Pavimento em concreto na BR-392 mantém tradição no RS

Em fase de duplicação, rodovia que liga Pelotas ao porto de Rio Grande terá trecho de 27 quilômetros com tecnologia fornecida pela ABCP.

Em fase de duplicação, rodovia que liga Pelotas ao porto de Rio Grande terá trecho de 27 quilômetros com tecnologia fornecida pela ABCP

Por: Altair Santos

A principal obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Rio Grande do Sul é a duplicação de 84,7 quilômetros da BR-392, entre os municípios de Pelotas e Rio Grande. A rodovia leva a um dos principais terminais portuários do Brasil e é fundamental para o escoamento de cargas do Estado. Dividida em quatro lotes, e com investimento de R$ 770 milhões, a duplicação está em plena execução nas etapas 2 e 3. No trecho 3, de 27 quilômetros, a estrada receberá pavimentação em concreto.

Fernando Papisch Druck: “Nosso objetivo é garantir que o pavimento seja executado dentro das melhores técnicas de engenharia existentes.”

A ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) está presente nesta obra, prestando apoio técnico. “Nosso objetivo é garantir que o pavimento seja executado dentro das melhores técnicas de engenharia existentes, por meio de treinamentos e acompanhamento da engenharia da obra, para que o resultado final esteja dentro das especificações do projeto, de forma a propiciar durabilidade, conforto e segurança para os usuários da rodovia”, explica Fernando Papisch Druck, representante regional da ABCP no Rio Grande do Sul.

Em regime de comodato, a ABCP está cedendo os equipamentos para a pavimentação do trecho 3 da BR-392, como usina de concreto, pavimentadora de fôrmas deslizantes e texturizadora. Segundo Fernando Druck, haverá a aplicação de inovações no procedimento executivo da obra. ”A duplicação em concreto contará com duas pistas de 3,60 metros de largura cada, um acostamento interno de 1 metro e o acostamento externo de 2,5 metros. A espessura da placa é de 23 centímetros e terá uma base de CCR (Concreto Compactado a Rolo) de 15 centímetros”, disse.

ABCP cede equipamentos, como usina de concreto, pavimentadora de formas deslizantes e texturizadora.

A conclusão dos lotes 2 e 3 da BR-392, que somam 52 quilômetros, está prevista para junho de 2012. As outras duas etapas estão em fase final de projeto. A 1 tem 24 km e abrange o contorno de Pelotas, desde a ponte do Retiro, na BR-116, até a ponte sobre o Canal São Gonçalo, na BR-392. Essa etapa está em processo de licitação. Já o lote 4, no município de Rio Grande, vai desde a avenida Maximiano da Fonseca ao marco zero da BR-392, na avenida Honório Bicalho, abrangendo 8,8 quilômetros, e está em fase final de projeto.

Tradição

Ronaldo Vizzoni: “Rodovias como as BRs são locais onde o concreto é mais barato já no custo inicial.”

Com a pavimentação em concreto da BR-392, o Rio Grande do Sul mantém a tradição de ser um dos Estados que mais valorizam esse tipo de tecnologia. Na década de 1930, houve a construção da rodovia Porto Alegre – São Leopoldo, com cerca de 30 km em pavimento de concreto. Além disso, cidades como Porto Alegre e Pelotas usam o concreto como pavimentação desde os anos 1920. Em tempos mais modernos, a rodovia RS-118, inaugurada em 1977, e a BR-290 (Freeway) também têm trechos em concreto.

No Brasil, o total de quilômetros de rodovias com pavimento rígido já passa de 4.500. Segundo Ronaldo Vizzoni, gerente de infraestrutura da ABCP, o trabalho feito pela associação é importante para a difusão deste tipo de tecnologia. Sobretudo para mostrar que ela é competitiva em seu custo inicial, principalmente em BRs, onde o tráfego é pesado, intenso e repetitivo. “Rodovias como as BRs, os anéis viários, corredores exclusivos de ônibus, portos e aeroportos são locais onde o concreto é mais barato já no custo inicial. Os estudos técnicos mostrar essa realidade”, finaliza Vizzoni.

Entrevistados
Fernando Druck, representante regional da ABCP no Rio Grande do Sul
Ronaldo Vizzoni, gerente da área de infraestrutura da ABCP

Currículos

Fernando Papisch Druck
– Engenheiro civil formado pela UFRGS em 1983 e pós-graduado em Marketing pela ESPM em 1990
– Desempenha o cargo de representante regional da Associação Brasileira de Cimento Portland no Rio Grande do Sul
Contato: fernando.druck@abcp.org.br

Ronaldo Vizzoni
– Engenheiro civil e administrador de empresas pela Universidade Mackenzie (SP)
– Pós-graduado em Marketing Industrial pela FGV
– Atualmente, é gerente da área de infraestrutura e líder do projeto de pavimentação da ABCP
Contato: ronaldo.vizzoni@abcp.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo