Especialistas debatem tendências na execução de estruturas de concreto

6 de maio de 2010

Especialistas debatem tendências na execução de estruturas de concreto

Especialistas debatem tendências na execução de estruturas de concreto 150 150 Cimento Itambé

Seminário realizado discutiu racionalização de custos, conformidade técnica, desempenho e durabilidade do insumo

A PINI realizou, no mês de abril, em São Paulo, o seminário Projeto e Execução de Estruturas de Concreto. O evento discutiu temas como a racionalização de custos, conformidade técnica, desempenho e durabilidade do insumo. O público, que lotou o auditório do Centro de Convenções Milenium, conferiu palestras de cinco profissionais reconhecidos no mercado nacional. Confira, a seguir, os principais destaques do encontro:

Estudos e tecnologia do concreto
A primeira palestra foi ministrada por Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, coordenador da pós-graduação em Engenharia Civil da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e diretor regional do Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto).

Segundo Luiz Carlos, não há, no Brasil, estatísticas e dados suficientes sobre o concreto. Há necessidade, por exemplo, de novos modelos sobre a fadiga do material. Na opinião do diretor do Ibracon, o conhecimento de tais informações seria fundamental para o melhor uso do concreto, face à sua crescente complexidade.

O palestrante também discorreu sobre as tendências tecnológicas, com destaque para três concretos: o ultra high strength (UHSC), o autoadensável (CAA) e o com fibras. Além disso, ele destacou o monitoramento do concreto, com sensores e acompanhamento de sua vida útil, como uma prática que deve crescer nos próximos anos.

Software
A segunda palestra do dia, realizada pelo sócio-fundador da Cia de Engenharia Civil, Virgílio Augusto Ramos, destacou as tendências de projeto de estruturas de concreto no Brasil. Segundo o engenheiro, o uso do BIM (Building Information Modeling) segue como a principal evolução em softwares. O aplicativo exibe no projeto arquitetônico cada elemento da construção, com seu material, medidas e especificações.

Normalização
A superintendente do CB-18 (Comitê de Cimento, Concreto e Agregados da Associação Brasileira de Normas Técnicas), Inês Laranjeiras Battagin, destacou as normas e aspectos de durabilidade, resistência e desempenho relacionados às estruturas. Inês falou sobre a norma ABNT NBR 15900, de Água de Amassamento do Concreto, que, segundo ela, é melhor e mais completa que a internacional ISO.

Também observou a publicação da Normalização Brasileira de Concreto Autoadensável (CAA), prevista para maio. “O CAA precisa de um impulso no Brasil, é uma tecnologia fenomenal”, disse.

A nova Norma de Desempenho, no entanto, foi o assunto que mais prendeu a atenção dos ouvintes. Esta norma, que entra em vigor em maio, trata das exigências mínimas de conforto e segurança dos usuários de edifícios de até cinco pavimentos. Segundo Inês, a norma tem grande valor, mas ainda precisa ser complementada.

Pré-moldados
Com o tema Novas Aplicações e o Futuro dos Pré-Moldados de concreto no Brasil, o sócio-diretor do Empório do Pré-Moldado, Francisco Pedro Oggi, ressaltou o momento de transição pelo qual o mercado da construção atravessa no Brasil. Oggi apresentou diversas obras em que os pré-moldados viabilizaram grande estrutura, construção rápida, grandes espaços e extrema redução de mão de obra.

Uma grande crítica do engenheiro, no entanto, é a falta de visão sistêmica dos profissionais do setor com relação a projeto, materiais e mão de obra. De acordo com Oggi, para que o país atinja uma organização industrial, processo sem volta na construção, são necessários sistemas completos, “perfeitamente engenheirados, que tenham como objetivo final a unidade pronta”, afirmou.

Racionalização da obra
O diretor técnico da Cyrela, Carlos Zorzi, fechou o evento com a apresentação de casos de execução de estruturas de concreto na construtora. Zorzi apontou diretrizes que promovem a racionalização da obra, como a construtibilidade da estrutura e a otimização das fôrmas.

Segundo ele, o ciclo de execução da estrutura de concreto na empresa dura cinco dias. Um detalhe considerado importante para a empresa é o uso de fôrmas de madeira pintadas, para atribuir um valor de “equipamento” junto aos operários. Zorzi ressaltou, ainda, que a mão de obra da construtora é própria e não terceirizada. Para ele, a mão de obra na construção civil vai ficar cada vez mais difícil e cara, fato que deve acelerar, de uma forma geral, o processo de industrialização dos canteiros.

Fonte: PiniWeb – Site da construção civil, engenharia e arquitetura no Brasil

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Vanessa Bordin MTB 00779

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