Na China, robôs movimentam prédio de 7,6 mil toneladas

Para preservar edificação histórica de Xangai, engenharia do país utilizou tecnologia desenvolvida em 2018

Com o uso de 198 pés robóticos, engenheiros chineses conseguiram movimentar um prédio de 5 pavimentos e pesando 7,6 mil toneladas. A tecnologia evitou a demolição de uma das mais antigas escolas de Xangai, na China. O deslocamento do edifício com o uso de robôs durou 18 dias e o percurso percorrido foi de 61,9 metros. É a primeira vez que equipamentos robóticos são utilizados para essa finalidade. No terreno em que estava o prédio histórico será construído um centro comercial.

Pilares do prédio foram rompidos para que os pés robóticos pudessem movimentar a edificação por quase 62 metros Crédito: CGTN
Pilares do prédio foram rompidos para que os pés robóticos pudessem movimentar a edificação por quase 62 metros
Crédito: CGTN

A operação para movimentar a construção começou dia 28 de setembro e terminou em 15 de outubro. A princípio, cogitou-se deslocar o edifício através de trilhos ou arrastando-o puxado por veículos pesados. Porém, a arquitetura do prédio pôs em xeque as duas técnicas. A escola localizada no distrito de Huangpu tem formato em “T” e precisava ser virada para percorrer uma trajetória curva, o que seria impossível fazer deslocando-a sobre trilhos ou guinchando a estrutura.

O engenheiro-chefe do projeto, Lan Wuji, conta que antes que os pés robóticos fossem instalados debaixo da base de concreto da Escola Primária Lagena foi necessária uma operação de engenharia civil minuciosa. “A base foi escavada, até que os pilares fossem atingidos. Tivemos que romper os pilares para permitir a movimentação da base do edifício. Depois dessa etapa, o prédio foi levantado por macacos hidráulicos e as pernas robóticas instaladas em pontos estratégicos e fixadas na base”, relata Lan Wuji.

Movimento arquitetônico emprega alta tecnologia para preservar prédios históricos chineses

No local em que a escola irá ficar, novas sapatas e novos pilares de concreto foram projetados para incorporar os pedaços dos pilares antigos do prédio, e assim dar sustentação à edificação. Além da recuperação estrutural, a equipe de engenheiros civis e arquitetos envolvida com a obra já trabalha no retrofit do prédio. O gerente-geral do projeto, Li Jianfeng, explica por que foi empregada alta tecnologia para preservar a escola construída em 1935. “Há um forte movimento arquitetônico na China para preservar prédios históricos e salvá-los da destruição”, diz.

A rápida modernização da China já causou a implosão de importantes patrimônios arquitetônicos em várias regiões do país. Recentemente, os governos das cidades chinesas mais relevantes aderiram a campanhas de preservação e conservação dessas construções, disponibilizando recursos para o uso de tecnologias avançadas. No caso dos pés robóticos, eles foram desenvolvidos em 2018 pela Shanghai Evolution Shift. De acordo com Li Jianfeng, deslocar o prédio por meio de robôs custou 20% menos do que o uso de trilhos ou de veículos pesados.

Recentemente, os chineses também foram notícia no campo da engenharia, ao construir dois grandes hospitais no prazo de 20 dias na cidade de Wuhan, logo no começo da pandemia de COVID-19. Uma das unidades, com capacidade para 1.000 leitos, entrou em operação em 10 dias, depois que os operários começaram do zero a construção. Outra instalação, com 1.600 leitos, ficou pronta no dobro do tempo: 20 dias.

Assista ao vídeo da operação de deslocamento do prédio chinês, com uso de pés robóticos

Entrevistado
China Global Television Network (CGTN), estatal chinesa de comunicação

Contato
info@cgtn.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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