Prédio sem elevador pode receber o equipamento?
É importante ter um projeto bem planejado. Em alguns casos, se faz necessário construir estrutura anexa para não comprometer o edifício
É importante ter um projeto bem planejado. Em alguns casos, se faz necessário construir estrutura anexa para não comprometer o edifício
Por: Altair Santos
Com o envelhecimento da população brasileira, elevadores não são mais itens de luxo em edifícios. Porém, instalar o equipamento em prédios cujo projeto não previa seu uso, requer estudo criterioso de viabilidade técnica da edificação, incluindo cálculos estruturais. Há casos em que é necessário construir uma estrutura paralela para não expor a edificação antiga a esforços extras. Outro empecilho pode estar na arquitetura do empreendimento, que impede, por exemplo, a execução do fosso do elevador.
Em boa parte dos casos, as empreiteiras contratadas para avaliar a obra e promover a construção que vai receber o elevador optam por uma estrutura independente, que não cause sobrecarga no edifício. Quando isso ocorre, a solução pode estar em componentes pré-fabricados de concreto ou em aço. “Preferencialmente, os elevadores em prédios antigos devem ser instalados em estrutura própria. Com isso, garante-se a integridade da estrutura da edificação, pois a transmissão de esforços é feita de forma independente”, explica o engenheiro Sérgio Rodrigues.
Após a publicação da Norma de Desempenho, em 2013, tornou-se recomendável que retrofit em edifícios antigos, que não possuam elevadores, façam estudo de viabilidade para a instalação do equipamento. A ABNT NBR 15575 também tornou obrigatório que projetos de novos edifícios com até cinco pavimentos contemplem a instalação de elevadores. “As novas construções já nascem preparadas para suportar os esforços do equipamento. O mesmo não acontece com os edifícios antigos, em que esse tipo de demanda não era prevista”, completa Sérgio Rodrigues.
Para retrofit de prédios que planejem ter elevadores, é importante estar atento aos custos. Também é relevante que a instalação do equipamento tenha a aprovação de 100% dos condôminos, pois implica em alterar a estrutura da edificação. Por isso, obras desta envergadura não saem por menos de R$ 150 mil, dependendo do que for especificado no projeto. Se a estrutura para suportar o elevador for construída de forma independente do prédio, ela também vai precisar da aprovação unânime dos condôminos.
CREA precisa autorizar
Os modelos mais baratos de elevadores vendidos no Brasil não saem por menos de R$ 40 mil. O fabricante se responsabiliza pela instalação do equipamento e pela especificação do tipo de aparelho que melhor atende a edificação, mas não se responsabiliza pela parte estrutural, ou seja, o condomínio precisa contratar uma construtora especializada neste tipo de obra. A vantagem, após a instalação do elevador, é que ele facilita a mobilidade dos moradores e ajuda a valorizar o imóvel, em caso de venda ou locação.
Depois que a obra é entregue, o condomínio precisa passar por uma inspeção do CREA para que o uso do elevador seja autorizado. Também é obrigatório contratar uma empresa para a manutenção do equipamento. Quando o condomínio decide trocar esse fornecedor, é necessário fazer um comunicado ao CREA, pois as empresas que atuam nesta área precisam estar regularizadas no organismo, possuir responsáveis técnicos e terem autorização para prestar esse tipo de serviço.
Entrevistado
Engenheiro mecânico Sérgio Rodrigues, consultor da SECIESP (Sindicato das Empresas de Conservação e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo)
Contato
seciesp@seciesp.com.br
Crédito Fotos: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
05/12/2024
Belém vai sediar COP 30 em 2025 e obras de infraestrutura já estão transformando a capital paraense
De 10 a 21 de novembro de 2025, Belém do Pará será palco da 30ª Conferência das Partes (COP 30), evento anual da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima…
05/12/2024
Como o fim da escala 6×1 impactaria a construção civil?
A redução da jornada de trabalho, com o fim da escala 6x1, está em debate no Congresso e também em diversos setores do mercado de trabalho. Atualmente, a Constituição limita a…
05/12/2024
Da fachada ao futuro: como o Prêmio Obra do Ano da ABCIC transforma a construção civil no Brasil
Praça Lindenberg venceu Prêmio Obra do Ano como Destaque do Júri. Crédito: Divulgação O Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto, promovido pela Associação Brasileira…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.