Sem estímulo, PIB da construção será de 2,8% em 2014

8 de janeiro de 2014

Sem estímulo, PIB da construção será de 2,8% em 2014

Sem estímulo, PIB da construção será de 2,8% em 2014 1024 682 Cimento Itambé

Sondagem nacional realizada pela FGV, por encomenda do SindusCon-SP, mostra que empresas estão confiantes, porém pedem novos ajustes na economia

Por: Altair Santos

Em sua mais recente Sondagem Nacional da Indústria da Construção – a 57ª da série -, o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) procurou projetar um cenário para 2014, com base na expectativa do setor.  O estudo, coordenado pela Fundação Getúlio Vargas, mostra que as empresas estão confiantes no crescimento de médio e longo prazo, mas veem necessidade de novos estímulos para a economia. Entre as construtoras consultadas, a expectativa com relação à necessidade de impulsos econômicos atingiu 78,3 pontos. Ao mesmo tempo, a confiança dos entrevistados de crescimento no médio e longo prazo ficou em 62 pontos.

Em 2014, empresas seguirão investindo em tecnologia, diz estudo

Sem que ocorram os incentivos necessários, o estudo encomendado pelo SindusCon-SP estima que o PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil brasileira deverá crescer 2,8% em 2014 – caso o PIB do país se eleve em 2%. Já o emprego formal no setor deverá apresentar alta de 1,5%, enquanto a produção de materiais aumentará 3,6% e a taxa de investimento deverá ficar em 19,8% do PIB. Para a economista da FGV, Ana Maria Castelo, que coordenou a pesquisa, os dados apurados revelam claramente o final de um ciclo da construção civil brasileira, que teve seu auge entre os anos 2008 e 2010. “Desde 2006 não tínhamos um crescimento do produto setorial menor que o do PIB”, disse.

Em 2013, de acordo com o estudo da FGV, o PIB da construção foi de 2% e ficou abaixo do que é projetado para o país no mesmo período – entre 2,3% e 2,5%. “O ano de 2013 não vai deixar saudades, como 2012 não deixou. O governo implementou várias ações pontuais de incentivo à economia e, com a outra mão, interveio demais. A economia não decolou. Foi uma frustração. O Brasil perdeu muita credibilidade, não só do ponto de vista dos investidores externos, mas também dos internos. Nos segmentos industrial e comercial, muitos investimentos foram suspensos porque o empresariado não enxergava crescimento suficiente da demanda”, afirma o presidente do SindusCon-SP, Sérgio Watanabe.

De acordo com a 57ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, as perspectivas dos empresários da construção de crescimento para a economia seguiram em alta, com acréscimo de 14,1% em relação à pesquisa anterior (agosto de 2013). Em comparação a novembro de 2012, porém, o indicador ainda acumula queda de 26,2%. No que diz respeito aos indicadores de desempenho corrente das empresas da construção, foi registrado ligeiro avanço, com alta de 0,6% frente ao levantamento anterior. Em doze meses, no entanto, o indicador apresenta queda de 4,5%. Com relação às perspectivas futuras de desempenho, foi registrada queda de 1,9% em relação à sondagem anterior e baixa de 4,1% em 12 meses.

Clique aqui e confira íntegra dos dados da 57ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção.

Entrevistados
Engenheiro civil Sérgio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, e economista Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos de construção civil da FGV . (via assessoria de imprensa)
Contato: sindusconsp@sindusconsp.com.br

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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