Reforço em concreto permite recuperação da Hercílio Luz
Ponte pênsil em Florianópolis-SC recebe estrutura provisória, e que está sustentada por 16 pilares encravados a 30 metros de profundidade
Ponte pênsil em Florianópolis-SC recebe estrutura provisória, e que está sustentada por 16 pilares encravados a 30 metros de profundidade
Por: Altair Santos
A ponte Hercílio Luz, em Florianópolis-SC, está exigindo o emprego de tecnologias desenvolvidas nos Estados Unidos para a recuperação de pontes pênseis. Para que as obras pudessem avançar, foi preciso construir uma estrutura auxiliar que suportasse o vão central da Hercílio Luz. Essa etapa – a mais complexa – está sustentada sob pilares submersos, que receberam concreto com aditivos especiais, a fim de atingir a resistência exigida no projeto. O material foi bombeado a 30 metros abaixo do nível do mar e outros 7,5 metros para penetrar nas perfurações feitas nas rochas submersas.
![Após etapa para sustentar a ponte, operários trabalham na substituição das armaduras metálicas](https://www.cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2024/04/Hercilio-Luz1-150x150.jpg)
A operação teve a consultoria técnica da American Bridge, construtora norte-americana que projetou e executou a ponte original, inaugurada em 13 de maio de 1926. A concretagem dos pilares e a instalação dos blocos pré-moldados sobre as estacas consumiram 9 mil m³ de concreto. A estrutura funciona como uma “mesa” para sustentar a armação metálica provisória, projetada para suportar as cargas do vão central durante a restauração. Toda essa operação foi concluída em 2015 e ficou a cargo do consórcio Florianópolis Monumento (formado pelas construtoras CSA Group e Espaço Aberto).
Já a etapa de reconstrução da estrutura pênsil foi entregue ao Grupo Teixeira Duarte (EMPA) e à RMG Engenharia. Nesta fase, 54 macacos hidráulicos foram instalados nas duas torres da ponte, para suspendê-las e permitir a recuperação e o reforço das fundações antigas da Hercílio Luz, construídas com concreto ciclópico. Os maciços receberão encamisamento de concreto armado e novas estacas para suportar as torres. Segundo inspeção realizada pelos engenheiros Hermes Carvalho e Francisco Carlos Rodrigues, do departamento de engenharia de estruturas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as patologias eram tantas que praticamente terá de ser reconstruída uma nova ponte.
![Boa parte da estrutura original da ponte será trocada](https://www.cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2024/04/Hercilio-Luz2-150x150.jpg)
Patrimônio histórico
Também serão feitas as substituições das barras de olhal e pendurais, dos aparelhos de apoio e selas das torres e do tabuleiro do vão pênsil. Quando todas essas operações tiverem sido concluídas, haverá a desmontagem da estrutura provisória. A expectativa é de que a ponte seja reaberta para o tráfego no primeiro semestre de 2018. O custo da recuperação está orçado em R$ 262,9 milhões, bancado com recursos do governo de Santa Catarina, da prefeitura de Florianópolis e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Sairia mais barato construir uma ponte nova, mas a Hercílio Luz é tombada pelo patrimônio histórico nacional, o que obriga a sua perpetuidade.
Construída há 90 anos, a Hercílio Luz está interditada para o tráfego de veículos desde 1982. A partir de 1991, seu acesso foi proibido também para pedestres. O motivo: deterioração de suas estruturas metálicas, por falta de manutenção, segundo laudo técnico do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Com a recuperação da ponte, o Deinfra-SC assegura que ela poderá receber 40% do fluxo diário de veículos (leves e pesados) que faz o trajeto continente-ilha-continente, desafogando o trânsito na única ponte que hoje liga Florianópolis e São José. A Hercílio Luz tem extensão total de 821,005 metros, com vão central pênsil de 339,471 metros, a 30,86 metros do nível do mar.
![Pilares de concreto encravados sustentam a estrutura que permite reformar a Hercílio Luz](https://www.cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2024/04/Hercilio-Luz3.jpg)
Veja vídeo sobre a restauração da Hercílio Luz:
Entrevistados
– Departamento Estadual de Infraestruturas de Santa Catarina (Deinfra-SC)
– EMPA (Grupo Teixeira Duarte)
– RMG Engenharia
– Engenheiros civis Hermes Carvalho e Francisco Carlos Rodrigues, pesquisadores do Departamento de Engenharia de Estruturas da UFMG
Contatos
suprelitoral@deinfra.sc.gov.br
rmg@rmg.com.br
hermes@dees.ufmg.br
francisco@dees.ufmg.br
Créditos Fotos: Divulgação e James Tavares/Secom
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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