Uma nova maneira de olhar os agregados
Nova norma brasileira orienta a análise dos agregados do ponto de vista da reação álcali-agregado
Nova norma brasileira orienta a análise dos agregados do ponto de vista da reação álcali-agregado
Créditos: Engº. Jorge Aoki – Gerente de Assessoria Técnica Itambé
Foi preciso muito esforço e dedicação para que a Comissão de Estudos CE -18:200.01 – Comissão de Estudos de Requisitos Gerais de Agregados da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, conseguisse ajustar os detalhes de um assunto bem polêmico. Com a coordenação do geólogo Cláudio Sbrighi Neto e a secretaria do engenheiro Flávio André da Cunha Munhoz, finalmente a ABNT NBR 15577, em sua primeira edição de 14.04.2008 e validade a partir de 14.05.2008, sai do papel e analisa os agregados tendo em vista sua reatividade álcali-agregado.
Bem abrangente, é composta de seis partes:
– Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de agregados em concreto;
– Parte 2: Coleta, preparação e periodicidade de ensaios de amostras de agregados para concreto;
– Parte 3: Análise petrográfica para verificação da potencialidade reativa de agregados em presença de álcalis do concreto;
– Parte 4: Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado;
– Parte 5: Determinação da mitigação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado;
– Parte 6: Determinação da expansão em prismas de concreto.
Foi consenso da Comissão, além de estabelecer os requisitos para o uso do agregado em concreto de olho nas reações expansivas deletérias, fazer também uma ampla análise de risco das estruturas e classificar a real ação preventiva em função do tipo e das condições de exposição. Este conceito é o grande diferencial desta norma. A constatação de um agregado potencialmente reativo, por si só, não deve ser considerada como desastre para a obra, mas sim, se estudar com calma a melhor forma de mitigar as reações. As medidas de mitigação são classificadas de acordo com a intensidade da ação preventiva e a avaliação da eficiência dos materiais inibidores da reação é descrita nas partes 5 e 6 desta Norma.
O item 8 da Parte 1 dá bem a idéia de como devemos interpretar as informações: A partir do conjunto de informações obtidas, considerando a metodologia proposta nesta Norma (análise do tipo da estrutura e sua condição de exposição ambiental, histórico do uso dos agregados, ensaios dos materiais e avaliação da eficiência das medidas mitigadoras da expansão), é possível minimizar o potencial de a estrutura vir a apresentar manifestações patológicas deletérias devidas à reação álcali-agregado.
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