180 escolas do Paraná produzirão energia que consomem

Maringá, Paranavaí, Cianorte, Campo Mourão, Umuarama e Goioerê têm as maiores incidências solares no estado
25 de setembro de 2019

180 escolas do Paraná produzirão energia que consomem

180 escolas do Paraná produzirão energia que consomem 1024 683 Cimento Itambé
Green Building Council Brasil, CREA-PR e governo do Paraná se unem por escolas sustentáveis Crédito: SEDU

Green Building Council Brasil, CREA-PR e governo do Paraná se unem por escolas sustentáveis
Crédito: SEDU

O Green Building Council Brasil e o Governo do Paraná assinaram convênio de readequação energética para 180 escolas de 6 municípios do estado. A meta é que os colégios gerem 100% de toda a energia consumida, através da conversão de energia solar em energia elétrica. A estruturação das parcerias entre todos os agentes envolvidos ficará a cargo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR). Para definir as cidades contempladas serão usados dados do Atlas de Energia Solar do Paraná, que aponta que a maior incidência solar do estado acontece em seis municípios das regiões noroeste e central: Maringá, Paranavaí, Cianorte, Campo Mourão, Umuarama e Goioerê.

As escolas selecionadas servirão de protótipo para o programa batizado Zero Energy. Dependendo dos resultados no primeiro ano de implantação, o plano será estendido para as 4 mil escolas estaduais do Paraná, a fim de que elas se tornem autossuficientes em geração de energia, através do uso de painéis fotovoltaicos. Logo no primeiro ano de operação, a perspectiva é de que sejam economizados quase 9,5 milhões de reais em contas de luz. Para viabilizar a adequação dos colégios, a Agência de Fomento do Paraná abrirá uma linha de crédito de 30 milhões de reais. Esse dinheiro também será utilizado para que a Copel (Companhia Paranaense de Energia) implante o Programa de Eficiência Energética em cada uma das escolas escolhidas.

Califórnia, nos Estados Unidos, lidera em número de escolas autossuficientes em energia

A companhia de energia elétrica vai analisar as necessidades de cada unidade e modernizar as instalações elétricas, preparando-as para receber as placas fotovoltaicas. Além disso, haverá a troca por lâmpadas LED e adequações nos sistemas de ar-condicionado. Após o consumo mínimo ser alcançado, começa a implantação do programa Zero Energy. A expectativa é de que as 180 escolas selecionadas já iniciem o ano letivo de 2020 usando recursos da energia solar. O Green Building Council Brasil e as prefeituras também atuarão na adaptação dos prédios. Segundo o diretor-executivo do GBC Brasil, Felipe Faria, a experiência atende a um desafio da ONU de criar a certificação Zero Energy em escolas brasileiras.

O programa de geração de energia solar em escolas públicas do Paraná fará o estado se tornar a segunda região do mundo com mais edificações de ensino autossuficientes em energia. O primeiro lugar é ocupado pela Califórnia-EUA, que soma mais de 300 escolas com o mesmo perfil de projeto. Atualmente, o Brasil produz 2 mil MW de potência operacional via sistemas de geração centralizados na energia solar. A fonte alternativa ocupa a 7ª posição entre as matrizes energéticas brasileiras. De acordo com números do setor, o Paraná é o 6º estado que mais produz energia solar distribuída (energia gerada no local do consumo) no país, com 52,9 MW. “A posição do Paraná (latitude e longitude) possibilita uma insolação sempre em bons níveis. Esse é um diferencial que tem que ser aproveitado”, explica o coordenador da câmara de engenharia elétrica do CREA-PR, Edson Luiz Dalla Vecchia. 

Entrevistado
Green Building Council Brasil, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR) e Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas do Paraná (via assessoria de imprensa)

Contatos
contato@gbcbrasil.org
comunicacao@crea-pr.org.br
sedu@sedu.pr.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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