Uma nova maneira de olhar os agregados

24 de junho de 2008

Uma nova maneira de olhar os agregados

Uma nova maneira de olhar os agregados 150 150 Cimento Itambé

Nova norma brasileira orienta a análise dos agregados do ponto de vista da reação álcali-agregado

Créditos: Engº. Jorge Aoki – Gerente de Assessoria Técnica Itambé

Foi preciso muito esforço e dedicação para que a Comissão de Estudos CE -18:200.01 – Comissão de Estudos de Requisitos Gerais de Agregados da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, conseguisse ajustar os detalhes de um assunto bem polêmico. Com a coordenação do geólogo Cláudio Sbrighi Neto e a secretaria do engenheiro Flávio André da Cunha Munhoz, finalmente a ABNT NBR 15577, em sua primeira edição de 14.04.2008 e validade a partir de 14.05.2008, sai do papel e analisa os agregados tendo em vista sua reatividade álcali-agregado.

Bem abrangente, é composta de seis partes:

– Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de agregados em concreto;

– Parte 2: Coleta, preparação e periodicidade de ensaios de amostras de agregados para concreto;

– Parte 3: Análise petrográfica para verificação da potencialidade reativa de agregados em presença de álcalis do concreto;

– Parte 4: Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado;

– Parte 5: Determinação da mitigação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado;

– Parte 6: Determinação da expansão em prismas de concreto.

Foi consenso da Comissão, além de estabelecer os requisitos para o uso do agregado em concreto de olho nas reações expansivas deletérias, fazer também uma ampla “análise de risco” das estruturas e classificar a real ação preventiva em função do tipo e das condições de exposição. Este conceito é o grande diferencial desta norma. A constatação de um agregado potencialmente reativo, por si só, não deve ser considerada como desastre para a obra, mas sim, se estudar com calma a melhor forma de mitigar as reações. As medidas de mitigação são classificadas de acordo com a intensidade da ação preventiva e a avaliação da eficiência dos materiais inibidores da reação é descrita nas partes 5 e 6 desta Norma.

O item 8 da Parte 1 dá bem a idéia de como devemos interpretar as informações: “A partir do conjunto de informações obtidas, considerando a metodologia proposta nesta Norma (análise do tipo da estrutura e sua condição de exposição ambiental, histórico do uso dos agregados, ensaios dos materiais e avaliação da eficiência das medidas mitigadoras da expansão), é possível minimizar o potencial de a estrutura vir a apresentar manifestações patológicas deletérias devidas à reação álcali-agregado.”

24 de junho de 2008

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