ABCP e DNIT assinam acordo para desenvolvimento do pavimento de concreto no país

Objetivo do termo é aprofundar o estudo sobre o método, capacitação do setor e difundir os benefícios da técnica
27 de outubro de 2022

ABCP e DNIT assinam acordo para desenvolvimento do pavimento de concreto no país

ABCP e DNIT assinam acordo para desenvolvimento do pavimento de concreto no país 1024 682 Cimento Itambé
Da esquerda para a direita, Valter Frigieri Junior e Paulo Camillo Penna (ABCP), Luiz Guilherme Rodrigues de Mello (DNIT) e Paulo Helene (Ibracon). Crédito: Divulgação (IBRACON)

O pavimento de concreto já tem apresentado competitividade com relação ao asfalto e, em 2022, foi destaque em alguns eventos como a Concrete Show e o 24º ENACOR – 47ª RAPv. Para difundir o uso deste material no Brasil, o Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) assinaram no dia 12 de outubro um Acordo de Cooperação Técnica, durante o 63º Congresso Brasileiro do Concreto, promovido pelo Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON).

O principal objetivo é aprofundar o estudo sobre o método de dimensionamento de pavimentos de concreto. Além disso, este acordo também inclui a revisão das especificações técnicas atuais, bem como a criação de novas para a implementação de melhores práticas e maior capacitação do setor. Sobretudo, o intuito é promover os benefícios que esse tipo de pavimento traz tanto para os usuários como para a administração pública. 

“A formalização desse acordo representa para a indústria, uma nova etapa do uso qualificado da tecnologia do pavimento de concreto, que reforçará ainda mais sua presença em distintas regiões, condições de tráfego, solo e clima. Nessa mesma direção, daremos continuidade ao desenvolvimento do pilar estratégico da inovação, tão valorizada pelo setor cimenteiro. Estamos convencidos da sinergia e da complementaridade dessa iniciativa”, destaca o presidente da ABCP, Paulo Camillo Penna.

De acordo com o DNIT, hoje a demanda por asfalto é de 98%. Ao mesmo tempo em que há a possibilidade de uso de pavimento de concreto, há também oportunidade de readequação de rodovias já existentes por meio da técnica de whitetopping, na qual o pavimento de concreto é inserido por cima do asfalto deteriorado.

“É um convênio de extrema relevância para o DNIT que vem sedimentando essa parceria com a ABCP há muitos anos. Será um trabalho em conjunto com foco em alguns temas significativos, como a revisitação ao método de dimensionamento do pavimento rígido e avaliação de alguns documentos técnicos normativos que precisam ser atualizados. Além disso, trará o investimento em capacitação, que é um pilar que atuamos não só internamente como externamente”, ressalta Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, diretor de planejamento e pesquisa do DNIT.

Dos 47 mil quilômetros de rodovias planejadas no âmbito federal, 36 mil estão em fase de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e 22 mil quilômetros de rodovias prontas, que no futuro podem ser projetos com grande espaço para o Pavimento de Concreto sob a forma de Whitetopping, segundo dados do DNIT.

Competitividade e benefícios

De acordo com Alexsander Maschio, gerente regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), se for levado em consideração o custo inicial, o preço do pavimento de concreto é em torno de 10% mais barato que o do pavimento flexível. “Se pensarmos na vida útil – em torno de 30 anos – o custo do concreto é 60% inferior por conta da baixa manutenção”, explica Maschio.

De acordo com o caderno técnico “Vantagens do Pavimento de Concreto”, feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) em cooperação com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), as vantagens do pavimento de concreto são:  

  • Grande durabilidade com pouca manutenção;
  • Menos deformações nas vias; 
  • Melhor visibilidade por reflexão e economia de energia elétrica;
  • Melhoria da sensação térmica;
  • O concreto é totalmente reciclável ao fim de sua vida útil, além de não ter o risco de lixiviação, isto é, contaminação do lençol freático. 

Fontes

Paulo Camillo Penna é presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

Luiz Guilherme Rodrigues de Mello é diretor de planejamento e pesquisa do Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Alexsander Maschio é gerente regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Contatos
Assessoria de imprensa ABCP – celso.souza@fsb.com.br

Assessoria de imprensa DNIT – imprensa@dnit.gov.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

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