Preços da construção sobem 0,56% em fevereiro de 2022
Índice mostra que segmento da construção civil está se aproximando de taxas mais próximas do período pré-pandemia
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,56% em fevereiro deste ano, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, esta taxa foi de 0,72%, enquanto que em fevereiro de 2021 foi de 1,33%.
Para Augusto Oliveira, gerente do Sinapi, estes índices são um sinal de que o setor da construção civil está voltando a ter taxas similares ao do período pré-pandemia, especialmente após um período de altas sequenciais atípicas.
Custo nacional da construção civil
O Sinapi também apontou que, em fevereiro, o custo nacional da construção (por metro quadrado) foi de R$ 1.533,96. Dentro desse valor, R$ 922,86 está relacionado aos materiais e R$ 611,10 à mão de obra.
Em comparação a janeiro, a parcela dos materiais teve alta. No primeiro mês de 2022, este índice foi de 0,63%, enquanto que em fevereiro foi de 0,77%. Por outro lado, neste mesmo mês de 2021, a taxa era de 2,35%.
Já com relação aos custos da mão de obra, o índice foi de 0,23%, contra 0,87% em janeiro. Em fevereiro de 2021, este valor era de 0,02%.
Ainda, ao levar em consideração o acumulado dos dois primeiros meses de 2022, o custo dos materiais apresentou aumento de 1,40%. Já na parcela da mão de obra, a alta é de 1,10%. Ao levar em consideração os resultados dos últimos 12 meses, o índice é de 23,29% para materiais e 7,10% para mão de obra.
Custos regionais
Ainda de acordo com o Sinapi, a região Sul foi a que apresentou os custos mais altos por metro quadrado, com R$ 1.608,41. Em contrapartida, a região Nordeste teve o valor mais baixo, com R$ 1.441,22.
Ao analisar por estado, o Amapá foi o que teve maior variação percentual no mês: aumento de 4,91% no custo da construção civil. Isso se deve ao fato de que a região teve uma alta na parcela de materiais, além de um reajuste nas categorias profissionais. Esta variação do Amapá somada ao aumento na parcela dos materiais em cinco estados repercutiu nos índices do Norte: a região teve a maior variação do país, com alta de 0,74%.
Sergipe, por sua vez, foi o segundo estado com maior variação percentual do custo da construção civil: 1,31%. Neste caso, o aumento se deve a uma alta de salários e acordos individualizados em algumas empresas, que acabaram adotando novos pisos salariais.
Já o estado com menor variação no custo da construção civil foi o Rio Grande do Sul, com 0,11%.
Fonte
Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi)/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Contato
comunica@ibge.gov.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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