Vendas de cimento e materiais de construção iniciam semestre em alta

Foram vendidas 6,1 milhões de toneladas do produto, registrando um crescimento de 3,1%.

A indústria brasileira de cimento começou o segundo semestre com desempenho positivo. Em julho, foram vendidas 6,1 milhões de toneladas do produto, registrando um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). No acumulado dos sete primeiros meses do ano, as vendas somaram 38,2 milhões de toneladas, representando uma alta de 3,7%.

O faturamento da indústria de materiais de construção subiu 1,9% em julho, comparado a junho, segundo a última edição do Índice ABRAMAT, uma pesquisa mensal feita pela ECCONIT. No entanto, houve uma queda de 2,7% em relação a julho do ano passado. Apesar disso, a projeção de crescimento para o setor em 2025 permanece otimista, com a expectativa de fechar o ano com um aumento de 2,8% no faturamento total.

Apesar do início do segundo semestre mais positivo, o PIB da construção civil registrou queda de 0,2% no segundo trimestre de 2025 (correspondente aos meses de abril, maio e junho) em relação ao trimestre anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Ieda Vasconcelos, economista-chefe da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o desempenho reflete os efeitos da taxa de juros, que estão no maior patamar em quase 20 anos e impactam diretamente um setor altamente dependente de crédito. Além disso, o resultado marca o segundo recuo consecutivo do setor, que já havia caído 0,6% nos três primeiros meses do ano. 

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, as vendas de cimento somaram 38,2 milhões de toneladas.
Crédito: Envato

Razões para o avanço

De acordo com o SNIC, as principais razões para o avanço do consumo continuam sendo o setor imobiliário aquecido e o mercado de trabalho em expansão. “O primeiro impulsionado, principalmente pela ampliação do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), cujo as contratações continuam em ascensão, projetando superar a meta de 2 milhões de unidades estimadas para 2023-2026. O mercado de trabalho tem apresentado recordes no número de empregos formais e na massa salarial, além de queda na taxa de desemprego”, informou a entidade.

Na avaliação por segmentos, o Índice ABRAMAT apontou um desempenho equilibrado entre as duas categorias principais. Os materiais básicos registraram queda de 2,7% na comparação com julho do ano passado, enquanto os materiais de acabamento tiveram contração de 2,8% no mesmo período. Frente a junho de 2024, com ajuste sazonal, os básicos cresceram 1,7%, e os produtos de acabamento avançaram 2,0%.

“O resultado de julho reflete sinais positivos de recuperação no curto prazo, com o setor registrando expansão de 1,9% no mês. Embora enfrentemos volatilidade nas comparações anuais, nossa projeção de 2,8% para o ano permanece sólida e realista”, explicou Paulo Engler, presidente da ABRAMAT.

Confiança do mercado

O Termômetro da Indústria de Materiais de Construção da ABRAMAT de julho mostra confiança moderada nas vendas: 50% dos associados esperam vendas regulares, 32% boas e 18% ruins. Para agosto, 41% projetam um bom desempenho e 45% regular, enquanto 14% esperam resultados ruins. Quanto às ações do governo para o setor nos próximos 12 meses, 50% estão pessimistas, 45% indiferentes e 5% otimistas. Sobre investimentos, 59% das indústrias planejam aplicar recursos no próximo ano, alta de 7 pontos percentuais em relação a junho. 

“O Termômetro mostra um setor que, apesar das incertezas no ambiente político e econômico, segue com desempenho equilibrado e com sinais claros de retomada na confiança, como o aumento da intenção de investimento. A estabilidade nas vendas, combinada à resiliência do setor, reforça a importância de políticas públicas mais eficazes e de um ambiente regulatório mais previsível para impulsionar a indústria de materiais de construção”, comenta Paulo Engler, presidente da ABRAMAT.

Por outro lado, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE caiu 2,0 pontos em julho, para 94,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 1,1 ponto, para 96,8 pontos.

“A combinação entre a contração da política monetária e o aumento da incerteza, intensificada pelas novas taxações sobre produtos brasileiros, configura um cenário desafiador para o setor”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Ainda em julho, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 0,8 ponto, chegando a 86,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,6 ponto, atingindo 86,4 pontos.

“A alta modesta do ICC refletiu uma melhora moderada das avaliações sobre o presente e o futuro, e motivada, principalmente, pelos consumidores da faixa de renda mais baixa”, informou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

Vendas de cimento na Região Sul

De acordo com o SNIC, a venda acumulada de cimento na região Sul, de janeiro a julho de 2025, foi de 6,49 milhões de toneladas. Esse volume representa o segundo maior crescimento no período, com alta de 5,2% em relação ao ano anterior, ficando atrás apenas do Nordeste, que teve uma expansão de 7,2%. 

Fontes

Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT).
FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Contatos

SNIC – Assessoria de Imprensa – luisa.rubbin@fsb.com.br
ABRAMAT – Assessoria de Imprensa – brunarodrigues@a4eholofote.com.br
FGV IBRE – Assessoria de Imprensa – assessoria.fgv@insightnet.com.br

Jornalista responsável: 
Marina Pastore – DRT 48378/SP 
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