se que em alguns aditivos o polímero é um dos seus componentes, mas a sua adição apenas modifica algumas propriedades do cimento e, conseqüentemente, do concreto. Neste caso, o aditivo não substitui o cimento no traço, apenas pode reduzir a quantidade de água.
No artigo Polímeros em Concreto, os autores Cláudio de Souza Kazmierczak e Jane Gorninski (Ibracon) descrevem que no concreto modificado com polímero o cimento Portland é substituído parcialmente por uma resina que vai polimerizar com auxílio de aditivos.
As resinas poliéster, epóxi, vinílicas, fenólicas e o metilmetacrilato, derivadas do petróleo, são utilizadas como aglomerante, apresentam boa resistência química, especialmente aos meios ácidos e irá adquirir características flexíveis, algo que o concreto convencional ou com aditivos não possui.
Para compreender melhor os termos químicos presentes neste artigo, precisa-se esclarecer alguns conceitos. Afinal, o que é um polímero?
Polímeros são produzidos a partir de moléculas orgânicas (monômero do grego mono=um + mero=parte) que se combinam para formar estruturas mais complexas através de um processo chamado polimerização. Daí o nome polímero (poli=muitos + mero).
Para Steinberg (1973) e Tezuka (1988) , o concreto de cimento Portland e polímero é uma pré-mistura da pasta de cimento e agregados na qual um monômero é adicionado durante a etapa de mistura. Ou seja, este concreto é um material cujo aglomerante é formado por dois componentes ativos - cimento Portland e uma dispersão polimérica em água, como o látex SBR ou uma emulsão de éster poliacrílico. Segundo os autores, as propriedades dependem significativamente da compatibilidade entre estes dois produtos.
A seguir, as vantagens do concreto modificado com polímero, segundo relatório do ACI American Concrete Institute:
- Elevada aderência nos pontos de ligamento entre um concreto pré-existente e um concreto novo, nos casos de recuperação estrutural;
- Resistência química e à abrasão (tráfego de pedestres);
- Resistência à flexão e tração;
- Permeabilidade e módulo de elasticidade reduzido;
- Excelente propriedade dielétrica;
- Baixa porosidade e absorção de água;
- Resistência a gelo/degelo.
No processo natural de hidratação do cimento, o polímero adiciona uma modificação no processo de aglutinação (união). Durante o endurecimento do concreto, formam-se pequenos espaços entre os grãos dos agregados. Estes vazios, permitem a penetração da água, danificando a estrutura em condições de gelo/degelo. Partículas aglutinantes do polímero, preenchem estes espaços, tornando o concreto menos permeável, protegendo-o contra o efeito gelo/degelo.
As vantagens são inúmeras, porém este concreto precisa de cuidados na sua confecção. Há muitas variáveis a serem consideradas como por exemplo, a sua cura rápida (aproximadamente 85 minutos), justificando a sua aplicação na recuperação de pisos industriais, local onde necessita-se rápida liberação. Logo, é essencial que seja produzida por profissionais competentes.
A utilização deste concreto no Brasil ainda é limitada porque a maioria das misturas utilizadas são importadas e há poucas pesquisas sobre o material, além de não haver normas técnicas direcionadas para a produção e caracterização do concreto modificado com polímero.
Ohama (2001) relata que no Japão as pesquisas estão voltadas para a adição do polímero de forma sustentável no concreto e argamassa, nas suas três categorias. Segundo o autor, a argamassa de resina epóxi sem iniciadores tóxicos, os polímeros em pó sem solventes, a reciclagem do PET (garrafa plástica de refrigerante) entre outros, já mostram que os compostos de concreto polímero podem ser materiais de construção altamente sustentável.
Referências Bibliográficas:
OHAMA, Y. Recent status of concrete polymer in Japan. In: INTERNATIONAL CONGRESS ON POLYMER IN CONCRETE, 7, 1992, Moscow, Proceedings. Moscow: V. V. Paturoev and R. L. Serykh, 1992. 769p. p. 26-42
STEINBERG, M. Concrete polymer materials and it's worldwilde development. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON POLYMERS IN CONCRETE, 1, 1973, Atlantic City. Proceedings. Detroit: American Concrete Institute, 1973. p.123-137, (ACI. SP, 40)
TEZUKA, Y. Concreto de cimento e polímero. São Paulo: ABCP, 1988. p. 26.

Barreira de proteção em rodovia danificada pelo efeito gelo-degelo
Créditos: Engª Naguisa Tokudome - Assessora Técnico Comercial Itambé
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Como fazer sua empresa não parar no tempo e continuar tendo sucesso
Roberto Tranjan* afirma que, uma empresa precisa manter flexibilidade para fazer frente às mudanças
1 Uma empresa precisa caminhar junto com as novidades e modernidades? Por quê?
Porque nada é mais perigoso do que o sucesso de ontem. O mercado muda a cada instante, com ele as demandas e as necessidades do cliente. Uma empresa precisa manter a flexibilidade para fazer frente a essas mudanças. Precisa também manter a jovialidade, evitar envelhecer, por isso, a mudança é uma constante na vida empresarial. Mas não podemos confundir mudança com movimento, muitas empresas agitam-se muito para, ao final, acabar no mesmo lugar, embarcam em modismos, implantam modelos e sistemas de gestão, mas no fundo permanecem as mesmas.
2 - Quais são as principais diferenças das metas e objetivos das empresas atuais com as de tempos antigos?
Os principais objetivos e metas dos tempos antigos estão relacionados à produtividade e rentabilidade. O máximo de resultados com o mínimo de recursos, este era o desafio da produtividade. O máximo de retorno sobre o mínimo de ativos, este era o desafio da rentabilidade.
Esses objetivos e metas continuam importantes. Mas eles contemplam apenas a parte corpo da empresa. Deixam de lado outros objetivos e metas, tais como a satisfação e fidelização de clientes (parte mente da empresa) ou o comprometimento e lealdade da equipe (parte alma da empresa).
Está aí a principal diferença dos objetivos e metas dos dias de hoje, comparado aos de antigamente. Hoje, uma empresa é mais sistêmica e os seus desafios integram corpo, mente e alma. Anteriormente, para que uma empresa prosperasse bastavam os objetivos e metas de corpo.
3 Quais são as diferenças e semelhanças da empresa mecanicista e da empresa orgânica? Como identificar se a minha empresa é orgânica ou mecanicista?
A principal semelhança entre uma empresa mecanicista e uma empresa orgânica está em que ambas valorizam o lucro, mas de forma diferente.
Para a empresa mecanicista, o lucro é objetivo. Para a empresa orgânica, o lucro é conseqüência. Mas não é só isso. Na empresa mecanicista, o lucro é resultado de uma equação receitas despesas. Numa empresa orgânica, o lucro (corpo) é resultado de uma equipe comprometida (alma) + cliente fidelizado (mente). Na empresa mecanicista, produtividade é a principal busca. A empresa orgânica prioriza a criatividade. Com isso, muda também o modelo de liderança que cada uma adota. Um modelo autoritário combina mais com os propósitos da empresa mecanicista. Já a empresa orgânica sugere uma gestão mais participativa, capaz de formar e desenvolver uma equipe de alto desempenho. Mas as diferenças não param por aí. Para uma empresa mecanicista, todo mundo é cliente. A empresa orgânica tem foco definido e escolhe os clientes com os quais deseja trabalhar. O principal propósito da empresa mecanicista é o retorno sobre o ativo. O principal propósito da empresa orgânica é a satisfação do cliente. Esses propósitos definem de maneira distinta a estrutura organizacional, o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes de cada membro da equipe, dentre outras coisas.
4 Quais são os benefícios e malefícios da mecanização? A mecanização ainda é apropriada para empresas cujos diferenciais estão no produto?
Por possuir um produto único ou diferenciado, ela pode recorrer à padronização e normatização para produzí-lo em série e recorrer ao máximo aos ganhos de escala. Quando os produtos se tornam intercambiáveis entre si e não faz diferença alguma para o cliente entre um ou outro, então a mecanização não será capaz de assegurar outros diferenciais. Pior: poderá funcionar como um impeditivo à evolução para um outro estágio de empresa.
5 - Qual é o papel da criatividade e das pessoas na empresa orgânica?
Uma empresa orgânica é orientada para o cliente. Essa orientação faz com que o cliente a conduza para o futuro. Suas demandas e necessidades são inspiradoras para que se criem novos produtos e serviços.
A imaginação corre solta quando uma equipe de trabalho está ligada no cliente, quer surpreendê-lo e fazê-lo feliz. Por isso, a criatividade passa a ser uma prática natural nesse tipo de empresa.
6 - A produtividade é a melhor meta a ser cumprida em uma empresa? Por quê?
A produtividade é uma meta necessária, mas não suficiente. Não podemos nunca perder de vista a produtividade, mas ela só garante o empate. Um jogo na defensiva, apenas, que coloca a vitória em risco. O jogo no ataque depende do envolvimento emocional da equipe, do trabalho no nível da excelência, das boas idéias.
7 Uma empresa atual que tiver pensamentos antigos ainda pode dar certo?
Se ela atuar em mercados ainda rudimentares e primitivos, é possível que consiga sobreviver por mais alguns anos, mas será sempre uma luta pela sobrevivência, que é muito diferente de construir riquezas, contar uma história, deixar pegadas.
8 Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o senhor diz que tarefas repetitivas favorecem os erros? Por quê?
Porque a repetição leva ao comportamento automático, ao trabalho sem alma, à anomia. É curioso que muitas empresas investem na padronização, pensando em diminuir os erros, mas o que acontece é que estas empresas passam o resto da vida medindo os erros, aceitando-os como metas. Na verdade, os erros diminuem quando as pessoas assumem a responsabilidade sobre eles e esse comprometimento advém da autonomia que cada um tem diante do seu trabalho. Essa autonomia permite que cada um crie e recrie o seu trabalho, o que é muito diferente de recorrer aos manuais de normas e procedimentos.
9 Qual é o ponto de partida para uma mudança organizacional?
A verdadeira mudança organizacional ocorre, realmente, quando existe uma mudança de modelo mental. Sistemas e métodos não mudam uma empresa, quando muito otimizam o existente. Isso acontece somente quando muda a mentalidade das pessoas, aí sim uma empresa muda, sendo que o ponto de partida está nas lideranças, é a partir delas que uma empresa é capaz de contar uma nova história. Essa mudança de mentalidade recebe o nome de metanóia e esse é o maior desafio de todas as empresas que desejam dar um salto qualitativo.
* Entrevista cedida pelo consultor, educador, escritor e conferencista, Roberto Adami Tranjan.
http://www.robertotranjan.com.br
Referência:
Créditos: Caroline Veiga
Marketing e Vendas
Treinamento de pessoal é fundamental, afirma Eloi Zanetti
Saber vender não é tão fácil como as pessoas pensam. Um bom vendedor precisa saber mais sobre o cliente do que sobre o próprio produto. Dessa maneira, é fundamental que a empresa invista em treinamento de pessoal. É muito comum ouvir as pessoas dizerem que abriram um negócio, investiram forte em infra-estrutura, aparelhos, funcionários, propaganda, e não entendem porque não obtiveram sucesso.
Provavelmente, essa falha deve-se ao fato de não terem investido na preparação do pessoal. O treinamento é tudo. Para qualificar as vendas é preciso qualificar os vendedores. Para se fazer relacionamento é preciso treinar, fazer o meu pessoal incorporar o assunto. As empresas se enganam com campanhas motivacionais, elas são necessárias em determinadas situações, mas o ideal mesmo é a criação do senso de pertencimento, afirma o especialista em marketing e comunicação corporativa Eloi Zanetti.
O cliente deve ser tratado como o próprio dono do negócio gostaria de ser atendido em uma loja, e não como aquela pessoa chata, exigente, que só sabe reclamar. Assim, o funcionário precisa saber atender os clientes de forma respeitosa, atenciosa e mostrar que ele é importante e especial. Caso o atendimento seja ruim, é muito provável que ele não volte mais e, ainda pior, fará uma propaganda ruim sobre seu negócio. Zanetti afirma que, para aumentar as vendas e conquistar clientes é preciso ter uma boa estratégia de vendas. O pequeno e o médio empresário está tão ocupado com o dia-a-dia do seu negócio que não tem tempo para pensar em vendas e nas estratégias. Ficam só nas ações. É preciso revisar e repensar as ações de vendas sempre. O mercado muda rápido e novas circunstâncias se apresentam a cada momento. Cuidar de vendas é olhar constantemente as circunstâncias, se adaptar a elas e tirar proveito disto.
Para uma empresa ter sucesso, ela também precisa se preocupar mais em atender bem do que em ocupar o melhor lugar, pois isto será conseqüência. E, se o cliente for bem atendido, além de conquistá-lo, a empresa ganhará vários outros, e isso, com certeza vai aumentar o mérito do seu negócio.
Zanetti conta que para a empresa alcançar seu diferencial é preciso usar as quatro estruturas que o marketing oferece: atendimento, design, comunicação e logística, dando mais ênfase na que mais se identificar com o negócio. Dessa maneira, também é de extrema importância definir qual será seu público. É a empresa que escolhe quem quer atingir, não o cliente.
Marketing e Vendas
Segundo Zanetti, o planejamento de marketing e vendas varia de acordo com o tamanho do negócio. Além disso, ele aponta que não se pode confundir marketing com propaganda ou com promoção, pois essas são ferramentas do marketing.
O conceito do produto também é essencial na visão do especialista em marketing, quando se chega a um conceito final, bem elaborado, você acha a estrutura de tudo. A partir daí tudo fica mais fácil para você e para os seus clientes declara.
Além disso, o profissional precisa do apoio da comunicação para divulgar seu negócio e, a melhor forma de fazer isso, na opinião de Zanetti, é usando os canais componentes como: as ações de propaganda, de imprensa, de promoção, entre outras, que devem ser usadas na medida certa, sem exageros.
Como abrir seu negócio?
Para abrir um negócio, o profissional não precisa necessariamente fazer cursos de administração ou marketing, embora essas especializações ajudem em todo o processo. Existem comerciantes com muito sucesso e que nunca estudaram marketing ou administração. Intuição, bom senso e saber pensar e agir são os cuidados fundamentais, declara Zanetti.
Além disso, o trabalho em equipe é sempre bem vindo é bom trabalhar com um sócio que te complete e vice-versa, afirma. Abrir um negócio com um profissional competente e de confiança será sempre melhor do que sozinho, porém, é importante tomar cuidado com o grau de intimidade para não por em risco os planos a serem seguidos. O grau de intimidade nem sempre é bom. Para administrar isto é preciso certa sabedoria. Estudar bons livros de filosofia e de política é necessário. O marketing se apropria de várias áreas do conhecimento humano: literatura, teatro, artes plásticas, antropologia, sociologia, etc, opina Zanetti.
* Eloi Zanetti - Especialista em marketing e comunicação corporativa Ex-diretor de Comunicação do Bamerindus e de marketing do O Boticário, consultor em marketing e escritor.
Referência:
Créditos: Eloi Zanetti*
Como a Web 2.0 pode contribuir com o seu negócio
Para o diretor de planejamento web, Sérgio Coelho, vale a pena correr riscos e andar junto à tecnologia
Ainda é difícil achar uma definição para a web 2.0, e mais difícil ainda é saber ao certo quando e por que ela surgiu. Para o diretor de planejamento da agência Midiaweb, Sérgio Coelho, a essência da web 2.0 é trazer o usuário para o centro de todo o processo, pois ela permite que o usuário compartilhe, interaja, analise, crie, comente, edite o conteúdo do site.
São exemplos de ferramentas web 2.0 os blogs, fotologs, vídeo logs, sites de relacionamento, as enciclopédias livres, o Second Life entre várias outras.
Hoje, qualquer pessoa pode colocar o que quiser na internet como, um texto, uma fotografia ou um vídeo, de forma simples e rápida. A conseqüência disto é uma infinidade de materiais publicados na rede sobre os mais diversos assuntos. E um destes assuntos pode ser justamente o seu produto ou a sua empresa. Por isso, mesmo que você ainda pense na web 2.0 como algo distante, é bom estar atento, pois ela existe e está sendo bastante utilizada.
Para Sérgio Coelho, a facilidade que o usuário tem ao expressar suas opiniões, a democratização da informação e a abrangência de conteúdos sendo feitos por pessoas diferentes podem ser consideradas algumas das vantagens da web 2.0. E as informações, idéias e conhecimentos armazenados e compartilhados na web, podem contribuir para que as empresas conheçam melhor o seu público, para saber o que as pessoas estão pensando, querendo e também para a troca de conhecimentos e experiências.
As desvantagens, no entanto, estão relacionadas diretamente às vantagens, pois a qualidade do conteúdo produzido pelos próprios usuários é questionável e nem tudo o que está exposto na web pode ser confiável. Mas, mesmo assim, para o diretor da Midiaweb, vale a pena pagar esse preço para andar junto com a tecnologia: é preciso aceitar e saber conviver com o que é novo garante.
Alguns cuidados devem ser tomados com a exposição pessoal ou da marca na web 2.0, já que através dela qualquer um tem voz para dizer o que pensa. Comentários positivos e negativos podem surgir e as pessoas e/ou empresas precisam estar preparados para lidar com isto.
Sérgio Coelho explica que a empresa precisa ter um objetivo na internet, analisar todas as ferramentas disponíveis e ver se é realmente relevante usar os recursos da web 2.0. O importante é se preocupar com o foco da empresa e não com modismos, afirma. Além disso, quando uma empresa resolve abrir espaço para os usuários/clientes, ela precisa ter uma equipe preparada e atenciosa para responder às críticas que irão surgir. Do mesmo modo que uma empresa pode elevar seu conceito utilizando os recursos da web 2.0, ela precisa ter a consciência que pode ser prejudicada, caso não saiba lidar com as situações. Uma empresa, por exemplo, pode dar um tiro no pé ao criar um blog e bloquear os comentários. Neste caso, um consumidor que esteja mais habituado à web 2.0, poderá achar ruim.
Além disso, a tecnologia certamente não irá parar por ai, já se fala da web 3.0. Nela, a internet vai deixar de ser baseada em documentos para ser baseada em dados, o que tornará as ferramentas de busca mais precisas.
Dentre tantos avanços que ainda estão por vir, há também a comodidade que as pessoas terão em navegar na internet de qualquer lugar, utilizando aparelhos móveis destinados a isso.
Confira a finalidade dos sites da Web 2.0 pelo site:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u20173.shtml
* Sérgio Coelho Diretor de Planejamento e Sócio da Agência Midiaweb Inteligência Interativa.
Referência:
Créditos: Sérgio Coelho*
Plano de Carreira e os sucessos profissionais que podem ser alcançados com ele
Cada pessoa precisa encontrar um método de controle que mais se identifique
Se planejar, reconhecer quais são seus principais defeitos e qualidades, focar em objetivos claros, saber qual caminho pretende trilhar, qual área gostaria de atuar, entre tantas outras iniciativas, fazem parte da realização de um Plano de Carreira, ferramenta fundamental na conquista do crescimento profissional.
Para o colunista e analista de sistemas da seção Carreira do site iMasters, João Carlos da Silva Junior, um Plano de Carreira consiste em um guia profissional contendo metas de curto e longo prazo, compromissos pessoais, alternativas profissionais e indicadores. Normalmente é representado através de um documento.
O Plano de Carreira ajuda o profissional a se auto-avaliar e saber quais são seus planos. Achamos que nos conhecemos, mas é um engano. O processo de auto-conhecimento é constante e exige apenas sinceridade, reconhecimento de falhas e vontade de melhorar, afirma João Carlos.
Depois de realizado, o Plano de Carreira precisa ser seguido, pois vai ajudar o profissional a atingir suas metas. Vale lembrar também que, além do Plano de Carreira, é necessário estar sempre mostrando dedicação e eficiência para que os chefes reconheçam suas qualidades. Porém, isso não implica em subordinação e falta de opinião própria. Atender às expectativas é realizar seu trabalho com eficiência. Tornar-se puxa-saco é uma escolha, diz o colunista.
Ser ambicioso, na medida certa, também é fundamental. Essa consciência de que os créditos virão por dedicação é muito importante, pois ainda há pessoas que acreditam que fazer apenas o seu trabalho é o suficiente. No mundo de hoje não é mais dessa forma que acontece nas empresas. As pessoas estão tendo que se qualificar, se informar e se especializar cada vez mais. É preciso saber aonde se quer chegar e agir. Não adianta ficar esperando que a empresa faça isso por você.
Dados do texto Características de um bom profissional, publicado no site Curricular, apontam ainda que, não basta cumprir os requisitos técnicos para determinada função, pois são muitas as características de um bom profissional no atual mercado, sendo elas: afinidade com a empresa, ambição, auto-motivação, autonomia, comunicação, cumprimento de objetivos, flexibilidade, inovação, integração, trabalho em equipe e saber gerenciar o tempo.
Já o colunista João Carlos acredita no potencial de cada um: todas as pessoas são boas, quando não são, é que estão desmotivadas ou exercendo atividades não adequadas ao seu perfil. Cabe ao superior identificar e tomar as providências necessárias. Por isso, ser considerado bom profissional depende também da avaliação do seu superior.
Plano de Carreira Como fazer?
O Plano de Carreira precisa acompanhar a vida do profissional o tempo todo e, mais que isso, precisa estar em constante atualização. Para fazê-lo, João Carlos sugere que cada pessoa encontre um método de controle que mais se identifique. O importante mesmo é ter persistência, especialmente nos primeiros meses.
Ele explica que o Plano de Carreira pode ser definido de dois modos: a pessoa pode produzi-lo sozinha ou com a ajuda de um profissional. Se for realizá-lo sozinho, ele aconselha os seguintes passos:
1. Procure um local tranqüilo e sem interrupções.
2. Defina seu objetivo profissional.
3. Faça uma lista de todas suas habilidades, pontos fortes e fracos.
4. Pense em suas atividades ou projetos de sucesso. (Considere atividades voluntárias, viagens e experiências profissionais)
5. Estou satisfeito profissionalmente? Se sim, tenho alternativas de perder o emprego? Se não, o que quero fazer?
6. O que preciso melhorar para alcançar meus objetivos?
7. Como resolver meus pontos fracos?
8. Em quanto tempo quero o retorno? (Retorno rápido exige esforço maior)
9. Revise constantemente seu plano.
* João Carlos da Silva Junior Master of Business Administration (MBA) pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Analista de Sistemas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMP). Larga experiência no ambiente empresarial como analista de sistemas, com passagem por empresas como Banco Unibanco, STEFANINI IT SOLUTIONS, Grupo Sulamérica e Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Colunista da seção Carreira do site iMasters.
Referência:
Créditos: João Carlos da Silva Junior*