China inicia construção da maior hidrelétrica do mundo
Complexo no rio Yarlung Zangbo será formado por cinco usinas hidrelétricas em cascata.
A China deu início à construção daquela que promete ser a maior hidrelétrica do mundo. Em julho, o primeiro-ministro Li Qiang participou da cerimônia que marcou o início das obras da Usina Hidrelétrica de Motuo, empreendimento avaliado em US$ 167 bilhões e projetado para gerar até três vezes mais energia do que a Usina das Três Gargantas, de 22,5 GW.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, descreveu o projeto hidrelétrico como um “projeto do século”. A usina deverá produzir 300 bilhões de quilowatt-hora de eletricidade por ano, volume equivalente a todo o consumo energético do Reino Unido no ano passado.

Crédito: Envato
De acordo com o governo chinês, o complexo será formado por cinco usinas hidrelétricas em cascata, instaladas no trecho inferior do rio Yarlung Zangbo, onde o curso d’água apresenta uma queda de 2.000 metros em apenas 50 quilômetros — um dos pontos de maior potencial hidrelétrico do mundo. O projeto fornecerá eletricidade principalmente para consumo externo, ao mesmo tempo em que atende à demanda local em Xizang.
A previsão é que a barragem entre em operação na década de 2030, possivelmente em um prazo menor do que o necessário para a construção da Usina de Três Gargantas, no rio Yangtzé.
O Governo da China também anunciou a criação de uma nova empresa, a China Yajiang Group, para supervisionar o desenvolvimento do projeto. Ele será financiado principalmente por recursos estatais e terá suas futuras receitas de energia como base para retorno.
Os preços das ações nos setores de construção de infraestrutura e hidrelétricas na China dispararam quando o pregão foi retomado na segunda-feira, após o anúncio. As ações da Power Construction Corporation of China, estatal envolvida no projeto, saltaram 10%, atingindo o limite diário tanto na segunda quanto na terça-feira. Empresas de equipamentos hidrelétricos, como a Dongfang Electric, e fabricantes de cimento, incluindo a Huaxin, também registraram ganhos expressivos.
Polêmicas na construção da hidrelétrica de Motuo
O Projeto Hidrelétrico de Motuo, no Tibete, é alvo de polêmicas por riscos ambientais, sociais e geopolíticos. O derretimento acelerado das geleiras aumenta a frequência de deslizamentos, já responsáveis por inundações e bloqueios no rio Yarlung Tsangpo, ameaçando a segurança da futura barragem. Além disso, o reservatório deve provocar alagamentos e o deslocamento de comunidades tibetanas, agravando tensões políticas e culturais na região — como já ocorreu em outros projetos, a exemplo da Barragem de Gangtuo.
O empreendimento também gera conflitos internacionais, por estar em uma bacia transfronteiriça que abastece Índia e Bangladesh, países que contestam a obra temendo impactos no fornecimento de água. A Índia chegou a cogitar erguer sua própria barragem em resposta.
Embora seja apresentado como alternativa ao carvão e alinhado à transição energética da China, especialistas alertam para a necessidade de equilibrar benefícios climáticos com os riscos de desastres naturais, deslocamentos populacionais e tensões diplomáticas.
Fonte
Governo da China
Contato
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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