Construção civil gerou cerca de 160 mil vagas de emprego em 2023
Dados divulgados pelo Caged mostram que a construção foi o terceiro grupo com mais postos de trabalho no país
O saldo de empregos formais gerados pela construção civil durante todo o ano de 2023 ficou em 158.940, de acordo com os dados divulgados em 30 de janeiro pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Esse número é resultado da diferença entre a quantidade de admissões (2,298 milhões) e de demissões (2,139 milhões).
O índice registrado pelo setor equivale a cerca de 11% do saldo total do país, que contabilizou 1,48 milhão de novos trabalhos com carteira assinada.
As estatísticas mostram que, dos cinco grupos definidos pelo sistema, a Construção foi o terceiro que mais criou postos de emprego – o primeiro lugar ficou com Serviços (886.256), o segundo, com Comércio (276.528), o quarto, com a Indústria (127.145), e, o quinto, com a Agropecuária (34.762).
A economista Ieda Vasconcelos, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), diz que o resultado de 2023 é menor do que o dos dois anos anteriores, mas que, ainda assim, é o terceiro melhor dos últimos 10 anos. “Há seis anos consecutivos, o mercado de trabalho do setor vem apresentando saldo positivo na criação de novas vagas”, explica.
Sobre a diminuição do número no ano passado em relação a 2022 (quando o setor registrou 192.725) e 2021 (245.271), a especialista cita como principais causas as altas taxas de juros e o elevado custo devido ao aumento nos preços dos insumos. “Apesar de mais estáveis nos últimos 12 meses, os preços dos materiais permanecem muito acima do registrado no período pré-pandemia”, afirma.
Luiz França, presidente da Abrainc, ressaltou a importância dos dados, que continuam positivos. “O resultado do Caged mostra mais uma vez a força e a relevância do setor de construção civil para o país. Independentemente dos desafios macroeconômicos, o setor consegue gerar empregos que fazem a diferença para o Brasil”, afirma.
Dados do setor da construção
Os dados do Novo Caged mostram que todos os três segmentos da construção apresentaram resultados positivos. A Infraestrutura, por exemplo, foi responsável por 47.634 novos empregos, enquanto a Construção de Edifícios gerou 50.450 e os Serviços Especializados chegaram a 60.856 postos.
A região Sudeste ficou na liderança do número de carteiras assinadas (91.507), seguida pelo Nordeste (27.571), Centro-Oeste (14.535), Sul (13.032) e Norte (12.239). Em relação aos estados do país, São Paulo (50.897), Rio de Janeiro (22.308), Minas Gerais (13.513), Paraná (8.568) e Pará (7.907) foram os cinco que mais produziram vagas em 2023, segundo estatísticas oficiais.
Fontes
Ieda Vasconcelos, economista da CBIC
Luiz França, presidente da Abrainc
Novo Caged
Jornalista responsável
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