Aumento médio do emprego no setor e crescimento da indústria de materiais sinalizam que a expansão foi maior que a calculada pelo Instituto
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) mantém a projeção de que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresceu 10% no ano passado, mesmo após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter divulgado expansão de 8%. Em nota, o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, disse que dados como o aumento médio de 17,4% do emprego no setor no ano passado e crescimento de 13,7% da indústria de materiais sinalizam que a expansão foi maior que a calculada pelo IBGE.
Segundo Watanabe, no fim de 2009 ou início de 2010, quando o IBGE recalcular o PIB do ano passado, deverão ser incorporados dados de pesquisas ainda não considerados, como a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), além de informações das Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ) da Receita Federal e de novos indicadores da construção.
O Sinduscon-SP também admite que poderá revisar para baixo a projeção de crescimento para o setor de construção civil em 2009. A última projeção da entidade para este ano foi divulgada no início de dezembro de 2008 e previa crescimento de 3,5% a 4,7%. Atualmente, o Sinduscon-SP trabalha com a estimativa de que a expansão fique entre 3% e 3,5%, mas, oficialmente, a meta ainda não foi revisada.
No fim de 2007, o Sinduscon-SP projetava que o setor cresceria 9% em 2009. Em outubro de 2008, com a piora do ambiente macroeconômico, a estimativa de crescimento da construção em 2009 foi reduzida para 5%. Essa projeção levava em conta que o PIB do Brasil teria expansão de 4% este ano. Com a redução esperada para este indicador, os cálculos do desempenho da construção foram revistos para de 3,5% a 4,7%.
Já a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) informou, também em nota, que o dado do IBGE de que o setor cresceu 8% no ano passado confirmou suas expectativas. “Esses dados mais do que justificam os motivos que levaram o governo a priorizar a construção neste momento de retomada do crescimento econômico, com o iminente anúncio do pacote habitacional. Se o setor foi importante em 2008, imagine o que pode fazer em 2009, sobretudo na geração de emprego e renda”, disse o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, em nota. Segundo a CBIC, a expectativa de crescimento para o setor este ano é de 5%.
Fonte: Jornal O Estado do S. Paulo
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação.