Construtoras investem no conceito "morar e trabalhar"

10 de janeiro de 2012

Construtoras investem no conceito "morar e trabalhar"

Construtoras investem no conceito "morar e trabalhar" 150 150 Cimento Itambé

Seja no formato Home Urban Business ou Live & Work, novos empreendimentos aliam, em um só complexo, residência, escritório e shopping

Por: Altair Santos

Diante de um mercado cada vez mais exigente e concorrido, as construtoras e incorporadoras estão constantemente em busca de novos conceitos. A ideia é oferecer mais conforto e mais serviços, de preferência em um só empreendimento. É nisto que se baseia a filosofia “morar e trabalhar”, que tem norteado os recentes lançamentos no Brasil.

7Th Avenue, da Thá: torres residencial e corporativa dividindo o mesmo espaço.

Do inglês Live & Work ou Home Urban Business (HUB), o conceito reúne unidades residenciais e comerciais, além de espaços para compras e entretenimento, como num shopping center. São edificações que têm um público alvo: o profissional jovem e o empreendedor ousado. “Quem adere a esse modelo tem um perfil extremamente exigente. Ele busca morar e trabalhar em localizações privilegiadas. Por isso, o empreendimento tem de ser inovador”, explica João Auada Jr., diretor de negócios da Tecnisa.

Atualmente, quase todas as capitais brasileiras têm lançamentos que perseguem a ideia de “morar e trabalhar”, o que não é uma exclusividade do mercado nacional. Trata-se de uma tendência mundial do setor imobiliário. Outra característica desses empreendimentos “mixed use” é que eles buscam áreas urbanas que carecem de revitalização. Em Curitiba, há dois bons exemplos com esse perfil: o 7th Avenue, da Thá, e o HUB, da Tecnisa.

No caso do 7th Avenue, seu projeto tem como proposta valorizar o antigo bairro industrial do Rebouças – localizado perto do centro da capital paranaense. Já o HUB surge para revitalizar a área próxima da reitoria da Universidade Federal do Paraná e do Teatro Guaíra. Os dois empreendimentos se inspiram no conceito aplicado no SoHo – bairro da região de Nova York, que entre os anos 1980 e 1990 passou por um processo de renovação urbana e transformou-se em pólo de entretenimento, turismo e negócios, além de referência para outros países.

Público alvo do HUB é o jovem executivo, que busca infraestrutura e comodidade.

Os modelos de construção destes empreendimentos também se assemelham. Geralmente são torres independentes, sendo uma comercial e outra residencial. Na ala habitacional, os apartamentos têm no máximo dois quartos e área útil inferior a 70m².  No setor dos escritórios, as salas não costumam ter mais de 90m². “Tudo é pensado para otimizar os espaços”, diz o gerente de produto da Thá Incorporadora, Valdecir Scharnoski.

Outra característica de edifícios com esse conceito é que eles buscam certificações que os identifiquem como “prédios verdes“. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, imóveis que perseguem a sustentabilidade já dominam quase metade dos lançamentos. Na capital paranaense, englobam 48,3% dos novos empreendimentos lançados a partir de 2011. Em território paulistano, são 47,2% e no Rio chegam a 40,8%. Nas mesmas três capitais, o conceito “morar e trabalhar” já envolve 15% dos novos empreendimentos.

Entrevistados
Assessorias de imprensa das construtoras Thá e Tecnisa

Mais informações

Thá e Tecnisa

Créditos foto: Thá e Tecnisa

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
VEJA TAMBÉM NO MASSA CINZENTA

MANTENHA-SE ATUALIZADO COM O MERCADO

Cadastre-se no Massa Cinzenta e receba o informativo semanal sobre o mercado da construção civil