Metrô de Salvador passa longe da gestão de obra
Trecho de 12 quilômetros da linha 1 levou 16 anos para ficar pronto. Proporcionalmente ao percurso, execução foi a mais demorada do país
Trecho de 12 quilômetros da linha 1 levou 16 anos para ficar pronto. Proporcionalmente ao percurso, execução foi a mais demorada do país
Por: Altair Santos
Principal obra de mobilidade urbana da capital baiana, o metrô de Salvador não pode ser considerado um modelo de gestão de obra. Para um trecho de 12 quilômetros, o empreendimento levou 16 anos para ficar pronto. Proporcionalmente ao percurso, a execução foi a mais demorada do país. Além de extrapolar o cronograma, a construção também estourou o orçamento e teve complicações com o projeto.

Um dos equívocos da obra fez com que o CREA da Bahia abrisse uma investigação. Erros no estudo do subsolo levaram o traçado a se confrontar com uma rede de esgoto ao longo de quatro quilômetros. Isso obrigou a correções que encareceram o empreendimento e fizeram as escavações terem de ser aprofundadas em 12 metros.
Além dos empecilhos técnicos, a obra da linha 1 enfrentou também problemas na licitação. Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal comprovaram que houve uma concorrência viciada entre grandes empreiteiras – atualmente boa parte é investigada na Operação Lava Jato -, o que obrigou a abertura de um novo processo licitatório.
Entre 1999 – quando as obras começaram – e 2013, a linha 1 do metrô de Salvador avançou apenas seis quilômetros. O empreendimento chegou a ficar totalmente paralisado de 2009 a 2012. Foi em 2013, quando o governo do estado da Bahia encampou a construção – até então capitaneada pela prefeitura de Salvador – é que o canteiro de obras foi reativado.

O grupo CCR assumiu o empreendimento e reduziu o projeto inicial da linha 1, que previa 10 estações, para 8 estações. A execução terminou em dezembro de 2015, com boa parte dos recursos bancada pelo governo federal, que incluiu o metrô de Salvador em uma das primeiras fases do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Agora, a capital baiana aguarda a conclusão da linha 2, que mesmo com o cronograma atrasado anda a uma velocidade maior que a linha 1. O novo trecho era para ter 30 quilômetros, mas será inaugurada com 20,7 quilômetros. A prefeitura de Salvador, que voltou a participar do empreendimento, promete entregá-lo até 2018. Somadas as linhas 1 e 2, o custo da obra é de R$ 3,6 bilhões.
Uma característica da linha 2 é que 90% dela é construída na superfície e com elementos pré-moldados. O trecho escavado se dá apenas na junção com a linha 1. Isso permite que a obra ande mais rápido. O modelo de concessão também acelera o ritmo, já que ele conta com a participação da iniciativa privada, através de um contrato PPP (Parceria Público-Privada).
Entrevistado
CCR Metrô Bahia (via assessoria de imprensa)
Contato: faleconosco.metrobahia@grupoccr.com.br
Créditos Fotos: Manu Dias/Pedro Moraes/GOVBA
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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