Rodovias lideram expectativas de investimentos em infraestrutura até 2028
Estudos apontam aumento dos aportes em concessões, geração de empregos e ganhos logísticos com ampliação da malha viária.
Pela primeira vez desde que o setor de saneamento básico despontou nos leilões nacionais, as rodovias passaram a liderar a expectativa de aportes em infraestrutura. O dado é do Barômetro da Infraestrutura, divulgado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Segundo Frederico Barreto, coordenador de Economia da Abdib, o setor vive um momento de forte expansão. “Só para 2025 estão previstos R$ 161 bilhões em 15 leilões do governo federal, alguns deles com realização em 2026. É um horizonte muito favorável a novos investimentos, inclusive com a entrada de novos players no setor”, afirmou. Entre os destaques estão os lotes 5 e 6 do Paraná, que somam investimentos da ordem de R$ 30 bilhões.
Infraestrutura rodoviária como motor econômico
Dados do Boletim de Infraestrutura de 2025, elaborado pelo FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) em parceria com o DNIT, reforçam a relevância do modal rodoviário para o país. Do total de R$ 259,3 bilhões investidos em 2024 em transportes, 76% vieram de concessões e PPPs.
Para a pesquisadora Isadora Osterno, da FGV, o impacto no mercado de trabalho é expressivo. “A construção de rodovias é um verdadeiro motor de geração de empregos. Só em 2024, o setor de infraestrutura empregava 2,858 milhões de trabalhadores, com mais de 110 mil novas vagas formais criadas, muitas delas ligadas a obras rodoviárias,” aponta. Além de engenheiros e operários, a cadeia mobiliza fornecedores de cimento, aço e serviços de transporte, ampliando o efeito multiplicador na economia.

Crédito: Envato
Logística, competitividade e sustentabilidade
Atualmente, 69% das cargas do Brasil circulam pelas estradas. Apesar da dependência, a densidade da malha pavimentada nacional é de apenas 25 km por mil km², bem abaixo de países como China (447 km) e Estados Unidos (437 km).
“Boas rodovias representam diminuição do custo logístico e aumento da competitividade do Brasil, especialmente em um cenário de incertezas comerciais”, explica Barreto. Exemplos recentes mostram esse efeito. Na recuperação da BR-235/BA, o custo de transporte caiu de R$ 100 para R$ 60, beneficiando diretamente cerca de 2 milhões de pessoas.
Segundo Isadora, os impactos vão além da economia. “Rodovias modernas reduzem acidentes, aumentam a segurança viária e contribuem para a sustentabilidade, ao diminuir emissões com trajetos mais eficientes”, observa.
Expectativas até 2028
A combinação entre leilões federais, expansão de concessões estaduais e entrada de capital privado deve consolidar as rodovias como o principal destino de investimentos em infraestrutura até 2028.
Ainda assim, especialistas defendem que o Brasil precisa equilibrar a matriz logística, ampliando a participação de modais ferroviário e aquaviário, além de manter o ritmo de investimentos públicos em trechos que não atraem concessões. “É imprescindível encontrar espaço no orçamento para ampliar e qualificar as rodovias públicas, ao mesmo tempo em que se fortalece o programa de concessões”, concluiu Barreto.
Entrevistados
Isadora Osterno é doutora e Mestre em Economia pelo Centro de Aperfeiçoamento de Economistas do Nordeste (CAEN/UFC). Graduada com distinção Magna Cum Laude em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Já ocupou cargos na Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado do Ceará, Professora Substituta em Métodos Quantitativos na UFC e pesquisadora em agências de fomento (Funcap, CAPES e CNPq). Atualmente leciona na Universidade de Fortaleza (Unifor). Atualmente, é pesquisadora do FGV Ibre.
Frederico Barreto é graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com MBA em Infraestrutura (EAESP – FGV) e curso de extensão em Project Finance (FGV-SP). Atualmente, é coordenador de Economia da Abdib.
Contatos
cecilia.barroso@insightnet.com.br (Assessoria de Imprensa)
roberto.guimaraes@abdib.org.br (Assessoria de Imprensa)
Jornalista responsável
Ana Carvalho
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