Venda online da construção quase dobra na pandemia

Varejo do setor foi o que mais evoluiu no modelo de comércio virtual, na comparação com outros segmentos
23 de julho de 2020

Venda online da construção quase dobra na pandemia

Venda online da construção quase dobra na pandemia 1024 599 Cimento Itambé
Mobilização para incluir o setor como atividade essencial foi decisiva para evitar danos maiores ao varejo da construção Crédito: banco de imagens.

Mobilização para incluir o setor como atividade essencial foi decisiva para evitar danos maiores ao varejo da construção
Crédito: banco de imagens.

Dados trazidos pelo CEO da Juntos Somos Mais, Antonio Serrano, indicam que o comércio online de materiais de construção foi o que mais cresceu durante o período de pandemia de COVID-19. “A L.E.K Consulting mostra que o setor da construção foi o que mais evoluiu do offline para o online neste período. Na pré-pandemia, 24% dos consumidores compravam material de construção online. Hoje, são 42%, ou seja, quase dobrou o percentual”, revela.

A informação foi passada no webinar “Varejo na construção: digitalização e mercado pós-pandemia”, no qual também participou o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) Geraldo Defalco. O dirigente confirma que as vendas online aceleraram e comprova uma recuperação maior do setor neste início de segundo semestre. “A recuperação das vendas nas duas primeiras semanas de julho foram de 36%”, diz.

Antonio Serrano e Geraldo Defalco destacam que quando a pandemia alterou a rotina do país, em março, houve muita apreensão e incertezas sobre como se comportaria o varejo da construção civil. No entanto, a mobilização para incluir o setor como atividade essencial foi decisiva para evitar uma “quebradeira geral”. “Quando houve a determinação do isolamento social, o varejo de material de construção ainda não havia sido incluso como atividade essencial. Provamos que havia baixo risco de contaminação em nossas lojas e conseguimos a reabertura. Isso nos livrou de uma quebradeira grande”, afirma Defalco.

Venda de cimento se destaca no cenário de recuperação dos negócios 

O CEO da Juntos Somos Mais lembra que entre a última semana de março e 1ª quinzena de abril houve queda de 15% nas vendas de material de construção, na comparação com o período pré-pandemia. “Em maio estabilizou e em junho houve uma forte recuperação. A venda de cimento foi o principal exemplo”, comenta. Segundo dados do SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento), o volume de Cimento Portland vendido no Brasil em junho cresceu 24,2% em relação ao mesmo período de 2019. Em volume, as vendas de cimento em junho no país somaram 5,2 milhões de toneladas.

Os dirigentes que participaram do webinar estimam que o varejo da construção civil vai conseguir preservar o ambiente de vendas aquecidas na pós-pandemia. “O mercado aponta para vetores positivos: taxas de juros mais baixas da história, venda de imóveis em alta e a autoconstrução, seja residencial ou comercial, também com bastante estímulo. Isso mostra o quanto o setor é resiliente e criativo para vencer as dificuldades”, avalia Antonio Serrano. 

Já Geraldo Defalco mostra que a Anamaco detecta recuperação de 36% nas vendas na segunda semana de julho. “As pessoas estão cuidando mais de suas casas. Além disso, o home office exigiu que buscassem mais espaço nas residências, para conciliar trabalho e vida em família. Isso obrigou a construir ou comprar outro imóvel, o que gera mais vendas de materiais de construção”, finaliza.

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Entrevistado
Reportagem com base nas informações passadas durante o webinar “Varejo na construção: digitalização e mercado pós-pandemia”

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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