Índice põe Curitiba no topo do reajuste de imóveis

15 de janeiro de 2014

Índice põe Curitiba no topo do reajuste de imóveis

Índice põe Curitiba no topo do reajuste de imóveis 1024 682 Cimento Itambé

FipeZap aponta alta de 37,3% no mercado imobiliário da capital paranaense. Ademi-PR contesta dados e revela que aumento máximo foi de 13%

Por: Altair Santos

O índice FipeZap, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em anúncios de vendas de imóveis feitos pela internet, através do site Zap, apontou que em 2013 o preço médio de apartamentos e residências negociados no país subiu 12,7%. O levantamento, que engloba dados de oito capitais e outras oito cidades de porte médio, colocou Curitiba em evidência. Segundo o índice, na capital paranaense os imóveis tiveram alta de 37,3% – quase o triplo da média nacional e mais de seis vezes acima da inflação oficial (5,91%).

Gustavo Selig, da Ademi-PR: FipeZap não retrata realidade do mercado imobiliário de Curitiba

Em Brasília, entre as cidades avaliadas pelo índice Fipe Zap, a alta dos imóveis foi a menor em 2013 e ficou em 4,2%. São Paulo registrou aumento de 13,9%, contra 15,2% no Rio de Janeiro, 9,7% em Belo Horizonte, 10,7% em Salvador, 14,1% em Fortaleza e 13,4% em Recife. Independentemente dos dados apontados, o FipeZap é visto pelo mercado imobiliário de Curitiba como pouco confiável. “Consideramos que o levantamento apresenta graves distorções em relação à realidade de mercado na capital”, diz o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) Gustavo Selig.

As ressalvas da Ademi-PR e de outros setores do mercado imobiliário de Curitiba, quanto ao índice FipeZap, dizem respeito à amostragem. Segundo eles, um pequeno universo de imóveis em oferta é avaliado. Restringe-se aos anúncios feitos na internet, misturando novos com usados, e estes últimos com forte influência do proprietário em sua precificação. “Isso gera equívocos na definição das categorias, o que distancia os resultados de um cenário real de mercado. Considerando uma inflação de 5,91%, causa estranheza falar numa valorização imobiliária superior a 30% em 12 meses”, completa Selig.

A fim de garantir uma pesquisa mais alinhada com a realidade do setor de lançamentos imobiliários em Curitiba, a Ademi-PR realiza, desde 2009, uma pesquisa de preço mensal dos apartamentos residenciais novos na cidade. O levantamento conta com uma amostra de mais de 300 empreendimentos e aproximadamente 11 mil imóveis (na planta, em construção ou concluídos, ofertados e disponíveis para a venda) vendidos por construtoras, incorporadoras e imobiliárias na capital paranaense. Com base nos dados coletados, a Ademi-PR estima que em 2014 os imóveis da capital paranaense seguirão subindo mais que a inflação.

O principal motivo é o aumento dos preços dos insumos, como materiais, mão de obra e equipamentos. “Para se ter uma ideia, o Custo Unitário da Construção (CUB) no Estado teve reajuste de 6,56% em 2013. Já o custo do metro quadrado para construir em Curitiba, no ano passado, superou o de São Paulo”, destaca Selig. Dependendo do imóvel, a maior alta em 12 meses chegou a 13%. Entre os bairros da cidade com maior valor para o m², destacam-se o Campina do Siqueira (R$ 8.404,00 para apartamentos com um dormitório); Batel (R$ 8.511,00 a R$ 9.442,00, para imóveis de dois e três quartos) e Cabral (R$ 9.705,00, para quatro quartos).

Entrevistado
Engenheiro civil Gustavo Selig, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e do Grupo Hestia
Contato: ademipr@ademipr.com.br

Crédito Foto: Divulgação/Ademi-PR

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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