Comunicar e treinar são mantras para a gestão da obra

Olhar organizacional do gestor de pessoas dentro do canteiro de obras minimiza o risco de retrabalho e de ineficiência
28 de junho de 2018

Comunicar e treinar são mantras para a gestão da obra

Comunicar e treinar são mantras para a gestão da obra 150 150 Cimento Itambé

O canteiro de obras é um local de trabalho com peculiaridades próprias. Ao contrário dos que atuam no serviço público, na indústria ou no comércio, a construção civil opera com projetos, ou seja, tem começo, meio e fim. Boa parte dos que trabalham em ritmo de empreitada sabe que ao final do empreendimento haverá demissão de mão de obra. É diferente de uma empresa convencional, em que o funcionário é absorvido pelo complexo organizacional e segue uma estrutura de cargos e atividades. Por isso, a gestão de pessoas é diferente no canteiro de obras. Muitas vezes, a hierarquia vale menos que a forma de comunicar e de treinar a equipe. 

Segundo o consultor de empreendedorismo e gestão de negócios, Joaquim Alvarenga Neto, comunicar e treinar são mantras que fazem a diferença no canteiro de obras. “Não adianta ser um bom engenheiro ou ser um bom arquiteto se o gestor não consegue resolver conflitos que vão além do conhecimento técnico. No local da obra, o gestor de pessoas precisa ser também um gestor de conflitos, no sentido de mediar diferenças que vão desde aspectos culturais até dificuldades de convívio. Se não houver o controle, isso seguramente vai impactar na qualidade da obra. E como é que se faz esse controle? Demonstrando conhecimento e usando a comunicação como instrumento para propagar o conhecimento e formar um espírito de equipe na obra”, relata.

Palavra que melhor define gestão de pessoas em canteiro de obras é engajamento

Joaquim Alvarenga Neto reforça em palestra pública, dentro de seu canal no Youtube, que as estruturas de produção na construção civil são baseadas em equipes, onde a comunicação é o melhor instrumento para definir regras e transmitir objetivos. “A comunicação é instrumento estratégico para se alcançar o treinamento e o desenvolvimento de quem atua no canteiro de obras”, define. O consultor reforça ainda que isso vale, principalmente, para empreendimentos de médio e pequeno portes, onde o turn over (troca constante de mão de obra) é mais acentuado. “Neste tipo de obra é preciso fazer uma gestão de pessoas focando no indivíduo, a fim de motivá-lo a aderir ao espírito de equipe. Essa adesão se faz vinculando treinamento com bonificações, que muitas vezes não precisam ser financeiras, mas de cunho social”, alerta.

Se pudesse resumir em uma palavra o que é gestão de pessoas em canteiro de obras, o palestrante afirma que escolheria “engajar”. “A busca do engajamento é constante. Sob esse olhar organizacional, o gestor de pessoas dentro da obra minimiza o risco de retrabalho e de ineficiência. Também reduz o desperdício e melhora o processo produtivo. Sabendo engajar, ele chega aos pilares de qualquer modelo de gestão de pessoas, que é seguir o planejamento, manter a organização e não perder o controle”, completa Joaquim Alvarenga Neto. O consultor lembra ainda que o canteiro de obras é um local em que o trabalhador é exposto ao esforço físico e pressão psicológica. “Quem atua no canteiro precisa cumprir cronogramas apertados. Então, é sempre importante valorizar a participação e compartilhar o mérito quando uma etapa é concluída com sucesso”, finaliza.

Veja a íntegra da palestra de Joaquim Alvarenga Neto

Entrevistado
Reportagem com base em palestra do engenheiro civil, consultor de empreendedorismo e gestor de negócios Joaquim Alvarenga Neto

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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