Placas cimentícias: por que utilizar este material?

Solução pode ser aplicada em áreas externas ou internas e é bastante resistente
13 de julho de 2022

Placas cimentícias: por que utilizar este material?

Placas cimentícias: por que utilizar este material? 591 270 Cimento Itambé

Quer um material versátil para usar como fechamento da área externa ou interna da sua obra? As placas cimentícias são uma solução versátil e combinam com qualquer estilo arquitetônico. De fácil aplicação, também apresenta grande durabilidade. Saiba mais sobre o seu uso.

Esta placa cimentícia tem chapa texturizada com pedra in natura, no padrão ardósia, proporcionando aspecto natural de pedra
Crédito: Eternit

Processo produtivo das placas cimentícias: como são feitas?

O processo de produção das placas cimentícias Eternit é o mesmo das telhas, o tradicional fibrocimento, conhecido como Processo Hatschek. “Basicamente, os insumos (cimento, celulose e outros) são misturados à água nas máquinas, essa mistura vai dar origem a uma lastra de fibrocimento ainda úmida que passa por uma esteira e um cilindro compressor, até atingir a espessura da placa que está sendo produzida.

Depois dessas etapas, a lastra passa pelo processo de corte, para ficar nas dimensões desejadas e, em seguida, passa pela etapa de cura – um tempo de armazenamento em fábrica para garantir que as resistências mínimas para realização de ensaios sejam alcançadas. Após a realização dos ensaios exigidos por norma e aprovação dos resultados pelo nosso setor de Qualidade, elas estarão aptas a serem comercializadas”, explica Rúbia Mussi, Arquiteta e Especificadora Técnica na Eternit.

Onde usar as placas cimentícias?

Como o principal substrato é o cimento, a grande vantagem da utilização da placa cimentícia é a de poder ser utilizada em áreas externas, fachadas e áreas úmidas. “Uma associação de produto que é bastante feita é com relação ao gesso, material que tem aplicação similar. E, para as áreas externas e úmidas a placa cimentícia é mais apropriada. Sabemos que nas linhas de placas de gesso há produtos com aplicação indicada para esses fins, mas ainda assim, a resistência à umidade e intempéries da placa cimentícia será maior nestes casos”, pontua Rúbia.

De maneira geral, a placa cimentícia pode ser utilizada em diversos ambientes – incluindo aqueles em que o gesso é bastante utilizado, como é o caso de áreas internas. “Pode ser utilizada como fechamentos verticais, shafts, elemento decorativo, entre outros”, menciona Rúbia.

Vale destacar que dentre seus usos mais frequentes estão: paredes externas e internas, sistemas de fachadas e fechamentos verticais de modo geral. “A aplicação das placas como fechamentos verticais é a utilização mais comum e adequada para o que o produto oferece em termos de desempenho técnico e características”, ressalta Rúbia.

Por essa razão, a placa cimentícia não é recomendada como cobertura ou piso. “Essas não são as indicações mais adequadas, porém, nossa Área Técnica junto aos nossos setores de Desenvolvimento e Qualidade podem realizar estudos para entender a necessidade de cada cliente e viabilidade de cada aplicação”, pontua.

Vantagens

Chapa lisa e prensada, pronta para receber qualquer tipo de acabamento, como revestimento cerâmico, papel de parede, pintura, etc
Crédito: Eternit

Além das características já citadas, outro diferencial da placa cimentícia é a resistência ao impacto. “Embora estejamos falando de placas de 8 – 10 mm de espessura, elas são bastante resistentes a esse esforço, sobretudo se consideradas parte de um sistema construtivo desempenhando funções junto com outros componentes”, cita Rúbia.

Outras vantagens são a não oxidação e a não combustibilidade do material, o que significa que não propaga chamas. “Ela ainda é considerada imperecível e não perde resistência com o passar do tempo sendo, portanto, muito durável mesmo quando aplicada em áreas externas e sujeitas a intempéries”, afirma Rúbia.

Outro ponto que faz com que a placa cimentícia se destaque é o aproveitamento que conseguimos ter do material através de modulação e cortes racionais. “Podemos trabalhar com a questão modular da placa, projetando de modo a aproveitar as suas dimensões e assim gerar menor índice de descarte de material e também menor custo e tempo de execução”, argumenta Rúbia.

Por fim, há também a facilidade de instalação, que ocorre por meio de fixação com parafusos em uma estrutura que pode ser de perfis de aço, sendo o Light Steel Frame o mais comum ou ainda perfis de madeira, segundo Rúbia.

Estilos arquitetônicos

Uma das principais características das placas cimentícias é a sua versatilidade. “Como se trata de uma superfície cimentícia, é possível aplicar diversos tipos de revestimento sobre elas, como papel de parede, cerâmica, pinturas ou texturas, ou até mesmo adotá-las de forma aparente como elemento decorativo”, comenta Rúbia.

“No sentido estético, há duas opções de acabamento: trabalhar com juntas invisíveis ou aparentes. Na primeira solução, é possível fazer o tratamento de juntas, tendo como resultado uma parede lisa para receber qualquer tipo de acabamento, em qualquer estilo. Na segunda opção pode-se trabalhar com paginação de placas de diversos formatos e dimensões tirando partido do próprio sistema e, inclusive, garantindo execução mais rápida e com menor custo. Não dá para afirmar que as placas atendem mais um estilo arquitetônico que outro, uma vez que ela pode se adequar a qualquer um deles. Mas, quando fica aparente, ela pode ser mais facilmente relacionada a estilos minimalistas ou industriais”, justifica Rúbia.

Cuidados ao usar as placas cimentícias

Um dos principais cuidados relacionadas à placa cimentícia tem relação com o seu armazenamento. “Antes da utilização das placas, elas precisam ser estocadas na horizontal, sobre um pallet e uma superfície nivelada o que vai dar estabilidade e garantir que ela não sofra nenhum tipo de deformação”, alerta Rúbia.

Após a aplicação, a recomendação é que se faça tratamento de superfície com impermeabilizante para garantir uma boa aparência e menor necessidade de manutenção. “Se este processo não for realizado, a exposição pode agregar sujidade em sua superfície. Por isso, recomendamos essa prática para garantir menores custos com manutenção e maior durabilidade de uma boa aparência” lembra Rúbia.

Entrevistada
Rúbia Mussi arquiteta e trabalha como especificadora técnica na Eternit

Contato
rubia.mussi@eternit.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

13 de julho de 2022

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