Qual o impacto do novo governo na construção civil?
Estudo mostra que se PIB do Brasil crescesse 3% em média, entre 2013 e 2018, setor teria crescido 22% em 5 anos
É histórico que, quando o Brasil vai bem, e registra crescimento do PIB, a construção civil apresenta números ainda mais expressivos. Em 2010, o Produto Interno Bruto do país cresceu 7,5% e o setor teve alta de 11%, registrando seu pico neste século. Porém, quando a crise atinge a economia brasileira, o segmento que mais sofre é o da construção.
De acordo com o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, apresentado dia 8 de novembro de 2018, em São Paulo-SP, se o PIB brasileiro tivesse crescido a uma taxa de 3% ano entre 2013 e 2018, o PIB acumulado da construção civil neste período teria sido de 22%, ou seja, o setor estaria com quase pleno emprego e registrando crescimento sustentável.
No entanto, cinco anos de paralisia fizeram com que a construção civil brasileira retrocedesse a níveis de 12 anos atrás, mas não significa o fim do mundo. Se, de fato, o novo governo que assume dia 1º de janeiro de 2019 for reformista, estarão criadas as condições para recolocar o setor nos trilhos do desenvolvimento novamente.
De acordo com o estudo da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração), que tem como base o volume de vendas de equipamentos para a construção civil, o início de recuperação do setor já começou. Um dado interessante é que as vendas de equipamentos da linha amarela – movimentação de terra – devem crescer 40% em 2018 ante 2017, totalizando 11,6 mil unidades comercializadas neste ano contra 8,3 mil unidades no ano anterior.
Equipamentos voltados para a área de concreto confirmam crescimento
Já o segmento de retroescavadeiras deve ter expansão de 51% em 2018, chegando a 3.150 unidades comercializadas. Além disso, a estimativa é de que as pás carregadeiras tenham uma alta de 42% nas vendas, bem como as escavadeiras hidráulicas alcancem um percentual de crescimento de 30%. O mesmo percentual de crescimento é esperado para os equipamentos da área de concreto (autobombas, bombas estacionárias, centrais de concreto e caminhões-betoneira). Um percentual bem mais positivo que o obtido em 2017.
Somadas todas as categorias – linha amarela, demais equipamentos e caminhões rodoviários -, as vendas totais de máquinas para construção devem crescer 38% em 2018 em comparação a 2017. No total, serão 17,8 mil unidades comercializadas neste ano contra 12,9 mil unidades no ano anterior. “Esse aumento foi ocasionado pela melhoria geral do mercado, pela promoção de um número maior de licitações públicas e concessões e pela estabilidade de outros segmentos nos quais são vendidas máquinas utilizadas pelo setor de construção”, resume o estudo.
Entrevistado
Reportagem com base no “Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção” (via assessoria de imprensa)
Contato: sobratema@sobratema.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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