Piso retrô volta remodelado

10 de dezembro de 2007

Piso retrô volta remodelado

Piso retrô volta remodelado 150 150 Cimento Itambé

Antigo vermelhão volta à moda com alguns toques de sofisticação

Créditos: Engª Naguisa Tokudome – Assessora Técnico Comercial Itambé

O piso queimado voltou novamente a ser empregado, porém, sua aplicação não se restringe apenas às casas interioranas. Atualmente, arquitetos têm optado por este tipo de piso por sua aparência rústica e clean, usando a criatividade para compor novas combinações com materiais nobres – como pastilha de vidro e de cerâmica ou ainda madeiras, lajotas e pedras portuguesas – para adquirir arremates mais sofisticados.

Com aparência rústica ou sofisticada, alguns cuidados são essenciais para obter um piso bem acabado sem fissuras ou manchas, patologias comuns que surgem após a execução. O segredo está no contrapiso bem executado e preparado para receber o piso, juntas de dilatação e na contratação de mão-de-obra qualificada.

Deve-se verificar se o substrato não apresenta depressões, fissuras significativas, esfarelamento ou contaminações com óleo e/ou graxa. É importante que o mesmo esteja nivelado e com a superfície áspera para obter boa aderência.

Execução – Piso queimado convencional – “vermelhão”

1. Limpeza do contrapiso. Não são indicados contrapiso em caliça, brita, saibro, argila ou areia compactada devido à grande possibilidade de fissurações;

2. Divisão da área do piso em quadrados, formados por guias (madeira de lei, mármore, granito ou material plástico) com espessura de 1 cm e altura de 3 cm. As guias servirão como gabarito para nivelamento da argamassa de revestimento, portanto, deverão estar niveladas. Por se tratar de um material que dilata muito após a cura, a junta é essencial. A recomendação para o uso é a colocação da junta com distância entre 1 m e 1,50 m e nas áreas de afunilamento;

3. Caso a superfície não apresente aspereza necessária para uma boa aderência, aplicar uma camada de chapisco (espessura média de 5 mm) em argamassa de cimento e areia grossa lavada, traço 1:3 em volume, aditivada de resina adesiva vinílica na proporção indicada pelo fabricante;

4. Aplicação da argamassa base em cimento e areia fina lavada, traço 1:3 em volume, em quadrados alternados, como um tabuleiro de xadrez. A espessura média da argamassa base deverá ser de 3 cm ou 2,5 cm quando aplicado o chapisco de aderência, variando de acordo com a regularidade da superfície do contrapiso. Recomenda-se adição de um aditivo plastificante para evitar fissuras por retração e melhorar a trabalhabilidade da argamassa e/ou aditivo impermeabilizante para áreas úmidas, ambos na proporção indicada pelo fabricante;

5. Alisamento da argamassa preferencialmente com régua metálica, utilizando-se das guias divisórias dos quadros de nivelamento;

6. Polvilhamento de cimento seco sobre a superfície ainda fresca, na razão de 0,5 kg/m² e alisamento suave do cimento polvilhado com desempenadeira de aço, sem pressionar a argamassa base;

7. Cura. Logo após o término do alisamento e assim que a superfície apresente firmeza ao toque, deverá ser borrifada água em abundância e várias vezes, até a idade de pelo menos três dias;

8. Após 24 horas do fim do trabalho, passa-se lixa fina sobre as juntas e imperfeições.

Cuidados
:

– Durante a execução caso apareçam bolhas, elas devem ser estouradas e retocadas com a própria desempenadeira de aço;
– Para dar acabamento brilhante, aproximadamente sete dias depois, aplicar produto (selador para concreto, impermeabilizantes à base de poliuretano, vernizes especiais para piso e cera para ardósia ou cera líquida transparente) sobre a superfície. Ajuda a fechar os poros, protegendo-os da umidade, porém não é indicado em áreas molhadas e externas, pois deixam o piso escorregadio;
– O pó utilizado para queimar o cimentado deve estar seco e ser bem misturado. Caso a mistura não seja homogênea, corre-se o risco de surgirem manchas no piso;
– Para obter colorações diferenciadas, pode-se adicionar à argamassa base, corantes na proporção indicada pelo fabricante. Recomenda-se a execução de uma pequena área experimental na qual será feito o acerto da proporção de cimento e pigmento a ser empregado;
– Em áreas externas, o cuidado com a cura deve ser redobrado, pois se a argamassa secar muito rápido podem ocorrer microfissuras por retração.

 

Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696

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