Repatriação de recursos impulsiona construção civil
Analistas avaliam que parte do dinheiro que estava no exterior e retornou ao Brasil possa ser usado para movimentar mercado imobiliário
Analistas avaliam que parte do dinheiro que estava no exterior e retornou ao Brasil possa ser usado para movimentar mercado imobiliário
Por: Altair Santos
O programa de regularização de ativos no exterior, conhecido como repatriação, fez retornar ao Brasil quase R$ 170 bilhões, segundo dados da Receita Federal. Isso resultou em R$ 46,8 bilhões em pagamento de impostos e multas. Com o retorno do dinheiro que estava no exterior, analistas do mercado imobiliário entendem que o setor pode ser um dos maiores beneficiados – principalmente, o segmento de imóveis de luxo. A projeção é de que nos próximos cinco anos pelo menos metade destes recursos será investida em edifícios residenciais de alto padrão, condomínios, resorts e torres comerciais.

Só no estado de São Paulo, calcula-se que este valor possa chegar a R$ 25 bilhões, incluindo também aquisição de terrenos, incorporações e fundos imobiliários. “Já estamos atendendo vários clientes que se preparam para aplicar esse recurso adicional. Esse movimento vai se intensificar nos próximos meses”, afirma o consultor Alexandre Villas. Segundo o especialista, dois fatores favorecem o direcionamento do dinheiro repatriado para o segmento imobiliário: a depreciação dos preços dos imóveis e a esperada queda dos juros, o que tende a diminuir o rendimento das aplicações financeiras de longo prazo. “O ganho dos imóveis de luxo promete mais do que compensar os tributos e multas da repatriação”, projeta Villas.
Para Pedro Barreto, especialista em investimentos imobiliários no exterior, pode haver também o interesse em imóveis fora do país. “Muitos destes que repatriaram recursos querem manter os recursos no exterior depois da regularização e estão em busca de opções para rentabilizar esses capitais. O investimento em imóveis para rendimento é um dos poucos ativos disponíveis no exterior com taxas de rentabilidade atrativas, entre 6,5% e 10% ao ano. Como os imóveis no exterior são ativos de baixo risco, acredito que deva gerar um impacto positivo para esta modalidade de investimento”, avalia.
Nova repatriação
Para a advogada especialista em direito tributário, Ivana Marcon, o investimento em imóvel, seja no Brasil ou no exterior, é uma das melhores modalidades para manter os recursos longe da ilegalidade. “O objetivo principal da repatriação é oficializar todos os bens não declarados, pois não será mais possível usar recursos sem origem comprovada em diversos países. O acordo entre os governos está cada vez mais eficiente quanto ao compartilhamento das movimentações financeiras. Isto faz com que as pessoas busquem dar segurança e legalidade aos seus investimentos. Sob esse aspecto, os imóveis são uma das melhores opções”, diz.
A partir de 1° de fevereiro de 2017 será aberta uma nova etapa para a regularização de recursos no exterior. A nova repatriação vai durar 150 dias e será encerrada em 30 de junho de 2017. O governo tem a expectativa de arrecadar mais R$ 20 bilhões em impostos, mas especialistas estimam que possa reingressar no Brasil mais dinheiro do que o obtido na primeira etapa da repatriação, o que também reforçaria os investimentos no mercado imobiliário. “Pelo menos deve gerar o mesmo volume de recursos da fase encerrada recentemente”, estima o advogado tributarista Heleno Torres, considerado o “pai da repatriação”. Foi Torres quem formulou a proposta que deu origem ao programa governamental.
Entrevistados
Alexandre Villas, consultor imobiliário
Pedro Barreto, especialista em investimentos imobiliários no exterior
Ivana Marcon, advogada especialista em direito tributário
Heleno Torres, advogado tributarista
Contatos
contato@imovela.com.br
vendas@ativore.com.br
info@baptistaluz.com.br
mail@helenotorres.com.br
Crédito Foto: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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