Reforma do MEC vai unificar cursos de engenharia

Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo foram poupados, mas não escaparão de uma reestruturação curricular

Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo foram poupados, mas não escaparão de uma reestruturação curricular

Álvaro Cabrini Júnior, presidente do Crea-PR: reformulação vai melhorar a fiscalização dos profissionais
Álvaro Cabrini Júnior, presidente do Crea-PR

Os cursos de engenharia serão os primeiros a passar pela reformulação que o Ministério da Educação (MEC) está fazendo nas graduações universitárias. O objetivo é revisar projetos pedagógicos, o que vai resultar na fusão de alguns cursos e na extinção de outros. O Brasil conta, atualmente, com quase 26 mil graduações. O MEC quer reduzi-los a sete mil, no máximo.

No caso dos cursos de engenharia, são 258, que passarão a um total de 22. “A medida pretende orientar melhor os estudantes no momento de escolha de suas profissões, além de contribuir para que os setores de recursos humanos de empresas, órgãos públicos e terceiro setor tenham maior clareza na identificação da formação necessária aos seus quadros de pessoal”, explica Nair Rúbia Baptista, assessora de Comunicação Social do ministério.

As unificações devem se concretizar até o final do primeiro semestre de 2010. A proposta de revisão das diretrizes dos cursos foi disponibilizada em consulta pública e duas mil contribuições da sociedade civil foram recebidas. Atualmente, o MEC trabalha na compilação e na avaliação das propostas encaminhadas, para em seguida ser formulado o documento final.

Entre as engenharias, extraoficialmente já se sabe que os cursos de Engenharia de Automação e Sistemas, de Automação Empresarial, de Controle e Automação Industrial e de Instrumentação, Automação e Robótica passarão a ser chamados de Engenharia de Controle e Automação.

Pelo sombreamento curricular, ou seja, ter disciplinas coincidentes, cogitou-se unir os cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, mas a forte resistência derrubou a ideia. “Foi só uma suposição. Nunca houve um documento sobre isso”, contesta Francisco José Teixeira Coelho Ladaga, assessor da presidência do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR). No entanto, segundo o MEC, é “muito provável que Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo também passem por revisões curriculares”.

Polêmica à parte, a reformulação pedagógica em curso tem aprovação unânime. O próprio José Teixeira Coelho Ladaga apoia a medida. “Isso vem resguardar as profissões tradicionais e evitar a proliferação de subtítulos com pessoas menos capacitadas para exercer a função que elas realmente devem e são obrigadas a fazer. Eu acho que o MEC está correto nesta posição”, afirma.

Da mesma forma pensa o presidente do Crea-PR, Álvaro Cabrini Júnior. “Isso vai representar uma volta à nomenclatura básica que existia antigamente e vai evitar a criação indiscriminada de cursos. Até o conselho regional e o Confea (Confederação Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) vão ter melhores condições de exercer as suas funções, que é fiscalizar as profissões regulamentadas em defesa da sociedade”, afirmou.

Professor Mauro Lacerda, diretor do setor de tecnologia da UFPR: no futuro, uma revisão também na legislação que rege a profissão de engenheiro
Professor Mauro Lacerda, diretor do setor de tecnologia da UFPR

Na avaliação do diretor do setor de tecnologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mauro Lacerda, a decisão do MEC vai permitir, no futuro, uma revisão também na legislação que rege a profissão de engenheiro. “Ela já se tornou obsoleta, uma vez que foi instituída em meados do século passado e não acompanhou a evolução da formação profissional dentro das peculiaridades de cada área, o que hoje exige grandes esforços para definir as atribuições profissionais e suas certificações”, avaliou.

Ainda segundo o professor Mauro Lacerda, a reforma não terá problemas de ser absorvida pelo mundo acadêmico, seja na área de graduação ou pós-graduação. “A mudança preconizada trará uma melhor organização curricular e isso vai facilitar a adaptação, tanto de docentes como balizar melhor a formação dos estudantes em cada área”, diz. A assessoria de comunicação do MEC confirma a avaliação do professor da UFPR. “Assim como os referenciais ajudarão na orientação aos alunos, os professores também serão beneficiados pela medida”, confirma Nair Rúbia Baptista.

Para conferir a lista dos cursos de engenharia que vão passar por reformulações clique no link abaixo:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/convergencia_denominacao.pdf

Entrevistados:
Diretor do setor de tecnologia da UFPR: Mauro Lacerda: mauro@tecnologia.ufpr.br
Assessoria de Comunicação Social: rubia.baptista@mec.gov.br
Assessoria de Comunicação do Crea-PR: comunicacao@crea-pr.org.br

Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Vogg Branded Content



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