Burle Marx: ele deu vida ao cinza das cidades
Este ano é comemorado o centenário do paisagista, que com seus jardins emprestou um outro sentido à arquitetura
Este ano é comemorado o centenário do paisagista, que com seus jardins emprestou um outro sentido à arquitetura
O paisagista Roberto Burle Marx, que morreu em 1994, tornou-se referência em saber fundir o verde e o concreto. No ano em que completaria 100 anos (ele nasceu em 4 de agosto de 1909), suas obras voltam a ser realçadas. No Rio de Janeiro, 88 jardins idealizados por ele estão sendo tombados. Algumas obras são públicas, como o calçadão de Copacabana e o parque no Aterro do Flamengo, e outras são privadas, como o jardim na residência de Roberto Marinho.
Burle Marx tem ainda outros 25 jardins já tombados em outras cidades do país. Em boa parte deles, rompeu com o paradigma de que o verde e o concreto não eram harmônicos. Segundo o arquiteto Washington Fajardo, esse foi o grande diferencial do paisagista. “Ele incorporou com maestria elementos com vida e sem vida. A composição entre a botânica, fazendo-a dialogar com o concreto e as pedras, transformou seu trabalho em obras de arte”, definiu.
Fajardo define Burle Marx como paisagista e artista plástico, mas, sobretudo, arquiteto. Neste perfil, o compara a Oscar Niemeyer, e vai além: acha que os dois se complementavam. “O Niemeyer é o nosso mestre da arquitetura do concreto armado e podemos dizer que o Burle Marx é o nosso mestre da arquitetura dos jardins. Neste aspecto, eles estão em campos complementares. E Brasília foi o grande exemplo disso: na capital federal, há uma articulação muito harmônica entre estas duas linhas de trabalho”, avaliou.
Para o arquiteto, e também subsecretário de patrimônio cultural, intervenção urbana, arquitetura e design da Prefeitura do Rio, Burle Marx deixou como herança um pensamento paisagístico brasileiro. Concretamente, seus conceitos ainda sobrevivem através de seu escritório – hoje comandado pelo arquiteto Haruyoshi Ono. “Seu legado está bem vivo, o que é raro na história dos escritórios de arquitetura brasileiros. Isso é totalmente oposto do que acontece nos Estados Unidos, onde você tem escritórios de arquitetura centenários. Os titulares já morreram e aquilo se constitui em uma empresa, com princípios que continua pelo tempo. Neste aspecto, a escola Burle Marx está mais viva do que nunca”, diz Washington Fajardo.
Além de paisagista, Burle Marx foi também desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de joias. Nasceu em São Paulo, e passou a morar no Rio a partir de 1913. De 1928 a 1929, estudou pintura na Alemanha. Lá, tornou-se frequentador do jardim botânico de Berlim, principalmente das estufas com flora brasileira. Seu primeiro projeto paisagístico foi para a arquitetura de Lúcio Costa e Gregori Warchavchik, em 1932. Em 1955, criou a empresa Burle Marx & Cia., com a qual passou a elaborar projetos de paisagismo e a fazer a execução e manutenção de jardins residenciais e públicos. De 1965 até sua morte, aos 84 anos, contou com a colaboração do arquiteto Haruyoshi Ono. Como construtor de jardins, ele deu vida e beleza paisagística para o cinza das cidades, conclui Fajardo.
Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação.
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
12/12/2024
Egito cria cidade futurista no deserto
Nas próximas três fases, o foco está em desenvolver um plano detalhado para a expansão da nova capital, orientando o crescimento da cidade e de sua zona industrial. Crédito: Dar…
12/12/2024
Itambé é a primeira cimenteira do Brasil certificada na ISO 50.001
Reunião, junto a Global Certification System, na qual a Cia. de Cimento Itambé recebeu a certificação. Crédito: Divulgação Em dezembro de 2024, o Parque Industrial da Cia. de…
12/12/2024
Entenda como as empresas do setor podem adotar as práticas de ESG e as desvantagens de ficar para trás
ESG abrange projeto eficiente de recursos, saúde e segurança da força de trabalho e impactos comunitários de novos empreendimentos. Crédito: Envato A sigla ESG (Environmental,…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.