Piso de cimento queimado é opção rústica e despojada para todos os cômodos
Arquitetos destacam a facilidade na aplicação como uma das vantagens deste tipo de piso
Definir um tipo de piso para uma casa, um apartamento ou um escritório é sempre uma escolha difícil, já que o material precisa estar alinhado ao estilo dos donos e também do ambiente desejado, unindo elementos estéticos e funcionalidade.
Versátil, o uso do cimento queimado vai bem tanto em projetos que buscam um estilo mais industrial quanto naqueles com um viés mais moderno. É isso o que diz Gabriel Souza, arquiteto especialista em gestão de obras e sócio da Mutabile Arquitetura, empresa fundada em 2008, com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais. Segundo ele, o cimento queimado é uma solução aprovada por gerações. “Os clientes que escolhem este piso normalmente gostam de acabamentos rústicos e sempre têm esta solução como referência de casa antiga, de fazenda, edificações rurais, casas de praia.”
Gabriel conta que seu escritório trabalha com o piso em diversos tons de cinza e também nas cores amarela, azul e vermelha, e ressalta que ele não é indicado para locais onde há alta incidência solar. “A dilatação do piso em áreas externas provavelmente causará trincas e desgaste acentuado em pouco tempo após aplicação. Então, indicamos sempre o uso interno.”
É a mesma sugestão compartilhada por Henrique Coutinho, arquiteto e diretor do Bloco Arquitetos, premiado escritório fundado em 2008, em Brasília. “Só não recomendamos [o piso de cimento queimado] em áreas externas, para não perder a sua característica”, explica. “Já utilizamos em todos os tipos de cômodos de uma residência (sala, quartos, cozinha e até em banheiros), inclusive em paredes.”
De acordo com Henrique, o portfólio da empresa inclui muitos projetos com cimento queimado, que é uma alternativa com custo acessível e identidade moderna. “O piso cimentício vira uma opção para nossos projetos por razões de economia, em primeiro lugar, e, em segundo, pela estética despojada do material. Inclusive essas foram as razões principais para optarmos por ele em nosso escritório.”
Ainda sobre o valor deste tipo de piso, o representante do Bloco Arquitetos diz que, atualmente, esta “é uma opção mais em conta que produtos como madeira, pedra, porcelanato e granilite”, e que “o processo de aplicação com os produtos atuais é muito fácil e proporciona uma grande agilidade na obra”.
Já Gabriel, da Mutabile, chama a atenção para o fato de que os custos dependem do acabamento final esperado. “Há uma confusão dos clientes, pois existem vários outros pisos cimentícios com o resultado estético similar ao cimento queimado”, explica. “O microcimento (produto composto por cimento especial e polímeros), por exemplo, proporciona planos maiores sem emendas. Existem também pinturas e misturas prontas que acabam tendo o aspecto estético similar ao cimento queimado.”
Segundo o arquiteto, o cimento queimado, em si, tem aspecto rústico e é bem irregular entre os planos, devido à forma artesanal de produção. “Como é uma nata de cimento (água, cimento e em alguns casos corante) misturada, ele é relativamente simples de execução. Mas, para que o acabamento se demonstre mais sofisticado, a solução demanda juntas de dilatação, controle da cura, executor cuidadoso e até uma proteção de verniz ao fim do processo. E isto pode acabar tendo um custo maior que um revestimento cerâmico.”
Fontes
Bloco Arquitetos
Mutabile Arquitetura
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
Vogg Experience
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
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