Construtoras devem repassar alta dos insumos para preços dos imóveis
Conflito entre Rússia e Ucrânia, valores das commodities e taxa de juros são os fatores que mais afetam o mercado

Crédito: Envato
A alta dos insumos e dos juros mais elevados deve gerar um aumento nos preços dos próximos lançamentos imobiliários no Brasil, segundo apontou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.
Muitos são os fatores que influenciam nesta elevação de valores. Em fevereiro de 2022, por exemplo, os preços da construção subiram 0,56%. Além disso, o conflito entre Rússia e Ucrânia foi responsável por aumentar custo de insumos da construção civil, como é o caso do cimento.
No entanto, esta situação não vem de hoje. Entre 2014 e 2021, o PIB da construção civil sofreu uma retração acumulada de 26%.
“Na construção, o efeito indireto do preço de commodities e do petróleo afeta a indústria da construção civil. Se tem algo que atrapalhou a indústria de forma geral – não só da construção civil – foi a questão dos insumos. Desde 2020 temos esse problema. E é justamente neste ponto que percebemos uma nova pressão. Ainda, temos uma inflação que já vinha limitando bastante a demanda por produtos industriais. E é aí que vem a pressão por conta da guerra. Além disso, os fretes marítimos devem sofrer reajustes – embora eles já tenham um preço elevado há bastante tempo. Por outro lado, sabemos que por conta da condição das famílias brasileiras, era muito difícil repassar esse custo”, pontuou Marcelo Souza Azevedo, gerente de análise econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante webinar da CBIC sobre “Conflito Rússia x Ucrânia – Impacto na construção e na economia do Brasil”.
Ainda, os segmentos produtivos, como a construção civil sempre ficam prejudicados com as taxas de juros elevadas, pois os investimentos migram para o mercado financeiro, segundo aponta a economista Ieda Vasconcelos durante webinar da CBIC.
Demora no repasse de valores
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) subiu 21,76% entre setembro de 2020 e o fim de 2021. No entanto, um estudo conduzido pela CBIC em seis capitais mostrou que o valor dos imóveis subiu abaixo deste patamar, entre 10% e 15%.
“Isso significa que o setor ainda não repassou nenhum aumento que ele já vivenciou até agora de custos de insumos e já está começando a sofrer pressão por esse cenário de instabilidade. Ainda, recentemente, houve um agravante que foi o lockdown decretado em alguns lugares da China em função do avanço da Covid-19. Isso tudo acontece num momento que a economia global esperava se recuperar da pandemia. Se a guerra se prolongar, os efeitos serão sentidos de forma mais intensa”, afirmou Ieda.
Entrevistados
Ieda Vasconcelos é economista do Sinduscon-MG e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Marcelo Souza Azevedo é gerente de análise econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Contatos
ascom@cbic.org.br
imprensa@cni.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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