Barreiras New Jersey: garantia de segurança nas estradas

No Brasil, artefatos de concreto predominam nas rodovias pedagiadas e atuam com mais eficiência contra acidentes, se comparadas às defensas metálicas

No Brasil, artefatos de concreto predominam nas rodovias pedagiadas e atuam com mais eficiência contra acidentes, se comparadas às defensas metálicas

Por: Altair Santos

Estudo do LabTrans (Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina) revela que as barreiras New Jersey, usadas tanto para dividir vias quanto para definir barreiras laterais em pistas, pontes e viadutos, devem prevalecer nas rodovias brasileiras por uma razão primordial: a segurança. Artefatos pré-fabricados de concreto, elas atuam com mais eficiência em acidentes, se comparadas com as defensas metálicas, que ainda predominam em algumas estradas do país, principalmente as não pedagiadas.

Blocos têm medida padrão, com 6 metros de comprimento e 1 metro de altura, e cada um consome 1,5 m³ de concreto

A própria norma 109/2009 – PRO, do DNIT, ressalta a capacidade de impedir acidentes mais graves, proporcionadas pelas barreiras New Jersey. “Trata-se de dispositivo de proteção, rígido e contínuo, implantado ao longo das rodovias, com forma, resistência e dimensões capazes de fazer com que veículos desgovernados sejam reconduzidos à pista, sem brusca redução de velocidade nem perda de direção, causando o mínimo de danos ao veículo, seus ocupantes e ao próprio dispositivo, de modo que os acidentes não sejam agravados por fatores como, por exemplo, saídas de pista, colisão com objetos fixos (árvores, postes, pilares etc.) e colisão frontal com veículos trafegando na pista de fluxo oposto”, diz a norma.

Pré-fabricadas, as barreiras New Jersey normalmente são produzidas em indústrias específicas. No entanto, nos casos em que a logística encarece o transporte, elas podem ser fabricadas in loco, através de formas móveis montadas próximas da obra. “Com o avanço das tecnologias que chegaram ao Brasil nos últimos anos, as concessionárias e os organismos públicos estão migrando para os dispositivos pré-moldados, por causa de seu maior benefício na questão segurança”, explica Marco Biscaro, diretor da Segurvia, com sede em Florianópolis.

Normas europeia e brasileira
As barreiras New Jersey, que têm este nome por terem sido inventadas no estado de New Jersey, nos Estados Unidos, são produzidas no Brasil seguindo o padrão europeu estipulado pela norma UNI EN1317/98-2001. São artefatos com a resistência mínima de fck – 40 MPa, em conjunto com uma armadura de 105 kg de aço CA-50, distribuída em uma peça com 6 metros de comprimento e 1 metro de altura. Para fabricar barreiras com essas dimensões são consumidos 1,5 m³ de concreto por unidade.

Barreiras New Jersey: norma do DNIT as qualifica como mais seguras que as defensas metálicas

Além da UNI EN1317/98-2001, a produção de barreiras New Jersey no Brasil também segue a ABNT NBR 15486/2007 – Segurança no tráfego – Dispositivos de contenção viária – Diretrizes, que se baseia na norma europeia. “Atualmente, a norma da ABNT está em processo de revisão, a fim de melhorar os itens que preveem apresentação de certificados de homologação por meio de crash tests”, ressalta Marco Biscaro.

Quando não são moldadas in loco, as barreiras New Jersey chegam ao local transportadas por caminhões-munck – equipados com guindaste – e, normalmente, dois operadores treinados conseguem instalar até 500 metros por dia. No Brasil, os modelos mais usados em rodovias são os centrais-laterais, para a divisão do fluxo de veículos ou para proteger a lateral de pista, ou o borda-ponte, específico para pontes e viadutos. As instalações devem sempre seguir as indicações pré-determinadas pelo projetista da obra.

Veja estudo detalhado sobre barreiras New Jersey
http://www.labtrans.ufsc.br/psr/file.axd?file=2010/12/barreiras+new+jersey.pdf

Entrevistados
– LabTrans (Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina) (via assessoria de imprensa)
– Marco Biscaro, diretor da Segurvia

Contatos
segurvia@gmail.com
contato@labtrans.ufsc.br
comunicacao@labtrans.ufsc.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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