Trimestre de leilões de rodovias começa com “Estrada da Soja”

Concessões programadas para julho, agosto e setembro só aguardam análise do TCU para terem datas confirmadas
21 de julho de 2021

Trimestre de leilões de rodovias começa com “Estrada da Soja”

Trimestre de leilões de rodovias começa com “Estrada da Soja” 1024 576 Cimento Itambé
Concessão do trecho da BR-163 entre Mato Grosso e Pará, conhecida como “Estrada da Soja”, abre trimestre de leilões de rodovias no Brasil Crédito: MInfra

Concessão do trecho da BR-163 entre Mato Grosso e Pará, conhecida como “Estrada da Soja”, abre trimestre de leilões de rodovias no Brasil
Crédito: MInfra

A concessão da “Estrada da Soja”, que corresponde aos trechos da BR-163 e da BR-230, entre o Mato Grosso e a hidrovia do rio Tapajós, no Pará, abriu o trimestre de leilões de rodovias no Brasil. Entre julho e setembro, são aguardadas as concessões da Via Dutra (BR-116), juntamente com a Rio-Santos (BR-101) – ambas ligam São Paulo e Rio de Janeiro – e também estão no escopo das privatizações as BRs 381 e 262, entre Minas Gerais e Espírito Santo.

São ativos que têm a expectativa de gerar mais de 20 bilhões de reais em investimentos, e que só aguardam a análise do Tribunal de Contas da União (TCU) para que sejam anunciadas as datas dos leilões. A expectativa maior recai sobre a Via Dutra, cujo leilão deve garantir ao menos 14,5 bilhões em investimentos ao longo dos mais de 600 quilômetros da rodovia. Caso se confirme o valor, será a maior concessão rodoviária da história do Brasil.

“Essa transformação logística é uma política pública de longo prazo, onde as mudanças serão percebidas daqui a 20 anos, 30 anos. Estamos dando somente o pontapé inicial, planejando as concessões dentro de critérios que atendam o mercado e os interesses nacionais, e repassando à iniciativa privada o maior número de ativos em infraestrutura”, explica a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura (MInfra), Natália Marcassa.

Um desses ativos recentemente repassados à iniciativa privada foi o trecho de 1.009 quilômetros das BRs 163 e 230, no trecho entre as cidades de Sinop, no Mato Grosso, e Miritituba, no Pará. O consórcio Via Brasil venceu o leilão no dia 8 de julho, com o compromisso de investir 1,8 bilhão de reais em segurança viária e manutenção, e mais 1,05 bilhão de reais em serviços ao usuário. A concessão será válida por um período de 10 anos, renováveis por mais 2 anos.

Entre as obras previstas, estão 42,87 quilômetros de faixas adicionais, 30,24 quilômetros de vias marginais, acessos definitivos aos terminais portuários de Miritituba, Santarenzinho e Itapacurá – todos no Pará -, além de 8 novos dispositivos de interconexão em desnível, 7 passarelas de pedestres e implantação de 340 quilômetros de acostamentos. O consórcio Via Brasil é formado pela Conasa Infraestrutura, Zetta Infraestrutura e Participações, Construtora Rocha Cavalcante e M4 Investimentos.

São Paulo privatiza aeroportos regionais e Amapá prepara leilão de saneamento básico

3º trimestre de 2021 também começa com a privatização de 22 aeroportos regionais no estado de São Paulo, que aconteceu dia 15 de julho. O volume de investimentos durante 30 anos de concessão será de 447 milhões de reais. O consórcio Aeroportos Paulista, liderado pela Socicam, levou o bloco Noroeste, composto pelos terminais de São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba, Barretos, Assis, Dracena, Votuporanga, Penápolis, Tupã, Andradina e Presidente Epitácio.

Já o bloco Sudeste foi vencido pelo consórcio Voa NW-Voa SE, e inclui os aeroportos de Ribeirão Preto, Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel. Entre agosto e setembro, o governo de São Paulo colocará em leilão parques estaduais e trechos de rodovias estaduais.

Outro estado que se prepara para um superleilão é o Amapá. No começo de setembro está marcada a licitação da concessão de saneamento básico de todos os 16 municípios amapaenses. Será a 1ª vez que uma concessionária de saneamento terá 100% de seus ativos privatizados em um único lance. São previstos investimentos na ordem de 3 bilhões de reais. A concessão é vista como um estímulo a outros estados, desde que seja bem sucedida e feche com chave de ouro o rol de leilões agendados para o 3º trimestre.

Entrevistado
Ministério da Infraestrutura (via assessoria de imprensa)

Contato
aescom@infraestrutura.gov.br

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
 

21 de julho de 2021

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