Em sua 9ª edição, o prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto, promovido pela Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto) desde 2011, contemplou as seguintes construções: Royce Connect III, em Santo André-SP, na categoria edificações; Arena Petry, em São José-SC, na categoria infraestrutura, e a sede da Igreja Batista no bairro Morumbi, em São Paulo-SP, na categoria pequenas obras.
O Royce Connect III tem 43.277 m² de área construída e trata-se de um galpão para armazenamento e um edifício administrativo multipavimentos. As edificações utilizaram as seguintes estruturas pré-fabricadas de concreto: vigas, pilares, lajes alveolares, painéis arquitetônicos de fachada não-estruturais, escadas e contenções. O maior desafio foi atender a arquitetura do prédio administrativo, que possui curvas na fachada e varandas em balanços.
Todo o projeto foi concebido dentro de uma plataforma BIM, que possibilitou a verificação minuciosa tanto por parte do arquiteto Fabio Vital (Fabio Vital Arquitetura) quanto do engenheiro-projetista Flavio Isaia (IGA Engenharia e Consultoria). As peças pré-fabricadas foram fornecidas pela Leonardi Construção Industrializada, com volume estimado de concreto de 10 mil m3.
A Arena Petry, em Santa Catarina, é um complexo de eventos com 23 mil m2 de área construída e capacidade para receber 17,5 mil pessoas. Além disso, possui o maior palco indoor do Brasil, com 540 m². A obra utilizou estruturas pré-moldadas de concreto nos blocos de fundações, pilares, cortinas de contenção, vigas de transição, vigas-pórtico, painéis de fechamento e lajes alveolares. A plataforma BIM também foi utilizada para conciliar o projeto arquitetônico de Luiz Octavio Almeida de Oliveira (Topsolo) com o projeto estrutural de Fernando Pirani Faustino (Proaço Indústria Metalúrgica). A obra consumiu 6.179,44 m³ de concreto.
Igreja em área de preservação da Mata Atlântica teve estrutura montada em 40 dias
Já a Igreja Batista do Morumbi teve projeto arquitetônico de Felipe Aflalo (Aflalo & Gasperini Arquitetos). A industrialização permitiu que a montagem da estrutura ocorresse em 40 dias. O projeto estrutural ficou a cargo do engenheiro Marcelo Cuadrado Marin, da Leonardi, fabricante que forneceu pilares, vigas, lajes alveolares e painéis arquitetônicos de fachada não-estruturais para a obra.
O terreno onde foi construída a edificação está envolto por áreas de preservação da Mata Atlântica. Dessa maneira, para que a fundação não agredisse as raízes das árvores, houve a obrigatoriedade de sustentar o corpo principal da estrutura em quatro pilares e o restante em quatro vigas protendidas, para que sustentassem lajes e painéis.
A menção honrosa foi para seis praças de pedágio nas rodovias SP 255 e SP 318, no estado de São Paulo. As obras consumiram estruturas pré-fabricadas compostas de pilares, vigas calhas, lajes, telhas W-37, cabines para cobrança de pedágio (simples e duplas) e barreiras de proteção, além de pavimento rígido e os respectivos prédios de administração e salas de geradores das praças.
Entrevistado
Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto)
Contato
abcic@abcic.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330