Portaria estabelece medidas para acelerar a construção de moradias no RS

Crédito: Mauricio Tonetto/Secom
Em maio de 2024, enchentes atingiram mais de 90% das cidades gaúchas. Os efeitos foram devastadores – mortes, pessoas desabrigadas, safras perdidas, entre outros danos. Um dos maiores desafios após esta tragédia é a reconstrução das moradias, muitas delas inutilizadas por se encontrarem em áreas de risco ou até mesmo condenadas segundo aspectos estruturais.
No final de janeiro de 2025, o Diário Oficial da União publicou a Portaria Conjunta MGI/MF/CGU Nº 32/2024, dos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), da Fazenda (MF) e da Controladoria-Geral da União. Este documento estabelece regras e diretrizes, de caráter excepcional, para acelerar a construção de 1.332 unidades habitacionais em áreas urbanas, destinadas a famílias que perderam suas casas durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, esta medida garante mais agilidade na execução dos termos de compromisso do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) celebrados, em 2024, entre o Governo Federal, o Estado e os municípios afetados pelas fortes chuvas. A ideia é trazer mais agilidade na resposta às famílias desabrigadas e minimizar os impactos dos eventos climáticos extremos que atingiram a região.
Outro benefício desta medida é a possibilidade dos municípios e o Estado começarem processos licitatórios para as obras sem a necessidade de autorização prévia do Governo Federal. Segundo o documento, o repasse poderá ser feito após a assinatura do termo de compromisso, nos casos em que não haja condição suspensiva, ou após o cumprimento de exigências pendentes, para os casos em que houver exigências a serem atendidas no futuro. Além disso, o repasse poderá ser realizado em parcela única, desde que haja disponibilidade financeira garantida pelos órgãos responsáveis.
A medida se aplica, exclusivamente, para os termos de compromisso voltados para a construção de unidades habitacionais em área urbanas, com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS integrante do Minha Casa, Minha Vida, oriundos do crédito extraordinário autorizado pela Medida Provisória nº 1.252, de 12 de agosto de 2024. A MP reservou R$ 200 milhões para ações emergenciais no Rio Grande do Sul. Embora a MP tenha perdido a validade em dezembro do ano passado, os valores foram empenhados dentro do prazo, garantindo a continuidade dos compromissos assumidos.
Ações já realizadas no Rio Grande do Sul
A publicação da portaria é uma medida que está alinhada com as ações do recém-instalado Conselho de Monitoramento das Ações e Obras para Reconstrução do Rio Grande do Sul. Trata-se de órgão consultivo, formado por agentes federais e estaduais, responsável pela gestão dos recursos (R$ 6,5 bilhões) a ser aplicado em ações estruturantes.
Fonte
Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
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Novos modelos de moradia: tendências como multipropriedade e moradias universitárias ganham espaço no Brasil

Crédito: Divulgação/Altma
Nos últimos anos, o mercado imobiliário brasileiro vem passando por uma revolução. Modelos tradicionais de residência dão lugar a soluções mais dinâmicas e flexíveis, atendendo às novas demandas dos consumidores.
Em especial, vem emergindo no mercado a Geração Z, composta por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, que influencia diretamente novos modelos de negócios. De acordo com o relatório "A Era da Adaptabilidade", do ManpowerGroup, até 2030 a Geração Z representará 58% da força de trabalho global, tornando-se o principal grupo econômico a impulsionar novas formas de consumo.
Entre essas tendências que surgem com essa nova geração, destacam-se a multipropriedade e as moradias universitárias, conceitos que vêm conquistando cada vez mais adeptos no país.
Multipropriedade: modelo flexível e acesso a imóveis de alto padrão
A multipropriedade, regulamentada no Brasil pela Lei nº 13.777/2018, permite que um mesmo imóvel tenha diversos proprietários, sendo sua posse dividida por frações de tempo, e não de espaço. “Esse modelo oferece aos compradores a possibilidade de usufruir de um imóvel de alto padrão sem arcar com os custos totais de uma propriedade tradicional”, explica Gabriel Falavina, CEO e diretor-executivo da Altma.
O conceito surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e tem forte presença no mercado turístico, permitindo que consumidores tenham acesso a segundas residências em destinos cobiçados, sem precisar adquiri-las integralmente.
Segundo um estudo da Caio Calfat Real Estate Consulting em parceria com a Mapie, os adeptos da multipropriedade costumam viajar duas a três vezes ao ano, preferindo regiões de sol e praia, parques temáticos e áreas de lazer.
Para garantir a viabilidade desse modelo, empresas como a Altma investem em localização estratégica, design diferenciado e gestão comercial especializada, assegurando a satisfação dos proprietários e investidores.
“Nosso objetivo é transformar vidas por meio da inovação no mercado imobiliário”, destaca Falavina. Segundo ele, a localização é um fator chave para o sucesso do empreendimento, aliado a um design inovador e um atendimento diferenciado.
Moradias universitárias: estrutura moderna e praticidade
Outro segmento que vem ganhando força são as moradias universitárias, conhecidas como “student housing”. O B41, primeiro empreendimento do tipo no Paraná, é um exemplo claro dessa tendência.

Crédito: Divulgação/Altma
Localizado ao lado da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), foi projetado para atender às necessidades acadêmicas e sociais dos estudantes, com espaços comuns voltados para estudo e integração.
Com apartamentos totalmente prontos para morar, o residencial terá opções de locações de unidades inteiras ou dormitórios, para compartilhamento dos apartamentos entre estudantes. Com piscina, sala de jogos eletrônicos, cinema ao ar livre, refeitório, espaços de estudos e áreas de convivência abertas à comunidade, que incluem praça e espaços comerciais, o multirresidencial deve ser entregue em 2027.
A crescente busca por esse tipo de moradia reflete um novo perfil de universitário que prioriza comodidade e infraestrutura moderna. "O B41 representa um grande avanço no conceito de moradia estudantil no Brasil", afirma Falavina. "A gestão especializada e a infraestrutura de ponta garantem não só praticidade, mas também qualidade de vida para os estudantes", afirma.
Outra categoria que é tendência é a de moradia inteligente que traz apartamentos compactos, entregues mobiliados, decorados e equipados, além de rede de serviços dentro do condomínio. A solução ainda permite a moradia por assinatura e permuta do assinante entre empreendimentos da rede Housi, que possui cerca de 100 mil apartamentos padronizados, disponíveis em 125 cidades.
Com modelos inovadores como multipropriedade, student housing e moradia por assinatura, o mercado imobiliário brasileiro caminha para soluções mais flexíveis e adaptadas às novas demandas da sociedade. A tendência é de que esses formatos ganhem ainda mais espaço nos próximos anos, revolucionando a forma como as pessoas moram e investem em imóveis.
Entrevistado
Gabriel Falavina Dias é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sócio-fundador e diretor-executivo da incorporadora ALTMA.
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Ana Carvalho
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Plano de Intervenção Urbana Arco Pinheiros: transformação urbana que promete requalificar São Paulo

Crédito: Divulgação
A cidade de São Paulo está prestes a vivenciar uma grande transformação urbana com a implementação do Plano de Intervenção Urbana (PIU) Arco Pinheiros. O projeto visa reestruturar uma das regiões mais estratégicas da cidade, promovendo desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma integrada.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o objetivo do plano urbanístico é transformar a região, atualmente com 50% do seu território composto por terras subutilizadas, sendo muitas delas antigas áreas industriais, em um espaço mais inclusivo, conectado e inovador. Uma das metas é elevar a população local de 46 mil para 116 mil pessoas nos próximos 30 anos.
O PIU Arco Pinheiros é um conjunto de diretrizes urbanísticas para a área de intervenção urbana (AIU-ACP), abrangendo bairros como Vila Leopoldina, Jaguaré e Butantã. A iniciativa busca ordenar o crescimento da região, com requalificação de áreas subutilizadas e planejamento para a expansão urbana sustentável.
O Arco Pinheiros abrange cerca de 15 milhões de m², devendo impactar diretamente cerca de 48.300 habitantes e gerar 90.100 empregos, promovendo um novo modelo de ocupação do solo que prioriza o uso misto e a infraestrutura urbana inteligente.
Os objetivos principais do PIU incluem alguns pilares:
- Direito à moradia: estímulo à produção habitacional acessível, priorizando população de baixa renda e urbanização de assentamentos precários.
- Qualificação ambiental e urbana: ampliação do controle de enchentes, criação de áreas verdes e valorização dos recursos naturais.
- Desenvolvimento econômico e geração de empregos: incentivo à diversificação de usos e vocação científica e tecnológica da região.
- Melhoria da mobilidade e acessibilidade: investimentos em transporte público e conexões viárias estratégicas.
- Integração das margens do rio Pinheiros: criação de novos espaços urbanos conectados ao rio, impulsionando inovação e tecnologia.
Infraestrutura e melhorias urbanas:
O PIU prevê intervenções que irão modificar profundamente a dinâmica da região:
- Mobilidade urbana: criação de duas novas pontes sobre o rio Pinheiros, além de novas passagens sob a ferrovia, alargamento de vias e integração de 13 km de calçadas requalificadas;
- Rede cicloviária: implantação de aproximadamente 7,5 km de ciclovias e ciclofaixas, incluindo três ciclopassarelas para maior conectividade;
- Expansão das áreas verdes: plantio de cerca de 3.000 novas árvores e criação de 5.500 m² de novas praças, além de parques e corredores ecológicos;
- Habitação de interesse social (HIS): serão criadas até 2.500 novas unidades habitacionais, além da regularização de áreas vulneráveis;
- Gestão hídrica: projetos de drenagem para controle de enchentes e melhorias na infraestrutura de saneamento.
Regras de ocupação do solo e plano diretor
A estrutura do plano prevê Zonas de Ocupação Especial (ZOE) para organizar o crescimento da região. Dentro dessas zonas, estão contempladas áreas de transformação urbana, qualificação e preservação, além de eixos estratégicos de desenvolvimento.
Empreendimentos de grande porte, com terrenos acima de 2.500 m², deverão seguir regras específicas, como garantir fachadas ativas para estimular a vida urbana e destinar parte das áreas para uso público e espaços verdes.
Além disso, o PIU estabelece contrapartidas para novas construções, como a Cota de Solidariedade, que destina parte dos recursos gerados para infraestrutura pública e habitação popular.
Investimentos e gestão financeira
O projeto prevê um modelo de financiamento baseado na Outorga Onerosa do Potencial Adicional de Construção (OODC), captando recursos para a implementação das intervenções. A estimativa de arrecadação pode ultrapassar R$ 1,1 bilhão ao longo de 30 anos, com os valores direcionados para mobilidade, habitação e infraestrutura urbana.
A execução será coordenada pela São Paulo Urbanismo, contando com um Conselho Gestor, formado por representantes do poder público e da sociedade civil, garantindo transparência e participação popular no acompanhamento das ações.
O PIU Arco Pinheiros, aprovado pela Lei 18.822/2024, promete ser um marco para São Paulo, equilibrando desenvolvimento urbano, sustentabilidade e inclusão social.
Com a integração entre tecnologia, habitação e infraestrutura, a região pode se tornar um polo de inovação e qualidade de vida, promovendo um modelo de cidade mais sustentável e eficiente para o futuro.
Fonte:
Prefeitura de São Paulo
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Ana Carvalho
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Mercado imobiliário bate recorde histórico de lançamentos e vendas em 2024 e encara desafios para 2025

Crédito: Envato
O mercado imobiliário brasileiro fechou 2024 com números históricos, impulsionado pelo forte desempenho do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e pelo apetite crescente dos consumidores.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os lançamentos imobiliários atingiram 383.483 unidades em 2024, um aumento de 18,6% em relação ao ano anterior. Já as vendas somaram 400.547 unidades no ano de 2024, um crescimento de 20,9% em comparação ao ano anterior.
“Desde dezembro de 2022 até dezembro de 2024, o mercado absorveu tudo que foi lançado, com as vendas superando os lançamentos. Isso significa que o brasileiro valoriza a casa própria, dá valor à aquisição”, revela o presidente da CBIC, Renato Correia. Os dados fazem parte da pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 4º Trimestre de 2024, realizada pela CBIC em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.
Os números do quarto trimestre consolidaram essa tendência de alta, com 111.671 unidades lançadas, um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período de 2023. Já as vendas alcançaram 104.194 unidades, crescendo 19,4% no comparativo anual.
Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, aponta o dado histórico registrado no período. “O quarto trimestre registrou aumento tanto em lançamentos quanto em vendas. Foi o período com o maior número de unidades lançadas desde o primeiro trimestre de 2017, quando teve início a pesquisa”, explicou.
Com esse ritmo acelerado, o estoque de imóveis disponíveis caiu 7,8%, fechando 2024 com 291.928 unidades. Se essa média de vendas for mantida, o estoque de imóveis seria liquidado em aproximadamente 8, 7 meses, caso não houvesse novos lançamentos.
Setor impulsiona a economia e ganha força nas regiões
Regionalmente, o Sudeste se manteve como líder de mercado, com quase 198.496 unidades lançadas, seguido pelo Sul (79.622 unidades), Nordeste (71.319 unidades), Centro-Oeste (24.751 unidades) e Norte (9.295 unidades).
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) teve papel fundamental nesse crescimento. No quarto trimestre, 47% dos lançamentos no país foram dentro do programa habitacional e 44% das vendas totais. Em regiões como o Norte, essa participação chegou a 83%.
Desafios para 2025: juros altos e cenário econômico instável
Apesar do desempenho positivo, 2025 deve trazer um crescimento mais moderado. A CBIC projeta uma expansão de 2,3% para o setor da construção civil, impactada principalmente pelos juros elevados e pelo déficit fiscal do Governo Federal. “Atualmente, estamos com 13,25% de taxa básica e a projeção é fechar em 15% o ano de 2025. Isso aumenta significativamente o aumento do financiamento, mas não para pessoas físicas. Traz impacto para a pessoa jurídica, que já está pagando quatro pontos percentuais a mais”, observa Correia.
O cenário para o mercado imobiliário também será de ajustes. Enquanto as vendas do Minha Casa, Minha Vida devem crescer cerca de 5%, outros segmentos devem ter um avanço mais tímido, entre 1% e 2%. Além disso, a escassez de mão de obra qualificada e a valorização do dólar devem pressionar os custos da construção.
Leia mais: https://www.cimentoitambe.com.br/setor-de-construcao-civil-deve-desacelerar-em-2025-segundo-cbic/
Ano de adaptação e novas oportunidades
Diante desse cenário, o mercado imobiliário deve buscar estratégias para manter sua resiliência. O fortalecimento do crédito imobiliário, medidas para estabilizar os juros e incentivos governamentais ao setor habitacional serão determinantes para garantir o crescimento sustentável. “O imóvel continua sendo um bom negócio, mas a aquisição de imóveis novos será incentivada, enquanto o governo tem limitado o financiamento de imóveis usados”, avalia o presidente da CBIC.
Após um 2024 histórico, o setor se prepara para um ano de ajustes e adaptação. O ritmo de crescimento pode desacelerar devido à alta dos juros, mas o apetite dos consumidores e a demanda habitacional seguem firmes, garantindo oportunidades para quem deseja investir na casa própria.
Fonte
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Contato:
ascom@cbic.org.br
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Edital para duplicação em concreto da rodovia PR-412 é homologado

Crédito: DER/PR
Em dezembro de 2024, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), homologou o resultado da licitação para a duplicação em pavimento rígido de concreto da PR-412, no trecho entre Matinhos e Praia de Leste.
O Consórcio TE PR-412 Matinhos, formado pelas empresas TCE Engenharia Ltda e Ellenco Construções Ltda, foi o vencedor do processo. De acordo com o DER/PR, a obra receberá um investimento de R$ 274,5 milhões e deverá ser concluída em 1.080 dias corridos após a emissão da Ordem de Serviço. O próximo passo envolve procedimentos internos antes da assinatura do contrato.
“A região é litorânea e possui um grande fluxo de veículos, tanto de turistas quanto de carga. No contexto atual do Brasil, praticamente toda obra de infraestrutura é necessária. Especificamente nesse trecho, a rodovia já apresentava um estado de degradação significativo. Além disso, ela se conecta à ponte de Guaratuba e aos portos que atendem a região, especialmente o porto de Itapoá, em Santa Catarina. Portanto, essa obra deverá melhorar consideravelmente a fluidez do trânsito nesses pontos estratégicos”, destaca Dejalma Frasson Junior, gerente da regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Como será a obra?
O projeto abrangerá um trecho de 14,28 quilômetros, começando nas proximidades da ponte sobre o Canal de Matinhos e se estendendo até o cruzamento com a PR-407, na região de Praia de Leste. A obra inclui a construção de uma pista central com pavimento rígido de concreto, vias marginais em asfalto, novas pontes sobre o Canal de Matinhos e o Rio Balneário, além de um viaduto no entroncamento da rodovia com a Avenida Curitiba.
Segundo informações do DER/PR, a plataforma da pista atual será ampliada para os dois lados, e o pavimento existente será removido para a implantação de um pavimento rígido de concreto com placas de 21 centímetros de espessura. As pistas duplicadas serão separadas por uma barreira de concreto, enquanto canteiros isolarão o eixo central das vias marginais, com exceção dos pontos de acesso de entrada e saída.
“Esse trecho foi selecionado porque o DER/PR vinha mantendo um bom ritmo na execução de obras com pavimento de concreto. Um estudo de viabilidade técnica e econômica analisou o fluxo de veículos leves e, principalmente, de carga na região, concluindo que o pavimento de concreto seria a melhor opção para suportar esse volume de tráfego na pista central. As vias laterais serão feitas em asfalto devido às interferências urbanas ao longo do trajeto, o que poderia complicar a aplicação do concreto nessas áreas. Quanto às pistas centrais, elas passarão por uma reconstrução completa: a pista simples existente será demolida para dar lugar a uma duplicação em pavimento de concreto”, explica Frasson Junior.
O DER/PR informou ainda que as vias marginais terão sentido único e contarão com estacionamentos, calçadas para pedestres e ciclovias bidirecionais. Abaixo dessas vias, será instalada a rede de drenagem da rodovia, evitando a necessidade de remanejamento de infraestruturas existentes, como redes subterrâneas e postes. A iluminação será implementada na pista central, nas marginais, no viaduto, nas proximidades das pontes, além de atender aos passeios e ciclovias, entre outros pontos estratégicos.
Desafios da obra
Para o gerente da regional Sul da ABCP, os principais desafios dessa obra estão relacionados ao fato de ela atravessar uma área urbana. Isso impacta diretamente a produtividade, devido às diversas interferências presentes nesse tipo de ambiente.
“Diferente de quando se constrói uma rodovia em área rural, onde o trecho costuma estar totalmente livre, em um contexto urbano há várias limitações que dificultam a execução dos trabalhos. Esse será, sem dúvida, o maior obstáculo a ser superado”, pontua Frasson Junior.
Entrevistado
Dejalma Frasson Junior é engenheiro civil graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pós-graduado em Edificações, Gestão Empresarial, Tecnologia do Concreto e Engenharia Rodoviária. Foi pesquisador do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Atualmente, é gerente da regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Contato: dejalma.frasson@abcp.org.br
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Antigo Estádio do Pinheirão deve se tornar Centro de Convenções

Crédito: SEPL
O Governo do Paraná anunciou a construção de um Centro de Convenções no terreno onde fica atualmente o Estádio do Pinheirão, em Curitiba (PR). A ideia é que esta obra transforme os bairros do entorno, como Tarumã e Capão da Imbuia, assim como o município vizinho de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Conforme o decreto 7.669, publicado em outubro de 2024, o terreno será alvo de desapropriação. O estádio foi erguido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). No início dos anos 2000, ele deixou de ser utilizado e, em 2012, um investidor adquiriu o local em um leilão. Desde então, não houve novos aportes na área.
De acordo com um o mapeamento atual da Secretaria de Estado do Planejamento (SEPL), a previsão inicial é de que o antigo Pinheirão receba um investimento superior a R$ 1 bilhão.
O projeto
De acordo com Ratinho Junior, governador do Paraná, o projeto deverá contemplar uma arena de eventos, um centro de exposições para até 25 mil pessoas e todo um complexo comercial, com empreendimentos com hotel, restaurantes e academia.
“Será um lugar para grandes shows, encontros e exposições e a ideia é poder fazer desse complexo um grande atrativo para eventos voltados a cada vez mais turistas, o que significa mais dinheiro para o nosso comércio, restaurantes e hotéis”, informa Ratinho Junior.

Ainda segundo o governador do Estado, o objetivo é ter uma estrutura para receber grandes eventos, incluindo os internacionais. “Como o turismo do Paraná cresceu 27% em 2023, temos que adaptar a cidade e o Estado como um todo para receber esses grandes eventos que geram muito emprego. O setor de serviços gera 65% dos postos de trabalho no Estado do Paraná”, pontua.
Andamento do projeto
A Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná (SEPL) informou ao Massa Cinzenta que, no momento, essa obra tem apenas um anteprojeto realizado e que ainda está em fase de desapropriação do terreno. A licitação para o projeto final ainda não foi aberta.
De acordo com Guto Silva, secretário do Planejamento do Paraná, o governo optou por desapropriar este imóvel e os valores já estão sendo consolidados pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE). “O valor inicial é de R$ 64.900 milhões. Naturalmente, o Estado agora toma posse do terreno e o proprietário pode recorrer à justiça para questionar as avaliações. Mas este é o procedimento do grupo de engenharia da PGE, que faz as avaliações de todas as áreas do Paraná”, informou o secretário à imprensa.

Após a desapropriação e o projeto inicial, será realizado o projeto de engenharia para a construção da estrutura, através de uma concessão ou de uma parceria público privada, alternativas que estão sendo estudadas.

Ainda segundo a SEPL, a opção da Parceria Público Privada está sendo desenvolvida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Paraná Projetos. O estudo deverá apontar o modelo de concessão da área para a iniciativa privada, que será responsável pela construção do conglomerado e poderá explorar o espaço, além das necessidades físicas, dimensionando o tamanho do Centro de Convenções e as outras estruturas do seu entorno, como arenas esportivas ou salas comerciais.
A expectativa é que este estudo da modelagem financeira leve cerca de seis meses e que as obras sejam iniciadas no começo de 2026, de acordo com o secretário do Planejamento do Paraná.
Fonte
Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná (SEPL)
Contato
Assessoria de imprensa SEPL - adrianojust@sepl.pr.gov.br
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Mercado imobiliário em Curitiba para 2025: crescimento e desafios marcam o setor

Crédito: Envato
O mercado imobiliário de Curitiba e Região Metropolitana (RMC) apresenta um cenário promissor para 2025, impulsionado por um aumento significativo na aprovação, construção e venda de imóveis novos. No entanto, a alta taxa de juros e a incerteza econômica trazem desafios para incorporadoras e compradores.
Dados da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) indicam que, entre 2023 e 2024, houve um crescimento de 33% na análise de processos para novos empreendimentos na região. Em 2024, foram mais de 1,2 mil processos analisados, frente aos pouco mais de 900 registrados em 2023.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR) confirma essa tendência, apontando um aumento de 17% no volume de unidades liberadas para construção em Curitiba entre janeiro e novembro de 2024, em relação ao ano anterior. Além disso, a oferta de imóveis novos cresceu cerca de 50% nesse período, com aproximadamente 10 mil unidades disponibilizadas no mercado.
Taxa de juros elevada preocupa o setor
Apesar do crescimento no número de lançamentos, o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Thomas Gomes, alerta para os desafios que o setor enfrentará em 2025. "Com certeza absoluta, esse ano vai ser mais um ano bastante desafiador, especialmente pelo cenário de taxa elevada de juros, bastante incômodo para o setor. A Selic alta é o principal inimigo do mercado imobiliário, porque inibe muito o poder de compra e a própria intenção de compra do cliente", afirma Gomes.
A taxa básica de juros elevada dificulta o acesso ao crédito e reduz a intenção de compra dos consumidores, exigindo que incorporadores sejam mais criteriosos em seus projetos.
"Os clientes vão brigar sem dúvida nenhuma por preço e o grande desafio dos incorporadores é conseguir entregar mais por menos", destaca o presidente da Ademi-PR.
Resiliência e adaptação do mercado
Mesmo diante de um cenário desafiador, o mercado imobiliário tem demonstrado resiliência. Segundo Gomes, o setor tem conseguido manter resultados positivos, mesmo com adversidades econômicas. "O mercado imobiliário, apesar de ter se mostrado muito resiliente ao longo dos anos, principalmente os últimos, começou a ter alguns fatores macroeconômicos jogando contra e um deles é a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, que não sabemos ainda qual impacto terá sobre o setor", observa ele.
O mercado imobiliário de Curitiba e Região Metropolitana apresenta sinais de crescimento e consolidação, mas 2025 promete ser um ano de desafios. Estratégias inovadoras e flexibilidade serão fundamentais para que incorporadores consigam atender às demandas de um público cada vez mais exigente e cauteloso.
Entrevistado
Thomas Gomes é graduado em Engenharia Civil pela Pontifícia Católica do Paraná (PUC-PR), possui especialização em Investimentos Imobiliários pela Insper (SP), cursou o Program for Leadership Development na Harvard Business School (EUA) e é head de Real Estate na Life Capital Partners. Atualmente é presidente da Ademi-PR.
Contato: tgomes@lifecapitalpartners.com.br
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INCC-M acelera para 0,71% em janeiro

Crédito: Envato
O ano de 2025 começou com um aumento de 0,71% no Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), do FGV IBRE – Instituto Brasileiro de Economia. Este indicador é referente a janeiro e superou a variação de 0,51% registrada no mês anterior (dezembro de 2024). A elevação nos custos do setor também se reflete na taxa acumulada em 12 meses, que alcançou 6,85%. Esse resultado representa um crescimento significativo em relação a janeiro de 2024, quando o índice apontava uma alta de 3,23% no mesmo período.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) é um indicador econômico que capta a evolução de custos de construções residenciais. Com este índice, é possível avaliar a evolução dos preços de materiais e custos de mão de obra na construção civil. Segundo o FGV IBRE, esse é um indicador importante para as construtoras monitorarem, além de fornecer dados relevantes para a indústria e o varejo do setor. Também serve como referência para a tomada de decisões por outros agentes econômicos.
INCC-M nas capitais brasileiras
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou variações entre diferentes cidades brasileiras em janeiro. Enquanto Salvador, Belo Horizonte, Recife e São Paulo apresentaram uma aceleração no ritmo de aumento dos custos de construção, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre seguiram na direção oposta, com uma desaceleração em suas taxas de variação.
Dentre estas capitais, Belo Horizonte apresentou a maior variação em janeiro: 1,48%. Já em Brasília, o índice foi o menor: 0,23%.
Grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços desacelera
O grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços teve alta de 0,42% em janeiro, abaixo dos 0,49% registrados no mês anterior.
Dentro dessa categoria, Materiais e Equipamentos apresentaram um avanço de 0,43%, um crescimento mais moderado em comparação aos 0,57% observados em dezembro. De acordo com o FGV IBRE, esse comportamento indica uma desaceleração nos preços desses insumos, fundamentais para a execução de obras. Entre os subgrupos analisados, apenas "materiais para instalação" mostrou queda em sua taxa de variação, passando de 1,51% para -0,33%.
No grupo de Serviços, houve um aumento expressivo na taxa de variação, que saiu de -0,25% em dezembro para 0,41% em janeiro. Esse avanço foi impulsionado pelo item "projetos", cuja taxa passou de 0,00% para 0,52% no período.
Mão de obra
O índice de Mão de Obra registrou uma variação de 1,13% em janeiro, representando um aumento expressivo em relação aos 0,53% registrados em dezembro.
De acordo com FGV IBRE, este índice foi puxado por reajustes na cidade de Belo Horizonte. Em dezembro de 2024, representantes dos sindicatos patronal e dos trabalhadores assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2024/2025 do setor. O documento estabeleceu um reajuste salarial de 4,6%, além de mudanças para a valorização da mão de obra e a capacitação profissional. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon- MG), outras medidas tomadas foram:
- Adicional de hora extra reduzido para 80%, garantindo maior competitividade sem prejuízo à valorização do trabalhador.
- Capacitação de 10% da força de trabalho, com subsídio da FIEMG, inclusive diretamente nas obras.
- Pisos salariais alinhados ao novo salário mínimo, também vigentes a partir de janeiro de 2025.
- Educação básica subsidiada pelo SESI para filhos de trabalhadores, promovendo maior inclusão e bem-estar.
Aumento da Selic
Ao mesmo tempo em que houve esta aceleração do INCC, no final de janeiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou o aumento da Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Para a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), esta medida pode agravar os desafios econômicos, encarecer o crédito, desestimular investimentos e pressionar o orçamento das famílias.
“Medidas para controlar a trajetória crescente da dívida pública são essenciais para termos uma taxa de juros padrão saudável a médio e longo prazos. Isso vai destravar investimentos e incentivar o crescimento do país de forma sustentada. Conviver com juros elevados trava o desenvolvimento, reduz a geração de empregos e penaliza empresas e famílias”, comenta Luiz França, presidente da ABRAINC.
Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), destacou em informativo da instituição que este aumento fez a taxa Selic retornar para o patamar alcançado em agosto de 2023. “Particularmente para a Construção Civil a taxa de juros elevada foi, em 2024, o principal problema, conforme avaliação dos empresários do setor na Sondagem Indústria da Construção realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Nos últimos três meses de 2024, 34,1% dos empresários apontaram que esse foi o principal problema do setor. Em relação ao 3º trimestre de 2024 observou-se um incremento de 8,7 pontos percentuais”, pontua a economista.
Ainda, esse fator também contribuiu para a queda do Índice de Confiança (ICEI) do empresário do setor, em janeiro de 2025. “Pela primeira vez, nos últimos dois anos, o referido indicador ficou abaixo da linha de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. O recuo do indicador reflete a piora da avaliação dos empresários do setor em relação às condições atuais de negócios e em relação às expectativas”, informa Ieda.
Fontes
FGV IBRE – Instituto Brasileiro de Economia.
Luiz França é presidente da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC).
Ieda Vasconcelos é economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Contatos
FGV IBRE - assessoria.fgv@insightnet.com.br
ABRAINC - comunicacao@abrainc.org.br
CBIC - imprensa@cbic.org.br
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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Ceará substitui asfalto convencional por concreto nas ruas para suavizar o calor urbano

Crédito: Divulgação/ASCOM
Com temperaturas em constante ascensão, o Estado do Ceará tem buscado soluções inovadoras para minimizar os efeitos do calor excessivo nas cidades.
Uma dessas estratégias é a substituição do asfalto convencional por blocos de concreto intertravados em vias públicas. O material, além de contribuir para a redução da sensação térmica, também apresenta benefícios econômicos e ambientais.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), entre julho de 2024 e janeiro de 2025, algumas cidades do Estado registraram um aumento médio de até 4,7 °C. Esse crescimento reforça a necessidade de intervenções urbanas que reduzam o impacto das chamadas ilhas de calor.
O secretário das Cidades, Zezinho Albuquerque, destacou a importância dessa iniciativa.
"A parceria do Governo do Ceará com as prefeituras tem viabilizado o uso dos blocos intertravados, que ajudam a diminuir a temperatura das vias e proporcionam mais conforto para a população. Além disso, esse tipo de pavimentação melhora a permeabilidade do solo e reduz custos de manutenção", informa.
Investimento e expansão do projeto
Atualmente, 24 obras utilizam os blocos de concreto intertravado na pavimentação viária, totalizando mais de 300 mil m2 de intervenção. O investimento do Estado já ultrapassa R$ 40 milhões, beneficiando 18 municípios distribuídos por nove regiões de planejamento.
Além das ruas, o material também está sendo aplicado em projetos de urbanização, como praças, margens de rios e açudes. No total, são 56 obras em execução, cobrindo mais de 400 mil m2 e com investimentos superiores a R$ 70 milhões.
Benefícios ambientais e econômicos

Crédito: Divulgação/ASCOM
A substituição do asfalto pelo concreto traz vantagens significativas. O asfalto, por sua composição, absorve mais calor e contribui para o aumento da temperatura urbana. Já o concreto reflete mais luz solar, reduzindo o aquecimento das vias.
Outra vantagem é a permeabilidade. O sistema de blocos intertravados permite melhor drenagem da água da chuva, ajudando a evitar alagamentos e melhorando a infiltração no solo.
No aspecto econômico, o secretário Zezinho Albuquerque destaca que o uso do concreto pode gerar uma economia de até 25% em relação ao asfalto, além de demandar menos manutenção e criar mais empregos na cadeia produtiva.
"Estamos falando de uma alternativa mais sustentável, eficiente e viável para nossas cidades. Esse modelo de pavimentação não só alivia o calor, mas também impulsiona o desenvolvimento urbano com mais qualidade", reforça Albuquerque.
Perspectiva para o futuro
Com os bons resultados já observados, a expectativa é de que cada vez mais municípios cearenses adotem o pavimento intertravado em suas obras. Além do impacto na temperatura das cidades, a iniciativa também fortalece a infraestrutura urbana, tornando os espaços públicos mais confortáveis e acessíveis. O Ceará segue como um exemplo de inovação em políticas urbanas, investindo em soluções sustentáveis para enfrentar os desafios climáticos e melhorar a qualidade de vida da população.
Entrevistado
Zezinho Albuquerque é secretário das Cidades do Ceará.
Contato:
comunicacao@cidades.ce.gov.br
Jornalista responsável
Ana Carvalho
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A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
Revitalização da PRC-280 avança para a ligação até Clevelândia
Em 2022, o governo do Estado do Paraná começou os estudos para a revitalização da PRC-280 com whitetopping no trecho entre Palmas e Pato Branco, atendendo também os municípios de Clevelândia e Mariópolis. Em dezembro de 2024, o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou a ordem de serviço para dar início às obras de revitalização da PRC-280, agora na ligação de Pato Branco até Clevelândia.

Crédito: Roberto Dziura Jr/AEN
A intervenção viária entre Pato Branco e Clevelândia representa a fase final da revitalização da rodovia, abrangendo um trecho de 38 quilômetros. No total, a obra se estende por mais de 140 quilômetros e conta com um investimento de R$ 450 milhões.
Na mesma ocasião, também foi lançado o edital para dar continuidade à construção do Contorno Noroeste de Pato Branco.
De acordo com o governador, os investimentos devem passar de R$ 500 milhões para o Sudoeste, com obras importantes. “O Sudoeste vem crescendo muito, ajuda muito o Paraná a também crescer, gera muito emprego, tem muita indústria vindo para cá. E nós temos que preparar a região com muitas obras para acompanhar esse crescimento”, informou Ratinho Junior.
Uso de whitetopping
A PRC-280 foi a pioneira entre as rodovias estaduais a passar por revitalização utilizando a técnica de whitetopping, que consiste na aplicação de uma camada espessa de concreto sobre o pavimento original. O pavimento rígido está sendo implantado em 13 trechos de rodovias em diferentes regiões do Estado, totalizando aproximadamente 340 quilômetros entre obras finalizadas, em andamento e previstas.
Esse método proporciona maior durabilidade e reduz a necessidade de manutenções frequentes. Em entrevista ao Massa Cinzenta, Janice Kazmierczak Soares, diretora Técnica do DER/PR, destacou que a restauração em pavimento de concreto (Whitetopping) apresentou mais vantagens. “O custo inicial desta técnica ficou menor que o custo da restauração em pavimento asfáltico, principalmente em decorrência da alta nos preços dos ligantes asfálticos. Além disso, quando se considera o custo de manutenção, o pavimento de concreto é bem mais econômico, quando bem executado. Enquanto o pavimento asfáltico exige conservação constante a partir do segundo ou terceiro ano de vida útil, o pavimento de concreto é mais resistente, exigindo apenas a troca do material das juntas de dilatação e pequenos reparos nas placas, caso ocorra alguma patologia”, afirma Janice.

Crédito: Roberto Dziura Jr/AEN
Dejalma Frasson Junior, gerente da Regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), ressalta que, no Brasil, a pavimentação enfrenta desafios, especialmente nas vias urbanas, que apresentam deficiências e geram custos adicionais para o governo, os usuários, o setor empresarial e o meio ambiente. “Atualmente, o transporte rodoviário é o principal modal do país. No entanto, nossa malha viária pavimentada representa menos de 13% do total. Entre as soluções em crescimento, destacam-se aquelas que utilizam concreto e cimento. Ainda assim, dessas vias pavimentadas, apenas 2% a 3% contam com concreto, embora sua aplicação esteja crescendo de forma exponencial. Um dos desafios é a falta de conhecimento técnico entre os profissionais de engenharia sobre essa tecnologia, que já é utilizada globalmente há mais de 100 anos. No Brasil, sua adoção tem se intensificado apenas nos últimos 10 a 15 anos”, comenta.
Dentre os benefícios da técnica de whitetopping, a ABCP cita:
- Maior durabilidade e, portanto, maior economia, já que há menos necessidade de manutenção;
- A técnica reaproveita toda a infraestrutura do pavimento existente. Ainda assim, a sua durabilidade se mantém, sendo igual a de um pavimento de concreto novo;
- A aderência dos pneumáticos à superfície do pavimento de concreto é favorecida pela existência das ranhuras artificiais, evitando aquaplanagem e proporcionando menor distância de frenagem;
- Maior capacidade de reflexão da luz, o que exige até 60% menos iluminação em trechos urbanos e propicia melhores condições de visibilidade ao motorista, além de aumentar a segurança de tráfego;
- Por fim, é totalmente reciclável ao fim de sua vida útil.
Contorno Noroeste
A nova etapa do Contorno Noroeste de Pato Branco ligará a PR-493 à PRC-158, complementando o primeiro trecho já concluído, que conecta a PR-493 à BR-158. O projeto tem como objetivo desviar parte do tráfego, especialmente de veículos pesados, do perímetro urbano. Com a obra, o trecho da PRC-158 que atualmente corta a cidade deverá ser municipalizado e transformado em uma avenida, melhorando a mobilidade urbana.
A licitação será realizada por meio de concorrência eletrônica na modalidade semi-integrada, incluindo a elaboração do projeto executivo e a execução da obra em um único contrato. De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, a previsão é concluir a licitação e iniciar a obra em 2025. O prazo de entrega é mais de dois anos.
O primeiro trecho da obra, entregue em 2021, tem 5,28 quilômetros de extensão e facilita o tráfego comercial com a PRC-280, corredor estratégico para exportação entre os municípios da divisa com Santa Catarina e os portos paranaenses.
Fontes
Governo do Estado do Paraná.
Janice Kazmierczak Soares, diretora Técnica do DER/PR.
Dejalma Frasson Junior, gerente da Regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.